17.06.2015 Views

baixar

baixar

baixar

SHOW MORE
SHOW LESS

Create successful ePaper yourself

Turn your PDF publications into a flip-book with our unique Google optimized e-Paper software.

Aspectos geológicos e infiltração 95<br />

losos, próximos ou não ao formato de esfera, segundo o ambiente de transporte e deposição<br />

dos fragmentos. No contato entre os grãos pode ainda ocorrer cimentação. De acordo com a<br />

textura, associada à granulometria, as rochas podem ter grande quantidade de vazios intercomunicantes.<br />

Um exemplo de rocha sedimentar clástica consiste nas rochas areníticas, que são,<br />

em geral, aquíferos produtivos quanto à vazão.<br />

c) Rochas Metamórficas: são advindas de transformações sofridas pelas rochas sedimentares,<br />

ígneas ou mesmo metamórficas. Essas transformações fazem com que os cristais fiquem<br />

orientados segundo orientação preferencial, dando origem a estruturas como aquelas denominadas<br />

de foliação metamórfica. Para que essas transformações ocorram, são necessárias<br />

condições de altas temperatura e pressão, de altas temperaturas ou de altas pressões. Essas<br />

condições equivalem à ocorrência de eventos tectônicos, como é o caso do metamorfismo regional<br />

quando associado a dobramentos; metamorfismo dinâmico, quando associado a falhamentos,<br />

e metamorfismo de contato, quando associado, por exemplo, ao contato entre a rocha<br />

encaixante e uma intrusão ígnea. Esses eventos podem ainda ocorrer de forma associada.<br />

Nesses tipos de rocha, os vazios formados associam-se a descontinuidades geradas durante<br />

esses eventos tectônicos.<br />

Assim, após a ocorrência de uma precipitação, a água de infiltração passa pelo material<br />

inconsolidado e chega ao substrato rochoso, onde encontra condições bastante diferentes,<br />

modificando, assim, as características do fluxo da água subterrânea. A água que atinge o substrato<br />

rochoso ocupa então os vazios de acordo com o tipo litológico.<br />

Como é possível observar, dependendo do tipo de rocha, o substrato rochoso pode ter<br />

propriedades distintas quanto à textura e à estrutura. Por exemplo, quando o substrato rochoso<br />

é formado por rochas metamórficas, como já descritas, sua estrutura pode variar de acordo<br />

com a existência de fissuras, falhamentos ou fraturamentos, abertos ou não, o que interfere na<br />

porosidade e na permeabilidade desse substrato, dependendo da existência ou não de conexão<br />

entre os vazios correspondentes.<br />

No caso de rochas sedimentares clásticas, é comum que existam maiores porosidades<br />

e permeabilidades, em comparação com outro tipo rochoso, por causa do arranjo entre os<br />

grãos, pois, no caso das rochas areníticas, quando os grãos são bem selecionados e arredondados,<br />

os poros são maiores. Se pouco selecionados, os grãos menores podem preencher os<br />

vazios deixados pelos maiores, diminuindo, assim, tanto sua porosidade quanto sua permeabilidade.<br />

As estruturas de acamamento podem também aumentar a porosidade e a permeabilidade,<br />

quando da deposição diferenciada dos grãos de acordo com as condições de sedimentação,<br />

formando, por exemplo, linhas de pedra, o que modifica o formato e o tamanho<br />

dos vazios, de uma camada para outra. Quanto às rochas sedimentares químicas, como é o<br />

caso das rochas calcárias, os vazios associam-se principalmente à magnitude das cavidades<br />

geradas no processo de dissolução. No caso de rochas ígneas, em que é frequente a ocorrência<br />

de fissuras associadas ao resfriamento, podem ser originados vazios conectados ou não, de<br />

acordo com as características das aberturas geradas.<br />

Comparativamente, os sedimentos inconsolidados, como cascalhos e areias, as rochas<br />

sedimentares clásticas, como arenitos, conglomerados e alguns calcários, bem como rochas<br />

vulcânicas, plutônicas e metamórficas com alto grau de fraturamento, em geral consistem em<br />

bons aquíferos, com média a alta condutividade hidráulica (Karmann, 2000; Feitosa et<br />

al., 2008).

Hooray! Your file is uploaded and ready to be published.

Saved successfully!

Ooh no, something went wrong!