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300<br />

Tópicos sobre infiltração: teoria e prática aplicadas a solos tropicais<br />

o melhor método para análises multifase, dadas as vantagens e desvantagens das abordagens.<br />

O objetivo de análises multifase é estudar o comportamento da interação de líquidos e gases e<br />

a reprodução da transição de uma fase para outra. O parâmetro básico para a transição entre<br />

fases é a temperatura. No modelo de Shan e Chen (1993), o papel da temperatura em processos<br />

não isotérmicos é representada por meio do parâmetro de interação G. A ideia básica<br />

de Shan e Chen é a aplicação de um potencial de interação microscópico entre as partículas<br />

vizinhas. Para esse propósito, uma força de atração é adicionada aos nós mais próximos. Para<br />

o modelo D2Q9, essa força é dada pela seguinte equação:<br />

8<br />

F (x, t)= – G ψ (x, t) w i<br />

ψ (x + c i<br />

Δt, t) c<br />

Σ i<br />

(14)<br />

i = 0<br />

sendo w i<br />

os pesos associados com cada direção de velocidade e Ψ uma função que define o<br />

potencial de interação. Essa função é definida como:<br />

–ρ ψ (ρ) = ψ0 exp<br />

(<br />

0<br />

(15)<br />

ρ<br />

em que Ψ 0<br />

e ρ 0<br />

são constantes ou parâmetros do material. Outras funções para o potencial de<br />

interação podem ser utilizadas.<br />

Por sua vez, a pressão no fluido (P ) pode ser associada com a densidade por meio de<br />

uma equação de estado. Para o modelo D2Q9, a equação de estado é dada por (hE e Doolen,<br />

2002):<br />

ρ<br />

P = +<br />

G ψ<br />

2<br />

(ρ)<br />

(16)<br />

3 6<br />

A força de atração F, expressa na Equação (14), aumenta de acordo com a densidade.<br />

Dessa forma, uma região densa (líquido) experimenta uma força coesiva maior que uma região<br />

menos densa (gás), o que leva à aparição do fenômeno de tensão superficial. A força é<br />

adicionada ao sistema de forma similar à Equação (13).<br />

Por outro lado, é possível a simulação de aderência entre as partículas de fluido e as<br />

superfícies, o que permite a reprodução de fenômenos como a adsorção e, posteriormente, a<br />

ascensão capilar. De acordo com Martys e Chen (1996), o tamanho da força de aderência é<br />

proporcional a um coeficiente de adsorção G s<br />

dado pela Equação (17), em que s é dado por 1<br />

se (x + c i<br />

Δt) corresponde a um nó sólido e zero caso contrário.<br />

8<br />

F s<br />

(x, t)= –G s<br />

ψ (x, t) w i<br />

s (x + c i<br />

Δt, t) c<br />

Σ i<br />

(17)<br />

i = 1<br />

A atração de um fluido para uma superfície sólida por aderência constitui um aspecto<br />

importante na simulação da infiltração em mesoescala, dado que a fase líquida se adere às<br />

partículas sólidas e pode servir como passagem de mais líquidos em direção a outras regiões<br />

do solo.<br />

(<br />

4.5.1 Exemplos de aplicação da análise multifásica<br />

A Figura 12 mostra o resultado de uma simulação multifásica (liquido-gás) em que são<br />

representados diferentes ângulos de contato entre uma gota de líquido e uma superfície sólida<br />

de acordo com a variação do coeficiente de adsorção G s<br />

. Esta figura mostra também a variação

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