17.06.2015 Views

baixar

baixar

baixar

SHOW MORE
SHOW LESS

You also want an ePaper? Increase the reach of your titles

YUMPU automatically turns print PDFs into web optimized ePapers that Google loves.

Estruturas superficiais de infiltração: colchões drenantes 333<br />

no controle de fluxos superficiais. Tal estrutura foi estudada com a finalidade de minimizar<br />

os impactos da impermeabilização em cidades, áreas industriais, rodovias e aeroportos em<br />

regiões onde o lençol freático é superficial.<br />

2 Conceitos<br />

Segundo Baptista et al. (2005), as técnicas compensatórias surgem para atuar na retenção<br />

e na infiltração das águas precipitadas, possibilitando ganhos na qualidade das águas pluviais.<br />

Os mesmos autores citam a classificação das técnicas compensatórias em: não estruturais,<br />

que atuam no retardamento do escoamento (revestimento de canais e pavimentos rugosos,<br />

controle na fonte, etc.), e estruturais, que permeiam as técnicas de retenção e infiltração e se<br />

diferem principalmente pela geometria e pela capacidade de captação do volume escoado<br />

(trincheiras, colchões drenantes, valetas, valas, poços de infiltração, etc.).<br />

As águas de origem pluvial podem possuir carga poluente equivalente e, às vezes, até<br />

mesmo superior àquela presente nos esgotos sanitários. Ide e De Lucca (1985) e Chebbo<br />

(1992) relatam, ainda, que a carga de poluição nas águas pluviais é tão nociva quanto a dos<br />

esgotos domésticos, na mesma ordem de grandeza, não podendo ser desprezada quando se<br />

trata da qualidade do meio receptor (em geral os cursos d’água do meio urbano). A diferença<br />

crucial é que a poluição transportada pelas águas do escoamento pluvial é composta, essencialmente,<br />

por materiais em suspensão e metais pesados. Apesar da importância dessas referências,<br />

cabe salientar que a coleta cuidadosa da água da chuva pode torná-la quase que isenta<br />

de poluentes, exceto os presentes na atmosfera. Portanto, a captação e infiltração apropriadas<br />

deve ser entendida como uma opção viável e capaz de resolver vários problemas socioambientais,<br />

evitando, inclusive, a poluição dos mananciais que recebem indiscriminadamente<br />

os sistemas de drenagem das águas pluviais coletadas sem qualquer controle e que servem de<br />

suporte a publicações como as referidas aqui.<br />

O conhecimento do funcionamento dos dispositivos ditos “alternativos” envolve pesquisas<br />

em um campo extremamente vasto e abrangente. São diversas as técnicas disponíveis,<br />

podendo-se citar: as bacias, os poços, as valas, os colchões drenantes, as trincheiras, os pavimentos<br />

drenantes e os reservatórios de retenção e detenção. Os sistemas podem ser únicos ou<br />

em separado e dotados ou não de tratamento.<br />

Apesar da grande diversidade de alternativas, neste capítulo serão tratadas apenas as<br />

estruturas de infiltração consideradas superficiais, cuja profundidade é pequena em relação<br />

ao comprimento e/ou largura. Essas estruturas são geralmente utilizadas em áreas cujo lençol<br />

freático é superficial. Podem-se citar como estruturas superficiais as valas e os colchões<br />

drenantes.<br />

2.1 Valas de infiltração<br />

Valas, valos ou valetas são dispositivos de drenagem que atuam como técnicas compensatórias<br />

constituídas por simples depressões lineares escavadas no solo permeável, apresentando<br />

paredes inclinadas e geralmente não preenchidas. O seu objetivo é recolher águas plu-

Hooray! Your file is uploaded and ready to be published.

Saved successfully!

Ooh no, something went wrong!