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108<br />

Tópicos sobre infiltração: teoria e prática aplicadas a solos tropicais<br />

A partir de diversos estudos experimentais, verificou-se que, para a maioria dos casos,<br />

as perdas iniciais correspondem a 20% do armazenamento (MAYS, 2010). Além disso, pela<br />

equação do balanço hídrico, tem-se que:<br />

P = Q + I a + F (9)<br />

Substituindo em (9), tem-se que:<br />

F = P – 0,25 –<br />

( p – 0,25) 2<br />

(10)<br />

p + 0,85<br />

O valor do armazenamento S é obtido pela equação:<br />

25400<br />

S = – 254 (11)<br />

CN<br />

sendo S o armazenamento em mm, e CN o número da curva, que é função do uso, da umidade<br />

e do tipo de solo. Os valores de CN são tabelados e podem ser encontrados em livros de<br />

Hidrologia e Recursos Hídricos (TUCCI, 1998; LINSLEY e FRANZINI, 1992; MAYS, 2010).<br />

Embora seja de aplicação direta, o modelo SCS apresenta alguns problemas. A perda<br />

inicial pode ser considerada como válida para grandes tempestades; no entanto, para eventos<br />

menores, esse valor pode ser adotado como 0,1 ou até menos (SINGH, 1989).<br />

Outro problema do método é que ele não considera explicitamente o tempo na sua formulação.<br />

Assim, não importa se o total precipitado ocorreu em uma hora ou um dia; o modelo<br />

desconsidera essa informação. Isso pode ser minimizado pela adoção da chuva de projeto<br />

do SCS; entretanto, para eventos fora dessa situação, o modelo pode perder eficiência.<br />

5.2 Modelos conceituais<br />

Os modelos conceituais são desenvolvidos a partir de equações baseadas em processos<br />

físicos do escoamento da água em meios porosos. Os principais modelos físicos gerais para<br />

esse tipo de escoamento são as Equações de Richards e a Lei de Darcy. Existem diversos métodos<br />

baseados nessas fórmulas. Os analisados neste tópico são o Modelo de Green-Ampt e<br />

o Modelo de Philip.<br />

5.2.1 Modelo de Green-Ampt<br />

O modelo de Green-Ampt (1911) foi um dos primeiros formulados para o cálculo da<br />

infiltração. Por necessitar de um método iterativo para resolver o problema em cada instante,<br />

esse procedimento foi pouco utilizado até meados dos anos 1970. Esse problema foi contornado<br />

com a utilização de computadores e, desde então, tem sido bastante difundido.<br />

É um modelo baseado na Lei de Darcy para escoamento em meios porosos, que simplifica<br />

o padrão de perfilhamento da umidade do solo apresentado na Figura 1. Esse método<br />

considera a hipótese de que existe uma fina camada de água na superfície do solo que pode<br />

ter a carga hidráulica desprezada (h o<br />

). Na frente de molhamento, ocorre uma redução abrupta<br />

da umidade inicial do solo e da umidade de saturação (Figura 4). A fronteira molhada tem<br />

uma profundidade L que foi atingida após um tempo percorrido t. Uma vez que o solo acima<br />

da frente de umedecimento continua saturado durante todo o processo, a condutividade hi-

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