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Mapeamento da infiltração no Distrito Federal 423<br />

Tabela 3. Densidade de drenagem e rugosidade do relevo.<br />

Parâmetro Definição Relações com o meio físico<br />

Maior DD associada a:<br />

Comprimento dos<br />

Densidade<br />

• maior transporte de material;<br />

elementos de drenagem<br />

de drenagem<br />

• menor potencial de infiltração;<br />

por unidade de área [m/<br />

[DD]<br />

• maior fragmentação do substrato;<br />

m 2 ].<br />

• maior precipitação.<br />

Rugosidade do<br />

relevo [Rug]<br />

Complexidade geométrica<br />

do terreno, avaliada<br />

pela quantidade de<br />

microfeições do relevo por<br />

unidade de área.<br />

Maior Rug associada a:<br />

• maior resistência ao intemperismo;<br />

• menor potencial de infiltração;<br />

• menor espessura dos solos;<br />

• menor grau de plasticidade dos maciços<br />

rochosos (entendendo por plasticidade a<br />

capacidade de um material ser deformado<br />

sem ruptura).<br />

Tentativas de obtenção de índices para expressar a densidade de drenagem são feitas<br />

desde há mais de um século (PENCK, 1894). Contemporaneamente ainda se trabalha para<br />

esse fim (Tucker et al., 2001; Shahzad e Gloaguen, 2011). Da mesma forma, a rugosidade<br />

do relevo pode ser expressa de muitas maneiras (ROMão e Souza, 2007; hENGL e<br />

Reuter, 2009; Grohmann et al., 2011). Essa linha de estudos é conhecida como geomorfometria<br />

(hENGL e Reuter, 2009) e ainda não há consenso na comunidade científica sobre<br />

os índices mais satisfatórios para descrever a densidade de drenagem (DD) e a rugosidade do<br />

relevo (Rug).<br />

No DF, ARENAS-RÍOS (2012) desenvolveu estimadores de DD e Rug fundamentados<br />

nos conceitos da geometria fractal, gerando cartas (Figuras 5 e 6) que demonstraram relações<br />

com as condições pedológicas explícitas na carta de solos do DF (Figura 7). Dessas cartas<br />

derivou-se uma fórmula (Equação 1) que permite comparar qualitativamente a permeabilidade<br />

dos solos do DF:<br />

(K[AQ] ≥ K[LVe] ≥ K[LVa] ) > K[HI] > ( K[PV] ≥ K[Cb] )> K[Outros] (1)<br />

Na simbologia da Equação 1, K[i] representa a permeabilidade ou potencial de infiltração<br />

da água no tipo de solo “i”, onde AQ = areias quartzosas, LVe = latossolo vermelho<br />

escuro, LVa = latossolo vermelho amarelo, HI = solos hidromórficos, PV = podzólicos, Cb =<br />

cambissolos e Outros = outros tipos de solo (em geral derivados de carbonatos). Essa equação<br />

possui validade numa escala 1:100.000 e permite ter uma noção regional do contraste entre<br />

a capacidade de escoamento, o potencial de infiltração ou retenção de água entre vários tipos<br />

de solo na região. Deve-se observar que, apesar de os solos hidromorficos terem ficado, pela<br />

análise das cartas, com permeabilidade menor que a dos latossolos, e maior que as do podzólicos<br />

e cambissolos, tal situação não se verifica em campo onde os solos hidromorficos são<br />

caracterizados pela baixa drenabilidade, podendo ser considerados os de menor capacidade<br />

de infiltração. Essa contradição se deu pelo fato de as características de rugosidade de relevo<br />

e densidade de drenagem dos locais onde ocorrem esses solos hidromorficos serem semelhantes<br />

as dos locais onde ocorrem os solos mais permeáveis, sendo a sua condição de baixa

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