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Tópicos sobre infiltração: teoria e prática aplicadas a solos tropicais<br />

A Figura 7a apresenta os valores de índice de vazios obtidos para as misturas quando<br />

desidratadas até a umidade higroscópica. Verifica-se que, de um modo geral, a mistura dos<br />

insumos agrícolas com o solo tende a aumentar o seu potencial de retração, contribuindo,<br />

assim, para a redução da infiltrabilidade. Quanto à influência dos insumos na resistência a<br />

tração (Figura 7b), não fica clara qualquer tendência, mas verifica-se que ela aumenta com<br />

a redução do índice de vazios, ou seja, quanto maior a retração sofrida pela mistura, maior<br />

a resistência à tração. Esse comportamento vai contribuir para minimizar o surgimento das<br />

trincas de tração na medida em que a resistência aumenta, e isso também contribui para reduzir<br />

a capacidade de infiltração das águas pluviais no maciço.<br />

Figura 7. (a) Influência da adição dos insumos agrícolas na retração e (b) na resistência à tração.<br />

A Figura 8 apresenta os resultados obtidos nos ensaios de infiltração realizados na cavidade<br />

feita no bloco 1. A Figura 8a aponta para o fato de que a taxa de infiltração diminui<br />

à medida que o solo vai tendo o seu grau de saturação aumentado em consequência dos<br />

sucessivos ensaios de infiltração. Isso ocorre porque, com o aumento do grau de saturação,<br />

diminui a sucção, a qual atua como energia indutora da percolação somando-se ao efeito<br />

da carga hidráulica oriunda da coluna de água. Outra observação que pode ser feita sobre<br />

a Figura 8a é a de que, quando a umidade do solo é ainda baixa (três primeiros ensaios), a<br />

taxa de infiltração sofre significativa redução na fase inicial, voltando a aumentar em seguida.<br />

Provavelmente isso se dá devido ao efeito tamponador da fase ar quando o grau de saturação<br />

é ainda relativamente pequeno. Na Figura 4b, observa-se que tanto para o fogo de 5 minutos<br />

como para o de 6 minutos ocorre, inicialmente, um aumento na taxa de infiltração, o que<br />

provavelmente se deve ao aumento da sucção por perda de umidade na camada superficial<br />

do solo. No entanto, percebe-se que para os últimos ensaios após 6 minutos de fogo (ensaios<br />

3 e 4) ocorre tendência à redução na taxa de infiltração. A mesma tendência é observada em<br />

relação aos ensaios realizados após 15 min de fogo na nova cavidade feita (Figura 8c). Embora<br />

mais estudos devam ser realizados, os resultados apresentados apontam para a tendência de<br />

queda na taxa de infiltração do solo devido à ação do fogo. Isso provavelmente estaria ligado<br />

ao fechamento dos poros na superfície do solo devido seja à presença da cinza, seja à retração<br />

em função da perda de umidade em consequência do aquecimento.<br />

De modo geral, esses resultados apontam para o fato de que tanto o fogo como os insumos<br />

agrícolas podem contribuir para a redução da capacidade de infiltração do solo. Os<br />

resultados de condutividade e de pH mostram a necessidade de se avaliar melhor o risco<br />

de contaminação do lençol freático em consequência da solubilização e do transporte dos<br />

compostos químicos através do solo.

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