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130<br />

Tópicos sobre infiltração: teoria e prática aplicadas a solos tropicais<br />

umidade se refere à perda de água da estrutura cristalina, não intervindo ou intervindo pouco<br />

na interação mineral-água externa, o que faz com que o índice de plasticidade varie pouco,<br />

apesar de variações significativas nos limites de liquidez e plasticidade. O efeito é observado<br />

durante a secagem ao ar, mas é mais evidente na secagem em estufa à alta temperatura (Var-<br />

GAS, 1982; Camapum de Carvalho et al., 1985; QUEIROZ de Carvalho, 1985;<br />

The Quarterly Journal of Engineering Geology Report, 1990). Ignatius (1988), estudando vários<br />

aspectos relacionados à plasticidade em 17 solos de diferentes localidades do Brasil, constatou<br />

que as amostras que sofreram secagem em estufa produziram resultados referentes ao limite<br />

de liquidez menores que aqueles oriundos dos processos sem a secagem prévia e com a secagem<br />

prévia ao ar, sem, contudo, observar esse mesmo tipo de diferença entre os dois últimos<br />

processos. Esse fenômeno está, muitas vezes, associado ao fato de não se conseguir saturar<br />

os micro e mesoporos presentes no interior dos agregados e microagregados, quando, após<br />

dessaturação pelos processos de pré-secagem do solo, mesmo que ao ar, faz-se o seu reumedecimento<br />

para a realização dos ensaios de limites de Atterberg.<br />

3.3.3 Densidade real dos grãos<br />

A densidade real dos grãos é consequência dos tipos de componentes minerais e orgânicos<br />

e de suas proporções em um solo (Tabela 2). Ela depende também, conforme mostrado<br />

por Campos et al. (2008), do nível de hidratação estrutural do mineral quando se trata de<br />

minerais expansivos.<br />

Tabela 2. Densidade real de alguns minerais constituintes de solos tropicais (Kiehl, 1979).<br />

Mineral Densidade Real Mineral Densidade Real<br />

Caulinita 2,60 - 2,68 Goethita 4,37<br />

Ilita 2,60 - 2,68 Hematita 4,90 - 5,30<br />

Montmorilonita 2,20 - 2,70 Magnetita 5,18<br />

Quartzo 2,65 - 2,66 Rutilo 4,18 - 4,25<br />

Gibbsita 2,30 - 2,40 Zircão 4,68 - 4,70<br />

Em regiões de clima frio, onde os solos têm baixos teores em oxi-hidróxidos de ferro,<br />

a densidade real está em torno de 2,65. Em regiões de clima tropical, são frequentes os solos<br />

com densidade real dos grãos próxima de 3,0 (Kiehl, 1979).<br />

Towsend et al. (1971) mostram que a presença de oxi-hidróxidos de ferro em solos causa<br />

altos valores de densidade real dos grãos. Esses autores mostram que as densidades reais em<br />

amostras naturais de dois solos, com valores de 3,04 e 2,85, passam, após a extração dos oxi-<br />

-hidróxidos de ferro, respectivamente, a 2,80 e 2,67.<br />

A presença marcante de gibbisita em solos lateríticos conduz à diminuição da densidade<br />

real, sendo tal redução condicionada também pela maior ou menor presença de oxi-hidróxido<br />

de ferro.<br />

Outro aspecto que afeta a densidade real dos solos lateríticos é a presença de poros<br />

isolados no interior dos agregados, pois os valores determinados não os levam em consideração.

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