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Capítulo 17<br />

Estruturas superficiais de infiltração:<br />

colchões drenantes<br />

Cláudia Marcia Coutinho Gurjão<br />

Mariana Ramos Chrusciak<br />

Joseleide Pereira da Silva<br />

José Camapum de Carvalho<br />

1 Introdução<br />

A expansão do ambiente urbano causa o aumento das superfícies impermeabilizadas,<br />

alterando o ciclo hidrológico nas cidades. Este capítulo busca apresentar resultados de pesquisas<br />

utilizando estruturas de infiltração, especificamente valas e colchão drenante, para o<br />

controle de fluxos superficiais na fonte, construídas com a finalidade de minimizar os impactos<br />

da impermeabilização nas cidades.<br />

Com o aumento desordenado da população e o desconhecimento ou descaso em relação<br />

a técnicas para ocupação e uso apropriado do solo, observou-se um desequilíbrio ambiental<br />

em relação ao ciclo hidrológico, ocasionando enchentes e inundações localizadas. Por vezes,<br />

tais inundações e alagamentos são frutos da falta de infraestrutura urbana principalmente<br />

quanto à drenagem de águas pluviais; outras vezes, são consequência dos sistemas de drenagem<br />

convencionais que sobrecarregam talvegues e cursos d’água, gerando prejuízos socioambientais.<br />

Com a urbanização, vem à impermeabilização da superfície do solo, e uma parcela da<br />

água que infiltrava passa a compor o volume de escoamento superficial, ocasionando o aumento<br />

dos volumes escoados e das vazões de pico, que provocam o crescimento na frequência<br />

e na magnitude das inundações que são, anualmente, noticiadas pelos principais jornais do<br />

país. A origem do problema está normalmente ligada à impermeabilização excessiva e à falta<br />

de planejamento e gestão ambiental. A responsabilidade, no entanto, deve, no estágio atual,<br />

ser dividida entre o Estado e a sociedade: o Estado por apresentar limitações no planejamento<br />

e na gestão, e a sociedade por não respeitar as normas urbanísticas estabelecidas, como o<br />

coeficiente de ocupação. Talvez o ideal seria que, em lugar de ser fixado o coeficiente de ocupação,<br />

fosse definido o coeficiente de preservação, fixando as condições em que esta deveria<br />

se dar.<br />

No ciclo hidrológico, tem-se uma troca constante de água na hidrosfera, entre a atmosfera,<br />

a água do solo, águas superficiais, subterrâneas e das plantas. Se qualquer um dos processos<br />

internos for afetado, todo o ciclo hidrológico é prejudicado. O processo mais afetado<br />

com o crescimento desordenado é o escoamento superficial. A impermeabilização do solo<br />

e a remoção da vegetação nativa alteram as condições naturais de infiltração, ao diminuir o<br />

atrito da água com a superfície do solo, aumentando a velocidade de escoamento e ampliando

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