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Capítulo 18<br />

Trincheiras como estruturas de infiltração<br />

Joseleide Pereira da Silva<br />

José Camapum de Carvalho<br />

Ennio Marques Palmeira<br />

1 Introdução<br />

Nas últimas décadas, o crescimento desordenado e sem os estudos mínimos necessários<br />

vem se somando às deficiências pré-existentes em áreas urbanas e periurbanas, especialmente<br />

no que tange a infraestruturas como saneamento, abastecimento de água e transporte. Não<br />

parece haver, infelizmente, uma preocupação marcante com a vida e sua qualidade.<br />

Atualmente, várias problemáticas humanas se maximizam, transformando-se em verdadeiras<br />

catástrofes socioambientais quando associadas a eventos climáticos. Nesse sentido, em<br />

diversas épocas do ano, destaca-se nos noticiários nacionais a necessidade de maiores cuidados<br />

com o meio ambiente, o qual se expressa de diversas formas e sempre busca o equilíbrio quando<br />

ocorre o rompimento. Este rompimento demonstra a incompatibilidade de certas atividades<br />

humanas com o equilíbrio ambiental, podendo ser citada a inadequada ocupação e uso do solo.<br />

Cabe destacar que muitos dos problemas urbanos, como é o caso das inundações, têm quase<br />

sempre parte da origem situada nas áreas rurais. Enquanto nas áreas rurais o escoamento superficial<br />

é facilitado por manejos inadequados, nas urbanas o grande problema é o excesso de<br />

impermeabilização da superfície do solo. Como consequência, surge a necessidade de disciplinar<br />

a ocupação e o uso do solo em áreas rurais e urbanas, em ambas buscando-se favorecer o<br />

equilíbrio do balanço hídrico pré-existente por meio da infiltração planejada das águas pluviais.<br />

O ciclo hidrológico é conceito muito importante na hidrologia. É o fenômeno global de<br />

circulação da água nos seus diferentes estados físicos, que ocorre entre a hidrosfera e a atmosfera.<br />

Esse movimento permanente é impulsionado pela energia do sol associada à gravidade<br />

e à rotação terrestre. A energia solar aquece a água superficial resultando na sua evaporação.<br />

O vapor de ar condensa-se, formando as nuvens. A gravidade faz com que a água condensada<br />

volte à superfície em forma de precipitação. Uma vez na superfície, a água circula, podendo<br />

escoar sobre o solo até atingir cursos d’água, reservatórios, mares e oceanos ou infiltrar nos<br />

solos e nas rochas, através de poros, fissuras e/ou fraturas, umedecendo-os e alimentando os<br />

aquíferos subterrâneos. Parte da água que se infiltra no solo é absorvida pela vegetação e, por<br />

meio da evapotranspiração, é devolvida à atmosfera. O equilíbrio desses fatores é denominado<br />

balanço hídrico.<br />

Dentre os fatores condicionantes no ciclo da água, relacionado à infiltração e ao escoamento,<br />

estão o solo e o perfil que ele apresenta.

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