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Capítulo 10<br />

Análises de cenários de suscetibilidade a<br />

inundações e alagamentos<br />

1 Introdução<br />

Pedro Henrique Lopes Batista<br />

Andrelisa Santos de Jesus<br />

Marianna Jacominy de Amorim Mendes<br />

Newton Moreira de Souza<br />

José Camapum de Carvalho<br />

As inundações são geradas por precipitações intensas que excedem a capacidade de infiltração<br />

do solo e resulta, devido a incapacidade de rios e canais suportarem a vazão na sua<br />

calha de drenagem, no transbordamento e na consequente inundação das áreas marginais<br />

(Tucci, 2004a). Conforme Tucci (2004a), os impactos das inundações nas áreas ribeirinhas<br />

dependem do grau de ocupação da várzea e da frequência de ocorrência das inundações.<br />

Assim, segundo o mesmo autor, a população busca a ocupação de zonas altas, que são imunes<br />

à extensão das cheias. Todavia, o crescimento desordenado e a urbanização acelerada nas últimas<br />

décadas foi fator considerável para a ocupação em áreas suscetíveis a inundação.<br />

Para melhor entendimento dos alagamentos e das inundações em áreas urbanas, selecionou-se<br />

para estudo a cidade de Anápolis, por tratar-se de localidade que se encontra em<br />

franco desenvolvimento e é muito afetada por esses processos, bem como pelos processos<br />

erosivos de origem antrópica. Acredita-se que a metodologia de análise aqui apresentada, com<br />

alguns ajustes relativos ao contexto socioambiental, aqui se incluindo os relativos ao meio<br />

físico, pode ser utilizada no estudo do problema dos alagamentos e inundações em outras<br />

cidades brasileiras.<br />

Guerra e Guerra (2006) citam que os termos alagado e inundado são sinônimos. Alagada<br />

é uma área inundada após uma enchente; os terrenos denominados de alagadiços são<br />

aqueles encharcados e sujeitos a inundações, periodicamente, por rios ou marés, podendo<br />

tornar-se uma área seca. Já a enchente é decorrente de grandes chuvas, provocando desastres,<br />

além de serem temporalmente irregulares.<br />

Entretanto, Souza (2004) menciona, de uma forma geral, que a inundação é resultado do<br />

transbordamento da hidrografia de uma região, diferentemente dos processos de alagamento<br />

que ocorrem em “áreas distantes dos canais, em terrenos com ocupação antrópica e baixo<br />

coeficiente de escoamento superficial”, caracterizado por fluxos de baixa velocidade.<br />

Para Infanti Jr. e Fornasari Filho (1998), a inundação é o extravasamento das águas de<br />

uma calha de um rio, quando a vazão é superior à capacidade de suporte do escoamento.<br />

Ainda, conforme os mesmos autores, é um processo associado a enchentes, que é o acréscimo<br />

na descarga de fluxo por um intervalo de tempo, ou cheias, que se referem às maiores vazões<br />

diárias sucedidas em cada ano, independentemente de poder causar processos de inundação.

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