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368<br />

Tópicos sobre infiltração: teoria e prática aplicadas a solos tropicais<br />

4.3 Monitoramento das trincheiras de infiltração<br />

Com o objetivo de determinar a eficiência de cada trincheira, realizaram-se quatro etapas<br />

de ensaios de enchimento. Os ensaios seguiram um procedimento básico que consistiu<br />

em adicionar água, com a utilização de um caminhão pipa e duas caixas d’água de 1000<br />

litros que serviam de transição, para o enchimento das trincheiras, monitorando o tempo<br />

de enchimento e de esvaziamento. Monitoraram-se o maciço e as trincheiras durante o<br />

procedimento com a utilização de tensiômetros (elétricos e vacuômetros), sensor de nível<br />

d’água, piezômetros e coleta de amostras de solo para determinação da umidade antes e após<br />

os enchimentos. Para a realização dessa atividade, foram necessários: 24 caminhões pipa<br />

contendo em média 11000 litros d’água cada. Em cada trincheira era usado por ensaio um<br />

caminhão de água.<br />

A Figura 8 apresenta os resultados de enchimento e rebaixamento d’água dentro das<br />

trincheiras. Devido a problemas no sensor de nível d’água, não está sendo apresentada a primeira<br />

etapa de ensaio. Na primeira (1ª) parte dos gráficos (fase de enchimento), observou-se<br />

que em todas as trincheiras, com exceção da trincheira 4 (apenas brita), o enchimento total<br />

ocorreu nos 30 minutos iniciais de ensaio. Na segunda (2ª) parte do gráfico, fase em que a<br />

trincheira encontrava-se com água até sua altura máxima, cada trincheira apresentou um<br />

tempo distinto, mantendo o nível d’água máximo do enchimento. Essas diferenças, no intervalo<br />

de tempo se devem ao fato de que, como o volume de água de enchimento das trincheiras<br />

dependia do volume de vazios que as caracterizava e, portanto, do material de enchimento, a<br />

quantidade de água usada mantendo a trincheira cheia variou de trincheira para trincheira. A<br />

terceira (3ª) parte dos gráficos corresponde ao processo de rebaixamento do nível d’água nas<br />

trincheiras. Nesses gráficos, em princípio os intervalos de tempo referentes ao enchimento e<br />

esvaziamento deveriam ser proporcionais ao volume de vazios interno; no entanto, a disposição<br />

e a forma dos elementos internos interviram no fluxo.<br />

Na busca de entender comparativamente o mecanismo de enchimento e rebaixamento<br />

de água nas trincheiras, foi necessário considerar as características da superfície de infiltração<br />

das trincheiras e a drenabilidade dos enchimentos. As garrafas PET cortadas/furadas/acopladas<br />

possuíam o volume interno totalmente comunicável com o externo por meio de seu topo<br />

e de seis furos em sua base, sendo cinco periféricos e um central. No entanto, o escoamento<br />

requer certo consumo de energia, ou seja, o rebaixamento fora das garrafas tende a ser mais<br />

rápido que através delas, por meio dos furos.<br />

As PET’s inteiras foram fechadas e dispostas verticalmente na trincheira, o que limitou<br />

o espaço preenchível com água ao existente entre elas. Foram completamente drenados<br />

funcionando como coluna de água diretamente aplicada ao solo com o mínimo de perda de<br />

energia.<br />

As garrafas PET’s amassadas foram fechadas, o que tornou o espaço interno isolado do<br />

contato com a água e limitou o enchimento ao espaço entre elas. A forma irregular entre as<br />

garrafas impossibilitou a determinação do volume de vazios entre elas. No caso dessa trincheira,<br />

é possível admitir que parte da água permaneça retida entre as garrafas PET, ao mesmo<br />

tempo em que a tortuosidade dos canais de fluxo termina por gerar algum retardamento no<br />

enchimento e na drenagem da água. As trincheiras com tijolos em crivo encontravam-se com<br />

a quase totalidade de seu volume disponível para enchimento.

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