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Poços como estruturas de infiltração 377<br />

capazes de fazer o amortecimento e armazenar o volume excedente nos picos de precipitação,<br />

proporcionando em seguida a infiltração das águas pluviais no solo, além de propiciar a recarga<br />

do lençol freático. Existem ainda os sistemas utilizados para armazenamento com uso<br />

previsto para outros fins.<br />

Embora o foco das discussões aqui sejam os poços, podem ser utilizadas também outras<br />

soluções de controle de fluxo superficial na fonte, que evitem problemas como alagamentos,<br />

inundações e erosões tais como: trincheiras, valas, colchões de drenagem, bacias de retenção<br />

e detenção e pavimentos drenantes, além da combinação de dois ou mais desses sistemas,<br />

de modo a transferir a água precipitada na superfície para o subsolo com o mesmo nível de<br />

acumulação e distribuição do fluxo que ocorria naturalmente.<br />

Embora as estruturas de infiltração colaborem com o controle da drenagem urbana na<br />

fonte, seu uso apresenta vantagens e desvantagens. Como vantagens podem ser enumeradas:<br />

a) diminuição das cheias, pela redução dos caudais e volumes à jusante;<br />

b) promoção da infiltração, reduzindo a necessidade de ampliação das redes existentes<br />

ou de novas redes de drenagem no sistema convencional;<br />

c) descentralização do sistema de drenagem pluvial;<br />

d) melhoria na qualidade dos corpos hídricos, ou seja, domeio receptor;<br />

e) aumento da recarga do lençol freático;<br />

f) valorização da paisagem urbana quando implantados em zonas de múltiplo uso através<br />

dos espelhos d’água, bacias de retenção ou detenção, entre outros;<br />

g) redução da propagação de poluentes e materiais sólidos. O controle na fonte pode diminuir<br />

a concentração de poluentes ou tornar possível alguma forma de tratamento<br />

individual mais simples e eficiente, buscando sempre o controle e o desenvolvimento<br />

sustentável.<br />

Como desvantagens ou limitação de uso, podem ser enumeradas:<br />

a) a necessidade de planejamento antecipado para o uso da técnica em áreas de dimensões<br />

consideráveis, pois a ocupação de espaço constitui uma das desvantagens do<br />

sistema de controle na fonte;<br />

b) preocupação com a manutenção do sistema para manter sua eficiência e vida útil;<br />

c) interferência em estruturas vizinhas devido à percolação de água no solo;<br />

d) risco de contaminação do lençol freático;<br />

e) risco de erosão interna capaz de provocar subsidências de grandes dimensões.<br />

Os dispositivos de controle na fonte podem armazenar ou armazenar e infiltrar as águas<br />

pluviais. Quando a finalidade do dispositivo é infiltrar a água no solo, a falta de dados geotécnicos<br />

mais precisos tem levado os projetistas a proporem estruturas com elevados coeficientes de<br />

segurança, onerando os projetos e ocupando áreas que poderiam ser destinadas a outros fins.<br />

Para maximizar os benefícios dessa metodologia, é necessária a integração de especialistas<br />

para a implantação do sistema visando atender ao meio ambiente e compatibilizar com<br />

as redes existentes. É importante o uso de técnicas que tornem o sistema eficiente, de baixo<br />

custo na implantação, fácil execução e manutenção, aliado à educação ambiental nos âmbitos<br />

formal e não formal, para motivar a participação do cidadão, conscientizando-o de que a<br />

responsabilidade não é somente do Poder Público.<br />

São fatores que influenciam na escolha dos sistemas para controle das águas pluviais<br />

urbanas:

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