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Tópicos sobre infiltração: teoria e prática aplicadas a solos tropicais<br />

Como fatores externos condicionantes do colapso, têm-se:<br />

• aumento das tensões induzidas;<br />

• variação do estado de tensões externo ao ponto, por exemplo, quando se realiza a<br />

escavação de um túnel ou um corte, podendo essa variação se dar por simples rotação<br />

no eixo de tensões principais;<br />

• aplicação de energia vibratória;<br />

• infiltração de fluidos que podem causar ataque químico das ligações ou simplesmente<br />

afetar o balanço de energia com origem química;<br />

• infiltração de água em solos não saturados.<br />

É evidente que, para que ocorra colapso, não é necessária a presença de todos os fatores<br />

internos e/ou externos nem de todas as características.<br />

De acordo com Araki (1997), o processo de colapso ocorre devido à diminuição localizada<br />

na resistência ao cisalhamento dos vínculos que mantêm a estrutura metaestável dos<br />

solos colapsíveis, ou devido à aplicação de tensões ou mesmo alterações do estado de tensões<br />

que superem a resistência limite desses vínculos. A autora mostrou, ainda, que os métodos<br />

existentes na literatura que buscam associar o colapso às propriedades físicas dos solos são<br />

de validade geralmente limitada aos solos que lhes deram origem, sendo pouco aplicáveis<br />

aos perfis de solos tropicais. É comum, por exemplo, associar solos colapsivos a altos índices<br />

de vazios; mas tal informação é de pouca utilidade, uma vez que solos notadamente não colapsíves<br />

ou até mesmo expansivos podem possuir índices de vazios igualmente altos. Outra<br />

característica frequentemente associada a solos colapsíveis é a baixa plasticidade. Deve-se, no<br />

entanto, ressaltar que mesmo solos com maior plasticidade podem sofrer colapso, dependendo<br />

do outros fatores, tais como sua estrutura e trajetória de tensões.<br />

4.1 Ensaios para a avaliação de solos colapsíveis<br />

Embora estudos específicos, como os relativos à influência do pH do fluido de inundação<br />

no colapso, sejam encontrados na literatura (Camapum de Carvalho et al., 1987),<br />

o colapso é comumente analisado durante a inundação. No entanto, o colapso por inundação<br />

não representa nada mais que uma condição particular indutora, pois o que define o potencial<br />

de colapso é o estado interno do solo, sua estrutura metaestável, a sensibilidade das ligações<br />

estruturais a ataques e alteração químicas, sua sensibilidade a diferentes formas de energia<br />

como as oriundas de cargas externas e de variações de umidade, como as que se dão no processo<br />

de infiltração das águas pluviais e servidas. Nesse último caso, intervém ainda energia<br />

de natureza química.<br />

Em campo, o colapso do solo pode ser avaliado direta ou indiretamente, por meio de<br />

ensaios utilizados para outros fins, como os casos dos ensaios SPT, pressiométrico e provas<br />

de carga. Mas em todos eles, assim como nos estudos de laboratório, o que se analisa geralmente<br />

é o comportamento do solo na umidade natural e quando submetido aos efeitos da<br />

saturação.<br />

Embora o colapso possa ter diferentes origens, no caso específico da infiltração de águas<br />

pluviais, interessa o colapso devido ao aumento do grau de saturação do solo. O ensaio oedo-

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