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Tópicos sobre infiltração: teoria e prática aplicadas a solos tropicais<br />

tenderá a colmatar o filtro geotêxtil e, posteriormente, o próprio material drenante da trincheira,<br />

reduzindo a eficiência ou mesmo inviabilizando a infiltração de água no terreno. Durante<br />

a instalação da camada de geotêxtil, deve-se também garantir que a vala da trincheira esteja<br />

limpa, sem lama, detritos ou elementos que possam colmatar ou danificar o geotêxtil, e que a<br />

camada de geotêxtil seja instalada em perfeito contato com as paredes internas da trincheira.<br />

4 Garrafas pet como material de enchimento de trincheiras<br />

No Distrito Federal, tem sido dada ênfase ao estudo da viabilidade técnica e econômica<br />

do uso de garrafas PET em sistemas de infiltração.<br />

Paranhos (2002) estudou sistemas de drenagem alternativos de baixo custo para obras<br />

geotécnicas e de meio ambiente na cidade de Brasília, propondo a utilização de garrafas PET,<br />

pneus e entulhos de obra.<br />

Silva (2007) associou a técnica ao custo na solução de questões ambientais atuais, como<br />

o do beneficiamento das garrafas PET, o da recarga dos aquíferos e o da redução do risco de<br />

inundações junto aos centros urbanos. O sistema de infiltração proposto, ao se associarem as<br />

características dos materiais utilizados na construção das trincheiras ao potencial colapsível<br />

e erodível dos solos regionais, mostra ser possível a mitigação dos riscos técnicos e dos danos<br />

ambientais como solução de menor custo que os resultantes das práticas convencionais. No<br />

estudo, foram construídas, mas não testadas, quatro trincheiras com aproximadamente 1,80<br />

m de profundidade por 0,80 m de largura e 2 m de comprimento. Uma dessas trincheiras foi<br />

preenchida com brita 2, e três outras contiveram alturas distintas de garrafas PET cortadas ao<br />

meio e perfuradas.<br />

Silva (2012) deu continuidade a esse estudo, construindo mais três trincheiras com dimensões<br />

semelhantes, uma sem enchimento e com paredes em tijolos em crivo, uma contendo<br />

garrafas PET inteiras e fechadas, e a terceira contendo garrafas PET amassadas. O conjunto<br />

de trincheiras foi, então, instrumentado e testado com monitoramento de nível d’água, sucção<br />

e umidade. Buscou-se analisar a eficiência de cada trincheira quanto ao tempo de infiltração<br />

da água no solo e ao avanço da frente de umedecimento e saturação.<br />

Considerando-se os fatores ecológicos mais discutidos nos dias de hoje, como é o caso<br />

da preocupação com a qualidade da água, com a disposição dos resíduos plásticos no meio<br />

ambiente e com os processos erosivos gerados pela ampliação do fluxo superficial, tem-se<br />

que não só o uso de garrafas PET como também a própria implantação de trincheiras de infiltração<br />

contribuem para a mitigação dos danos ambientais ora existentes junto aos centros<br />

urbanos, principalmente nas áreas de expansão. Esses sistemas apresentam a vantagem de<br />

compensarem o excedente de águas pluviais não infiltradas próximo à fonte geradora, sendo<br />

possível a implantação de sistemas que sejam coletivos ou individuais.<br />

Segundo Camapum de Carvalho e Lelis (2010), o uso de garrafas PET como material<br />

alternativo para a construção de trincheiras, além de contribuir para mitigar o problema ambiental<br />

gerado pelo excesso desses vasilhames lançados sem qualquer controle na natureza ou<br />

depositados nos aterros sanitários, possibilita maior volume de acumulação de água no interior<br />

da trincheira. A Figura 5 ilustra a utilização das garrafas PET na construção de trincheiras<br />

(Camapum de Carvalho e Lelis, 2010).

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