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O comportamento de solos não saturados submetidos à infiltração 171<br />

Uma observação importante é que, mesmo submetida ao colapso sob uma tensão de 800<br />

kPa, a amostra continuou apresentando poros com dimensões elevadas. Isso indica que esta<br />

não é a tensão de inundação que provoca colapso máximo, porque a existência de um colapso<br />

máximo no solo, a partir de um determinado valor de tensão, está relacionada à modificação<br />

máxima ocorrida na distribuição dos poros desse solo.<br />

Figura 9. Relação entre o PSD e os diâmetros dos poros das amostras no estado natural e colapsadas<br />

(Mascarenha, 2008).<br />

4.2 O colapso por infiltração no campo<br />

Para que se tenha uma noção mais ampla de como a infiltração concentrada das águas<br />

pluviais pode impactar o comportamento de uma obra, é apresentado aqui o caso de uma<br />

edificação (Figura 10) em que foi feito, para o nivelamento do terreno, um aterro com altura<br />

variando de 0 a 3 m aproximadamente. A obra envolveu também um trecho adjacente de<br />

corte, sem que houvesse preocupação com sua drenagem. O corte executado provocou, no<br />

período chuvoso, o represamento de água (Figura 10a), promovendo o umedecimento do<br />

solo de fundação do aterro sobre o qual foi implantada a edificação e, com isso, o seu colapso<br />

estrutural. Adicionalmente, para a implantação de fossa séptica e sumidouro, foi feita uma escavação<br />

a montante da edificação que também propiciou o acúmulo de água da chuva (Figura<br />

10b). Nesse caso, o perfil de solo natural teve o seu estado de tensões ampliado pelo aterro a<br />

ele sobreposto e, com o aumento da umidade do solo de fundação, ocorreu o colapso, gerando<br />

recalque do piso da ordem de 5 cm, na parte mais alta do aterro.<br />

Para avaliar o problema, foram realizados ensaios duplo oedométricos e ensaios com<br />

inundação do solo sob a carga equivalente à do aterro. A Figura 11a apresenta os resultados<br />

de recalque ocorridos ao longo do tempo quando da inundação do solo coletado a 1 m de profundidade<br />

abaixo da cota do aterro e submetido a uma tensão de 24 kPa. A Figura 11b apresenta<br />

a curva carga recalque nas diferentes etapas do ensaio (Camapum de Carvalho,<br />

2004). O ensaio foi realizado compreendendo as seguintes etapas: consolidação até a tensão<br />

de 24 kPa, inundação do solo com água destilada (ensaio convencional), retirada da água e

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