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Perfil de intemperismo e infiltração 123<br />

enquanto ocorre a precipitação do alumínio e ferro férrico na forma de M(OH) 3<br />

, isto é, o<br />

enriquecimento relativo de Al e Fe nesses horizontes do solo sob a forma de óxidos. O ferro<br />

ferroso, tanto na forma do Fe 2+ ou de Fe(OH) 2<br />

, é eliminado para condições de pH menor que<br />

5,5. Sua permanência, sob a forma de Fe(OH) 2<br />

precipitado, ocorrerá em condições ambientais<br />

não oxidantes e de pH mais elevado (Carvalho, 1995a).<br />

3.1 Aspectos químicos<br />

Segundo Freire (2006), a composição química do solo depende da interação entre a<br />

composição da rocha que lhe deu origem com os demais fatores pedogênicos. Os fatores climáticos,<br />

bióticos, topográficos e o tempo influenciam bastante a composição química do solo,<br />

controlando a intemperização das rochas e dos minerais.<br />

Costa (2004) descreve a matéria mineral do solo como sendo constituída principalmente<br />

por oxigênio, silício, alumínio e ferro. Na maior parte dos solos, os óxidos de silício e ferro<br />

somados constituem 90% ou mais de peso seco da fração inorgânica, dominando largamente<br />

o óxido de silício com 50 a 75%. Cálcio, magnésio, sódio, potássio, titânio, fósforo, manganês,<br />

enxofre, cloro e outros elementos, expressos em óxidos, constituem, em geral, menos de 10%<br />

do peso seco da fração mineral do solo. Fazem exceção os solos com elevada proporção de<br />

carbonato de cálcio.<br />

Nas regiões tropicais, devido às mais altas temperatura e umidade, a degradação química<br />

é acelerada. Os tipos de reações que acarretam as alterações químicas no ambiente superficial<br />

são: hidratação-desidratação, oxidação-redução, dissolução-precipitação, carbonatação-descarbonatação,<br />

hidrólise e queluviação. Entre essas reações químicas, as principais identificadas<br />

nos solos brasileiros são a hidrólise e a queluviação (PEDRO, 1966).<br />

O processo de hidrólise é a reação mais comum para os minerais silicatados e pode ser<br />

caracterizada por dois tipos: hidrólise total e hidrólise parcial. A hidrólise total ocorre quando<br />

toda a sílica e a base são eliminadas, enquanto o Al (OH) 3<br />

se acumula, formando hidróxidos<br />

de alumínio do tipo gibbsita. Destaca-se que, além do alumínio, o ferro também permanece<br />

no perfil, uma vez que esses dois elementos apresentam comportamento geoquímico semelhante<br />

no domínio hidrolítico (TOLEDO et al., 2000). O processo de eliminação total da sílica<br />

e formação de oxi-hidróxidos de ferro e alumínio é denominado Alitização.<br />

No caso da hidrólise parcial, ocorre a formação de silicatos de alumínio, e o processo<br />

é genericamente denominado de Sialitização (Toledo et al., 2000). O processo se dá quando<br />

uma parte da sílica liberada do mineral reage com o alumínio, formando os argilo-minerais<br />

do tipo 1:1 (Monossialitização) ou de argilo-minerais do tipo 2:1 (Bissialitização), dependendo<br />

da eliminação dos cátions básicos.<br />

A queluviação é o processo em que os elementos metálicos, de maneira especial o alumínio<br />

e o ferro-férrico, são móveis em relação à sílica que, nesse tipo de intemperismo, tende<br />

a se concentrar no perfil de alteração (Carvalho, 1995a). O processo de queluviação pode<br />

ser por queluviação total e queluviação parcial. De acordo com Cardoso et al. (1998), na queluviação<br />

total ocorre a total saída de bases e de alumínio, em que o material residual será um<br />

produto silicoso. Já na queluviação parcial, além da permanência da sílica, existe a retenção<br />

parcial do alumínio e mesmo de algumas bases, formando argilo-minerais do tipo 2:1 ou do

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