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O comportamento de solos não saturados submetidos à infiltração 163<br />

que situa os poros em dois domínios: o dos microporos e o dos macroporos. As ligações<br />

entre os agregados podem se dar por simples contatos, por meio de cimentação proporcionada<br />

dos oxi-hidróxidos de ferro e alumínio, ou ainda por meio de pontes de argila. Em<br />

outros solos colapsíveis, esses contatos podem se dar por meio de matéria orgânica e principalmente<br />

de sais. Portanto, os mecanismos podem ir do simples ao complexo, conforme<br />

o tipo de solo.<br />

Figura 5. Variação de coesão aparente com o aumento de sucção para a argila porosa colapsível de<br />

Brasília (Santos, 2006).<br />

No caso de solos como os estudados por Santos (2006), haveria duas fases de entrada de<br />

ar: a dos macroporos e a dos microporos. O aumento da sucção produz redução de volume de<br />

poros independentemente do valor da sução com relação aos valores de entrada de ar, embora<br />

a mais importante seja aquela variação até a entrada de ar nos macroporos. Com isso, quando<br />

há a retração dos agregados na fase de entrada de ar dos microporos, ocorre o comprometimento<br />

de alguns pontos de contato formados por cimentos ou pontes de argila, o que resulta<br />

na queda da resistência, como a indicada por Santos (2006).<br />

A hipótese de variações lineares de resistência ao cisalhamento levou Fredlund et al.<br />

(1978) a proporem a extensão da envoltória de Mohr-Coulomb, para o caso de solo submetidos<br />

a sucções, da seguinte forma:<br />

τ f f<br />

= c' + (u a<br />

– u w<br />

) f<br />

tan Φ b + (σ f<br />

– u a<br />

) f<br />

tanΦ' (1)<br />

em que: τ f f<br />

é a resistência ao cisalhamento do solo no plano de ruptura; c' é a coesão efetiva;<br />

(u a<br />

– u w<br />

) f<br />

é a sucção matricial no estado de ruptura; Φ b é o ângulo que representa a taxa de<br />

variação de resistência ao cisalhamento com a variação de sucção matricial; (σ f<br />

– u a<br />

) é a tensão<br />

total líquida no plano de ruptura, no estado de ruptura, e Φ' é o ângulo de atrito efetivo.<br />

É importante ressaltar que a envoltória original de Mohr-Coulomb é um caso particular<br />

da equação mais geral, proposta por Fredlund et al. (1978). Dessa forma, pode-se afirmar que<br />

a Equação 1 é uma equação geral, para solos saturados e não saturados.<br />

Outra característica importante da equação proposta é a sua compatibilidade com a noção<br />

de “coesão aparente” muito difundida na comunidade geotécnica, em que se reconhece

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