17.06.2015 Views

baixar

baixar

baixar

SHOW MORE
SHOW LESS

Create successful ePaper yourself

Turn your PDF publications into a flip-book with our unique Google optimized e-Paper software.

Capítulo 19<br />

Poços como estruturas de infiltração<br />

1 Introdução<br />

Eufrosina Terezinha Leão Carvalho<br />

José Camapum de Carvalho<br />

Gilson de Farias Neves Gitirana Junior<br />

Maurício Martins Sales<br />

Jorge Tadeu Abrão<br />

A partir das últimas quatro décadas, tem aumentado a preocupação mundial com a<br />

geração dos fluxos superficiais das áreas urbanizadas, principalmente nos centros urbanos<br />

das grandes cidades ou das cidades que tenham se desenvolvido ocupando as planícies de<br />

inundação. Os métodos de drenagem atualmente utilizados adotam um novo conceito que<br />

tem por princípio que o usuário urbano não deve ampliar a cheia natural (Tucci, 2005), ao<br />

contrário dos métodos utilizados no passado que transferia o quanto antes os fluxos para jusante.<br />

De acordo com Bettes (1996), as práticas do passado ignoraram o efeito cumulativo dos<br />

fluxos, resultando em inundações nas partes à jusante de uma captação e em fluxos reduzidos<br />

dos cursos d’água em tempo de seca.<br />

Esse novo conceito implica o uso de tecnologias com desenvolvimento de baixo impacto<br />

empregando técnicas de gestão em microescala de forma distribuída na área, com vários<br />

pontos de disposição final. Essas práticas, chamadas de Práticas Integradas de Gerenciamento<br />

(sigla em inglês IMPs), são utilizadas para alcançar as condições hidrológicas do pré-desenvolvimento<br />

da área a ser urbanizada (SOURTHEAST MICHIGAN COUNCIL OF GOVERN-<br />

MENTS – SEMCOG, 2008). Assim, cada unidade ou parcela de ocupação do solo deverá<br />

gerenciar os fluxos produzidos em sua área, evitando transferir o problema para jusante.<br />

Os cenários apresentados na Figura 1 relacionam a condição de urbanização de uma<br />

região com o regime de fluxos. Os fluxos superficiais numa bacia na condição natural podem<br />

atingir 5%, tendo-se, assim, um percentual de infiltração de 95%. No limite superior de ocupação<br />

de uma região, os fluxos superficiais podem atingir até 95% do volume precipitado.<br />

O controle de águas pluviais na origem consiste em um conjunto de soluções técnicas e<br />

de procedimentos, a montante do sistema físico. Esse controle é feito nas unidades individuais<br />

ou coletivas de uma localidade e tem como principal objetivo melhorar a infiltração de águas<br />

pluviais, propiciando a recarga dos aquíferos e reduzindo a amplitude das vazões de pico em<br />

áreas passíveis de alagamento e inundação. Ao reduzirem o fluxo superficial, esses sistemas<br />

contribuem ainda para reduzir a possibilidade de erosão hídrica pluvial, inclusive a dos canais<br />

de drenagem naturais. Dessa forma, procura-se reduzir o impacto das águas pluviais no<br />

sistema coletor público. Essa é uma alternativa sustentável que procura evitar a construção<br />

de coletores e emissários cada vez mais extensos, de diâmetros maiores e com elevado custo

Hooray! Your file is uploaded and ready to be published.

Saved successfully!

Ooh no, something went wrong!