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Análises de cenários de suscetibilidade a inundações e alagamentos 189<br />

600 e superior a 600 m, respectivamente. Cabe salientar que, na data de elaboração deste<br />

estudo, já foi aprovado no Senado Federal o Projeto de Lei da Câmara (PLC) nº 30/2011, que<br />

define o texto do novo Código Florestal Brasileiro cuja delimitação das áreas de preservação<br />

permanente ainda segue, em grande parte, a lei em vigor, principalmente em relação à definição<br />

quantitativa das faixas marginais (buffers) ao longo de qualquer curso d’água natural,<br />

já citado nesse parágrafo.<br />

Outro atributo utilizado foi o da área de fluxo acumulado (Equação 1), que simula o<br />

caminho preferencial da água da chuva, resultando na rede de drenagem e indicando o local<br />

(ou pixel) onde possa haver maior acumulação da água. Além disso, a área de fluxo acumulado<br />

é uma informação também importante para estudos de relevo, de áreas de suscetibilidade<br />

de erosão, de fluxo de contaminantes, para a delimitação de áreas inundáveis e nos estudos<br />

de bacias hidrográficas (ROSIM, 1999 citado por Fraga et al., 2003). No presente estudo<br />

de caso, a área de fluxo acumulado foi essencial para a geração das zonas suscetíveis ao escoamento<br />

(buffer ou distância de drenagem), pois tal atributo possibilita o reconhecimento da<br />

hidrografia da região de estudo.<br />

Outro atributo utilizado foi a hipsometria. Em trabalho realizado em Goiânia para a<br />

verificação de inundações, Santos (2010) utiliza as informações das variações hipsométricas,<br />

nas quais é possível observar as diversas quebras de altitudes do terreno, como condicionante<br />

natural morfométrica para a produção de inundações. A autora ainda concluiu que as inundações<br />

são causadas por condicionantes naturais do meio físico e pela ocupação urbana, devido<br />

ao estrangulamento de drenagens, impermeabilizações de áreas e assoreamentos dos cursos<br />

d’água e reservatórios, o que intensifica os processos de inundação.<br />

2.2 Uso e cobertura do solo<br />

Almeida Filho e Almeida (2001) definem que o solo é a superfície da paisagem e o uso<br />

do solo “corresponde às intervenções do homem no meio visando atender suas necessidades<br />

agrícolas, urbanas, industriais, dentre outras”. Já a ocupação é o modo de desenvolvimento do<br />

uso do solo para diversos fins (irrigação, loteamentos, etc.).<br />

A cobertura e o uso do solo indicam a distribuição geográfica e espacial das tipologias de<br />

uso do solo, que são todas identificadas pela observação de padrões homogêneos da cobertura<br />

terrestre (IBGE, 2006). Para Lillesand e Kiefer (1994), a cobertura do solo ou da paisagem<br />

está relacionada ao tipo de feição presente na superfície da terra (plantações, lagos, árvores e<br />

estradas). O uso do solo, por sua vez, é concernente à função econômica e à atividade humana<br />

(uso residencial urbano, uso industrial).<br />

Segundo Zuquette e Gandolfi (2004), esse tipo de mapeamento é fundamental para<br />

construção de cartas de risco, sendo tão melhor elaborado quanto maior a resolução e detalhe<br />

das fotos e imagens de satélites utilizadas. Os autores ressaltam que deve haver uma grande<br />

variabilidade nas categorias mapeadas, para que sejam alvos de análises de vulnerabilidade<br />

em relação a algum evento perigoso.<br />

Para o controle da qualidade do mapeamento dos usos e cobertura dos solos, é importante<br />

ressaltar o sistema de classificação, que deve orientar as pesquisas e os estudos. Segundo<br />

o United States Geological Survey (USGS), a qualidade do mapeamento é delineada conforme

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