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104<br />

Tópicos sobre infiltração: teoria e prática aplicadas a solos tropicais<br />

Quando a chuva continua, a quantidade de água que entra no solo aumenta cada vez<br />

mais. Com isso, devido ao aumento da espessura da zona umedecida, ou seja, a distância entre<br />

a superfície do solo e a frente de molhamento, o gradiente de potencial cai. Nessa situação, a<br />

capacidade de infiltração é regida pelas forças capilares e gravitacionais na região de umedecimento<br />

e pela capacidade do solo em transportar a água nas zonas de transição e transmissão.<br />

Com isso, ocorre uma redução da capacidade de infiltração do solo, que em determinado momento<br />

ficará menor do que a intensidade da chuva, provocando, assim, um excesso de água<br />

na superfície que é a fonte do escoamento superficial (Figura 2).<br />

Figura 2. Comportamento hipotético da umidade no solo e da taxa de infiltração no solo durante<br />

uma chuva de intensidade constante (adaptado de SINGh, 1989)<br />

Com a continuação da chuva, a espessura da camada saturada continua a crescer e o<br />

potencial hidráulico na superfície permanece diminuindo. Teoricamente, quando o tempo da<br />

infiltração tender ao infinito, o potencial de infiltração tende a depender apenas da parcela<br />

relativa à gravidade. Sob essas condições, a taxa de infiltração se aproximará da condutividade<br />

hidráulica para o solo saturado (K s<br />

).<br />

Dentro do ciclo hidrológico, a infiltração é a responsável pela separação da água proveniente<br />

da chuva. Essa separação a torna um processo de grande importância para a compreensão<br />

da geração de escoamento na bacia.<br />

4.1 Problemas da impermeabilização – geração do escoamento<br />

O crescente processo de urbanização das cidades de todo o mundo, seja em países desenvolvidos<br />

ou em desenvolvimento, juntamente com o consequente aumento da impermeabilização<br />

e ocupação inadequadas de áreas ribeirinhas, tem promovido grandes problemas de<br />

inundações urbanas. A impermeabilização não só promove o agravamento de enchentes, mas<br />

também impede a recarga do lençol freático e favorece o aumento da temperatura local. Mesmo<br />

sendo em pequena escala, a mudança do clima pode tomar proporções maiores à medida<br />

que mais áreas vão sendo impermeabilizadas.<br />

A redução da capacidade de infiltração provoca uma relação direta entre o aumento da<br />

impermeabilização e o incremento da vazão de pico (TUCCI e MARQUES, 2001). Assim,<br />

quanto mais urbanizada a área, maior frequência de inundações.

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