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Tópicos sobre infiltração: teoria e prática aplicadas a solos tropicais<br />

Figura 13. Variação de volume (expansão, colapso ou contração) de um vertissolo de Petrolândia (Fer-<br />

REIRA e Ferreira, 2009).<br />

Para avaliação da expansibilidade do solo em laboratório, existem várias técnicas de ensaio<br />

oedométrico. As mais comuns são a da expansão livre e o ensaio de volume constante. Ao<br />

usar o ensaio oedométrico, deve-se buscar simular o que ocorrerá no campo, lembrando que,<br />

embora o ensaio possa ser realizado seguindo-se diferentes metodologias, o comportamento<br />

medido pode ser afetado pela trajetória de tensões seguida. Embora o ensaio oedométrico<br />

seja um ensaio tipicamente K 0<br />

, como a sucção e a relação de tensões principais mudam com a<br />

hidratação, esse valor de K 0<br />

também se alterará, intervindo diretamente no resultado.<br />

A edificação de obras de engenharia em solos que apresentam instabilidade volumétrica,<br />

quando umedecidos, pode causar sérios problemas. Em solos expansivos, observam-se em<br />

campo, dentre outro, fissuras ou fendas características de expansão ou recalque, sendo comuns<br />

as fissuras diagonais embaixo das janelas e acima das portas das edificações (Figura 14),<br />

ondulações, trincas e degradações generalizadas nos pavimentos (Figura 15).<br />

Existem indicações de que o grande número de fissuras finas é característico das argilas,<br />

com predominância de carbonatos de sódio livres, enquanto o número menor de fissuras<br />

maiores é de argilas, com predominância de carbonatos de cálcio livres (AHMAD, 1983).<br />

No vertissolo de Petrolândia-PE, predominam carbonatos de cálcio livres sobre os de sódio<br />

(FERREIRA, 1995), apresentando, assim, um número menor de fissuras maiores. No período<br />

de observação em campo, verificaram-se fissuras cujas espessuras variaram de poucos milímetros<br />

até 120 mm, atingindo a profundidade de 2,0 m.<br />

Para a penetração da água, as fissuras mais largas são de maior importância do que uma<br />

grande intensidade de fissuras finas, porque, com o aumento da umidade, o solo expande e<br />

as fissuras menores são progressivamente fechadas, enquanto as maiores podem permanecer<br />

abertas por um período mais longo de tempo. Além disso, as fissuras mais largas tendem a ser<br />

mais profundas. No início do processo de umedecimento, a densidade do fissuramento é tão<br />

importante quanto a largura e profundidade das fissuras individuais. Com as chuvas, o solo<br />

absorve água, a partir, da superfície e do interior das fissuras e a massa do solo torna-se mais

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