17.06.2015 Views

baixar

baixar

baixar

SHOW MORE
SHOW LESS

Create successful ePaper yourself

Turn your PDF publications into a flip-book with our unique Google optimized e-Paper software.

334<br />

Tópicos sobre infiltração: teoria e prática aplicadas a solos tropicais<br />

viais de áreas adjacentes, concentrando o fluxo, efetuando o seu armazenamento temporário<br />

e criando condições para infiltração da água ao longo do seu comprimento. Elas permitem<br />

controlar as águas de escoamento superficial por meio de infiltração no solo ou redução da<br />

velocidade de escoamento. Elas podem ainda atuar como volume de acumulação até que a<br />

água se infiltre, isto é, seja paulatinamente drenada. Pode integrar-se paisagisticamente ao<br />

ambiente, tornando o espaço urbano mais agradável. Essas valas podem ainda ser preenchidas<br />

com agregado graúdo ou mesmo recobertas por grama (Figura 2).<br />

Segundo recomendação de autores como Urbonas e Stahre (1993), as valas não devem<br />

ser utilizadas em locais onde a declividade longitudinal supere 2%, pois nessa condição a<br />

infiltração da água no solo não é favorecida. Cabe destacar que, em situações de maior declividade,<br />

faz-se necessária atenção de modo a evitar problemas como erosão, que dá origem à<br />

formação de ravinas e voçorocas.<br />

Uma das grandes vantagens encontradas no dimensionamento das valas é que são mais<br />

superficiais e, portanto mais estáveis que as demais estruturas. O grande inconveniente do seu<br />

uso é que, dependendo de sua dimensão, elas ocupam uma grande área superficial, o que não<br />

é vantajoso em áreas densamente urbanizadas.<br />

Foram verificadas duas metodologias para o dimensionamento das valas de infiltração:<br />

na primeira consideram-se as valas trabalhando secas (CIRIA, 1996), e na segunda consideram-se<br />

as valas trabalhando como canais, ou seja, com uma lâmina de água no seu interior<br />

(URBONAS e STAHRE, 1993).<br />

Conforme Urbonas e Stahre (1993) e outros autores, para o dimensionamento das valas<br />

de infiltração são utilizados os parâmetros descritos a seguir.<br />

• Declividade longitudinal: varia de acordo com a localização da vala no loteamento; no<br />

entanto, geralmente obedece ao limite de 2%.<br />

• Coeficiente de rugosidade de Manning para o revestimento da vala: varia com o revestimento;<br />

para a grama, por exemplo, pode ser considerado o coeficiente de rugosidade<br />

de 0,45.<br />

• Taxa de infiltração da água no solo saturado: deve ser determinada experimentalmente.<br />

A título de exemplo, o SCS (Soil Conservation Service) recomenda que se adote<br />

6,35 mm/h para um solo do grupo C.<br />

• Inclinação dos taludes da vala: deve ser compatível com a necessidade de infiltração,<br />

com a capacidade de infiltração do terreno e com a área disponível. É comum adotar-se<br />

seção V com 4H (H-horizontal):1V (V-vertical), obedecendo-se a uma largura<br />

máxima de 1,20 m de borda a borda no topo da vala.<br />

• Chuva de projeto e respectiva duração: deve ser compatível com as características<br />

climáticas da região.<br />

• Vazão de projeto: vazão drenada da área contribuinte para a vala de infiltração, determinada<br />

a partir do Método Racional.<br />

• Profundidade do lençol freático no período chuvoso deve ser maior ou igual a 1,20<br />

m, e a camada impermeável deve estar a no mínimo 1,20 m de profundidade. Essas<br />

características nem sempre são possíveis de serem obedecidas e, quando contrariadas,<br />

requerem maior controle da qualidade da água a ser infiltrada.<br />

• A taxa de infiltração do solo quando saturado deve ser, segundo recomendações, superior<br />

a 7,60 mm/h.

Hooray! Your file is uploaded and ready to be published.

Saved successfully!

Ooh no, something went wrong!