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316<br />

Tópicos sobre infiltração: teoria e prática aplicadas a solos tropicais<br />

Para os geocompostos, a gramatura do geotêxtil de cobertura não tem influência significativa<br />

no comportamento hidráulico quanto à transmissividade, pois o escoamento da água<br />

depende muito mais da forma espacial do núcleo do geocomposto (canais, conchas de ovos,<br />

etc.) do que do geotêxtil de cobertura.<br />

2.3.3 Abertura de filtração (O f<br />

)<br />

A abertura de filtração do geotêxtil (ASTM D 4751/87 e NBR Proj 02:153.19-021) é<br />

definida como a abertura equivalente ao diâmetro da maior partícula que passa através de<br />

seus poros. Do ponto de vista prático, a abertura de filtração de um geotêxtil é o parâmetro<br />

mais importante em dimensionamento de filtros de geotêxteis (associada às dimensões dos<br />

poros e constrições no geotêxtil). A constrição é o tamanho da menor abertura em um canal<br />

de fluxo que atravessa um geotêxtil. A dimensão da constrição é que, de fato, determina o tamanho<br />

da maior partícula capaz de atravessar o filtro geotêxtil. Portanto, uma clara distinção<br />

pode ser feita entre poros e constrições: um poro é um espaço volumétrico formado entre<br />

quatro ou mais elementos (partículas, no caso de filtros granulares, e filamentos ou fibras, no<br />

caso de geotêxteis), ao passo que a constrição é uma abertura<br />

conectando dois poros (Giroud, 1996). A Figura 8 mostra<br />

um esquema representativo de uma constrição.<br />

Figura 8. Representação do conceito de constrição da matriz de<br />

geotêxtil não tecido.<br />

A determinação da abertura de filtração pode ser feita por meio de métodos experimentais<br />

diretos (peneiramentos seco, úmido e hidrodinâmico) e indiretos (intrusão de mercúrio,<br />

bubble point e análise de imagens), métodos teóricos (modelos matemáticos) e métodos semiempíricos.<br />

Um grande número de métodos tem sido desenvolvido para medir o tamanho<br />

de abertura de filtração do geotêxtil. Eles podem ser divididos em: métodos experimentais,<br />

métodos teóricos (modelos matemáticos) e métodos semiempíricos. Os métodos experimentais<br />

são classificados, segundo Giroud (1996), como:<br />

• métodos que consistem em peneiramento de partículas de areia calibradas ou esferas<br />

de vidro através do espécime de geotêxtil, podendo ser caracterizados por: peneiramento<br />

seco (CalhOUN, 1972; Gerry e RayMOND, 1983), peneiramento úmido<br />

e peneiramento hidrodinâmico (FayOUX e EVON, 1982; Mlynarek et al., 1993).<br />

• métodos baseados no fenômeno da capilaridade: intrusão de mercúrio (PRAPAhan<br />

et al., 1989) e bubble point (Bhatia et al., 1994; Fisher, 1994; Bhatia e Smith,<br />

1995; Vermeersch e Mlynarek, 1996; PALMEIRA e Gardoni, 2000).<br />

• métodos baseados na análise morfológica (análise de imagens) de seções transversais<br />

de geotêxteis, onde os poros são preenchidos com resina (ROLLIN et al., 1977) por<br />

meio do uso de um tratamento matemático para derivar a distribuição de tamanho<br />

de poros a partir de medidas feitas na seção.

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