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Tópicos sobre infiltração: teoria e prática aplicadas a solos tropicais<br />

O relevo pode então, ser formado por vários processos, os quais são entendidos por<br />

Christofoletti (1982, p.1) como “uma sequência de ações regulares e contínuas que se desenvolveram<br />

de maneira relativamente bem especificada e levando a um resultado determinado”.<br />

A complexidade dos processos geomorfológicos envolve uma inter-relação entre vários agentes<br />

e a intensidade de sua ação no tempo e no espaço (Infanti Junior e Fornasari Filho, 1998).<br />

Assim, os processos que atuam na formação do relevo podem ser endógenos, ou seja,<br />

induzidos por forças geotermais ou tectônicas. O relevo também é formado por processos<br />

exógenos, isto é, aqueles que ocorrem na superfície terrestre impulsionados por forças climáticas<br />

e gravitacionais onde a degradação é o principal processo, o qual está relacionado a vários<br />

agentes, tais como clima, vegetação, solo, hidrografia e homem. Os processos endógenos<br />

e exógenos atuando de forma variada no tempo e no espaço dão origem a formas diversas.<br />

Numa escala planetária, destacam-se os oceanos e continentes; já numa escala continental, é<br />

possível citar desde montanhas, colinas, vales, até as pequenas formas de tamanho milimétrico<br />

como as depressões originadas pelo impacto das gotas de chuvas. É importante salientar<br />

que de acordo com Guerra (2003) os processos que determinam as formas do relevo atuam<br />

num longo período de tempo, o tempo geológico, embora existam formas que são criadas,<br />

transformadas e que até desaparecem em curtíssimos períodos de tempo, como os vulcões e<br />

voçorocas. As formas já produzidas passam a determinar processos que as alterarão, algumas<br />

vezes num curto período de tempo, o tempo histórico da atuação humana, e em outras no<br />

tempo geológico.<br />

De acordo com Jesus et al. (2009), uma vez constituídas, essas formas passam a influenciar<br />

novos processos. Utilizando-se como exemplo a vertente, verifica-se que sua forma –<br />

côncava, convexa ou retilínea – induzirá ao desenvolvimento de processos de fluxo d’água<br />

diferenciados, os quais, por sua vez, influirão na gênese de novas formas como, por exemplo,<br />

vertentes reesculpidas, vales fluviais, sulcos, entre outros. Essas formas sequenciarão a relação<br />

cíclica de uma forma que gera processo, o qual gera nova forma e, assim, por diante (Figura<br />

1). Segundo Camapum de Carvalho et al. (2006), quando as forças excedem a resistência dos<br />

sistemas naturais, ocorrem modificações no terreno, que podem ou não serem perceptíveis,<br />

dependendo da velocidade do processo ou da relação das forças atuantes.<br />

Figura 1. Relação processo X forma (JESUS et al., 2009).<br />

No contexto dos processos exógenos, Coelho Netto (1995, p. 93) destaca a “água como<br />

um dos elementos físicos mais importantes na composição da paisagem terrestre, interligando<br />

fenômenos da atmosfera inferior e da litosfera”, tendo como uma das suas principais funções<br />

a modelagem do relevo por processos hidromecânicos e químicos que atuam conjuntamente<br />

também na formação do solo.

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