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Aspectos geológicos e infiltração 93<br />

Quanto à produção e ao confinamento da água subterrânea, as unidades geológicas podem<br />

ser classificadas como:<br />

a) Aquiclude: unidade formada por rochas que podem ser consideradas relativamente<br />

impermeáveis e que, apesar de saturadas, por terem absorvido água lentamente, são incapazes<br />

de transmitir um volume de água significativo, com velocidade suficiente para abastecer<br />

poços ou nascentes;<br />

b) Aquifugo: unidade que não possui poros interconectados e que, por isso, não absorve<br />

nem transmite água;<br />

c) Aquitarde: unidade rochosa com menor capacidade produtiva relativa, como em uma<br />

sequência estratigráfica do tipo arenito/siltito, em que o siltito corresponde ao aquitarde;<br />

d) Aquíferos livres: aqueles cujo nível superior delimitado pelo nível freático sofre ação<br />

da pressão atmosférica, por contato, ocorrendo a poucos metros da superfície – correspondem,<br />

em geral, ao manto de intemperismo mais espesso;<br />

e) Aquíferos suspensos: acumulações de água sobre os denominados aquitardes, presentes<br />

na zona não saturada, formando níveis lentiformes acima do nível freático principal;<br />

f) Aquíferos confinados: aquele confinado entre duas unidades pouco permeáveis (aquitardes)<br />

ou impermeáveis, geralmente ocorrendo em maiores profundidades (Karmann,<br />

2000).<br />

Logo, além do conhecimento da porosidade dos materiais, é necessário o entendimento<br />

da capacidade desses materiais em permitir o fluxo de água por esses poros, denominada de<br />

permeabilidade. Essa capacidade depende do tamanho dos poros e da conexão entre eles.<br />

Com a redução do tamanho das partículas do solo, há um aumento da porosidade, mas ocorre<br />

uma diminuição da permeabilidade. Em um sedimento argiloso, por exemplo, apesar de<br />

existir alta porosidade, a permeabilidade é muito baixa, pois, nos poros muito pequenos, a<br />

água fica presa por adsorção.<br />

Outro parâmetro importante a ser conhecido é a condutividade hidráulica, que é uma característica<br />

intrínseca do material. A diferença do potencial hidráulico em relação ao percurso<br />

do fluxo de água subterrânea é a condutividade hidráulica, a qual é expressa pela capacidade de<br />

transmissão de água, em função da inclinação do nível freático. O fluxo de água subterrânea é<br />

condicionado, não só pela inclinação do nível d’água e pela diferença de potencial hidráulico<br />

entre dois pontos, mas também pela permeabilidade do subsolo e pela viscosidade da água.<br />

Do exposto, destaca-se que as características dos materiais, ou seja, os aspectos geológicos<br />

influenciam na porosidade, na permeabilidade e condutividade hidráulica. Em se tratando<br />

do substrato rochoso, o tipo de rocha presente e os eventos tectônicos condicionam,<br />

dentre outros parâmetros, a porosidade, a permeabilidade e a condutividade hidráulica desse<br />

substrato, influenciando, por sua vez, as condições dos aquíferos. Esses aspectos são abordados<br />

na próxima seção.<br />

4 Aspectos geológicos dos aquíferos<br />

As unidades rochosas ou os sedimentos, porosos e permeáveis, que armazenam e transmitem<br />

volumes significativos de água subterrânea, passível de ser explorada pela sociedade,<br />

são chamadas de aquíferos (do latim “carregar água”). A disciplina Hidrogeologia encarrega-

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