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Capítulo 15<br />

Análise numérica de processos de infiltração<br />

em mesoescala<br />

Raul Durand<br />

Márcio Muniz de Farias<br />

José Camapum de Carvalho<br />

1 Introdução<br />

O estudo e a previsão da infiltração no solo são importantes na destinação de águas<br />

pluviais em centros urbanos, bem como na redução de vazões de pico e no estudo de plumas<br />

de contaminação. No estudo, é importante considerar a capacidade de infiltração do material.<br />

Frequentemente, os volumes de infiltração são avaliados utilizando métodos semianalíticos<br />

e/ou empíricos (JONASSON, 1984; Leeflang et al., 1998; Urbonas e STAhre, 1993)<br />

e em alguns casos por meio de métodos numéricos, como o Método dos Elementos Finitos<br />

- MEF (Zimmer et al., 1999; Duchene et al., 1994). Também podem ser considerados<br />

modelos analíticos, como os de Corradini et al. (2004) e Browne et al. (2008), baseados na<br />

equação de Richards (1931).<br />

Todas as abordagens anteriormente citadas analisam o fluxo considerando o solo como<br />

um meio contínuo, utilizando parâmetros como a permeabilidade e o coeficiente de escoamento<br />

do material. Esses métodos são baseados em observações macroscópicas. As variáveis<br />

utilizadas em nível macroscópico usualmente são a pressão e a velocidade de fluxo, as quais<br />

são relacionadas por meio de propriedades do solo como a permeabilidade. A mecânica dos<br />

solos não saturados adiciona a variável de sucção para levar em conta o fluxo multifásico no<br />

meio poroso. Entretanto, esses modelos macroscópicos não levam em consideração a física<br />

microscópica envolvida no fluxo no interior dos vazios do solo, como a existência de capilaridade<br />

e de tensão superficial, fenômenos que podem estabelecer caminhos preferenciais<br />

para o fluxo em um meio essencialmente heterogêneo. Eles também não levam em conta a<br />

distribuição de poros, a qual assume grande importância nos solos profundamente intemperizados.<br />

Atualmente, existem métodos numéricos que permitem a simulação de fluxo em escala<br />

de grãos (mesoescala) como o Método Lattice Gas Automata (LGA, em inglês) e o Método<br />

Lattice-Boltzmann (MLB), os quais vêm evoluindo recentemente com aplicações para o estudo<br />

de fluxo em meios porosos (Wolf e Philipi, 2003; Santos et al., 2005; PICO et al.,<br />

2005; Wolf et al., 2008; NABOVATI e Sousa, 2007). O objetivo da simulação da infiltração<br />

por meio de modelos em mesoescala não é analisar o fluxo microscópico em domínios de<br />

escala real, mas estudar o efeito dos fenômenos existentes em pequena escala no comportamento<br />

macroscópico de forma que possam ser associadas características intrínsecas do meio

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