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Trincheiras como estruturas de infiltração 355<br />

de laboratório e de testes de infiltração realizados em sete trincheiras de pequenas dimensões<br />

construídas no Campo Experimental do Programa de Pós-Graduação da Universidade de<br />

Brasília. As trincheiras foram construídas usando-se diferentes materiais e, em alguns casos,<br />

os mesmos materiais distribuídos em diferentes proporções. O estudo realizado por Silva<br />

(2012) sobre trincheiras é muito mais amplo do que o aqui apresentado, podendo ser consultado<br />

gratuitamente no site www.geotecnia.unb.br.<br />

2 Aspectos relativos aos mecanismos de infiltração<br />

Os solos profundamente intemperizados, como é o caso do perfil de solo do Distrito<br />

Federal, são compostos predominantemente por macro e microporos (Figura 2a). Os microporos<br />

encontram-se majoritariamente integrando os agregados, e os macroporos são<br />

constituídos pelos espaços vazios existentes entre os agregados. Enquanto a capacidade de<br />

armazenamento está diretamente ligada aos vazios totais presentes nesses solos, a percolação<br />

geralmente se restringe aos mesoporos e, principalmente, aos macroporos, devido a menor<br />

energia necessária para que ocorra o fluxo. Os solos pouco intemperizados, por sua vez, são<br />

constituídos por partículas que guardam certa independência entre elas (Figura 2b). Nesses<br />

solos, podem ainda estar presentes pacotes de argila. Os solos pouco intemperizados apresentam<br />

distribuição de poros que podem ir de bem graduada a uniforme, segundo a textura<br />

do solo.<br />

(a)<br />

(b)<br />

Figura 2. a) Solo profundamente intemperizado; b) solo pouco intemperizado.<br />

O movimento da água no interior do maciço está ligado a duas formas de energia: a<br />

gravitacional oriunda da coluna de água e considerada externa, e a correspondente ao potencial<br />

de sucção ou capilaridade que é considerada interna. A energia interna pode ser oriunda<br />

das cargas de superfície dos minerais, forças de adsorção, energia de sucção e/ou de forças de<br />

natureza capilar, energia capilar. Para entender o mecanismo de fluxo nos mantos de solos<br />

tropicais não saturados, faz-se necessário, portanto, entender não apenas a forma da curva<br />

características de retenção de água desses solos, mas também a microestrutura do solo e a<br />

mineralogia. Em um perfil de intemperismo, parte-se da rocha (geralmente rocha sã seguida<br />

da rocha alterada) considerada impermeável, passa-se à camada de solo saprolítico (alguns

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