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346<br />

Tópicos sobre infiltração: teoria e prática aplicadas a solos tropicais<br />

A curva característica obtida para o solo de Boa Vista indica ainda, pela verticalidade<br />

da curva entre os pontos de término de entrada de ar dos macroporos (w=12%) e o ponto<br />

de início da entrada de ar no microporos (w=5%), tratar-se de solo com pouca graduação de<br />

poros entre os macro e os microporos.<br />

Figura 17. Curva característica umidade versus sucção do solo de Boa Vista, RR.<br />

5.9 Ensaio de cisalhamento direto<br />

Os ensaios de cisalhamento direto foram realizados a uma velocidade de 0,046 mm/<br />

min, utilizando-se corpos-de-prova com seção de base quadrada (6 cm x 6 cm) e 2,54 cm de<br />

altura no estado natural. A Tabela 4 apresenta os índices físicos dos corpos-de-prova ao final<br />

do ensaio. Observa-se desses resultados que apenas o corpo-de-prova submetido a 200 kPa<br />

de tensão confinante vertical sofreu significativa redução de porosidade ao longo do ensaio.<br />

Com isso, já é possível prever que o sistema de infiltração utilizado, garrafas PET com 10<br />

cm de cobertura de areia, não é suscetível de gerar qualquer compactação adicional do solo<br />

suporte.<br />

A Figura 18 mostra o resultado do ensaio de cisalhamento utilizando tensões normais de<br />

50, 100 e 200 kPa e amostra na condição de umidade e porosidade natural.<br />

A Figura 19 apresenta as envoltórias de ruptura do solo considerando-se a resistência<br />

de pico e a residual. Com base nesses resultados, obteve-se uma coesão de pico igual a 133<br />

kPa e residual de 15,5 kPa e um ângulo de atrito de pico igual a 50º e residual igual a 47º.<br />

Apesar dos excelentes coeficientes de correlações obtidos na análise dos resultados, constata-<br />

-se que o ângulo de atrito é elevado, mesmo em se tratando de um solo arenoso como consta<br />

das análises granulométricas. Constata-se também que a presença de coesão na resistência<br />

residual reflete que, mesmo após a ruptura de pico, a capilaridade continua atuando no solo.<br />

A diferença entre a coesão de pico e residual aponta para a presença de ligações cimentíceas<br />

no solo e/ou para o fato de que, na ruptura, a parcela de sucção devido à energia de adsorção<br />

deixa temporariamente de atuar.

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