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Avanço da frente de infiltração em solos profundamente intemperizados não saturados 237<br />

2.2 Ensaios de campo<br />

Os ensaios de campo foram realizados em cinco etapas, cada etapa diferenciada da anterior<br />

pelas condições iniciais de umidade do solo, principalmente nas proximidades do ponto<br />

ensaiado. Para a determinação da capacidade de infiltração de campo, foram executados ensaios<br />

de infiltração pelo método do rebaixamento em furo de sondagem a trado, o qual permite<br />

obter os valores médios de taxa de infiltração seguindo o procedimento de ensaio N° 04<br />

da ABGE (1996). Para o monitoramento da frente de umedecimento, foram realizadas coletas<br />

de amostras a diferentes profundidades, antes e após os ensaios de infiltração, e determinadas<br />

as umidades em laboratório pelo método gravimétrico da estufa. Restrepo (2010) estudou<br />

ainda a variação da resistência não drenada do solo com o avanço da frente de umedecimento<br />

ocasionado pela infiltração.<br />

2.2.1 Infiltração pelo método do rebaixamento em furo de sondagem a trado<br />

Os ensaios de permeabilidade em furos de sondagens consistem na medida da vazão de<br />

infiltração ou remoção da água em função da aplicação de uma carga ou de uma descarga,<br />

respectivamente. Em maciços saturados, as cargas são diferenciais de pressão, induzidas por<br />

colunas d’água, resultantes de injeção d’água no furo; as descargas são diferenciais de pressão<br />

provocadas por retirada d’água do furo. Nos mantos não saturados, porém, tem-se ainda a<br />

atuação da poropressão negativa de água como gradiente de energia indutor da infiltração.<br />

Nesses solos, pode ocorrer com o avanço da frente de saturação ocorrência de pressão positiva<br />

na fase ar, que passa a atuar como inibidora da infiltração. Este capítulo analisa, por meio de<br />

ensaios de rebaixamento em furo de sondagem, o processo de infiltração em um perfil de solo<br />

profundamente intemperizado, poroso e não saturado.<br />

Durante a pesquisa, foram executadas cinco etapas de ensaio de infiltração em um furo<br />

a trado executado manualmente com 10 cm de diâmetro e 2,0 m de profundidade. Em cada<br />

ensaio, preencheu-se o mesmo furo até o topo com água oriunda da rede de abastecimento<br />

público e, com a utilização de uma régua, fixou-se o nível superior em 0,0 cm, correspondendo<br />

ao tempo de ensaio t=0. Em seguida,<br />

fizeram-se as leituras dos tempos em que<br />

ocorriam os rebaixamentos sucessivos de 5 cm<br />

até atingir o rebaixamento total de 30 cm (Figura<br />

2). Quando o nível da água atingia esta<br />

cota, preenchia-se novamente o furo com água<br />

até o seu topo e repetia-se o procedimento até<br />

obterem-se tempos de infiltração aproximadamente<br />

constantes, ou seja, quando já não eram<br />

observadas variações significativas nos valores<br />

lidos de taxa de infiltração.<br />

Figura 2. Ensaio de rebaixamento em furo de<br />

sondagem a trado.

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