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290<br />

Tópicos sobre infiltração: teoria e prática aplicadas a solos tropicais<br />

seria possível demonstrar que a movimentação da água, dando-se por diferença de energia,<br />

conduziria a valores menores de permeabilidade devido à ação de forças de superfície atuante<br />

nas partículas de solo. Leong e Rahardjo (1997) apresentam um conjunto de fórmulas empíricas<br />

para aproximar o valor da permeabilidade em solo não saturado.<br />

Os modelos em mesoescala precisam atender às equações de Navier-Stokes (ENS) (Chen<br />

et al., 1992). As ENS são um conjunto de equações diferenciais parciais (EDP) não lineares que<br />

descrevem o fluxo de fluidos Newtonianos. Essas equações podem ter uma grande variedade<br />

de aplicações como o fluxo de líquidos, gases, fluxo laminar e turbulento. As ENS são definidas<br />

pelas condições de conservação de massa, momento linear e energia, respectivamente:<br />

∂ρ<br />

+∇ ∙ (ρv) = 0<br />

(1)<br />

∂t<br />

∂v<br />

1<br />

= – (v ∙ ∇) v – ∇ρ + μ∇ 2 v +<br />

F<br />

∂t<br />

ρ<br />

ρ<br />

(2)<br />

∂s<br />

Q<br />

= –v ∙ ∇s +<br />

(3)<br />

∂t<br />

T<br />

Nas equações (1), (2) e (3) usa-se notação simbólica (vetorial), sendo as grandezas vetoriais<br />

representadas em negrito e o produto escalar representado pelo ponto ( • ). Usam-se<br />

∂ ∂ ∂<br />

ainda o operador diferencial nabla ∇= ( , , , que fornece o vetor gradiente de<br />

∂x ∂y ∂z<br />

∂<br />

uma função de campo escalar, e o operador Laplaciano 2 ∂ 2 ∂ 2<br />

∇ 2 = + + , que fornece<br />

∂x 2 ∂y 2 ∂z 2<br />

um valor escalar. Com relação às demais grandezas nas equações (1), (2) e (3), tem-se que:<br />

ρ é a densidade do fluido, v é o vetor de velocidade, t é o tempo, μ é a viscosidade dinâmica<br />

do fluido, F é o vetor de força externa que atua sobre o fluido, s é a entropia por unidade de<br />

massa, Q é a transferência de calor e T é a temperatura. Para descrever o problema de fluxo<br />

formulado nas ENS, é necessário que as propriedades do fluido sejam diferenciáveis e contínuas.<br />

Dependendo da geometria do domínio e das condições de contorno, não existe solução<br />

analítica para as ENS; por isso, é necessário recorrer a métodos numéricos, tais como o LGA<br />

e MLB descritos nas próximas seções.<br />

(<br />

3 Autômata celular<br />

Um dos primeiros modelos numéricos para simulação de fluxo em mesoescala é o Autômata<br />

Celular. Esse modelo representa um sistema dinâmico que evolui em passos discretos.<br />

Consiste de uma grelha regular (lattice) de células que representam o domínio, onde cada<br />

ponto ou nó da célula adota um determinado estado que pode variar ao longo do tempo. O<br />

estado de uma célula para um tempo t é definido em função dos estados das células vizinhas<br />

no tempo anterior t – 1. A evolução dos estados das células é regida por uma mesma regra<br />

ou função de transição f. Cada vez que essa regra é aplicada sobre todas as células, a grelha é<br />

atualizada e uma nova configuração ou “geração” é obtida.<br />

Uma das formas mais simples de autômata celular é considerar uma grelha unidimensional<br />

formada por uma sequência de células (pontos) cujos estados podem ser caracterizados

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