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O comportamento de solos não saturados submetidos à infiltração 169<br />

métrico do tipo duplo e o ensaio oedométrico simples constituem as principais ferramentas<br />

de análise e avaliação do potencial de colapsividade. Constituem ferramentas complementares<br />

de análise o ensaio de sedimentação com e sem o uso de defloculante, o ensaio de desagregação,<br />

a curva característica solo-água e a distribuição de poros.<br />

No ensaio duplo oedométrico, dois corpos-de-prova idênticos são submetidos a ensaios<br />

oedométricos. Um é executado no solo em sua umidade natural, e o outro com inundação<br />

prévia (Figura 8a). No ensaio oedométrico simples, a inundação é realizada sob um carregamento<br />

vertical de interesse (Figura 8b). Essa última alternativa de ensaio pode ser vista<br />

como adequada por representar melhor o caminho de tensões experimentadas em campo.<br />

No entanto, a quantidade de informação obtida é consideravelmente mais limitada do que a<br />

resultante do ensaio duplo oedométrico. Geralmente o colapso obtido pelos dois métodos não<br />

são coincidentes, pois, ao se considerar o efeito da sucção, as trajetórias de tensões seguidas<br />

nos dois modelos experimentais não são iguais.<br />

O ensaio duplo oedométrico, dada a sua simplicidade, é um dos mais utilizados para<br />

avaliar a colapsibilidade do solo. Com base em seus resultados, cujos parâmetros são apresentados<br />

na Figura 8a, pode-se calcular o coeficiente de colapso, ε c<br />

, para a tensão de inundação<br />

desejada:<br />

Δe<br />

ε c<br />

=<br />

(7)<br />

1 + e o<br />

em que: Δe é a variação do índice de vazios nessa tensão e e o<br />

o índice de vazios nessa mesma<br />

tensão antes da saturação. Vargas (1977) considera que solos com coeficiente de colapso superior<br />

a 2% podem ser considerados potencialmente colapsíveis.<br />

O ensaio de sedimentação com e sem defloculante para avaliação do potencial de colapsividade<br />

tem uma análise um pouco distinta da geralmente feita. Considerando-se o problema<br />

de colapso devido ao aumento do grau de saturação pela infiltração da água da chuva,<br />

sendo esta quimicamente pouco agressiva (nem sempre é o caso), resultados coincidentes de<br />

ensaios de sedimentação com e sem defloculante podem ter três interpretações: a) o solo não<br />

possui agregados; b) os agregados são estáveis em presença de defloculante e água (possibilidade<br />

geralmente descartada por ser improvável), ou c) o solo possui agregados instáveis em<br />

presença de água, sendo esta a característica preocupante. Ensaios de sedimentação com e<br />

sem o uso de defloculante com diferenças marcantes de textura apontam para solos de textura<br />

estável em presença de água.<br />

É evidente que uma textura semelhante com e sem o uso de defloculante não é garantia<br />

de agregados instáveis em presença de água. Para que se chegue a tal conclusão, seria necessária<br />

a realização de um terceiro ensaio de sedimentação, agora em presença de álcool etílico,<br />

pois esta é uma substância que permite ao agregado manter-se estável. A diferença de textura<br />

em relação ao ensaio em água apontaria, então, para sua instabilidade frente à infiltração das<br />

águas pluviais. Esses solos também apresentam no ensaio duplo-oedométrico curvas distintas,<br />

o que indicaria, mas não confirmaria, a natureza instável dos agregados em presença de<br />

água. Nesse caso, a instabilidade pode também estar ligada à sensibilidade das ligações entre<br />

os agregados ao aumento da umidade.<br />

Os ensaios de desagregação devem ser realizados considerando-se duas condições específicas:<br />

imergindo-se completamente um corpo-de-prova em água, observando-se o que

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