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Capítulo 13<br />

Modelos teóricos de infiltração em meios<br />

porosos: equação de Richards e suas<br />

aplicações<br />

1 Introdução<br />

André Luís Brasil Cavalcante<br />

Luan Carlos de Sena Monteiro Ozelim<br />

Pushpa Narayan Rathie<br />

Prabhata Kumar Swamee<br />

O pleno entendimento do fluxo de fluidos em meios porosos é um dos maiores desafios<br />

da atual ciência do solo. Em um primeiro momento, o fluido de maior interesse era a água.<br />

Há cerca de um século, Lorenzo A. Richards consolidou os esforços de gerações anteriores<br />

de estudiosos do solo – notavelmente Franklin H. King, Charles S. Slichter, Lyman J. Briggs,<br />

Edgar Buckingham, Willard Gardner e W.B. Haines – ao propor uma teoria macroscópica que<br />

descrevia o movimento de água em solos não saturados (RAATS, 2001). A teoria de Richards<br />

encontra respaldo em vários ramos da mecânica do contínuo ao combinar o mais simples balanço<br />

de massa, expresso por meio da equação da continuidade, com o balanço de momento,<br />

expresso pela lei de Darcy (RAATS, 2001).<br />

Pode-se dizer que, para a engenharia contemporânea, ainda que a aplicabilidade e robustez<br />

de modelos numéricos tenham se expandido e consolidado, a busca por soluções analíticas<br />

da equação de Richards continua em voga, haja vista que a validação é uma etapa imprescindível<br />

na avaliação de rotinas numéricas. Por outro lado, fenômenos complexos, como fluxo<br />

multifásico, têm intrigado cientistas, levando-os a buscar novas soluções da referida equação.<br />

Particularmente, o processo de infiltração recebeu grande atenção nos últimos anos,<br />

principalmente devido à necessidade de se avaliar a conservação do solo, prever enchentes<br />

e projetar sistemas de irrigação e drenagem. Além disso, sabe-se que, ao se potencializar o<br />

processo de infiltração, uma melhora significativa em relação à ocorrência de erosão e recarga<br />

dos aquíferos é alcançada (Cecílio et al., 2007).<br />

Com o mesmo efeito sobre outros processos que ocorrem no solo, tanto a anisotropia<br />

quanto a heterogeneidade da matriz porosa tornam o processo de infiltração real sobremaneira<br />

complexo. Observa-se, por outro lado, que pesquisadores têm proposto uma grande<br />

variedade de modelos cujos resultados mostram grande correspondência com a realidade.<br />

A necessidade de desenvolvimento de métodos experimentais mais precisos acompanhou<br />

a criação dos referidos modelos. Há cerca de trinta e cinco anos, já estavam disponíveis<br />

métodos variados para aferição de parâmetros de entrada como teor volumétrico de água e<br />

potencial hidráulico (RAATS, 2001).<br />

O teor volumétrico era medido não apenas gravimetricamente, mas também por meio<br />

de métodos fundamentados no espalhamento de nêutrons e absorção de raios gama. De ma-

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