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78<br />

Tópicos sobre infiltração: teoria e prática aplicadas a solos tropicais<br />

Figura 3. Evolução das vertentes segundo Penck (PENCK, 1924 apud Casseti, 2005).<br />

Desse modo, um soerguimento pronunciado resulta em uma incisão vertical forte e denudação<br />

fraca, dando origem a vertentes convexas (Figura 3). Quando o soerguimento for<br />

fraco, a incisão vertical também será fraca e a denudação intensa, resultando em vertentes<br />

côncavas. No caso de o soerguimento ter uma magnitude tal que resulte em equilíbrio entre a<br />

incisão vertical e a denudação, resultará em vertentes retilíneas (Figura 3).<br />

Buscando uma explicação geoquímica para evolução do relevo, surgiu a teoria da Etchplanação,<br />

originalmente proposta por Wayland, em 1933, e posteriormente trabalhada por<br />

outros autores. De acordo com Vitte (2001), Wayland foi o primeiro a aplicar esse conceito;<br />

todavia, foram Branner, em 1886, e Falconer, em 1911, que fizeram as primeiras observações<br />

quanto à importância do intemperismo químico para formação das paisagens. Somente em<br />

1936 o conceito de etchplanação é desenvolvido por Willis, e a partir de 1957, com os trabalhos<br />

de Büdel, a teoria da etchplanação ganha ampla divulgação.<br />

A teoria da etchplanaçao parte do pressuposto de que a esculturação do relevo é fortemente<br />

influenciada por processos geoquímicos, ressaltando, assim, o papel do intemperismo<br />

no processo morfodinâmico das paisagens (Vitte, 2005). Segundo esse autor, a bacia<br />

hidrográfica funcionaria como unidade escalar básica para a operacionalização da referida<br />

teoria, uma vez que a geomorfologia do canal e a dinâmica do sistema fluvial, como um todo,<br />

participam ativamente do processo de aplainamento geoquímico do relevo, condicionando a<br />

velocidade do fluxo da água e o tempo de permanência da água no sistema.<br />

Os diversos trabalhos sobre a geomorfologia do cerrado, de modo geral, têm buscado,<br />

pelo menos até então, explicação para a gênese do relevo nas teorias de pediplanação de Lester<br />

King. No entanto, tem crescido o número de trabalhos que buscam subsídios na teoria de<br />

etchplanação, destacando-se os estudos de Novaes Pinto (1993), que, sem abandonar a teoria<br />

da pediplanação, passa a utilizar a teoria de etchplanação para explicar a gênese das chapadas.<br />

Segundo os estudos que realizou no Distrito Federal, as primeiras chapadas foram modeladas<br />

por processos de etchplanação durante o Terciário, enquanto as demais foram formadas por<br />

processos de pediplanação e pedimentação iniciados no Plioceno e interrompidos durante o<br />

Quaternário, período em que ocorreram processos de dissecação fluvial.<br />

4 Bacia hidrográfica: unidade de análise geomorfológica<br />

Independentemente da teoria que explica a gênese evolutiva do relevo, sua classificação<br />

e cartografia podem ser feitas de acordo com várias taxonomias. Não existe um consenso

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