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166<br />

Tópicos sobre infiltração: teoria e prática aplicadas a solos tropicais<br />

varia com a sucção atuante no solo (Figura 7b). Da comparação das duas figuras, constata-se<br />

que, até o término de entrada de ar dos macroporos, Φ b corresponde a aproximadamente o<br />

ângulo de atrito do solo saturado. Desse ponto até o início da entrada de ar dos microporos<br />

presentes no interior dos agregados, a variação de Φ b com a sucção matricial passa a ser praticamente<br />

linear. A partir desse ponto, Φ b passa a diminuir, tendendo a zero à medida que a<br />

sucção aumenta e passa a atuar apenas no interior dos agregados. Esse modelo de comportamento<br />

concorda com o apresentado por Santos (2006) para o mesmo tipo de solo (Figura 5).<br />

Em síntese, faz-se necessário, diante do mecanismo de infiltração, considerar o tipo de<br />

solo característico do maciço que definirá o seu comportamento mecânico frente ao aumento<br />

da umidade do solo, bem com os reflexos em obras vizinhas.<br />

Figura 7. Resistência ao cisalhamento de um solo tropical bimodal: a) curva característica solo-água; b)<br />

variação de Φ b com a sucção (VALêNCIA et al. 2007).<br />

4 Solos colapsíveis<br />

Quando umedecidos durante um processo de infiltração, os solos não saturados podem<br />

aumentar ou reduzir de volume, dependendo de numerosas variáveis, sendo as principais:<br />

• mineralogia e química do solo;<br />

• distribuição granulométrica;<br />

• estrutura do solo (tipo, energia e umidade de compactação ou origem do solo natural<br />

ou nível de intemperização pelo qual passou);<br />

• característica do fluido percolante;<br />

• história de tensões e/ou história da intemperização;<br />

• estado de tensões inicial;<br />

• características das variações de energia impostas ao solo (tensão externa, vibração,<br />

rotação das tensões principais, química do fluido, entre outros).<br />

De forma geral, as mesmas variáveis e características que determinam a deformabilidade<br />

de solo saturados permanecem sendo fatores importantes para o comportamento de solos<br />

não saturados. Porém, características químico-mineralógicas e estruturais passam a ter um<br />

papel determinante no comportamento dos solos não saturados. Tem-se, por exemplo, que<br />

argilas com alta plasticidade podem exibir comportamento expansivo, caso as condições de<br />

variação de umidade e sucção sejam adequadas. Também podem sofrer expansão solos cuja

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