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250<br />

Tópicos sobre infiltração: teoria e prática aplicadas a solos tropicais<br />

neira geral, melhoras significativas foram alcançadas com o avanço da eletrônica e dos sistemas<br />

de aquisição de dados. A grande evolução dos instrumentos nos últimos anos se deu<br />

associada ao desenvolvimento de aferidores dielétricos, os quais permitem inferir não apenas<br />

o teor volumétrico, mas também a concentração de eletrólitos em solução (RAATS, 2001).<br />

Os equipamentos de tensiometria passaram de medidores de vácuo e tubos em U preenchidos<br />

com água ou mercúrio a transdutores elétricos, permitindo, assim, o desenvolvimento<br />

de microtensiômetros de resposta rápida. A partir do aumento de precisão dos transdutores<br />

de pressão e dos dataloggers, a sensibilidade das aferições em relação a perturbações pode<br />

agora ser avaliada (RAATS, 2001).<br />

Com o intuito de contribuir para a avaliação numérico-analítica das equações de infiltração,<br />

o presente capítulo tem o objetivo de analisar a dedução e avaliação de alguns dos mais<br />

utilizados modelos, quais sejam: Green-Ampt e Talsma-Parlange. Além disso, a equação de<br />

infiltração de três parâmetros proposta por Parlange et al. (1982) também será estudada em<br />

detalhes. De maneira simplificada, o último modelo é uma interpolação entre os modelos de<br />

Green e Ampt (1911) e de Talsma e Parlange (1972).<br />

2 Equação de Richards<br />

Derivada por Richards (1931), a equação que governa o movimento de água em solos<br />

não saturados pode, em princípio, ser escrita como função do teor de umidade volumétrico<br />

do solo ou de seu potencial matricial. Ou seja, pode-se, de maneira simples, manipular a<br />

equação para que a variável dependente se torne um dos dois parâmetros citados. Em termos<br />

do potencial matricial, a equação unidimensional de Richards toma a seguinte forma (Barry<br />

et al., 1993):<br />

em que t *<br />

é o teor de umidade volumétrico do solo (L 3 /L 3 ), K é a condutividade hidráulica do<br />

solo (L/T), Ψ é o potencial matricial (L) e z é a coordenada vertical (L) com origem na superfície<br />

do solo e sentido positivo descendente. Sabe-se que a Equação tem como premissas<br />

a homogeneidade do solo e o movimento isotérmico de água como fluido incompressível.<br />

Além disso, a matriz porosa é considerada rígida. Considera-se também que o ar presente<br />

tem efeito desprezível no fluxo de água. Finalmente, admite-se que não há histerese nas características<br />

de interesse.<br />

Utiliza-se, no presente capítulo, uma função especial sobremaneira importante, a função<br />

W de Lambert. Segue, pois, uma breve introdução a essa função.<br />

(1)<br />

3 Função W de Lambert<br />

O princípio de Pareto estabelece que, para fenômenos das mais diversas naturezas, cerca<br />

de oitenta por cento das consequências é resultado de apenas vinte por cento das causas. De<br />

fato, sob o prisma das ciências exatas, a lógica descrita é facilmente aplicada. Exemplificando,<br />

observa-se de maneira geral que do tempo empregado na elaboração de um artigo ou teoria

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