17.06.2015 Views

baixar

baixar

baixar

SHOW MORE
SHOW LESS

Create successful ePaper yourself

Turn your PDF publications into a flip-book with our unique Google optimized e-Paper software.

394<br />

Tópicos sobre infiltração: teoria e prática aplicadas a solos tropicais<br />

Sob essas condições o volume de aporte (V aporte<br />

) é calculado de acordo com a Equação 6:<br />

V aporte<br />

= I × Área × Tempo (6)<br />

Com relação ao Critério B, Cecílio et al.(2003) referem-se, em seu trabalho, que o Brasil<br />

dispõe de um número considerável de equações de chuvas intensas determinadas para diversas<br />

localidades dos Estados da Bahia, Espírito Santo, Minas Gerais, Paraná, Rio de Janeiro e<br />

São Paulo. Segundo Cecílio et al.(2003) essas equações foram obtidas, respectivamente, em<br />

estudos realizados por Fendrich e Freitas (1992), Pinto et al.(1996), Silva et al. (1999a, 1999b,<br />

2002), Freitas et al. (2001) e Cecílio et al.(2003). Para os Estados de Goiás, sul do Tocantins e<br />

Alto Garças no Mato Grosso, utiliza-se a equação apresentada por Costa e Prado (2003)<br />

As equações de chuvas intensas são necessárias para o cálculo da vazão de dimensionamento<br />

de drenos, vertedores de barragens e obras de proteção contra cheias e erosão hídrica.<br />

Uma dificuldade frequentemente enfrentada pelos técnicos é a inexistência dessa equação<br />

para a localidade onde vai ser realizado o projeto. Nesse caso, o problema pode ser contornado<br />

utilizando-se a equação determinada para o pluviógrafo mais próximo, quando situado<br />

em região climática similar, ou interpolando resultados obtidos nas proximidades do local de<br />

interesse. Costa e Prado (2003) propuseram as seguintes equações gerais:<br />

β<br />

α+<br />

δ<br />

B1 × T T y<br />

I mm / min<br />

=<br />

(t + c) b<br />

Equação válida para:1 ano ≤ T ≤ 8 anos (7)<br />

B2 × T<br />

I α<br />

mm / min<br />

= Equação válida para:8 anos < T ≤ 100 anos (8)<br />

(t + c) b<br />

Nessas equações, T é o período de retorno; t é o tempo de duração das chuvas; B1, B2,<br />

α, β, δ, γ, b e c são constantes cujos valores são tabelados de acordo com os parâmetros locais<br />

de 126 estações localizadas em municípios dos estados estudados.<br />

Para Goiânia, GO, foram obtidos os parâmetros a seguir, considerando-se chuva com<br />

5 minutos de duração e as coordenadas geográficas latitude – 16º 40’ e longitude – 49º 16’:<br />

a) Parâmetros locais: b = 0,974711; B1 = 56,7928; c = 24,8; B2 = 64,3044;<br />

b) Parâmetros α, β, γ, e δ são parâmetros regionais constantes aplicados a toda a região<br />

e dependem do período de retorno: α = 0,14710; β = 0,22; γ = 0,09; δ = 0,62740.<br />

Costa e Prado (2003) recomendam que, para redes de drenagem urbana, o período de<br />

retorno pode variar de T= 2 anos para bairros com baixa densidade populacional a T = 15 a<br />

20 anos para regiões centrais das cidades.<br />

Quanto ao Critério C, Leão Carvalho (2008) apresentou um método que não propõe<br />

infiltrar todo o volume de aporte sobre uma superfície, mas, sim, fazer uma compensação<br />

diária levando-se em conta os dias de maior intensidade pluviométrica e os dias secos da<br />

estação. Procura-se, nesse método, evitar o dimensionamento de elementos de infiltração que<br />

trabalhem com sua capacidade máxima em poucos dias do ano e fique ocioso nos demais. No<br />

método em questão, é avaliado o volume de água que entra em uma estrutura de infiltração,<br />

determinando a porcentagem que foi infiltrada, a porcentagem que ficou armazenada no sistema<br />

e a parcela que seria lançada na rede pública de drenagem. É avaliado o volume diário<br />

que entra com base nos registros pluviométricos. Posteriormente, calcula-se o volume que

Hooray! Your file is uploaded and ready to be published.

Saved successfully!

Ooh no, something went wrong!