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246<br />

Tópicos sobre infiltração: teoria e prática aplicadas a solos tropicais<br />

As curvas características de retenção de água mostradas na Figura 9 colocam em evidência<br />

a distribuição de poros bimodal para o perfil de solo nas profundidades ensaiadas.<br />

Essa estrutura é marcada por microporos no interior dos agregados e macroporos entre eles.<br />

É por esses macroporos que geralmente se dá o fluxo. Observa-se nesta figura que o término<br />

de entrada de ar nos macroporos se dá para aproximadamente 45% de grau de saturação e<br />

que a entrada de ar se dá para aproximadamente 28% de grau de saturação, ou seja, os poros<br />

intermediários não são muito significativos e o volume de macroporos é importante.<br />

Figura 9. Curvas características obtidas para o perfil de solo estudado.<br />

Após essa análise espacial, torna-se mais fácil discutir os resultados de infiltração propriamente<br />

ditos. Cabe lembrar que os ensaios de infiltração foram realizados permitindo rebaixamentos<br />

de 30 cm no nível d’água com medidas do tempo de ensaio a cada 5 cm. Ao se<br />

atingir os 30 cm de rebaixamento, novo ciclo de ensaio era iniciado, prosseguindo-se com<br />

o experimento até que o último ciclo tendesse à estabilização em relação ao penúltimo. Os<br />

resultados mostram que, para a primeira etapa, essa estabilização requereria maior tempo de<br />

ensaio que o adotado.<br />

A Figura 10 apresenta os resultados de taxa de infiltração obtidos nas etapas de ensaio<br />

em função do tempo acumulado em cada uma delas. Se associados esses resultados à localização<br />

dos ensaios no contexto das distribuições de umidade (Figura 7) e sucção (Figura<br />

8), torna-se possível verificar que o estado inicial do solo interfere diretamente na taxa de<br />

infiltração. Observa-se, por exemplo, que praticamente não se chegou à estabilização da taxa<br />

de infiltração no primeiro ensaio, tendo em vista o perfil encontrar-se muito ressecado. Já no<br />

segundo ensaio, realizado apenas três dias depois do primeiro, como o solo já se encontrava<br />

pré-umedecido, a estabilização se deu em curto espaço de tempo. No caso da infiltração da<br />

água da chuva a partir da superfície, é necessário que se leve ainda em conta o efeito tamponador<br />

e desagregador da frente gasosa sob pressão que se forma no contato com a frente de<br />

saturação (Camapum de Carvalho, 2011).<br />

A taxa de infiltração inicial depende diretamente da coluna d’água no interior do furo<br />

(energia externa aplicada) e da sucção próxima ao furo (energia interna atuante). Nos ensaios,<br />

a energia externa aplicada era a mesma, mesma coluna d’água inicial, porém, a interna<br />

variou de etapa para etapa. Assim, comparando-se os resultados iniciais de taxa de infiltração<br />

obtidos para a primeira etapa com os oriundos da segunda, percebe-se que, na primeira, os

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