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Trincheiras como estruturas de infiltração 361<br />

As desvantagens são:<br />

• possibilidade de colmatação, fazendo-se necessárias vistoria e manutenção periódica;<br />

• limitações no caso de declividade longitudinal superior a 5% no caso de trincheiras<br />

muito longas, pois a água permanece em nível;<br />

• risco de poluição do lençol subterrâneo, podendo ser necessário controle periódico da<br />

água de infiltração.<br />

3.3 Dimensionamento<br />

Existem vários métodos para se determinar as dimensões e a funcionalidade de estruturas<br />

de infiltração. Urbonas e Stahre (1993) apresentam o rain-envelope-method, uma metodologia<br />

de dimensionamento expedito de estruturas de percolação que utiliza dados de<br />

caracterização do local de implantação e das curvas de intensidade, duração e frequência de<br />

chuva (IDF).<br />

O método baseia-se na determinação da máxima diferença entre o volume afluente (parcela<br />

do volume precipitado que foi drenado para a trincheira) e o volume infiltrado (volume<br />

acumulado de entrada e saída do dispositivo). A curva de valores acumulados, no tempo, dos<br />

volumes afluentes ao dispositivo que é construída com base nas vazões obtidas a partir na<br />

curva IDF local é comparada com a curva de valores dos volumes dele efluentes determinados<br />

a partir das vazões obtidas das características de infiltração do solo. A máxima diferença<br />

entre as duas curvas é o volume de acumulação para o qual será dimensionado o sistema,<br />

levando-se em consideração a porosidade do material de preenchimento da trincheira. Nesse<br />

sentido, sistemas como o que utiliza garrafas PET perfuradas maximizam a capacidade de<br />

armazenamento em relação a sistemas convencionais de enchimento, como o que utiliza brita.<br />

Contudo, o método apresenta algumas desvantagens. Uma delas é que o volume infiltrado<br />

é estimado com base na formulação de Darcy para solo saturado, o que, de acordo com<br />

Graciosa et al. (2008), pode subestimar a capacidade de infiltração da trincheira, uma vez que<br />

considera a taxa de infiltração do solo constante e igual à taxa de infiltração na condição de<br />

saturação (situação limite). Outra desvantagem é o volume afluente ser calculado com base<br />

no método racional, o qual, segundo Mikkelsen et al. (1996) apud Lima (2009), negligencia o<br />

efeito de chuvas sucessivas.<br />

O volume dimensionado para trincheira deve ser calculado com base na maior diferença<br />

entre o volume afluente e o volume infiltrado, sendo o cálculo efetuado segundo o processo<br />

interativo a seguir (Lima, 2009):<br />

1. calcula-se o volume afluente;<br />

2 estimam-se as dimensões iniciais da trincheira, lembrando que a vazão de saída depende<br />

da superfície de infiltração, ou seja, da área lateral e de fundo da trincheira e<br />

que nem sempre o fluxo nas duas direções é o mesmo;<br />

3. calcula-se o volume infiltrado;<br />

4. constrói-se a curva acumulada com os volumes afluente e infiltrado;<br />

5. identifica-se o ponto de máxima diferença entre as curvas de volumes acumulados;<br />

6. determina-se o volume necessário de armazenamento, levando em consideração a<br />

porosidade do material de preenchimento e

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