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Esta revista faz parte integrante da edição 1477 do <strong>Jornal</strong> <strong>de</strong> <strong>Leiria</strong>,<br />

<strong>de</strong> 01.11.2012, e da edição 2372 do <strong>Jornal</strong> <strong>de</strong> Negócios, <strong>de</strong> 06.11.2012


04 I 05<br />

FICHA TÉCNICA<br />

250 maiores<br />

empresas do<br />

distrito <strong>de</strong> <strong>Leiria</strong><br />

EDIÇÃO: JORLIS - EDIÇÕES E<br />

PUBLICAÇÕES, LDA.<br />

Director: João Nazário<br />

Coor<strong>de</strong>nação: João Nazário<br />

Redacção: Célia Marques,<br />

Lur<strong>de</strong>s Trinda<strong>de</strong>, Paula Lagoa<br />

Serviços Comerciais:<br />

Rui Pereira<br />

Paginação: Isilda Trinda<strong>de</strong>,<br />

Rita Carlos<br />

Impressão: Lisgráfica, SA<br />

Tiragem: 40.000<br />

N.º <strong>de</strong> Registo 109980<br />

Depósito Legal n.º 5628/84<br />

Distribuição: <strong>Jornal</strong> <strong>de</strong> <strong>Leiria</strong><br />

Edição n.º 1477 , <strong>de</strong> 1.11.2012<br />

e do <strong>Jornal</strong> <strong>de</strong> Negócios,<br />

Edição n.º 2372 <strong>de</strong> 6.11. 2012<br />

COMUNICAÇÃO EMPRESARIAL<br />

Editorial<br />

06 COMUNICAÇÃO EMPRESARIAL<br />

UMA FERRAMENTA ESTRATÉGICA<br />

16 ENTREVISTA: LUÍS PAULO RODRIGUES<br />

18 A FORÇA DA MENSAGEM<br />

32 COMUNICAR NUM MERCADO GLOBAL<br />

40 DICAS DE COMUNICAÇÃO<br />

48 COMUNICAR EM AMBIENTE DE CRISE<br />

52 PROIBIDO ENGANAR<br />

56 RELAÇÃO COM A IMPRENSA<br />

66 ANÁLISE: 250 MAIORES EMPRESAS<br />

68 ANÁLISE: 50 MAIORES EXPORTADORAS<br />

70 LISTAGEM: 50 MAIORES EXPORTADORAS<br />

72 ANÁLISE: 50 MELHORES EMPRESAS<br />

74 LISTAGEM: 50 MELHORES EMPRESAS<br />

76 AS MELHORES EMPRESAS<br />

82 PUBLIREPORTAGENS<br />

86 LISTAGEM 250 MAIORES EMPRESAS<br />

a<br />

Ao iniciarmos a planificação <strong>de</strong>sta 22ª edição da revista<br />

250 Maiores Empresas do Distrito <strong>de</strong> <strong>Leiria</strong>, surgiu-nos<br />

a dificulda<strong>de</strong> <strong>de</strong> <strong>de</strong>finir um plano <strong>de</strong><br />

conteúdos que não repisasse tudo o que tem sido dito<br />

e escrito sobre as dificulda<strong>de</strong>s que as empresas atravessam<br />

e a grave crise económica que assola o País.<br />

Por um lado, sem <strong>de</strong>ixar <strong>de</strong> informar e <strong>de</strong> abordar<br />

o que enten<strong>de</strong>mos ser merecedor <strong>de</strong> ser noticiado,<br />

tem sido política do JORNAL DE LEIRIA não enveredar<br />

pelo caminho da exploração do drama que vivemos<br />

nem ajudar a cavar o buraco <strong>de</strong>pressivo que<br />

parece estar a engolir o País. Por outro, com tantas informações,<br />

análises, opiniões e explicações sobre a<br />

crise, proferidas por alguns especialistas e inúmeros<br />

pseudo entendidos, que têm monopolizado quase por<br />

completo a generalida<strong>de</strong> dos meios <strong>de</strong> comunicação<br />

social, pouco haveria a acrescentar para além <strong>de</strong><br />

mais alguns lugares comuns como os que diariamente<br />

ouvimos.<br />

Assim, e porque mais do que falar dos problemas<br />

importa encontrar caminhos para ajudar a resolvê-<br />

-los, <strong>de</strong>cidimos centrar a temática da revista na comunicação<br />

empresarial, um aspecto cada vez mais<br />

<strong>de</strong>terminante no êxito dos negócios, principalmente<br />

nesta era da globalização.<br />

Entre os empresários e especialistas em comunicação<br />

ouvidos nesta revista, é unânime a opinião <strong>de</strong><br />

que, hoje em dia, é fundamental para as empresas<br />

comunicarem e, acima <strong>de</strong> tudo, fazê-lo bem. No entanto,<br />

apesar <strong>de</strong>sta importância ser do senso comum,<br />

a realida<strong>de</strong> ainda está longe das palavras. O que<br />

vamos vendo é que muitas empresas continuam a<br />

actuar nesta área <strong>de</strong> forma manifestamente amadora<br />

e a <strong>de</strong>scurar as suas potencialida<strong>de</strong>s quase por<br />

completo, sendo geralmente a primeira a sofrer cortes<br />

quando é necessário conter custos.<br />

Talvez por isso, muitos dos produtos <strong>de</strong> excelência<br />

ma<strong>de</strong> in Portugal não são percebidos como tal, quer<br />

no estrangeiro quer, inclusive, no mercado nacional.<br />

Em muitos casos, <strong>de</strong>masiados até, fazemos bem mas<br />

não nos sabemos ven<strong>de</strong>r, não conseguindo fazer passar<br />

o valor dos nossos produtos. Como se po<strong>de</strong> perceber<br />

pela leitura <strong>de</strong>sta revista, a comunicação<br />

empresarial é tão importante como complexa, sendo<br />

imensos os factores, muitas vezes pequenos pormenores,<br />

a ter em conta. Facilmente um bom produto,<br />

uma marca com potencial ou uma empresa sólida<br />

po<strong>de</strong>m cair em <strong>de</strong>scrédito por pequenas falhas no<br />

processo <strong>de</strong> comunicação, sendo vários os exemplos<br />

que a história tem para provar isso mesmo.<br />

Um dos caminhos para as nossas empresas se<br />

afirmarem, <strong>de</strong>finitivamente, como exportadoras e capazes<br />

<strong>de</strong> competir com as melhores, passará obrigatoriamente<br />

por melhorarem a sua imagem e valor<br />

percebido dos seus produtos, entregando a comunicação<br />

a profissionais e investindo nesta área na proporção<br />

da sua importância. ■ João Nazário


06 I 07<br />

250 maiores<br />

empresas do<br />

distrito <strong>de</strong> <strong>Leiria</strong><br />

COMUNICAÇÃO EMPRESARIAL<br />

Uma ferramenta estratégica nos negócios<br />

CONSUMIDORES<br />

EXIGEM<br />

COMPROMISSOS<br />

EM VEZ DE<br />

PROMESSAS<br />

A comunicação assume uma importância cada vez<br />

mais <strong>de</strong>terminante na vida das empresas. Há gran<strong>de</strong>s<br />

mudanças estruturais nas socieda<strong>de</strong>s a nível<br />

global que obrigam a alterações na vida das organizações.<br />

As empresas têm <strong>de</strong> se tornar mais competitivas,<br />

procurar novos públicos, novos mercados e<br />

criar mecanismos que as auxiliem neste processo<br />

<strong>de</strong> transformação, permitindo-lhes, num contexto<br />

<strong>de</strong> re<strong>de</strong>s <strong>de</strong> informação cada vez mais globais e<br />

complexos, uma maior integração com os diversos<br />

agentes com que interagem. Todos estes factores alteraram<br />

a forma como pessoas, instituições e os negócios<br />

comunicam. Num período em que o Mundo<br />

atravessa uma das mais conturbadas existências, o<br />

“segredo” <strong>de</strong>ixa <strong>de</strong> ser, <strong>de</strong>finitivamente, a alma dos<br />

negócios. Quem assim continuar a pensar, <strong>de</strong>ixará<br />

<strong>de</strong> existir enquanto organização, produto ou serviço.<br />

O que não é comunicado não existe. Esta é uma verda<strong>de</strong><br />

inquestionável para marcas, organizações públicas<br />

e privadas e até para políticos, quer estejam<br />

em início <strong>de</strong> carreira ou não. Hoje, “estar na posse da<br />

verda<strong>de</strong> não é suficiente para construir as bases sólidas<br />

<strong>de</strong> uma reputação <strong>de</strong> credibilida<strong>de</strong>, serieda<strong>de</strong><br />

e competência. A verda<strong>de</strong> tem <strong>de</strong> ser comunicada”,<br />

refere o especialista em comunicação Luís Paulo<br />

DR


Rodrigues, para quem as pessoas, as empresas e as<br />

organizações têm <strong>de</strong> dirigir a sua própria comunicação,<br />

têm <strong>de</strong> ser proactivas, para darem <strong>de</strong> si a imagem<br />

que preten<strong>de</strong>m projectar. “Aquilo que somos e<br />

aquilo que pensamos – assim como aquilo que fazemos<br />

ou os produtos e serviços que temos para<br />

ven<strong>de</strong>r –, só será do conhecimento dos outros, ou<br />

dos públicos que procuramos, se for <strong>de</strong>vidamente<br />

comunicado. Se não tivermos uma comunicação<br />

proactiva, os outros não comunicam por nós, à excepção<br />

do consumidor quando passa a palavra ao<br />

amigo sobre aquilo que comprou ou quando escreve<br />

nas re<strong>de</strong>s sociais”, afirma Luís Paulo Rodrigues.<br />

Nesse caso, adverte, “estamos perante uma comunicação<br />

que não conseguimos controlar, po<strong>de</strong>ndo<br />

ser positiva ou negativa”. Por isso, para a construção<br />

<strong>de</strong> uma reputação <strong>de</strong> credibilida<strong>de</strong>, serieda<strong>de</strong> e<br />

competência “é imprescindível uma comunicação<br />

activa, planeada e dirigida para comunicar o que<br />

preten<strong>de</strong>mos, ou seja, a nossa verda<strong>de</strong>”.<br />

Quando se fala hoje <strong>de</strong> comunicação empresarial<br />

é imprescindível contextualizá-la no momento<br />

<strong>de</strong> crise económica internacional que ocupa o nosso<br />

quotidiano e nas alterações operadas ao nível da revolução<br />

tecnológica. Empresas e gestores <strong>de</strong> comunicação<br />

são hoje “intérpretes <strong>de</strong> uma profunda<br />

transformação, um renascimento na comunicação,<br />

que impacta o <strong>de</strong>senvolvimento dos programas e<br />

dos processos da comunicação à escala mundial”,<br />

revela Mário Branco, presi<strong>de</strong>nte da direcção da Associação<br />

Portuguesa Comunicação <strong>de</strong> Empresa<br />

(APCE), para quem a comunicação já não po<strong>de</strong> ser<br />

encarada como uma activida<strong>de</strong> táctica ou <strong>de</strong> apoio,<br />

antes emergindo como uma função estratégica da<br />

gestão focalizada na criação <strong>de</strong> valor.<br />

Significa isto que, neste momento, a função comunicação<br />

“está a encontrar um espaço mais amplo<br />

<strong>de</strong> intervenção, feito <strong>de</strong> complexida<strong>de</strong> e contextualização”,<br />

diz o arquitecto, referindo que “a confiança<br />

- e como restaurá-la – tornou-se uma questão crítica,<br />

e quer os próprios profissionais quer as partes<br />

interessadas reclamam transparência, verda<strong>de</strong>,<br />

proximida<strong>de</strong>, frequência e compreensão recíproca”.<br />

Por isso, diz, uma organização comunicativa tem<br />

<strong>de</strong> colocar as suas pessoas - num conceito alargado<br />

<strong>de</strong> público interno - no coração das suas comunicações<br />

e <strong>de</strong> respon<strong>de</strong>r <strong>de</strong> modo responsável e eficaz às<br />

legítimas preocupações dos seus stakehol<strong>de</strong>rs externos.<br />

“Alavancar a comunicação e articulá-la como<br />

um activo das organizações – baseado no alinhamento<br />

cultural, nas relações e na reputação – compromete-nos<br />

com novos <strong>de</strong>safios estratégicos e<br />

abre-nos, ao mesmo tempo, novas (e exigentes) oportunida<strong>de</strong>s”,<br />

consi<strong>de</strong>ra, ainda o presi<strong>de</strong>nte da APCE.<br />

“Mover a comunicação para o turbilhão da gestão<br />

da mudança e assim fomentar a mudança cultural,<br />

persuadindo, explicando e assegurando” será<br />

um dos <strong>de</strong>safios do futuro da comunicação empresarial,<br />

segundo Mário Branco, que <strong>de</strong>fen<strong>de</strong>, ainda, a<br />

pertinência <strong>de</strong> consi<strong>de</strong>rar “o Planeta como o nosso<br />

gran<strong>de</strong> stakehol<strong>de</strong>r e estabelecer e documentar<br />

compromissos sérios <strong>de</strong> sustentabilida<strong>de</strong>”.<br />

Admitindo que é possível fazer mais com menos<br />

recursos, promovendo a criativida<strong>de</strong> e a inovação,<br />

consi<strong>de</strong>ra imprescindível o domínio da utilização<br />

dos media sociais, com empenho na interacção, o<br />

que significará atingir novas audiências, ganhar a<br />

atenção (se o processo da mensagem for relevante e<br />

significante) e influenciar a discussão em re<strong>de</strong>s.<br />

De facto, vivemos numa socieda<strong>de</strong> global e mediática,<br />

em que as pessoas estão ligadas em re<strong>de</strong> e<br />

recebem informação no momento em que as coisas<br />

acontecem. “Comunicar conteúdos que marquem a<br />

diferença é ainda mais importante para agarrar os<br />

públicos, porque as pessoas estão na re<strong>de</strong>, os clientes<br />

estão na re<strong>de</strong>, o mercado está na re<strong>de</strong>. É na re<strong>de</strong><br />

que tudo funciona”, exclama Luís Paulo Rodrigues.<br />

COMUNICAÇÃO TRADICIONAL<br />

COMPLEMENTA MEDIA SOCIAL<br />

Falar <strong>de</strong> criação <strong>de</strong> imagem implica, necessariamente,<br />

recorrer à comunicação empresarial num<br />

sentido mais lacto da palavra, ou seja, ultrapassando<br />

a que tradicionalmente se fazia através dos<br />

logótipos, anúncios publicitários e papel <strong>de</strong> cartas,<br />

envelopes e cartões. Hoje, o mundo está <strong>de</strong> tal forma<br />

A inovação tecnológica e a responsabilida<strong>de</strong><br />

<strong>de</strong> lidar com um público com acesso<br />

cada vez mais variado à informação<br />

fez com que acomunicação assumisse<br />

uma estratégiamultiplataforma, integrando<br />

o digital com os canais mais tradicionais,<br />

como os jornais, as revistas e as televisões<br />

globalizado, que a comunicação é muito mais lacta<br />

e já não chega informar o bairro, a região ou o País.<br />

Comunica-se para um mundo que não se compa<strong>de</strong>ce<br />

<strong>de</strong> um só canal para dar a conhecer um negócio,<br />

um produto ou uma marca.<br />

“Felizmente houve uma evolução enorme na<br />

forma como comunicamos”, afirma Carla Branco, directora<br />

da Analógica - Agência <strong>de</strong> Comunicação <strong>de</strong><br />

Lisboa que trabalha com várias empresas da região.<br />

Por um lado, as marcas apresentam-se <strong>de</strong> uma<br />

forma “mais divertida e mais formal” e, por outro, as<br />

empresas, antes <strong>de</strong> avançarem com qualquer plano<br />

<strong>de</strong> comunicação, têm <strong>de</strong> saber qual a melhor forma<br />

<strong>de</strong> o fazer, percebendo qual o meio que mais se a<strong>de</strong>-<br />

>>>


08 I 09<br />

250 maiores<br />

empresas do<br />

distrito <strong>de</strong> <strong>Leiria</strong><br />

COMUNICAÇÃO EMPRESARIAL<br />

Uma ferramenta estratégica nos negócios<br />

“Os consumidores têm<br />

<strong>de</strong> ser vistos <strong>de</strong> uma<br />

outra perspectiva, pois<br />

existe um leque muito<br />

variado <strong>de</strong> escolhas, o<br />

seu gosto está mais<br />

apurado e não gostam<br />

que a informação lhe<br />

seja imposta ou<br />

vendida” , Carla Branco,<br />

Agência<br />

<strong>de</strong> Comunicação<br />

Analógica<br />

DR<br />

qua face ao seu ramo <strong>de</strong> negócio, explica a responsável.<br />

E se no passado a aposta passava, essencialmente,<br />

pela publicida<strong>de</strong> tradicional, “nos últimos<br />

três anos, assistiu-se a um corte no investimento<br />

publicitário <strong>de</strong> cerca <strong>de</strong> 50%, o que <strong>de</strong>u lugar à comunicação<br />

virtual, que apresenta <strong>de</strong> igual forma resultados<br />

favoráveis e um menor custo”. Carla Branco<br />

explica que tudo mudou com a revolução da internet,<br />

<strong>de</strong>s<strong>de</strong> a forma como comunicamos, à forma<br />

como nos apresentamos ao mundo e como interagimos<br />

com o próximo. “À distância <strong>de</strong> um clique, fazemos<br />

compras online, pagamos contas, transferimos<br />

dinheiro, enviamos mensagens, telefonamos para<br />

todo o mundo, fazemos vi<strong>de</strong>oconferências, vemos<br />

filmes, ouvimos música, lemos o jornal… a internet<br />

tornou-se o nosso universo e já não conseguimos<br />

imaginar a nossa vida sem computadores porque se<br />

transformou num estilo <strong>de</strong> vida”. Face a tudo isto,<br />

adianta, “não adaptar a comunicação da nossa empresa<br />

é algo tão impossível quanto negar toda esta<br />

realida<strong>de</strong>”.<br />

Apesar <strong>de</strong> tudo, para 85% das empresas, menos<br />

<strong>de</strong> 20% do orçamento <strong>de</strong> marketing é encaminhado<br />

para os meios digitais e só 6% das organizações –<br />

sobretudo na área do turismo - reservam mais <strong>de</strong><br />

40% do orçamento <strong>de</strong> marketing para a comunicação<br />

e promoção nos meios online. Os dados, que<br />

constam <strong>de</strong> um estudo dirigido às empresas que<br />

mais investem em publicida<strong>de</strong> no mercado português,<br />

apresentados na Internet Week 2012, revelam<br />

que cerca <strong>de</strong> meta<strong>de</strong> das empresas inquiridas realiza<br />

vendas online, mas também concluem que o impacto<br />

do canal ainda é reduzido.<br />

Carla Branco não tem dúvidas <strong>de</strong> que o universo<br />

online é o futuro da comunicação, embora admita<br />

que não faz sentido realizar vendas online sem<br />

apostar também na apresentação <strong>de</strong> um bom catálogo<br />

<strong>de</strong> serviços ou produtos, actualizado, dinamizado<br />

e comunicado nos mais variados meios. “Não<br />

po<strong>de</strong>mos cair no erro <strong>de</strong> não monitorizar o que se<br />

fala sobre a nossa empresa nas re<strong>de</strong>s sociais e nos<br />

<strong>de</strong>mais canais existentes”, explica, lembrando que é<br />

muito frequente, durante uma reunião, constatar-<br />

-se que alguns empresários “não fazem a mínima<br />

i<strong>de</strong>ia da comunicação online da sua empresa, esquecendo-se<br />

que ela está disponível para milhares<br />

<strong>de</strong> pessoas”. A directora <strong>de</strong> comunicação diz que se<br />

trata <strong>de</strong> empresas “bem estabelecidas no mercado,<br />

cujos conteúdos nas re<strong>de</strong>s sociais são negligenciados<br />

e <strong>de</strong>sactualizados, o que <strong>de</strong>monstra que ainda<br />

não levam as re<strong>de</strong>s sociais muito a sério”. Para muitos,<br />

são ainda os filhos, os sobrinhos ou os amigos<br />

dos amigos a gerirem a sua página <strong>de</strong> facebook. “É<br />

<strong>de</strong>sta forma que efectuam a comunicação online da<br />

sua empresa, o que revela um amadorismo enorme<br />

na gestão <strong>de</strong> comunida<strong>de</strong>s. Ter uma sólida comunicação<br />

é meio caminho andado para o sucesso”.<br />

Para esta comunicadora, há uma necessida<strong>de</strong><br />

urgente na construção <strong>de</strong> relações entre marcas e<br />

consumidores. Aliás, segundo <strong>de</strong>fen<strong>de</strong>, a própria palavra<br />

“consumidores” <strong>de</strong>veria <strong>de</strong>ixar <strong>de</strong> existir. “Não<br />

existem consumidores, existem seres humanos que<br />

interagem entre si, que compram, que ven<strong>de</strong>m, que<br />

experimentam produtos e que têm uma opinião”,<br />

afirma Carla Branco, para quem essa opinião “vale o<br />

que vale, mas a verda<strong>de</strong> é que po<strong>de</strong> chegar a muita<br />

gente, basta olhar para a massiva quantida<strong>de</strong> <strong>de</strong><br />

Gestores <strong>de</strong> comunicação<br />

são hoje “intérpretes <strong>de</strong> uma<br />

profunda transformação,<br />

um renascimento<br />

na comunicação, que<br />

impacta o <strong>de</strong>senvolvimento<br />

dos programas e dos<br />

processos da comunicação<br />

à escala mundial<br />

bloggers e respectivos seguidores. Alguns <strong>de</strong>les tornaram-se<br />

lí<strong>de</strong>res <strong>de</strong> opinião e verda<strong>de</strong>iros “embaixadores<br />

das marcas”.<br />

VIDA EMPRESARIAL É UM TODO<br />

Pedro Oliveira, director criativo da Sistema 4, empresa<br />

<strong>de</strong> <strong>Leiria</strong> que há 20 anos trabalha na área da<br />

comunicação e imagem, com empresas nacionais e<br />

multinacionais, não tem dúvidas <strong>de</strong> que no mundo<br />

dos negócios, sobretudo num mercado aberto e global,<br />

há que ser objectivo, directo e pragmático. E,<br />

num cenário <strong>de</strong> crise, com o mercado a encurtar a<br />

>>>


10 I 11<br />

250 maiores<br />

empresas do<br />

distrito <strong>de</strong> <strong>Leiria</strong><br />

COMUNICAÇÃO EMPRESARIAL<br />

Uma ferramenta estratégica nos negócios<br />

“A área da comunicação<br />

é como os alfaiates (…)<br />

Se o fato vestir bem e<br />

espalhar magia por<br />

on<strong>de</strong> passa, foi barato,<br />

caso contrário, é melhor<br />

rever o processo<br />

todo e pedir<br />

responsabilida<strong>de</strong>s”,<br />

Pedro Oliveira,<br />

Sistema 4<br />

PUBLICIDADE<br />

DR<br />

cada dia, o consumo a diminuir <strong>de</strong> forma drástica e<br />

com poucos recursos financeiros, reconhece que a<br />

comunicação é essencial, mas a aposta nesta área<br />

“é necessariamente tão difícil como a aposta noutro<br />

qualquer sector”. Apesar disso, diz não recomendar,<br />

nem alinhar “pela velha máxima proverbial <strong>de</strong> que<br />

quem não tem cão, caça com gato, pois caçar até<br />

po<strong>de</strong> caçar, mas a caça po<strong>de</strong>rá não ser a que <strong>de</strong>sejamos”.<br />

Daí que, tal como a aposta na produção ou<br />

na logística, por si só, não garantem o sucesso a nenhuma<br />

empresa, também a aposta apenas na comunicação<br />

não é solução que se recomen<strong>de</strong>. “A vida<br />

empresarial é um todo, que <strong>de</strong>ve funcionar <strong>de</strong> forma<br />

integrada e equilibrada”, explica o director criativo,<br />

para quem existem empresários e empresas nacionais<br />

que apostaram na comunicação das suas empresas<br />

em todas as suas vertentes e <strong>de</strong> forma<br />

irrepreensível. “Fazem-no <strong>de</strong>s<strong>de</strong> sempre e <strong>de</strong> forma<br />

consciente e consistente, <strong>de</strong>ntro <strong>de</strong> um alinhamento<br />

integrado e 360º, mas há também uma imensa multidão<br />

que não o fez enquanto o mercado o permitia<br />

e nos tempos que correm dificilmente o vai fazer,<br />

pois as preocupações imediatas e prementes são<br />

outras”, revela Pedro Oliveira, argumentando que<br />

quem se habituou a fazê-lo, tem agora a vida um<br />

pouco mais facilitada e mesmo em tempos <strong>de</strong> crise,<br />

on<strong>de</strong> é preciso ser ainda mais racional, “dotar o projecto<br />

empresarial <strong>de</strong> ferramentas a<strong>de</strong>quadas e <strong>de</strong>vidamente<br />

afinadas, garante <strong>de</strong>s<strong>de</strong> logo uma gran<strong>de</strong><br />

e profícua eficácia na comunicação”. Contudo, diz,<br />

“este fenómeno não é exclusivo apenas das empresas<br />

portuguesas, é <strong>de</strong> uma forma ou <strong>de</strong> outra, transversal<br />

no mundo oci<strong>de</strong>ntalizado”.<br />

A constante inovação tecnológica e a responsabilida<strong>de</strong><br />

<strong>de</strong> lidar com um público com acesso cada<br />

vez mais variado à informação fez com que a comunicação<br />

assumisse, cada vez mais, uma estratégia<br />

multiplataforma, integrando o digital com os canais<br />

mais tradicionais, como os jornais, as revistas e as<br />

televisões, antes as únicas fontes para aquisição <strong>de</strong><br />

conteúdo e informação. “Os monocanais já não resistem<br />

aos novos tempos, dando lugar aos pluricanais”,<br />

consi<strong>de</strong>ra também Paulo Pinto, director-geral<br />

do Grupo Redcats, que <strong>de</strong>tém as marcas La Redoute<br />

e Vertbau<strong>de</strong>t, lembrando, contudo, que os empresários<br />

não <strong>de</strong>vem privilegiar uns em <strong>de</strong>trimento <strong>de</strong> outros.<br />

Eles são complementares. “Um empresário tem<br />

<strong>de</strong> pensar hoje que uma pessoa está frente à televisão<br />

e tem o telemóvel ao seu lado, pelo que o SMS,<br />

associado a outras ferramentas <strong>de</strong> comunicação, é<br />

muito importante para comunicar a empresa”, exemplifica,<br />

lembrando a necessida<strong>de</strong> <strong>de</strong> complementar<br />

o marketing directo com o marketing digital, como é<br />

feito na La Redoute, através dos catálogos ou operações<br />

comerciais na web. Neste caso, Paulo Pinto<br />

lembra que a sua estratégia é reforçada continuamente<br />

com um trabalho <strong>de</strong> relações públicas e a uti-


lização, cada vez mais, dos meios publicitários da TV<br />

e rádio. “É importante comunicar on<strong>de</strong> encontramos<br />

o cliente. Hoje a gran<strong>de</strong> evolução estratégica da comunicação<br />

foi passar <strong>de</strong> uma estratégia assente no<br />

catálogo para uma estratégia <strong>de</strong> marketing 2.0 através<br />

do site, emails, sms”, explica.<br />

MARCAS… IMAGINAÇÃO,<br />

CRIATIVIDADE E VERDADE<br />

Quando se pensa em marcas, imediatamente se faz<br />

a associação a gran<strong>de</strong>s multinacionais, a nomes sonantes<br />

<strong>de</strong> produtos que enchem as prateleiras das<br />

<strong>de</strong>spensas das cozinhas ou ainda a uma roupa ou<br />

calçado que só po<strong>de</strong> ser adquirido por pessoas com<br />

um <strong>de</strong>terminado po<strong>de</strong>r <strong>de</strong> compra. Uma i<strong>de</strong>ia que os<br />

especialistas tentam <strong>de</strong>smistificar, já que todas as<br />

gran<strong>de</strong>s multinacionais <strong>de</strong> hoje e que ven<strong>de</strong>m essas<br />

marcas foram ontem i<strong>de</strong>ias muito pequeninas e com<br />

orçamentos muito reduzidos. Muitos dos milionários<br />

<strong>de</strong> hoje eram ilustres <strong>de</strong>sconhecidos há pouco mais<br />

<strong>de</strong> uma década. Carlos Coelho, presi<strong>de</strong>nte da Ivity<br />

Brand Corp, já falava assim em 2009 ao JORNAL DE<br />

LEIRIA, <strong>de</strong>fen<strong>de</strong>ndo que para criar uma marca, não é<br />

necessário muito dinheiro. “É preciso sermos muito<br />

ousados, <strong>de</strong>savergonhados e aplicarmos muita<br />

energia criativa e imaginação. Recursos que são<br />

sustentáveis e renováveis e que estão gratuitamente<br />

disponíveis na gaveta da nossa ambição”.<br />

A marca é, <strong>de</strong> facto, uma ferramenta <strong>de</strong> vantagem<br />

competitiva, mas apresenta-se, hoje, com uma nova<br />

O foco das marcas não po<strong>de</strong> continuar a ser<br />

a extracção do exce<strong>de</strong>nte dos consumidores,<br />

com base num mo<strong>de</strong>lo <strong>de</strong> consumo<br />

<strong>de</strong>senfreado”<br />

carga emocional e simbólica, própria do período em<br />

que vivemos. É impossível dissociá-la da diminuição<br />

do po<strong>de</strong>r <strong>de</strong> compra dos consumidores, pelo que<br />

<strong>de</strong>ve ter agregada a ela valores tão intrínsecos como<br />

a relevância, a verda<strong>de</strong> e a garantia <strong>de</strong> que a promessa<br />

que ela encerra é efectivamente cumprida. É<br />

necessário “mimá-la”, acompanhá-la <strong>de</strong> perto e criar<br />

uma imagem sólida e consistente <strong>de</strong> tal forma que<br />

as pessoas reconheçam nela um verda<strong>de</strong>iro sinal <strong>de</strong><br />

>>><br />

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12 I 13<br />

250 maiores<br />

empresas do<br />

distrito <strong>de</strong> <strong>Leiria</strong><br />

COMUNICAÇÃO EMPRESARIAL<br />

Uma ferramenta estratégica nos negócios<br />

mo<strong>de</strong>lo <strong>de</strong> consumo <strong>de</strong>senfreado”, diz o responsável<br />

à Marketeer, para quem a relevância é um imperativo<br />

para a sobrevivência e para o sucesso. O futuro<br />

será, pois, das marcas que assumirem compromissos<br />

em vez <strong>de</strong> promessas.<br />

DR<br />

“A genialida<strong>de</strong> da<br />

concorrência do<br />

mercado livre é que o<br />

cliente <strong>de</strong>ci<strong>de</strong> quem<br />

vence e quem per<strong>de</strong>.<br />

E a longo prazo o cliente<br />

é o principal vencedor”,<br />

Donald J. Carty, CEO<br />

da American Airlines<br />

compromisso com a durabilida<strong>de</strong> e a qualida<strong>de</strong> do<br />

produto e serviço.<br />

Não é por acaso, que segundo o estudo Meaningful<br />

Brands, realizado pela primeira vez em Portugal<br />

pela Havas Media, apenas 28% das marcas são<br />

consi<strong>de</strong>radas relevantes para os consumidores portugueses,<br />

ou seja, 72% das marcas po<strong>de</strong>riam <strong>de</strong>saparecer<br />

sem a maioria dos consumidores sentirem<br />

a sua falta.<br />

As marcas relevantes são as que fazem diferença<br />

na vida das pessoas, comunida<strong>de</strong>s, socieda<strong>de</strong> e gerações<br />

futuras. Têm um impacto positivo e tangível,<br />

em termos humanos, em vez <strong>de</strong> simplesmente diferenciarem<br />

os produtos <strong>de</strong> modo superficial. Uma<br />

análise que aponta para a necessida<strong>de</strong> <strong>de</strong> as marcas<br />

reavaliarem a relação com os consumidores, que<br />

querem muito mais do que simples promessas ou<br />

histórias. Rui Almeida, director <strong>de</strong> Research da<br />

Havas Media Portugal, explica que as empresas<br />

terão <strong>de</strong> reequacionar as suas estratégias e centrar<br />

a activida<strong>de</strong> das marcas em torno dos cidadãos. “O<br />

foco das marcas não po<strong>de</strong> continuar a ser a extracção<br />

do exce<strong>de</strong>nte dos consumidores, com base num<br />

Apenas 28% das marcas são<br />

consi<strong>de</strong>radas relevantes<br />

para os consumidores<br />

portugueses, ou seja,<br />

72% das marcas po<strong>de</strong>riam<br />

<strong>de</strong>saparecer sem a maioria<br />

dos consumidores sentirem<br />

a sua falta<br />

VALORES INTEMPORAIS<br />

“A genialida<strong>de</strong> da concorrência do mercado livre é<br />

que o cliente <strong>de</strong>ci<strong>de</strong> quem vence e quem per<strong>de</strong>. E a<br />

longo prazo o cliente é o principal vencedor”.<br />

Donald J. Carty, CEO da American Airlines, já o referia<br />

em 1999, a propósito <strong>de</strong> valores relacionados<br />

com a verda<strong>de</strong> e a honestida<strong>de</strong> associados às marcas.<br />

Significa que estas premissas que hoje voltam<br />

a estar na or<strong>de</strong>m do dia sempre foram uma realida<strong>de</strong>,<br />

como aliás, Pedro Oliveira, faz questão <strong>de</strong> referir.<br />

A verda<strong>de</strong> e a honestida<strong>de</strong> são valores<br />

“intemporais” que representam “uma obrigação e<br />

uma responsabilida<strong>de</strong> das empresas, sejam portuguesas<br />

ou não, antes, agora e sempre”. Aliás, adverte,<br />

“com a facilida<strong>de</strong> que há hoje no acesso a todo o tipo<br />

<strong>de</strong> informação e também <strong>de</strong> a fazer circular, qualquer<br />

marca que não assuma essa postura, corre sérios<br />

riscos <strong>de</strong> ter problemas”.<br />

Nada foi, pois, inventado recentemente o que só<br />

revela que os consumidores são pessoas cada vez<br />

mais informadas, como aliás, se po<strong>de</strong> confirmar<br />

também pelas palavras <strong>de</strong> Kotler, segundo o qual<br />

criar uma marca tem implícita uma promessa que<br />

<strong>de</strong>verá ser cumprida, havendo <strong>de</strong>pois que trabalhá-<br />

-la no sentido <strong>de</strong> não <strong>de</strong>fraudar as pessoas que nela<br />

acreditam, não <strong>de</strong>ixando ao acaso qualquer pormenor.<br />

O director criativo da Sistema 4 refere os perigos<br />

<strong>de</strong> contágio, “pois se a ligação da marca à<br />

empresa for forte, rapidamente a contaminação da<br />

infecção da marca afectará também a empresa e<br />

po<strong>de</strong> até passar a contaminar também outras marcas<br />

associadas”, pelo que, “o melhor mesmo é trabalhar<br />

<strong>de</strong> forma competente e séria todos os dias, <strong>de</strong><br />

forma a não se correrem riscos, pois os custos <strong>de</strong> recuperar<br />

uma marca caída em <strong>de</strong>sgraça são tremen-<br />

>>>


14 I 15<br />

250 maiores<br />

empresas do<br />

distrito <strong>de</strong> <strong>Leiria</strong><br />

COMUNICAÇÃO EMPRESARIAL<br />

Uma ferramenta estratégica nos negócios<br />

As marcas relevantes<br />

são as que fazem<br />

diferença na vida das<br />

pessoas, comunida<strong>de</strong>s,<br />

socieda<strong>de</strong> e gerações<br />

futuras.<br />

damente maiores do que os custos <strong>de</strong> a manter viva,<br />

dinâmica e saudável durante o seu percurso”.<br />

Também para Carla Branco, “a marca continua<br />

a ser o maior património da empresa”, sendo que<br />

“a verda<strong>de</strong> e a honestida<strong>de</strong>, factores <strong>de</strong>cisivos<br />

para a continuação do seu sucesso, são valores<br />

que têm <strong>de</strong> estar presentes em todas as etapas e<br />

não apenas em alturas <strong>de</strong> crise”.<br />

Na opinião da directora da Analógica, felizmente,<br />

que “estamos perante um vasto público<br />

cada vez mais exigente e informado, <strong>de</strong> leitores e<br />

<strong>de</strong> muita gente interessada em partilha <strong>de</strong> conteúdos,<br />

o que motiva as marcas a fazer cada vez<br />

mais e melhor, contribuindo para uma evolução<br />

positiva”. Contudo, adverte, “o po<strong>de</strong>r está dividido”.<br />

Se por um lado, “estamos habituados a ter<br />

os consumidores a ditar as regras do jogo, por<br />

outro po<strong>de</strong>mos afirmar que o po<strong>de</strong>r está também<br />

do lado das empresas pois são elas que<br />

ditam os formatos e conteúdos que vão ser utilizados”.<br />

Neste momento, concretiza, “os consumidores<br />

têm <strong>de</strong> ser vistos <strong>de</strong> uma outra<br />

perspectiva, pois existe um leque muito variado<br />

<strong>de</strong> escolhas, o seu gosto está mais apurado e<br />

não gostam que a informação lhe seja imposta<br />

ou vendida”.<br />

E hoje, apesar das dificulda<strong>de</strong>s, não será difícil<br />

conceber qualida<strong>de</strong> e comunicá-la aos consumidores,<br />

como sustenta, ainda, Pedro Oliveira.<br />

“Como tudo o que envolve valor, o custo <strong>de</strong> comunicar<br />

é sempre relativo. Investir (e não gastar dinheiro)<br />

em comunicação, obriga a um plano<br />

estratégico objectivo, que começa num plano <strong>de</strong><br />

marketing, passa por uma integração correcta<br />

com a "atitu<strong>de</strong>" do <strong>de</strong>partamento comercial, com<br />

a pertinência do produto ou serviço ou empresa,<br />

e termina com a mensagem e com os meios escolhidos”.<br />

Ou seja, quando o investimento em comunicação<br />

é feito sobre este pressuposto, “há<br />

pelo menos uma garantia: é possível, com algum<br />

rigor, medir a eficácia do valor investido e com<br />

base nestes dados é que vai ser possível aferir se<br />

foi caro ou não”. Para este criativo, a área da comunicação<br />

é como os alfaiates. “Se o fato vestir<br />

bem e espalhar magia por on<strong>de</strong> passa, foi barato,<br />

caso contrário, é melhor rever o processo todo e<br />

pedir responsabilida<strong>de</strong>s”. ■<br />

Lur<strong>de</strong>s Trinda<strong>de</strong><br />

PUBLICIDADE


16 I 17<br />

250 maiores<br />

empresas do<br />

distrito <strong>de</strong> <strong>Leiria</strong><br />

ENTREVISTA<br />

Luís Paulo Rodrigues*<br />

Para se promover<br />

no estrangeiro, o vinho<br />

português tem <strong>de</strong><br />

<strong>de</strong>ixar as salas dos<br />

hotéis, on<strong>de</strong> são feitas<br />

as provas <strong>de</strong><br />

<strong>de</strong>gustação sempre<br />

para as mesmas<br />

pessoas, e tem <strong>de</strong> ir até<br />

aos consumidores que<br />

lêem jornais e revistas<br />

e que estão na<br />

Internet…<br />

d<br />

OS CONSUMIDORES<br />

NÃO TOLERAM<br />

A MENTIRA<br />

*<br />

consultor<br />

e gestor<br />

<strong>de</strong> comunicação<br />

Declina <strong>de</strong> todo a i<strong>de</strong>ia <strong>de</strong> a comunicação ser encarada<br />

como um serviço entregue a amigos ou curiosos<br />

ou como uma <strong>de</strong>spesa dispensável em momentos <strong>de</strong><br />

crise, <strong>de</strong>fen<strong>de</strong>ndo que o melhor que po<strong>de</strong> acontecer<br />

a uma marca é entrar no sistema mediático tradicional<br />

<strong>de</strong>pois <strong>de</strong> ter construído a sua imagem no espaço<br />

digital. Encara isso como uma agregação <strong>de</strong> valor extraordinária,<br />

embora tenha <strong>de</strong> ser feito com muito<br />

cuidado! Principalmente num momento em que as<br />

marcas têm <strong>de</strong> ser cada vez mais honestas na sua<br />

comunicação, pois os consumidores estão cansados<br />

<strong>de</strong> mentiras!<br />

Como avalia a comunicação feita pelas empresas<br />

portuguesas? Consi<strong>de</strong>ra que há ainda muitos aspectos<br />

a melhorar?<br />

Em todas as empresas, a <strong>de</strong>spesa em comunicação<br />

<strong>de</strong>veria ser encarada como um investimento essencial<br />

na sua gestão estratégica. E, quando falo em comunicação<br />

empresarial, refiro-me à assessoria <strong>de</strong><br />

imprensa, às relações públicas e a todas as disciplinas<br />

da comunicação: o marketing, a comunicação in-<br />

DR<br />

terna, o atendimento ao cliente, a comunicação digital,<br />

a publicida<strong>de</strong>, a comunicação corporativa, o marketing<br />

na comunida<strong>de</strong> envolvente, etc. Em cada<br />

empresa ou organização tudo isto <strong>de</strong>ve funcionar <strong>de</strong><br />

forma integrada, respeitando a visão, a missão e os<br />

valores. As empresas portuguesas, salvo honrosas<br />

excepções, têm a visão, a missão e os valores expressos<br />

no seu site como se fossem a<strong>de</strong>reços que ficam<br />

bem ali. Na maioria dos casos são visões e missões<br />

perfeitamente vagas, que po<strong>de</strong>riam ser aplicadas a<br />

todas as empresas. Quanto à comunicação, muitas<br />

vezes, é encarada como um serviço que po<strong>de</strong> ser entregue<br />

aos amigos ou curiosos. Ou como uma <strong>de</strong>spesa<br />

dispensável em momentos <strong>de</strong> crise.<br />

Tendo em conta as características do nosso país,<br />

consi<strong>de</strong>ra que é vantajosa a comunicação em associação?<br />

A comunicação em associação é um excelente caminho,<br />

porque permite uma comunicação eficaz por<br />

menos dinheiro. O problema são as capelinhas e os<br />

egocentrismos paroquiais. O movimento associativo,<br />

muitas vezes, não é suficientemente forte. Por exemplo,<br />

os produtores <strong>de</strong> vinho <strong>de</strong> uma <strong>de</strong>terminada região<br />

po<strong>de</strong>riam fazer a comunicação nacional ou<br />

internacional, mediante o pagamento <strong>de</strong> uma quota<br />

mensal ou anual à associação a que pertencem, cabendo<br />

à associação a responsabilida<strong>de</strong> pela comunicação,<br />

<strong>de</strong> acordo com os mercados prioritários. O<br />

futuro da comunicação internacional <strong>de</strong> alguns produtos<br />

portugueses, como o vinho ou o azeite, tem <strong>de</strong><br />

passar por aí. Para se promover no estrangeiro, o<br />

vinho português tem <strong>de</strong> <strong>de</strong>ixar as salas dos hotéis,<br />

on<strong>de</strong> são feitas as provas <strong>de</strong> <strong>de</strong>gustação sempre para<br />

as mesmas pessoas, e tem <strong>de</strong> ir até aos consumidores<br />

que lêem jornais e revistas e que estão na Internet,<br />

que querem conhecer não só o vinho, mas a<br />

região on<strong>de</strong> ele é produzido e os próprios métodos <strong>de</strong><br />

produção. O novo consumidor é informado e gosta <strong>de</strong><br />

procurar informação antes <strong>de</strong> <strong>de</strong>cidir as suas compras.<br />

Como se <strong>de</strong>ve comunicar no mercado global?<br />

Os princípios da comunicação são iguais em todo o<br />

lado. O que é preciso é conhecer os mercados, a sua<br />

cultura, os seus hábitos, costumes e tradições. É preciso<br />

saber se as pessoas lêem mais jornais ou se<br />

vêem mais televisão. Se frequentam mais o Facebook<br />

ou o Twitter. As mensagens também têm <strong>de</strong> ser adaptadas<br />

a cada região do globo. Não po<strong>de</strong>mos no mercado<br />

<strong>de</strong> muçulmanos apostar numa publicida<strong>de</strong> que<br />

explore o capital erótico da mulher. Nem po<strong>de</strong>mos ir<br />

para o Brasil falar em “raparigas”, que lá são prostitutas,<br />

nem em frango pica-no-chão, que remete para<br />

uma coisa pornográfica. O vinho ver<strong>de</strong>, no Brasil, não<br />

po<strong>de</strong> ser servido “fresco” – que soa a arrogância –,<br />

tem <strong>de</strong> ser servido gelado. Por isso, a comunicação,<br />

embora obe<strong>de</strong>cendo aos mesmos princípios em<br />

todos os lugares, precisa <strong>de</strong> ser regional para ser mais


eficaz. Regional no sentido em que apela a uma<br />

adaptação ao mercado.<br />

Um estudo recente revela que as marcas relevantes<br />

são as que fazem a diferença na vida das pessoas,<br />

comunida<strong>de</strong>s, socieda<strong>de</strong> e gerações futuras e também<br />

as que dominam o mercado. Perante esta situação,<br />

existe necessida<strong>de</strong> <strong>de</strong> se alterar a estratégia das<br />

empresas?<br />

Esta questão foca dois problemas. O primeiro, relativamente<br />

à questão do peso das marcas na mente dos<br />

consumidores, significa que a maioria das marcas<br />

portuguesas não existe para a maioria das pessoas.<br />

Provavelmente, isso acontece porque essas marcas<br />

comunicam mal e não conseguem um envolvimento<br />

satisfatório com os consumidores. Lá, está, o que não<br />

é comunicado não existe. O segundo problema tem a<br />

ver com as exportações portuguesas e com a imagem<br />

<strong>de</strong> Portugal no estrangeiro. Os consumidores associam<br />

as marcas à imagem dos países. Se a Coca-Cola<br />

não fosse americana, não seria a marca que é. Se a<br />

BMW não fosse alemã também não seria a marca<br />

consistente e robusta que é. Dou um exemplo concreto<br />

que afectou as exportações <strong>de</strong> máquinas fotográficas<br />

da Leica para os Estados Unidos. Cerca <strong>de</strong><br />

90 por cento das máquinas Leica são produzidas em<br />

Portugal, em Vila Nova <strong>de</strong> Famalicão. E são tão bem<br />

produzidas que os alemães acabam <strong>de</strong> investir na<br />

construção <strong>de</strong> uma nova fábrica. Há uns anos, as máquinas<br />

produzidas em Famalicão passaram a usar a<br />

etiqueta ma<strong>de</strong> in Portugal. A experiência foi um fracasso.<br />

Depois <strong>de</strong> perdas <strong>de</strong> 30% em vendas nos EUA<br />

e Japão, a Leitz, a empresa dos alemães em Famalicão,<br />

<strong>de</strong>cidiu voltar a inscrever a etiqueta ma<strong>de</strong> in Germany<br />

para recuperar. E recuperou. Isto significa que<br />

os gran<strong>de</strong>s mercados internacionais não confiam<br />

muito nos produtos fabricados em Portugal, a não ser<br />

os produtos naturais, como os alimentares. Eis um indicador<br />

precioso para o Governo trabalhar a imagem<br />

<strong>de</strong> Portugal no estrangeiro. E seria importante saber<br />

por que é que os americanos e os japoneses <strong>de</strong>ixaram<br />

<strong>de</strong> comprar uma máquina fotográfica <strong>de</strong> uma<br />

marca alemã prestigiada, só porque ostentava a inscrição<br />

ma<strong>de</strong> in Portugal. Mas isto serve para explicar<br />

que o peso das marcas na mente dos consumidores<br />

está muito ligado à imagem dos países.<br />

A que se <strong>de</strong>vem estas mudanças nos consumidores?<br />

Os consumidores são cada vez mais informados e<br />

cada vez mais exigentes. Os consumidores perguntam,<br />

querem saber, fazem contas e só <strong>de</strong>pois é que<br />

<strong>de</strong>ci<strong>de</strong>m. Com tantas marcas à disposição, o consumidor<br />

ganhou po<strong>de</strong>r, porque ganhou capacida<strong>de</strong> <strong>de</strong><br />

escolha. Logo, o consumidor contemporâneo quer ser<br />

tratado <strong>de</strong> igual para igual. A marca <strong>de</strong>ixou <strong>de</strong> <strong>de</strong>bitar<br />

propaganda <strong>de</strong> <strong>de</strong>ntro para fora, ficando à espera do<br />

cliente atrás do balcão, porque sabia que não havia<br />

concorrência. Agora, a marca tem <strong>de</strong> conversar com o<br />

consumidor, tem <strong>de</strong> interagir com ele, tem <strong>de</strong> tratá-lo<br />

PERFIL<br />

como se fosse o seu melhor amigo para mantê-lo por<br />

muito tempo. Porque um cliente é um bem cada vez<br />

mais escasso.<br />

A comunicação tem sido bem conseguida pela maioria<br />

das marcas no sentido da sua eficácia e até <strong>de</strong> honestida<strong>de</strong><br />

com o consumidor?<br />

Há marcas que ainda não <strong>de</strong>spertaram para a nova<br />

or<strong>de</strong>m económica global. Há empresas e marcas que<br />

contratam estagiários <strong>de</strong> borla ou por 500 euros, ou<br />

até menos, para “alimentar as re<strong>de</strong>s sociais”. Mas as<br />

re<strong>de</strong>s sociais não são vacas, que ficam satisfeitas<br />

com a erva que lhes damos. As re<strong>de</strong>s sociais são para<br />

ser geridas por profissionais <strong>de</strong> comunicação capacitados,<br />

que saibam criar conteúdos que interessem<br />

às pessoas que a marca procura conquistar, que saibam<br />

na ponta da língua a visão, a missão e os valores<br />

da marca, que sejam atenciosos e que resolvam os<br />

problemas com eficácia e discrição, tendo em conta<br />

que o cliente tem sempre razão, mesmo que não<br />

tenha.<br />

Quer dar um exemplo <strong>de</strong> um bom marketing viral?<br />

Vou lembrar um mau exemplo, para alertar as empresas<br />

no sentido <strong>de</strong> terem muito cuidado com este<br />

tipo <strong>de</strong> marketing. Porque há criativos que são tão<br />

criativos que produzem um efeito contrário ao pretendido.<br />

O melhor que po<strong>de</strong> acontecer a uma marca<br />

é entrar no sistema mediático tradicional <strong>de</strong>pois <strong>de</strong><br />

ter construído a sua imagem no espaço digital. Significa<br />

uma agregação <strong>de</strong> valor extraordinária. Mas isso<br />

tem <strong>de</strong> ser feito com cuidado. As marcas têm <strong>de</strong> ser<br />

honestas na sua comunicação. O que fez a Cacharel<br />

Portugal, por exemplo, com uma história <strong>de</strong> amor que<br />

era falsa, foi muito negativo para a marca. Os consumidores<br />

informados não toleram a mentira. A Cacharel<br />

Portugal contratou dois actores que usaram <strong>de</strong><br />

forma criminosa os meios <strong>de</strong> comunicação tradicionais<br />

para ven<strong>de</strong>rem um produto a partir <strong>de</strong> uma história<br />

inventada. As reacções negativas do público<br />

português não se fizeram esperar na Internet e ainda<br />

bem. Tem <strong>de</strong> haver ética na comunicação. ■<br />

Lur<strong>de</strong>s Trinda<strong>de</strong><br />

A marca tem <strong>de</strong><br />

conversar com o<br />

consumidor, tem<br />

<strong>de</strong> interagir com ele,<br />

tem <strong>de</strong> tratá-lo como<br />

se fosse o seu melhor<br />

amigo para mantê-lo<br />

por muito tempo. ´<br />

Porque um cliente é um<br />

bem cada vez mais<br />

escasso<br />

CONSULTOR E GESTOR DE COMUNICAÇÃO, LUÍS PAULO RODRIGUES, FORMADO EM CIÊNCIAS DA<br />

COMUNICAÇÃO E DA CULTURA, TRATA DA COMUNICAÇÃO DE MARCAS PORTUGUESAS, NO BRASIL,<br />

E DE MARCAS BRASILEIRAS, EM PORTUGAL, SOCORRENDO-SE DOS MEIOS TRADICIONAIS E DI-<br />

GITAIS. ATENDE IGUALMENTE EMPRESAS E ORGANIZAÇÕES PÚBLICAS E PRIVADAS, NO NOR-<br />

DESTE DO BRASIL, ALÉM DE ELABORAR PLANOS ESTRATÉGICOS DE COMUNICAÇÃO E PLANOS DE<br />

COMUNICAÇÃO TERRITORIAL. COM UMA LARGA EXPERIÊNCIA EM COMUNICAÇÃO MUNICIPAL, DI-<br />

RIGE CAMPANHAS DE MARKETING POLÍTICO E DE COMUNICAÇÃO ELEITORAL E GOVERNAMENTAL.<br />

É, AINDA, AUTOR DO BLOGUE COMUNICAÇÃO INTEGRADA, ELEITO EM 2011, PELO JORNAL MEIOS<br />

& PUBLICIDADE COMO UM DOS BLOGUES PORTUGUESES OBRIGATÓRIOS EM ASSUNTOS DE CO-<br />

MUNICAÇÃO.


18 I 19<br />

250 maiores COMUNICAÇÃO EMPRESARIAL<br />

empresas do<br />

distrito <strong>de</strong> <strong>Leiria</strong> A força da mensagem<br />

A FORÇA DA<br />

COMUNICAÇÃO<br />

NAS EMPRESAS<br />

a<br />

RICARDO GRAÇA<br />

“A comunicação está para as empresas como o sangue<br />

para a vida”. A expressão é da directora <strong>de</strong> Comunicação<br />

e Marketing da Toyota Portugal, Paula<br />

Arriscado, e insere-se num conjunto <strong>de</strong> abordagens<br />

sobre o que consi<strong>de</strong>ra ser a comunicação integrada<br />

nas empresas.<br />

Consi<strong>de</strong>rada uma das ferramentas mais <strong>de</strong>cisivas,<br />

Paula Arriscado enten<strong>de</strong> por comunicação integrada<br />

todo o tipo <strong>de</strong> estímulo que dá significado à<br />

marca, abrangendo o processo comunicacional na<br />

sua globalida<strong>de</strong>. Pressupõe um verda<strong>de</strong>iro trabalho<br />

<strong>de</strong> equipa, além da “utilização, maximização e complementarida<strong>de</strong><br />

<strong>de</strong> toda e qualquer forma <strong>de</strong> contacto<br />

com os públicos, com potencial <strong>de</strong> transmissão<br />

<strong>de</strong> mensagens planeadas ou acauteladas,<br />

constituindo uma plataforma <strong>de</strong> interacção entre<br />

públicos internos e entre estes e os externos, toda a<br />

dinâmica <strong>de</strong> vendas e pós-venda, relação e acção<br />

entre fabricantes, distribuidores e retalhistas”. Não<br />

<strong>de</strong>vem ser ignorados o papel dos fornecedores (sintonia<br />

com os valores da marca e postura social), e o<br />

dos accionistas, assim como o contexto relacional,<br />

culminando com a avaliação dos resultados face<br />

aos objectivos traçados e apresentação <strong>de</strong> medidas<br />

<strong>de</strong> melhoria, revela Paula Arriscado, citando, entre<br />

outros, Burnett & Moriarty, autores da obra Advertising:<br />

Principles & Practice<br />

Perante este pressupostos, po<strong>de</strong>r-se-á perguntar:.<br />

como comunicam as empresas no País e, especialmente,<br />

na região? Será legítimo fazer uma<br />

avaliação no sentido qualitativo do termo? A opinião<br />

<strong>de</strong> especialistas, agências e outros meios responsáveis<br />

sobre como a comunicação empresarial <strong>de</strong>ve<br />

ser feita varia. Uns <strong>de</strong>fen<strong>de</strong>m que o futuro passa<br />

pela comunicação online, alegando que o marketing<br />

tradicional tem tendência a morrer, outros sustentam<br />

que o futuro passa por uma estratégia <strong>de</strong> integração<br />

das várias plataformas existentes no<br />

mercado. “A comunicação para ter sucesso <strong>de</strong>verá<br />

ter força. A força que lhe é dada pelos intervenientes<br />

<strong>de</strong>ssa comunicação (forma) ou pela substância da<br />

mesma”, afirma Rui Melo Biscaia, responsável <strong>de</strong><br />

Marketing e Comunicação da Critical Software, empresa<br />

<strong>de</strong> soluções tecnológicas para sistemas informáticos,<br />

que nasceu em Coimbra, na Incubadora<br />

do Instituto Pedro Nunes e que hoje é consi<strong>de</strong>rada,<br />

a nível global, um case-study, pela forma como tem<br />

sabido gerar i<strong>de</strong>ias.<br />

Rui Melo Biscaia, natural <strong>de</strong> <strong>Leiria</strong>, ex-jornalista<br />

no <strong>Jornal</strong> <strong>de</strong> <strong>Leiria</strong>, é um dos 350 colaboradores da<br />

empresa que conta com sete subsidiárias em três<br />

continentes. É também o responsável por uma área<br />

que reúne várias plataformas na área da comunicação,<br />

on<strong>de</strong> a marca Critical assume uma importância<br />

inegável, tendo nos colaboradores uma das suas<br />

vantagens mais competitivas.<br />

Apostando na comunicação B2B (business to


usiness), como forma <strong>de</strong> ajudar o <strong>de</strong>partamento<br />

comercial a ganhar contacto directo, face to face,<br />

aplicado directamente a nível corporativo e da aplicação<br />

em todos os documentos diários, mantém<br />

uma forte presença na web, além da sua estratégia<br />

Marcom, dirigida aos clientes, utilizando os meios<br />

mais variados, <strong>de</strong>s<strong>de</strong> jornais, revistas relacionados<br />

com o mercado das tecnologias da informação, internet,<br />

newsletter e direct mail. Adicionalmente,<br />

existem campanhas <strong>de</strong> geração <strong>de</strong> leads, orientadas<br />

para a angariação <strong>de</strong> novos prospects ou direccionadas<br />

para o up-selling ou cross-selling junto da<br />

base <strong>de</strong> clientes existentes. Existindo uma forte presença<br />

internacional, é <strong>de</strong>terminante perceber a notorieda<strong>de</strong><br />

da marca em países terceiros, nomeadamente<br />

on<strong>de</strong> existem subsidiárias.<br />

Quando questionado sobre a forma como é feita<br />

a comunicação em Portugal e que situações há por<br />

explorar no sentido <strong>de</strong> melhorar esse aspecto, Rui<br />

Melo Biscaia refere, por exemplo, que os paradigmas<br />

da comunicação assentes numa comunicação<br />

one2many estão a <strong>de</strong>ixar <strong>de</strong> ser válidos e a passar a<br />

ser many2many ou seja, as empresas <strong>de</strong>ixam <strong>de</strong><br />

conseguir controlar a mensagem. De facto, o uso<br />

crescente das re<strong>de</strong>s sociais no cenário mundial provocou<br />

uma verda<strong>de</strong>ira revolução comportamental,<br />

<strong>de</strong> tal forma que hoje milhares <strong>de</strong> pessoas i<strong>de</strong>ntificam-se<br />

em ambiente <strong>de</strong> conversa e todas são mo<strong>de</strong>radoras<br />

<strong>de</strong> si mesmas, pelo que a opinião livre<br />

torna-se protagonista e aliada na troca <strong>de</strong> experiências.<br />

As marcas são criticadas e adoradas. As<br />

campanhas comentadas. As celebrida<strong>de</strong>s seguidas,<br />

as comunida<strong>de</strong>s criadas e fotos partilhadas.<br />

A comunicação “é li<strong>de</strong>rada pelos consumidores,<br />

que têm a capacida<strong>de</strong> <strong>de</strong> influenciar a <strong>de</strong>cisão <strong>de</strong><br />

compra <strong>de</strong> outros consumidores, numa re<strong>de</strong> capital<br />

<strong>de</strong> crescimento exponencial”, diz Rui Melo Biscaia,<br />

consi<strong>de</strong>rando que “<strong>de</strong>ixar <strong>de</strong> estar neste<br />

espaço é suicídio. O máximo que se po<strong>de</strong>rá almejar<br />

será condicionar a agenda, sendo que, para tal, a<br />

empresa <strong>de</strong>verá ser vista como mais um elemento<br />

do círculo em que a comunicação está a ter lugar”.<br />

Se nos focarmos apenas no factor publicida<strong>de</strong>,<br />

uma das áreas da comunicação empresarial, Rui<br />

Biscaia recorda que “a publicida<strong>de</strong> tradicional, enquanto<br />

ferramenta <strong>de</strong> comunicação (em qualquer<br />

dos media) ten<strong>de</strong> a <strong>de</strong>saparecer. “Sobreviverá a publicida<strong>de</strong><br />

que conseguir partilhar o risco do investimento<br />

com quem investe”. Isto porque, na sua<br />

opinião, a publicida<strong>de</strong> apenas é encarada como<br />

custo pelas empresas porque quem ven<strong>de</strong> publicida<strong>de</strong><br />

não enten<strong>de</strong> que tem <strong>de</strong> partilhar o risco do<br />

investimento que o seu cliente está a fazer em publicida<strong>de</strong>.<br />

“Há mo<strong>de</strong>los simples <strong>de</strong> colocar em prática<br />

que, no final, são win-win (vantajosas para<br />

todos), quer para o media que ven<strong>de</strong> a publicida<strong>de</strong><br />

quer para a empresa que investe em publicida<strong>de</strong>”.<br />

>>><br />

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Comunicação tradicional? Comunicação digital?<br />

A comunicação é uma ferramenta que, segundo<br />

Paulo Morais, Community Managem do Marketing<br />

Portugal, “é apenas a parte visível do marketing.<br />

“Muito do que se faz no digital, já se fazia e faz no<br />

tradicional”, pelo que ambos <strong>de</strong>vem estar integrados<br />

e todas as acções <strong>de</strong>vem ter pontos <strong>de</strong> contacto<br />

entre si. “Um folheto po<strong>de</strong> promover uma página do<br />

facebook e uma página do facebook po<strong>de</strong> promover<br />

um congresso”. São, aliás, “muito poucas as empresas<br />

que investem exclusivamente na internet. Até a<br />

gigante Google investe em anúncios <strong>de</strong> televisão e<br />

envia correio tradicional”, argumenta.<br />

Há pois lugar para todos os formatos no planeta<br />

global e os exemplos na região são exemplo disso<br />

mesmo. Trata-se <strong>de</strong> um distrito cuja força do tecido<br />

empresarial se caracteriza por sectores diferenciados,<br />

com clusters bastante fortes, <strong>de</strong>stacando-se o<br />

dos mol<strong>de</strong>s, na Marinha Gran<strong>de</strong>, o vidro, os plásticos,<br />

a ma<strong>de</strong>ira, a agro-indústria e a indústria extractiva<br />

e transformadora. Há, ainda, outras áreas<br />

que se têm afirmado pela sua originalida<strong>de</strong> e pela<br />

forma como souberam tirar partido da sua endogeneida<strong>de</strong>,<br />

como a Maçã <strong>de</strong> Alcobaça, a Pera Rocha do<br />

Oeste, o Queijo Rabaçal, a cerâmica, a cutelaria e o<br />

calçado, este último integrado numa estratégia concertada<br />

a nível nacional. Cada empresa, cada área<br />

<strong>de</strong> negócio e cada nicho <strong>de</strong> mercado acerta a sua<br />

imagem e comunicação <strong>de</strong> acordo com as suas estratégias,<br />

os seus targets…sempre na certeza <strong>de</strong><br />

que comunicar é imprescindível para o sucesso das<br />

empresas!<br />

MARCA DE ELEIÇÃO TEM SEDE EM LEIRIA<br />

Tem se<strong>de</strong> em <strong>Leiria</strong> uma das marcas que “tem procurado<br />

a <strong>de</strong>mocratização da moda, através <strong>de</strong> valores<br />

que assentam na diversida<strong>de</strong>, facilida<strong>de</strong>,<br />

proximida<strong>de</strong> e responsabilida<strong>de</strong> social”. Trata-se da<br />

La Redoute, marca seleccionada pelos consumidores<br />

como marca <strong>de</strong> excelência Superbrands, durante<br />

dois anos consecutivos. A mo<strong>de</strong>rnização da<br />

imagem da marca, a constante precupação com a<br />

satisfação do cliente, assim como a aposta na web<br />

fizeram da La Ledoute a escolhida entre 1500 marcas<br />

nacionais e internacionais a actuar em Portugal<br />

nos anos 2009 e 2010.<br />

Pertencendo ao grupo Redcats, está presente no<br />

País <strong>de</strong>s<strong>de</strong> 1988, primeiro com um representante<br />

>>><br />

“Até a gigante Google<br />

investe em anúncios <strong>de</strong><br />

televisão e envia correio<br />

tradicional”, Paulo<br />

Morais, Community<br />

Managem do Marketing<br />

Portugal<br />

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22 I 23<br />

empresas<br />

250 maiores COMUNICAÇÃO EMPRESARIAL<br />

do<br />

distrito <strong>de</strong> <strong>Leiria</strong> A força da mensagem<br />

É em épocas <strong>de</strong> crise que o<br />

investimento na<br />

comunicação é primordial.<br />

O cliente, tendo limitações<br />

nos seus actos <strong>de</strong><br />

compra/consumo, valorizará<br />

as marcas que se <strong>de</strong>stacam<br />

em <strong>Leiria</strong> e <strong>de</strong>pois como subsidiária, sendo hoje<br />

lí<strong>de</strong>r na venda por catálogo em Portugal.<br />

O sucesso da La Redoute <strong>de</strong>ve-se à forma inovadora<br />

como comunica com o consumidor, tornandoo<br />

mais próximo <strong>de</strong> si e das suas colecções – em<br />

2009, por exemplo, criou um microsite, convidando<br />

os cibernautas a serem capa do seu catálogo.<br />

Esta proximida<strong>de</strong> com os consumidores levou a<br />

que, já este ano, tivesse sido consi<strong>de</strong>rada lí<strong>de</strong>r <strong>de</strong> visualizações,<br />

com 275 milhões <strong>de</strong> visitas a sites <strong>de</strong><br />

eCommerce. O Netpanel, da Marktest, que analisou<br />

o comportamento dos internautas portugueses a<br />

partir <strong>de</strong> um painel <strong>de</strong> utilização doméstica, concluiu,<br />

também, que a página oficial <strong>de</strong> internet da La<br />

Redoute foi a mais visualizada, ao registar mais <strong>de</strong><br />

16 milhões <strong>de</strong> visualizações.<br />

Paulo Pinto, director-geral da La Redoute, explica<br />

que as distinções à sua marca representam tão só o<br />

reconhecimento por parte dos clientes da importância<br />

da La Redoute no seu dia-a-dia, sendo o confirmar<br />

<strong>de</strong> que os valores inerentes à marca são<br />

valorizados e que a estratégia <strong>de</strong>finida está a dar os<br />

seus frutos.<br />

“Uma marca tem <strong>de</strong> se manter constante ao<br />

longo da vida, adaptando-se aos tempos em que<br />

vive, mas o seu ADN tem sempre <strong>de</strong> existir”, explica<br />

Paulo Pinto, atrevendo-se a dizer “que uma marca<br />

não po<strong>de</strong> cair em <strong>de</strong>sgraça”, mas “se cair é imperativo<br />

encontrar uma estratégia para compensar/corrigir<br />

essa situação”. De qualquer forma, “o po<strong>de</strong>r do<br />

>>><br />

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24 I 25<br />

empresas<br />

250 maiores COMUNICAÇÃO EMPRESARIAL<br />

do<br />

distrito <strong>de</strong> <strong>Leiria</strong> A força da mensagem<br />

consumidor é tal que não só ele não voltará a essa<br />

marca como tem a capacida<strong>de</strong>, nomeadamente<br />

através da internet e re<strong>de</strong>s sociais, <strong>de</strong> <strong>de</strong>rrubar essa<br />

marca”, diz.<br />

E a crise não é argumento para alterar a missão da<br />

marca. “Se em tempos <strong>de</strong> bonança a marca tem um<br />

fundamento, este <strong>de</strong>ve manter-se em tempos <strong>de</strong><br />

crise. O que acontece é que em tempos <strong>de</strong> crise, como<br />

a que vivemos actualmente, a variável preço assume<br />

um papel tão ou mais importante que a variável<br />

marca. O cliente hoje procura preço primeiro nas marcas<br />

que transmitem confiança todavia, irá alargar o<br />

seu horizonte <strong>de</strong> marcas visto ter uma preocupação<br />

<strong>de</strong> rendimento”, explica o responsável, para quem, no<br />

caso da La Redoute é muito difícil contabilizar o investimento<br />

feito em comunicação. “Toda a nossa activida<strong>de</strong><br />

é comunicação”, afirma Paulo Pinto,<br />

reconhecendo que na maioria das empresas “a área<br />

on<strong>de</strong>, na sua globalida<strong>de</strong>, é mais fácil cortar é a comunicação”.<br />

Todavia, aconselha, “fazê-lo é contraproducente,<br />

pois, “é em épocas <strong>de</strong> crise que o<br />

investimento na comunicação é primordial. O cliente,<br />

tendo limitações nos seus actos <strong>de</strong> compra/consumo,<br />

valorizará as marcas que se <strong>de</strong>stacam e, adicionalmente,<br />

todos os indicadores mostram que o cliente<br />

passa mais tempo em casa <strong>de</strong> forma a não cair em<br />

tentação. É necessário comunicar com ele para que<br />

não se esqueça da marca”.<br />

TELHAS SUSTENTÁVEIS… COM HISTÓRIA<br />

Porque a comunicação também se faz <strong>de</strong> encontros,<br />

a Umbelino Monteiro quis associar à sua marca<br />

JORNAL DE LEIRIA/ARQUIVO<br />

Em tempos <strong>de</strong> crise,<br />

como a que vivemos<br />

actualmente, a variável<br />

preço assume um papel tão<br />

ou mais importante que<br />

a variável marca<br />

“Uma marca tem <strong>de</strong> se<br />

manter constante ao<br />

longo da vida,<br />

adaptando-se aos<br />

tempos em que vive,<br />

mas o seu ADN tem<br />

sempre <strong>de</strong> existir”,<br />

Paulo Pinto,<br />

director-geral<br />

La Redoute<br />

uma imagem in<strong>de</strong>lével <strong>de</strong> pioneirismo e inovação,<br />

na conquista conhecimento, validado na sua participação<br />

em obras <strong>de</strong> reabilitação como o Mosteiro<br />

dos Jerónimos, o Convento <strong>de</strong> Cristo, a Sé <strong>de</strong> Viseu,<br />

o Palácio da Pena, o Castelo <strong>de</strong> <strong>Leiria</strong>, entre muitos<br />

outros edifícios que nos falam <strong>de</strong> 30 anos a rehabilitar<br />

com história. Este é o tema da sua mais recente<br />

acção <strong>de</strong> comunicação institucional, dirigida a profissionais<br />

das áreas do projecto e construção e que<br />

fez história no País, a provar que a comunicação se<br />

faz com criativida<strong>de</strong> e imaginação!<br />

>>><br />

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26 I 27<br />

empresas<br />

250 maiores COMUNICAÇÃO EMPRESARIAL<br />

do<br />

distrito <strong>de</strong> <strong>Leiria</strong> A força da mensagem<br />

“Toda a comunicação<br />

empresarial tem <strong>de</strong><br />

estar alinhada para se<br />

construir uma imagem<br />

coerente e autêntica”,<br />

Teresa Monteiro,<br />

directora-geral<br />

da Umbelino Monteiro<br />

JORNAL DE LEIRIA/ARQUIVO<br />

Mas os telhados não são só paisagem, fazem<br />

parte da nossa vida. E a Umbelino Monteiro “acredita<br />

no esforço ecológico como ferramenta <strong>de</strong> gestão,<br />

rentabilida<strong>de</strong> e parte vital do processo<br />

produtivo e da excelência competitiva da empresa”,<br />

pelo que, mais do que uma chancela ou “carimbo<br />

ver<strong>de</strong>”, está “empenhada em <strong>de</strong>senhar nos colaboradores,<br />

fornecedores e parceiros uma mentalida<strong>de</strong><br />

ambientalmente amigável”. É esta mensagem que<br />

diariamente a empresa comunica nas suas variadas<br />

vertentes, porque, segundo Teresa Monteiro, directora-geral<br />

da empresa, “toda a comunicação<br />

empresarial tem <strong>de</strong> estar alinhada para se construir<br />

uma imagem coerente e autêntica, requerendo<br />

“uma atenção especial <strong>de</strong>dicada à formação das<br />

pessoas, para uma a<strong>de</strong>são forte à cultura e aos valores<br />

da empresa”.<br />

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INSPECÇÕES TÉCNICAS VEÍCULOS A MOTOR, LDA.<br />

A divulgação da imagem<br />

da Umbelino Monteiro passa<br />

pela comunicação dirigida<br />

às várias partes envolvidas<br />

no negócio, como<br />

os clientes, fornecedores,<br />

colaboradores, instituições<br />

e outros<br />

E.N. 1 - N.º 67 Sto. Antão . 2440-053 BATALHA<br />

Tel. 244 767 923 . Fax 244 765 330 . E-mail: geral@itvm.pt<br />

Apoiada num <strong>de</strong>partamento <strong>de</strong> marketing“competente<br />

e numa equipa cada vez mais consciente <strong>de</strong><br />

que todos estamos a contribuir para a comunicação<br />

da empresa”, a divulgação da imagem da Umbelino<br />

Monteiro passa pela comunicação dirigida às várias<br />

partes envolvidas no negócio, como os clientes, fornecedores,<br />

colaboradores, instituições e outros. “As<br />

acções que têm maior notorieda<strong>de</strong> junto do gran<strong>de</strong><br />

público são as promocionais como a campanha que<br />

temos actualmente no ar, relacionada com o telhado<br />

grátis, bem como as aulas nas universida<strong>de</strong>s sobre<br />

construção <strong>de</strong> coberturas sustentáveis e a participação<br />

em seminários”. Para o público empresarial,<br />

a empresária <strong>de</strong>staca também a participação no<br />

projecto CER, dinamizado pela APICER – Associação<br />

Portuguesa da Indústria Cerâmica, em que partilha<br />

as boas práticas <strong>de</strong> responsabilida<strong>de</strong> social,<br />

apresentadas no “guia <strong>de</strong> boas práticas <strong>de</strong> responsabilida<strong>de</strong><br />

social no sector da cerâmica”.<br />

Nada ficaria completo, sem a comunicação publicitária<br />

mais tradicional, como a imprensa, outdoors<br />

e, claro, a presença na comunicação digital<br />

com o seu site e as re<strong>de</strong>s sociais. Por último mas<br />

“não menos importante”, a comunicação para <strong>de</strong>n-


tro da organização, quer com os colaboradores, quer<br />

com os accionistas.<br />

“A comunicação dá um contributo inestimável<br />

para que a empresa se dê a conhecer às partes interessadas,<br />

veiculando e ajudando a construir uma<br />

imagem da empresa, que se torna um activo que<br />

<strong>de</strong>ve ser gerido da mesma forma que qualquer dos<br />

outros activos”, explica Teresa Monteiro. Num mercado<br />

como o português, “cada vez mais disputado<br />

entre as empresas concorrentes, a comunicação é<br />

fundamental para chegar junto dos públicos-alvo”,<br />

adianta.<br />

“A comunicação, <strong>de</strong>s<strong>de</strong><br />

a primeira abordagem<br />

ou contacto, é um<br />

marco que distingue ou<br />

não a empresa ou<br />

empresário. E isso não<br />

tem preço”, Regina<br />

Vitório, gerente<br />

da Inovopedra<br />

LSI STONE COMUNICA COM PASTÉIS DE NATA<br />

O nome Inovopedra em Portugal está associado a<br />

inovação, a criativida<strong>de</strong> e a internacionalização. É<br />

uma assinatura que todos sabem pronunciar bem.<br />

No estrangeiro, era mais difícil e por isso, Regina Vitório<br />

não hesitou em criar uma marca própria para a<br />

sua empresa. Hoje, todos a conhecem como LSI<br />

Stone (Limestone inovopedra) e as vantagens não<br />

se fizeram esperar. “Resultou num posicionamento<br />

da imagem <strong>de</strong> empresa junto do mercado internacional”,<br />

explica a empresária, lembrando a necessida<strong>de</strong><br />

<strong>de</strong> criar um símbolo ou marca <strong>de</strong> fácil<br />

>>><br />

JORNAL DE LEIRIA/ARQUIVO<br />

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28 I 29<br />

empresas<br />

250 maiores COMUNICAÇÃO EMPRESARIAL<br />

do<br />

distrito <strong>de</strong> <strong>Leiria</strong> A força da mensagem<br />

por duas vertentes, uma mais abrangente, virtualmente<br />

através da internet, e outra mais direccionada,<br />

face to face ou comunicação directa. É caro<br />

comunicar? “É, muito, se tivermos em conta que é<br />

um investimento que não se visiona <strong>de</strong> facto”, respon<strong>de</strong><br />

a empresária, dizendo, logo <strong>de</strong> seguida, que<br />

vale a pena. “Não basta falar para comunicar! A comunicação<br />

virtual/net tem um custo e quanto mais<br />

profissional mais caro é. A comunicação directa tem<br />

custos que po<strong>de</strong>rão ser avultados… mas a comunicação,<br />

<strong>de</strong>s<strong>de</strong> a primeira abordagem ou contacto, é<br />

um marco que distingue ou não a empresa ou empresário.<br />

E isso não tem preço”.<br />

Actualmente está a ser <strong>de</strong>senvolvido um novo<br />

website, com uma imagem muito mais profissional<br />

e contemporânea, adaptado às exigências dos mercados<br />

internacionais.<br />

“Estamos numa fase <strong>de</strong><br />

reestruturação para<br />

introduzir outras áreas<br />

<strong>de</strong> negócio, pelo que vai<br />

ser importante reforçar<br />

a comunicação e a<br />

imagem da empresa”,<br />

Jorge Martins,<br />

administrador<br />

da Bourbon Automotive<br />

Plasctics<br />

i<strong>de</strong>ntificação e pronunciação. A LSI é uma marca registada,<br />

tendo “hoje o seu peso e reconhecimento<br />

internacional são dignos <strong>de</strong> uma empresa <strong>de</strong> portas<br />

abertas ao futuro e a novos mercados”.<br />

Foi com a marca que a Inovopedra iniciou um importante<br />

processo <strong>de</strong> comunicação que, segundo<br />

Regina Vitório, na sua empresa assume um peso<br />

muito “relevante”, embora quando fala em comunicação,<br />

se referira a outras questões, “pequenas coisas,<br />

mas que fazem a diferença”. A empresária não<br />

<strong>de</strong>scura o “saber estar e saber comunicar”, pois tem<br />

consciência que quando reúne com um cliente<br />

árabe a sua postura não é a mesma que tem com<br />

um americano. Tudo é diferente. E <strong>de</strong>ixa um alerta<br />

aos empresários portugueses: “visionem a forma <strong>de</strong><br />

comunicação como instrumento chave <strong>de</strong> sucesso<br />

para o negócio e não como uma perda <strong>de</strong> tempo”.<br />

A Inovopedra é visitada frequentemente por<br />

clientes, arquitectos e outros profissionais internacionais<br />

e sempre que isso acontece há sempre “um<br />

pastel <strong>de</strong> nata e um café <strong>de</strong> acolhimento (coisas<br />

simples que marcam a diferença...) ”, revela a empresária,<br />

argumentando que a comunicação direccionada<br />

é uma condicionante ao negócio e ao seu<br />

sucesso. “É um investimento que po<strong>de</strong>rá ascen<strong>de</strong>r<br />

a valores muito elevados e nem sempre se traduzem<br />

em negócio, mas o marco fica presente”, revela.<br />

A Lsi Stone “investe muito em comunicação, tem<br />

a sua tipologia <strong>de</strong> comunicação e diferenciação<br />

através <strong>de</strong>la”, utilizando uma estratégia que passa<br />

JORNAL DE LEIRIA/ARQUIVO<br />

Comunicação é tudo<br />

o que fazemos, <strong>de</strong>s<strong>de</strong><br />

a conversa com o nosso<br />

colaborador, motivando-o,<br />

ao contacto que fazemos<br />

com um cliente num ponto<br />

mais longínquo do planeta<br />

COMUNICAÇÃO FACE TO FACE<br />

A Bourbon Automotive Plasctic, antiga Inteplástico,<br />

na Marinha Gran<strong>de</strong>, é o exemplo <strong>de</strong> uma empresa<br />

que até aqui tem <strong>de</strong>stinado o seu core business a<br />

um universo muito restrito, razão pela qual a comunicação<br />

da empresa tem sido direccionada essencialmente<br />

a colaboradores, clientes, fornecedores,<br />

accionistas e outros parceiros <strong>de</strong> negócios.<br />

Vocacionada para a transformação <strong>de</strong> termoplásticos<br />

por injecção para a indústria automóvel, a<br />

empresa tem privilegiado os contactos directos com<br />

os clientes e potenciais clientes, mas não se pense<br />

que neste face to face não existem regras que só um<br />

empresário com a experiência <strong>de</strong> Jorge Martins saberá<br />

contornar. “Um chefe <strong>de</strong> compras ou um responsável<br />

<strong>de</strong> marketing interpreta a informação <strong>de</strong><br />

uma forma completamente diferente da <strong>de</strong> um<br />

homem <strong>de</strong> projectos, <strong>de</strong> um engenheiro, por isso as<br />

pessoas com quem se estabelecem as relações são<br />

muito importantes nos negócios”, explica o administrador<br />

da Bourbon Automotive Plasctics, lembrando<br />

que comunicação é, também, saber quem <strong>de</strong>ci<strong>de</strong><br />

nas empresas.<br />

A trabalhar exclusivamente para o sector automóvel,<br />

Jorge Martins não <strong>de</strong>scura outras ferramentas<br />

para divulgar a imagem da sua empresa. Dispõe<br />

>>>


30 I 31<br />

250 maiores COMUNICAÇÃO EMPRESARIAL<br />

empresas do<br />

distrito <strong>de</strong> <strong>Leiria</strong> A força da mensagem<br />

<strong>de</strong> um site on<strong>de</strong> comunica os valores associados à<br />

marca, bem como “a contribuição que a mesma tem<br />

dado para a elevação e qualida<strong>de</strong> do nível <strong>de</strong> vida<br />

das populações, através do apoio a iniciativas culturais<br />

e <strong>de</strong>sportivas relevantes e na preservação do<br />

meio ambiente”. Dispõe <strong>de</strong> um ví<strong>de</strong>o promocional e<br />

<strong>de</strong> outros dados relevantes da empresa. Comunica,<br />

também, através <strong>de</strong> uma newsletter, <strong>de</strong> emails direccionados,<br />

<strong>de</strong> revistas <strong>de</strong> especialida<strong>de</strong> <strong>de</strong> carácter<br />

muito científico, <strong>de</strong> maillings, <strong>de</strong> entrega diária e<br />

<strong>de</strong> publicida<strong>de</strong> pontual nos jornais regionais e nacionais.<br />

A empresa está a preparar uma estratégia <strong>de</strong> comunicação<br />

mais agressiva no sentido <strong>de</strong> chegar a<br />

outros mercados com quem trabalhou no passado.<br />

“Estamos numa fase <strong>de</strong> reestruturação para introduzir<br />

outras áreas <strong>de</strong> negócio, pelo que vai ser importante<br />

reforçar a comunicação e a imagem da<br />

empresa”, explica Jorge Martins, referindo-se, para<br />

já, ao site que está em remo<strong>de</strong>lação, com a introdução<br />

das novas áreas. “Fazemos parte da comunida<strong>de</strong>,<br />

pelo que também nos interessa que as<br />

pessoas conheçam a nossa activida<strong>de</strong> e quais as<br />

nossas políticas para o seu bem-estar”, diz o empresário,<br />

que encara a comunicação no sentido<br />

mais lacto da palavra. “Comunicação é tudo o que<br />

fazemos, <strong>de</strong>s<strong>de</strong> a conversa com o nosso colaborador,<br />

motivando-o, ao contacto que fazemos com um<br />

cliente num ponto mais longínquo do planeta”. ■<br />

Lur<strong>de</strong>s Trinda<strong>de</strong><br />

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32 I 33<br />

250 maiores COMUNICAÇÃO EMPRESARIAL<br />

empresas do<br />

distrito <strong>de</strong> <strong>Leiria</strong> Mercado Global<br />

DR<br />

aAs últimas duas décadas marcam gran<strong>de</strong>s transformações<br />

económicas e sociais à escala global.<br />

As unida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> trabalho passaram a transnacionais.<br />

Os produtos já não têm nacionalida<strong>de</strong> <strong>de</strong>finida.<br />

Um carro da marca X po<strong>de</strong> conter peças<br />

fabricadas em Portugal ou no Japão, ter sido projectado<br />

em França, montado no Brasil e vendido<br />

em qualquer parte do mundo.<br />

«A globalização, como fenómeno, tem contribuído<br />

para mudanças nas práticas sociais. E a<br />

linguagem, como parte crucial, é uma das vertentes<br />

<strong>de</strong>sse fenómeno», expõe Carminda Silvestre,<br />

professora coor<strong>de</strong>nadora do Departamento <strong>de</strong><br />

Ciências da Linguagem, da Escola Superior <strong>de</strong><br />

Tecnologia e Gestão do Instituto Politécnico <strong>de</strong><br />

<strong>Leiria</strong>.<br />

Os <strong>de</strong>safios da comunicação empresarial à escala<br />

global começam na “maternida<strong>de</strong>”. Que é<br />

como quem diz na escolha do nome da empresa<br />

ou da marca que se quer projectar além-fronteiras.<br />

Para muitas empresas É fundamental perceber se o nome escolhido<br />

o mercado é hoje global. tem alguma conotação negativa noutras línguas<br />

E para gran<strong>de</strong> parte dos ou culturas, e a internet po<strong>de</strong> dar uma boa ajuda<br />

consumidores também. nesse sentido. No caso <strong>de</strong> se tratar <strong>de</strong> um nome<br />

Fomos saber que<br />

composto por mais que uma palavra, importa ter<br />

implicações tem a<br />

também atenção ao resultado da sua agregação<br />

globalização na<br />

no en<strong>de</strong>reço do site.<br />

comunicação<br />

Palavras que isoladamente não apresentam<br />

empresarial.<br />

problema <strong>de</strong> maior, juntas po<strong>de</strong>m transformarse<br />

numa gran<strong>de</strong> dor <strong>de</strong> cabeça. Foi o que aconte-<br />

Tendências e dicas<br />

<strong>de</strong> quem sabe.<br />

ceu com a empresa Pen Island: a proposta inicial<br />

COMO<br />

COMUNICAR<br />

NUM MUNDO<br />

GLOBAL<br />

<strong>de</strong> ven<strong>de</strong>r canetas a partir <strong>de</strong> uma ilha acabou<br />

por culminar no top 10 dos piores nomes para<br />

sites, segundo o Expert Reviews, pela outra leitura<br />

a que se presta a agregação das duas palavras:<br />

“ilha do pénis”.<br />

Outro exemplo é o site da Experts Exchange<br />

(“trocas profissionais”): o nome composto no en<strong>de</strong>reço<br />

do site também po<strong>de</strong> ser lido como “troca<br />

profissional <strong>de</strong> sexo”. Os constrangimentos para<br />

as empresas são óbvios e os danos no negócio<br />

po<strong>de</strong>m ser irreversíveis.<br />

A comunicação vive também <strong>de</strong> imagem e,<br />

nesta fase inicial, importa fazer uma boa escolha<br />

do logotipo da empresa. Uma cruz, por exemplo,<br />

não é recebida num país islâmico da mesma<br />

forma que em Portugal, adverte Ricardo Espada,<br />

director criativo da agência <strong>de</strong> publicida<strong>de</strong> Contraponto.<br />

Se a empresa tem como objectivo marcar presença<br />

em vários mercados, po<strong>de</strong> optar por um logotipo<br />

dinâmico, composto por uma forma base<br />

comum, a que se aplicam variações consoante o<br />

mercado em causa, sugere o responsável da Contraponto.<br />

A globalização não po<strong>de</strong> fazer esquecer o<br />

ponto <strong>de</strong> partida <strong>de</strong> qualquer projecto <strong>de</strong> comunicação:<br />

conhecer e ser fiel à "verda<strong>de</strong>" da marca.<br />

«A globalização é um caminho com dois sentidos:<br />

aquilo que as marcas fazem num mercado <strong>de</strong>ve<br />

ser adaptado a esse mercado, mas vai ser sempre<br />

conhecido e passível <strong>de</strong> julgamento por todos<br />

os outros mercados. As marcas não <strong>de</strong>vem<br />

>>>


34 I 35<br />

250 maiores COMUNICAÇÃO EMPRESARIAL<br />

empresas do<br />

distrito <strong>de</strong> <strong>Leiria</strong> Mercado Global<br />

adaptar-se a realida<strong>de</strong>s diferentes esquecendo<br />

aquilo que representam», adverte Ricardo Espada,<br />

lembrando a recente polémica em que estiveram<br />

envolvidos os catálogos da Ikea.<br />

Como marca global que é, a Ikea adapta a sua<br />

comunicação aos diferentes mercados on<strong>de</strong> está<br />

presente, tendo por isso optado por não colocar<br />

mulheres nos catálogos distribuídos na Arábia<br />

Saudita, situação que foi revelada recentemente<br />

por um jornal sueco e obrigou a empresa a fazer<br />

um pedido público <strong>de</strong> <strong>de</strong>sculpas. «Se este exemplo<br />

tivesse ocorrido com uma marca que não assentasse<br />

a sua imagem nos valores em que<br />

assenta a da Ikea – responsabilida<strong>de</strong>, ecologia,<br />

solidarieda<strong>de</strong> e até uma certa “moral” – provavelmente<br />

não teria tido relevância, mas no caso da<br />

Ikea foi recebido como uma traição à verda<strong>de</strong> da<br />

marca», explica o director criativo da Contraponto.<br />

Para além das questões culturais associadas<br />

aos mercados <strong>de</strong> <strong>de</strong>stino, «os gran<strong>de</strong>s problemas<br />

na comunicação institucional <strong>de</strong> uma empresa<br />

que está internacionalizada pren<strong>de</strong>m-se com o<br />

distanciamento físico, o contacto regular com os<br />

outros media, a própria linguagem formal e informal,<br />

os acontecimentos locais e as chamadas<br />

"modas", que são sempre <strong>de</strong>masiado efémeras,<br />

factores que condicionam a eficácia da comunicação»,<br />

explica por seu lado Vítor Jorge. Para<br />

A globalização não po<strong>de</strong><br />

fazer esquecer o ponto<br />

<strong>de</strong> partida <strong>de</strong> qualquer<br />

projecto <strong>de</strong> comunicação:<br />

conhecer e ser fiel<br />

à "verda<strong>de</strong>" da marca<br />

o director <strong>de</strong> arte da agência <strong>de</strong> comunicação<br />

Artma<strong>de</strong>sign, «é <strong>de</strong> todo impensável comunicar<br />

um produto que preten<strong>de</strong> entrar no mercado sem<br />

viver, ou ter o apoio in loco».<br />

Se por um lado a internacionalização acarretou<br />

mais variáveis à comunicação das empresas<br />

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mentar o índice <strong>de</strong> apoio e recomendação por<br />

parte do público em oito pontos».<br />

Se por um lado a globalização veio alargar os<br />

horizontes <strong>de</strong> mercado das empresas, trouxe<br />

também o <strong>de</strong>safio <strong>de</strong> uma comunicação diferenciada,<br />

que possa fazer a diferença face à alargada<br />

oferta e crescente volume <strong>de</strong> informação a<br />

que o consumidor tem hoje acesso.<br />

«Começa pela relevância, ou seja, por oferecer<br />

o que as pessoas querem. Hoje, mais do que ser a<br />

publicida<strong>de</strong> a chegar às pessoas, são as pessoas<br />

que vão em busca do que preten<strong>de</strong>m. Temos <strong>de</strong><br />

comunicar <strong>de</strong> forma clara, focados nesse sentido»,<br />

explica o director criativo da Contraponto.<br />

É neste contexto, <strong>de</strong> comunicação focada e à<br />

escala global, que a internet se apresenta hoje<br />

como uma “arma” incontornável.<br />

>>><br />

Se por um lado<br />

a globalização veio<br />

alargar os horizontes <strong>de</strong><br />

mercado das empresas,<br />

trouxe também o<br />

<strong>de</strong>safio <strong>de</strong> uma<br />

comunicação<br />

diferenciada, que possa<br />

fazer a diferença face à<br />

alargada oferta e<br />

crescente volume<br />

<strong>de</strong> informação a que o<br />

consumidor tem hoje<br />

acesso<br />

PUBLICIDADE<br />

O estereótipo louro <strong>de</strong> olhos<br />

azuis não será o mais<br />

indicado para publicitar um<br />

produto em África, por falta<br />

<strong>de</strong> i<strong>de</strong>ntificação do público<br />

a que se dirige a mensagem<br />

em mercados muitas vezes distantes, por outro<br />

aproximou também a informação. Há sempre alguém<br />

que se consegue facilmente contactar nos<br />

mercados <strong>de</strong> <strong>de</strong>stino, ou web sites que ajudam a<br />

i<strong>de</strong>ntificar as diferenças culturais e sociais que<br />

po<strong>de</strong>m condicionar a comunicação, ou a perceber<br />

qual a abordagem mais apropriada para <strong>de</strong>terminado<br />

produto.<br />

«A forma como se evi<strong>de</strong>nciam as qualida<strong>de</strong>s<br />

dos aspiradores a vapor, muitas vezes com <strong>de</strong>monstrações<br />

nos colchões dos próprios potenciais<br />

clientes, nos Estados Unidos seria<br />

impensável. Nenhum americano abriria a porta<br />

do quarto», exemplifica Ricardo Espada.<br />

Outro factor a ter em atenção pren<strong>de</strong>-se com a<br />

interpretação social e cultural <strong>de</strong> imagens utilizadas<br />

na publicida<strong>de</strong>. Depen<strong>de</strong>ndo da história, ou<br />

do momento da actualida<strong>de</strong> que o país atravessa,<br />

imagens com crianças solitárias numa praia<br />

po<strong>de</strong>m associar-se a mensagens <strong>de</strong> pedofilia. Da<br />

mesma forma que uma praia funciona como cenário<br />

<strong>de</strong> publicida<strong>de</strong> em algumas regiões do<br />

globo e noutras não, e o estereótipo louro <strong>de</strong> olhos<br />

azuis não será o mais indicado para publicitar um<br />

produto em África, por falta <strong>de</strong> i<strong>de</strong>ntificação do<br />

público a que se dirige a mensagem.<br />

Já o humor, sendo uma ferramenta <strong>de</strong> comunicação<br />

sempre interessante, não funcionará <strong>de</strong><br />

forma universal se tiver referências muito específicas.<br />

Da mesma forma que a reputação associada<br />

a uma imagem muito familiar como é o caso<br />

da Delta – que lhe valeu o título <strong>de</strong> empresa portuguesa<br />

com melhor reputação segundo o Reputation<br />

Institute – po<strong>de</strong> ser difícil <strong>de</strong> transmitir em<br />

mercados on<strong>de</strong> a empresa seja menos conhecida,<br />

ou <strong>de</strong> replicar noutra marca que não esteja<br />

tão associada uma empresa familiar com uma<br />

longa e consistente história por trás.<br />

A reputação é um valor importante à escala<br />

global e se for bem comunicado ven<strong>de</strong>. Segundo<br />

Pedro Tavares, CEO da OnStrategy, que representa<br />

o Reputation Institute em Portugal, «uma<br />

empresa que esteja em condições <strong>de</strong> incrementar<br />

a sua reputação em cinco pontos, ten<strong>de</strong> a au-


36 I 37<br />

empresas<br />

250 maiores COMUNICAÇÃO EMPRESARIAL<br />

do<br />

distrito <strong>de</strong> <strong>Leiria</strong> Mercado Global<br />

“O que cativa os<br />

internautas em<br />

diferentes partes do<br />

mundo po<strong>de</strong> ser<br />

diferente, mas há um<br />

requisito que é igual em<br />

todo lado: não<br />

<strong>de</strong>sperdiçar tempo!”,<br />

Jaime Montez Silva,<br />

sócio da Stoneage<br />

O PODER DA COMUNICAÇÃO VIA INTERNET<br />

O site é um dos meios <strong>de</strong> representação mais utilizados<br />

para apresentar ou publicitar marcas,<br />

empresas, produtos, ou serviços no mercado global.<br />

É muitas vezes a porta <strong>de</strong> entrada na empresa.<br />

Mas atenção: o site não <strong>de</strong>ve ser apenas<br />

um marcador estático da empresa, um cartão<strong>de</strong>-visita<br />

com telefone, texto, fotos e informações.<br />

«Uma presença estática na internet é um <strong>de</strong>sperdício<br />

<strong>de</strong> recursos técnicos e financeiros», adverte<br />

Jaime Montez Silva, sócio da Stoneage,<br />

agência <strong>de</strong> marketing digital, webmarketing e<br />

web <strong>de</strong>sign, das Caldas da Rainha.<br />

A empresa tem <strong>de</strong> interagir via online com os<br />

seus clientes, fornecedores, parceiros, fazedores<br />

<strong>de</strong> opinião e colaboradores. Plataformas como o<br />

youtube, facebook, twitter têm potencial para<br />

criar bons níveis <strong>de</strong> interacção, e o site da empresa<br />

<strong>de</strong>ve ter capacida<strong>de</strong> para correspon<strong>de</strong>r.<br />

Dos sites corporativos espera-se boa imagem,<br />

simplicida<strong>de</strong>, informação positiva e uma rapi<strong>de</strong>z <strong>de</strong><br />

navegação que colocou em <strong>de</strong>suso botões como o<br />

skip intro, ou as plataformas em flash que o motor<br />

<strong>de</strong> pesquisa Google nem sequer tem em conta na<br />

sua in<strong>de</strong>xação.<br />

No que toca a conteúdos, atenção à coerência<br />

entre a linguagem verbal e visual escolhida para<br />

DR<br />

projectar uma imagem específica através do site.<br />

«Acontece frequentemente as empresas projectarem<br />

<strong>de</strong>terminados valores ao nível da palavra e<br />

valores diferentes, e até contraditórios, ao nível<br />

da imagem. As relações entre os dois sistemas<br />

são frequentemente negligenciados», adverte<br />

Carminda Silvestre, que é doutorada em Linguística<br />

Aplicada pela Universida<strong>de</strong> <strong>de</strong> Lisboa.<br />

A linguagem <strong>de</strong>ve ser simples, intuitiva, visual,<br />

com textos curtos e ví<strong>de</strong>os que não <strong>de</strong>vem exce<strong>de</strong>r<br />

os 20 segundos. «O que cativa os internautas<br />

em diferentes partes do mundo po<strong>de</strong> ser diferente,<br />

mas há um requisito que é igual em todo<br />

lado: não <strong>de</strong>sperdiçar tempo!», explica o responsável<br />

da Stoneage.<br />

Raramente um internauta per<strong>de</strong> tempo a ver<br />

os resultados <strong>de</strong> pesquisa que não surjam logo<br />

nos primeiros lugares. É neste contexto que importa<br />

saber, por exemplo, que o critério mais importante<br />

dos motores <strong>de</strong> pesquisa <strong>de</strong>ixou <strong>de</strong> ser o<br />

número <strong>de</strong> visitas, para passar a ser o número <strong>de</strong><br />

actualizações dos conteúdos dos sites, o que<br />

torna óbvio o imperativo da sua actualização regular.<br />

Um dado dramático é o facto <strong>de</strong> 65% dos sites<br />

portugueses não serem actualizados há mais <strong>de</strong><br />

um ano, levando a que fiquem praticamente <strong>de</strong><br />

fora dos mecanismos <strong>de</strong> pesquisa do mercado<br />

global, on<strong>de</strong> se incluem mercados <strong>de</strong> exportação<br />

que a empresa po<strong>de</strong> ter interesse em atingir.<br />

Segundo Jaime Montez Silva, outra forma <strong>de</strong><br />

subir <strong>de</strong> posição nos resultados <strong>de</strong> pesquisa é a<br />

empresa ter simultaneamente uma conta <strong>de</strong><br />

email no Google e presença no Google + e no Google<br />

Earth.<br />

Um dado dramático é o facto<br />

<strong>de</strong> 65% dos sites<br />

portugueses não serem<br />

actualizados há mais <strong>de</strong> um<br />

ano, levando a que fiquem<br />

praticamente <strong>de</strong> fora dos<br />

mecanismos <strong>de</strong> pesquisa<br />

do mercado global<br />

O responsável pela Stoneage <strong>de</strong>ixa ainda outra<br />

advertência: atenção às plataformas <strong>de</strong> sites <strong>de</strong><br />

empresas que preten<strong>de</strong>m marcar presença em<br />

alguns mercados da Ásia, África ou América Latina:<br />

<strong>de</strong>vem ser mais leves, uma vez que a internet<br />

em algumas <strong>de</strong>ssas regiões é mais lenta. «Um<br />

>>>


38 I 39<br />

empresas<br />

250 maiores COMUNICAÇÃO EMPRESARIAL<br />

do<br />

distrito <strong>de</strong> <strong>Leiria</strong> Mercado Global<br />

cida<strong>de</strong>, mas pela sua reinvenção. Se por um lado<br />

as pessoas estão cada vez mais parecidas em<br />

termos culturais, por outro são também cada vez<br />

mais diferentes entre si, abrindo espaço a nichos<br />

<strong>de</strong> mercado que po<strong>de</strong>m ser interessantes <strong>de</strong> explorar.<br />

Uma coisa é certa, para orçamentos <strong>de</strong> comunicação<br />

e marketing limitados, como acontece na<br />

maioria das PME, a internet representa uma alternativa<br />

<strong>de</strong> comunicação viável e mais económica<br />

face à presença, por exemplo, em jornais e<br />

revistas locais dos mercados <strong>de</strong> <strong>de</strong>stino, sobretudo<br />

quando têm o custo proibitivo dos Estados<br />

Unidos, ou a dimensão continental da China.<br />

“Apostamos no marketing<br />

experiencial, sensorial,<br />

utilizando difusores <strong>de</strong><br />

cheiros, por exemplo, nos<br />

nossos expositores. A<br />

nossa proposta <strong>de</strong> valor e<br />

lógica <strong>de</strong> retenção passa<br />

por aí e por prestar um<br />

excelente serviço”,<br />

Marcelo Sousa<br />

director-geral<br />

da Matcerâmica<br />

PUBLICIDADE<br />

site em África po<strong>de</strong> <strong>de</strong>morar 20 minutos a carregar»,<br />

exemplifica.<br />

O po<strong>de</strong>r da comunicação da internet está também<br />

patente no facto do digital ter sido, segundo<br />

a Initiative, o único meio <strong>de</strong> publicida<strong>de</strong> que cresceu<br />

em Portugal em 2011 (mais 10% correspon<strong>de</strong>nte<br />

a uma quota <strong>de</strong> mercado <strong>de</strong> 6%),<br />

reforçando o seu peso num mercado ainda dominado<br />

em 60% pela televisão. A imprensa permanece<br />

em segundo lugar, com 15% do investimento<br />

total, mas tem sido o meio mais penalizado dos<br />

últimos anos, com quebras sucessivas <strong>de</strong>s<strong>de</strong><br />

2008.<br />

O caminho não passará pelo total abandono<br />

dos meios tradicionais <strong>de</strong> comunicação e publi-<br />

ARQUIVO/JL<br />

O CASO MATCERÂMICA<br />

Fomos saber como é que uma empresa como a<br />

Matcerâmica comunica a sua louça utilitária <strong>de</strong><br />

faiança nos quatro cantos do mundo, em mercados<br />

tão distantes e complexos como os Estados<br />

Unidos ou a China.<br />

O que encontrámos foi uma estratégia mista<br />

<strong>de</strong> comunicação, <strong>de</strong>pen<strong>de</strong>ndo se o objectivo é<br />

chegar ao consumidor final, ou com às gran<strong>de</strong>s<br />

ca<strong>de</strong>ias <strong>de</strong> retalho. «Nos mercados externos geralmente<br />

trabalhamos numa lógica B2B (business<br />

to business). Tentámos fazer uma abordagem<br />

B2C (business to consumer) mas foi difícil.<br />

Se por um lado é bom saber que o mercado é<br />

vasto, por outro aumenta também o investimento<br />

necessário em comunicação», esclarece Marcelo<br />

Sousa, director-geral da empresa.<br />

A presença em feiras, <strong>de</strong> forma individual ou<br />

em conjunto (<strong>de</strong>pen<strong>de</strong>ndo do custo e maturida<strong>de</strong><br />

do mercado) e um forte investimento na internet<br />

foram as formas que a empresa encontrou para<br />

contornar o orçamento.<br />

O site aposta forte na imagem em <strong>de</strong>trimento<br />

do texto, é apresentado em três línguas, e tem a<br />

louça referenciada em medidas europeias e americanas.<br />

O <strong>de</strong>senvolvimento <strong>de</strong> produto é feito <strong>de</strong><br />

forma transversal para todos os mercados, numa<br />

lógica <strong>de</strong> lifestyle, e o site reflecte essa lógica <strong>de</strong><br />

abordagem do mercado, facilitando a comunicação<br />

por esta via.<br />

Para entrar nos Estados Unidos, um mercado<br />

on<strong>de</strong> os media estão ao mais alto nível no que<br />

toca a custos, a solução passou por contratar um<br />

reconhecido <strong>de</strong>signer – Karim Rashid – uma estratégia<br />

que acabou por ter repercussões não só<br />

naquele mercado, como ao nível global. «Uma<br />

conferência <strong>de</strong> imprensa para apresentação da<br />

colecção em Nova Iorque trouxe os media locais e<br />

a presença do <strong>de</strong>signer na maior feira do sector<br />

na Europa alargou a projecção da parceria», relembra<br />

Marcelo Sousa, validando a aposta.<br />

Os pratos rosa assinados pelo <strong>de</strong>signer não se


evelaram um estrondo a nível <strong>de</strong> vendas, mas<br />

trouxeram um nível <strong>de</strong> visibilida<strong>de</strong> que seria difícil<br />

<strong>de</strong> atingir com o mesmo nível <strong>de</strong> investimento<br />

em publicida<strong>de</strong> num mercado tão vasto e tão caro<br />

como os Estados Unidos.<br />

Marcelo Sousa reconhece que, para criar diferenciação<br />

num mercado inundado <strong>de</strong> informação,<br />

a aposta passa mais pela relação com o cliente<br />

do que por planos <strong>de</strong> comunicação e marketing.<br />

«Apostamos no marketing experiencial, sensorial,<br />

utilizando difusores <strong>de</strong> cheiros, por exemplo, nos<br />

nossos expositores. A nossa proposta <strong>de</strong> valor e<br />

lógica <strong>de</strong> retenção passa por aí e por prestar um<br />

excelente serviço», explica.<br />

O resto do trabalho é feito pela qualida<strong>de</strong> do produto,<br />

um requisito tido como básico. O brilho dos vidrados,<br />

a fiabilida<strong>de</strong> e o <strong>de</strong>sign das peças têm<br />

<strong>de</strong>senca<strong>de</strong>ado convites para participar na bienal <strong>de</strong><br />

<strong>de</strong>sign, ou no espaço <strong>de</strong> tendências na feira <strong>de</strong><br />

Frankfurt, para além <strong>de</strong> garantirem a presença regular<br />

em artigos <strong>de</strong> revistas internacionais. O reconhecimento<br />

mundial da marca <strong>de</strong>spertou recentemente<br />

a curiosida<strong>de</strong> do Financial Times.<br />

Na comunicação da marca, a Matcerâmica assume<br />

com orgulho a nacionalida<strong>de</strong> da faiança<br />

(sector on<strong>de</strong> Portugal se posiciona como segundo<br />

player mundial, a seguir à China) e confirma que<br />

é uma mais-valia. «Cerca <strong>de</strong> 85% do produto não<br />

sai da fábrica sem o carimbo ma<strong>de</strong> in Portugal.<br />

Para orçamentos <strong>de</strong><br />

comunicação e marketing<br />

limitados, como acontece<br />

na maioria das PME,<br />

a internet representa uma<br />

alternativa <strong>de</strong> comunicação<br />

viável e mais económica<br />

Existem mercados, como os Estados Unidos,<br />

on<strong>de</strong> levam ainda uma etiqueta por cima com o<br />

galo <strong>de</strong> Barcelos, ou a ban<strong>de</strong>ira <strong>de</strong> Portugal. Portugal<br />

ven<strong>de</strong> e nós reafirmamos isso», conclui o<br />

responsável. ■<br />

Célia Marques<br />

PUBLICIDADE


40 I 41<br />

empresas<br />

250 maiores COMUNICAÇÃO EMPRESARIAL<br />

do<br />

distrito <strong>de</strong> <strong>Leiria</strong> Dicas para mercados-chave<br />

<br />

EUA<br />

3%<br />

Espanha<br />

27%<br />

Alemanha<br />

15%<br />

Golfo<br />

(EAU, ArábiaSaudita e Qatar)<br />

China<br />

1%<br />

Macau<br />

0,2% 0,02%<br />

Angola<br />

Brasil<br />

2%<br />

5%<br />

FONTE: INE<br />

DICAS DE<br />

C<br />

COMUNICAÇÃO<br />

E PROMOÇÃO EM<br />

MERCADOS-CHAVE<br />

I<strong>de</strong>ntificou mercados<br />

com potencial mas não<br />

sabe que cuidados ter<br />

na abordagem? Nem<br />

que meios utilizar? Os<br />

representantes da<br />

AICEP dão uma ajuda.<br />

Conselhos e dicas <strong>de</strong><br />

quem está no terreno.<br />

Comecemos pelo mercado geograficamente mais<br />

próximo e o maior <strong>de</strong>stino das exportações do distrito<br />

<strong>de</strong> <strong>Leiria</strong>: Espanha. No país vizinho, a coerência<br />

da mensagem e a permanência constante no mercado<br />

são os aspectos mais relevantes para a construção<br />

<strong>de</strong> uma marca e para passar a mensagem <strong>de</strong><br />

um produto. Aspectos a conjugar com a adaptação<br />

dos produtos aos hábitos locais, algo que <strong>de</strong>ve ser<br />

muito bem estudado, porque nem tudo o que funciona<br />

em Portugal funciona em Espanha, adverte<br />

Eduardo Henriques, representante da AICEP naquele<br />

mercado.<br />

É igualmente importante fazer uma «avaliação<br />

muito fina» dos possíveis canais <strong>de</strong> distribuição – consi<strong>de</strong>rando<br />

as importantes diferenças entre as várias<br />

comunida<strong>de</strong>s autónomas – e aconselha-se uma<br />

gran<strong>de</strong> capacida<strong>de</strong> <strong>de</strong> adaptação em termos <strong>de</strong> preço.<br />

Embora os novos meios <strong>de</strong> comunicação sejam<br />

crescentemente importantes, os tradicionais, com<br />

gran<strong>de</strong> relevância para a televisão, continuam a ser<br />

preferenciais. Mas a escolha <strong>de</strong>pen<strong>de</strong>rá, naturalmente,<br />

do tipo <strong>de</strong> produto, do perfil do consumidor<br />

potencial-alvo e da região-alvo.<br />

Ainda na Europa, mas também com especificida<strong>de</strong>s<br />

a ter em conta, surge a Alemanha, terceiro maior<br />

<strong>de</strong>stino <strong>de</strong> exportações do distrito, logo a seguir a<br />

França.<br />

Sendo um dos maiores mercados do mundo, o<br />

mais importante da União Europeia e o primeiro parceiro<br />

comercial <strong>de</strong> muitos países, é também muito<br />

exigente: inúmeras multinacionais e multidões <strong>de</strong><br />

entrepreneurs não foram capazes <strong>de</strong> se implantar<br />

naquele mercado, aponta Pedro Leão, representante<br />

da AICEP naquele país.<br />

No que toca à comunicação, é fundamental fazer<br />

uma boa escolha dos meios a utilizar, para que a informação<br />

seja percebida como útil e portadora <strong>de</strong><br />

sensações, e não como ruído.<br />

Os consumidores alemães estão habituados a<br />

comprar por catálogo e são muito receptivos a compras<br />

em plataformas da internet: mais <strong>de</strong> 80% das<br />

empresas alemãs usam o marketing directo para<br />

ven<strong>de</strong>r seus produtos e serviços.<br />

Quanto aos formatos mais utilizados, <strong>de</strong>stacase<br />

o internet marketing (65%), marketing telefónico<br />

(31%), mailing direto (24%) e inserções em publica-<br />

>>>


42 I 43<br />

empresas<br />

250 maiores COMUNICAÇÃO EMPRESARIAL<br />

do<br />

distrito <strong>de</strong> <strong>Leiria</strong> Dicas para mercados-chave<br />

A estratégia <strong>de</strong><br />

promoção das<br />

empresas na Alemanha<br />

não po<strong>de</strong> esquecer que<br />

o país acolhe os mais<br />

importantes eventos no<br />

comércio mundial em<br />

praticamente todos os<br />

sectores da indústria<br />

ções (18%). Sites favoritos? Spiegel Online, bild.<strong>de</strong><br />

Online e Kicker estão entre os sites <strong>de</strong> jornais mais<br />

visitados, enquanto os <strong>de</strong> conteúdos mais valorizados<br />

são o T-Online, MSN e Yahoo, seguidos pela plataforma<br />

<strong>de</strong> estudantes StudiVZ.<br />

O e-commerce está em alta na Alemanha, muito<br />

<strong>de</strong>vido à crescente penetração da internet através <strong>de</strong><br />

smartphones. Mas as experiências dos consumidores<br />

actuais são diferentes das do início do boom das<br />

empresas virtuais: o e-commerce não é apenas uma<br />

questão <strong>de</strong> escolha, preço, conveniência, opiniões e<br />

avaliações, mas também, e sobretudo, o que os consumidores<br />

procuram em qualquer compra: status, o<br />

produto certo e uma experiência convincente.<br />

A estratégia <strong>de</strong> promoção das empresas na Alemanha<br />

não po<strong>de</strong> esquecer que o País acolhe os mais<br />

importantes eventos no comércio mundial em praticamente<br />

todos os sectores da indústria. Poucos países<br />

no mundo po<strong>de</strong>m igualar a Alemanha no que<br />

toca a feiras internacionais, que atraem compradores<br />

<strong>de</strong> todo o mundo e um número impressionante<br />

<strong>de</strong> visitantes e expositores, sendo por esse motivo «o<br />

meio mais económico para lançar produtos no mercado»,<br />

avança o responsável da AICEP.<br />

Comunicar o investimento em investigação funciona<br />

muito bem, sempre que se dá <strong>de</strong>staque à capacida<strong>de</strong><br />

em transferir os resultados da investigação<br />

para o sector industrial. A promoção pelo consumo<br />

sustentável continua, mas com muitos consumidores<br />

cada vez mais <strong>de</strong>screntes das ecoiniciativas, ou<br />

em busca <strong>de</strong> eco-histórias realmente convincentes.<br />

«Os ecoprodutores precisarão dar um passo em<br />

frente e adoptar o SUPER-ECO, on<strong>de</strong> todos os aspectos<br />

do produto ou serviço são, indiscutível e completamente,<br />

sustentáveis», conclui Pedro Leão.<br />

DR<br />

ANGOLA E BRASIL: A MESMA LÍNGUA<br />

ENFOQUES DISTINTOS<br />

Fala na mesma língua e representa o quarto maior<br />

<strong>de</strong>stino das exportações do distrito <strong>de</strong> <strong>Leiria</strong>. Falamos<br />

<strong>de</strong> Angola, e a principal i<strong>de</strong>ia a transmitir – tendo<br />

em conta a particularida<strong>de</strong> da relação com Portugal<br />

– é a <strong>de</strong> parceria estratégica, no sentido <strong>de</strong> acentuar<br />

a relação natural e equilibrada que existe entre<br />

ambos os países, explica Miguel Fontoura, representante<br />

da AICEP naquele mercado.<br />

É curial reforçar a i<strong>de</strong>ia <strong>de</strong> que as empresas portuguesas<br />

estão em Angola para ficar – não para retirar<br />

divi<strong>de</strong>ndos temporários das suas activida<strong>de</strong>s –<br />

ajudando no esforço <strong>de</strong> reconstrução e <strong>de</strong> diversificação<br />

<strong>de</strong> sectores económicos, na qualificação da<br />

mão-<strong>de</strong>-obra local e criação <strong>de</strong> riqueza no país. «Talvez<br />

a melhor maneira <strong>de</strong> explicar a simbiose da relação<br />

seja citar um dito angolano típico: “estamos<br />

juntos!”», exemplifica o responsável.<br />

Relativamente aos meios <strong>de</strong> comunicação e promoção,<br />

Miguel Fontoura revela que, apesar do mercado<br />

angolano ser ainda jovem e com especificida<strong>de</strong>s<br />

próprias, o uso do telemóvel e o recurso ao<br />

email estão completamente aceites no dia- a-dia das<br />

empresas. As campanhas <strong>de</strong> rádio (três estações<br />

principais) e televisão (três canais terrestres) são<br />

também cada vez mais utilizadas na divulgação <strong>de</strong><br />

novos produtos e as re<strong>de</strong>s sociais têm ganho uma<br />

importância crescente.<br />

Do outro lado do oceano, e com a mesma língua<br />

mãe, o Brasil atravessa um período <strong>de</strong> forte crescimento<br />

económico, em contraciclo com muitos dos<br />

principais mercados <strong>de</strong> exportação. E as empresas<br />

da região estão atentas, como atesta o crescimento<br />

<strong>de</strong> 40% das exportações do distrito para aquele país<br />

em 2011.<br />

Brasil: o que parece<br />

funcionar com alguma força<br />

pren<strong>de</strong>-se com valores<br />

e imagens associados<br />

à inclusão social, ao<br />

ambiente e à<br />

mo<strong>de</strong>rnida<strong>de</strong>/sofisticação<br />

«Face às gran<strong>de</strong>s alterações económicas e sociais<br />

do Brasil nos últimos anos, o que parece funcionar<br />

com alguma força pren<strong>de</strong>-se com valores e<br />

imagens associados à inclusão social, ao ambiente<br />

e à mo<strong>de</strong>rnida<strong>de</strong>/sofisticação, tendo também peso<br />

as associações aos EUA e Europa», e <strong>de</strong>vendo ser<br />

evitadas «atitu<strong>de</strong>s <strong>de</strong> arrogância face à simplicida<strong>de</strong><br />

>>>


44 I 45<br />

empresas<br />

250 maiores COMUNICAÇÃO EMPRESARIAL<br />

do<br />

distrito <strong>de</strong> <strong>Leiria</strong> Dicas para mercados-chave<br />

e informalida<strong>de</strong> do Brasil», <strong>de</strong>staca Carlos Moura, representante<br />

da AICEP naquele mercado.<br />

Quanto aos meios <strong>de</strong> comunicação mais apropriados,<br />

o responsável lembra que a imprensa e a<br />

publicida<strong>de</strong> funcionam numa óptica regional, face à<br />

dimensão continental do mercado, e que o seu custo<br />

é «extremamente caro», pelo que a melhor forma <strong>de</strong><br />

promoção, <strong>de</strong> passar a mensagem, é através <strong>de</strong> contactos<br />

sociais informais.<br />

EUA: ACOMPANHAR E DITAR TENDÊNCIAS<br />

Do Brasil, rumamos virtualmente aos EUA, Nova Iorque,<br />

on<strong>de</strong> Rui Boavista Marques aponta os principais<br />

aspectos estratégicos a ter em conta naquele mercado,<br />

o sexto maior receptor <strong>de</strong> exportações do distrito<br />

<strong>de</strong> <strong>Leiria</strong>. Entre eles contam-se o tipo <strong>de</strong> canal <strong>de</strong><br />

distribuição mais a<strong>de</strong>quado, a estratégia <strong>de</strong> preço <strong>de</strong><br />

entrada e segmentação posterior, o ambiente legal e<br />

regulatório <strong>de</strong> cada indústria e cada Estado, o marketing<br />

comunicacional e posicionamento nas re<strong>de</strong>s<br />

sociais, sem esquecer o recurso a trendsetters (ditadores<br />

<strong>de</strong> tendências), e a eficácia da comunicação e<br />

da i<strong>de</strong>ntida<strong>de</strong> do produto.<br />

Aten<strong>de</strong>ndo à escala e potencial <strong>de</strong> crescimento do<br />

mercado, importa dar especial atenção às tendências<br />

dos consumidores. O representante da AICEP dá o<br />

exemplo do produtor <strong>de</strong> sumos Pom, que ficou conhecido<br />

pelo lançamento <strong>de</strong> sumos <strong>de</strong> romã, mas diversificou<br />

a gama e é hoje um dos lí<strong>de</strong>res <strong>de</strong> mercado,<br />

da mesma forma que a Chobani, que conseguiu lançar<br />

um novo conceito <strong>de</strong> iogurtes <strong>de</strong> baixo teor calórico,<br />

cresceu exponencialmente <strong>de</strong> novo player a lí<strong>de</strong>r<br />

<strong>de</strong> mercado. «Como <strong>de</strong>nominador comum, i<strong>de</strong>ntificamos<br />

a qualida<strong>de</strong> diferenciadora do produto e o factor<br />

inovação, como os mais <strong>de</strong>terminantes para se ter<br />

sucesso», resume Rui Boavista Marques.<br />

PUBLICIDADE<br />

EUA: aten<strong>de</strong>ndo à escala<br />

e potencial <strong>de</strong> crescimento<br />

do mercado, importa<br />

dar especial atenção às<br />

tendências<br />

dos consumidores<br />

Num mercado com a dimensão dos EUA, é da máxima<br />

pertinência maximizar os meios <strong>de</strong> comunicação<br />

e promoção e dar atenção às oportunida<strong>de</strong>s<br />

online. Exemplos? O New York Times vai passar a ser<br />

editado online em português e o Huffington Post é<br />

agora o mais relevante media online, <strong>de</strong>pois <strong>de</strong> ter<br />

passado a receber contributos editoriais <strong>de</strong> leitores<br />

e especialistas.<br />

Nas re<strong>de</strong>s sociais <strong>de</strong>ve existir uma equipa comercial<br />

<strong>de</strong>dicada à melhoria do serviço e resposta aos<br />

clientes, mostrando que se sabe ouvir os comentários<br />

e melhorar a experiência que têm com o produto.<br />

Foi pela qualida<strong>de</strong> <strong>de</strong> serviço pós-venda online que a<br />

Zappos, empresa <strong>de</strong> venda <strong>de</strong> calçado online, ganhou<br />

notorieda<strong>de</strong> e se impôs no mercado.<br />

ARRISCAR A ORIENTE<br />

A China actual evi<strong>de</strong>ncia uma valorização materialista,<br />

espelho da realização dos valores vigentes: sucesso;<br />

luxo e po<strong>de</strong>r <strong>de</strong> compra, com <strong>de</strong>staque para a<br />

aquisição <strong>de</strong> bens importados, <strong>de</strong> marcas <strong>de</strong> EUA,<br />

Japão e Europa. Bens <strong>de</strong> gran<strong>de</strong> visibilida<strong>de</strong> e facilmente<br />

i<strong>de</strong>ntificáveis, explica Filipe Costa, representante<br />

da AICEP na China/Xangai. «Na China milenar<br />

os aspectos culturais estrangeiros não são muito valorizados,<br />

mas o actual lifestyle <strong>de</strong> países como EUA


60%<br />

Exportações do distrito <strong>de</strong> <strong>Leiria</strong> para a China<br />

creceram 60% em 2011 face ao ano anterior<br />

ou França é-o certamente», <strong>de</strong>staca o responsável.<br />

Naquele país <strong>de</strong> escala continental – para on<strong>de</strong><br />

as exportações do distrito <strong>de</strong> <strong>Leiria</strong> cresceram 60%<br />

em 2011 – a dimensão da empresa, notorieda<strong>de</strong> da<br />

marca, investimento em promoção publicitária e<br />

apresentação dos produtos são pelo menos tão valorizados<br />

como a sua qualida<strong>de</strong> intrínseca e a relação<br />

preço-qualida<strong>de</strong> com que são introduzidos no<br />

mercado chinês. Quando <strong>de</strong>sconhece, o importador<br />

chinês apoia-se no conforto <strong>de</strong> saber que a empresa,<br />

produto, já está presente com sucesso nos seus mercados<br />

<strong>de</strong> referência: EUA, Japão, Coreia do Sul e Hong<br />

Kong, por esta or<strong>de</strong>m, aponta Filipe Costa.<br />

Não sendo já um país conservador do ponto <strong>de</strong><br />

vista dos comportamentos, a publicida<strong>de</strong> é muitas<br />

vezes alicerçada em internacionalismo, mo<strong>de</strong>rnida<strong>de</strong>,<br />

juventu<strong>de</strong> e sobretudo sensualida<strong>de</strong>, protagonizada<br />

por mo<strong>de</strong>los chineses, mas também muitas<br />

vezes caucasianos, ou que combinem ambas ascendências.<br />

O recurso ao endosso <strong>de</strong> personalida<strong>de</strong>s <strong>de</strong><br />

países que podiam ser consi<strong>de</strong>rados algo antagónicos<br />

é também frequente, como os cantores pop sul-<br />

-coreanos, ou as estrelas <strong>de</strong> Hollywood.<br />

Se é mundialmente corrente a publicida<strong>de</strong> e os<br />

conteúdos promocionais evitarem quaisquer referências<br />

religiosas ou políticas menos seguras – a<br />

menos que intencionalmente para captar atenção<br />

pela sátira, ou gerando polémica – na China continental<br />

isso é obrigatório. Não são toleradas quaisquer<br />

referências religiosas ou políticas, adverte o<br />

representante da AICEP.<br />

Aten<strong>de</strong>ndo à enorme dimensão da China continental<br />

– 1,3 mil milhões <strong>de</strong> habitantes, 56 etnias e<br />

uma expressiva pluralida<strong>de</strong> cultural e linguística –<br />

não é exequível pensar em meios <strong>de</strong> comunicação social<br />

nacionais para mensagens publicitárias ou promocionais.<br />

>>><br />

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46 I 47<br />

empresas<br />

250 maiores COMUNICAÇÃO EMPRESARIAL<br />

do<br />

distrito <strong>de</strong> <strong>Leiria</strong> Dicas para mercados-chave<br />

As regras <strong>de</strong> etiqueta<br />

empresarial na China<br />

incluem solicitar as<br />

reuniões com <strong>de</strong>vida<br />

antecedência, chegar<br />

ao local <strong>de</strong> reunião em<br />

número e seniorida<strong>de</strong><br />

coinci<strong>de</strong>ntes ao da<br />

contraparte, conforme<br />

previamente<br />

combinado, e antes da<br />

hora marcada, uma vez<br />

que será essa a hora a<br />

que efectivamente<br />

começa a reunião<br />

COMUNICAR NO GOLFO<br />

«Qualquer aposta terá que se cingir a um impacto<br />

local, seguindo o padrão <strong>de</strong> fragmentação da comunicação<br />

social ao nível provincial e municipal», explica<br />

o responsável, lembrando que a imprensa<br />

generalista, económica, especializada, <strong>de</strong> lifestyle,<br />

etc. tem <strong>de</strong> ser encarada como um investimento em<br />

publicida<strong>de</strong>, uma vez que é frequente fazer-se remunerar,<br />

quer ao nível do meio, quer dos jornalistas.<br />

Estima-se que tanto essa forma <strong>de</strong> promoção, como<br />

a publicida<strong>de</strong> tradicional terão hoje na China Continental<br />

um retorno maior do que em mercados com<br />

maior maturida<strong>de</strong> dos consumidores.<br />

AS SOCIEDADES ÁRABES DO GOLFO TÊM COMO «PEDRA DE TOQUE DA CULTURA» A FAMÍLIA PRI-<br />

MEIRO (PAIS E FILHOS) E EM SEGUNDO LUGAR A AMIZADE ENTRE INDIVÍDUOS DO MESMO GÉ-<br />

NERO, APONTA MANUEL COUTO DE MIRANDA, REPRESENTANTE DA AICEP NAQUELA REGIÃO<br />

(EMIRADOS ÁRABES UNIDOS, ARÁBIA SAUDITA E QATAR). ISTO SIGNIFICA QUE UM PRODUTO SERÁ<br />

BEM PUBLICITADO SE ESTIVER REFERENCIADO COM A VIDA DE FAMÍLIA – ALIMENTAÇÃO, TÊX-<br />

TEIS LAR, MOBILIÁRIO, TURISMO – OU COM AS RELAÇÕES DE AMIZADE/CAMARADAGEM.<br />

Como alternativa à fragmentação, e ao controle<br />

público da comunicação social mais convencional,<br />

as re<strong>de</strong>s sociais são extremamente importantes na<br />

China, também por se tratar <strong>de</strong> uma socieda<strong>de</strong> em<br />

rápido <strong>de</strong>senvolvimento, com boa infra-estrutura e<br />

gran<strong>de</strong> apetência tecnológicas, sobretudo nas camadas<br />

mais jovens e afluentes da população. «Uma<br />

vez que as re<strong>de</strong>s sociais mais populares à escala<br />

mundial são <strong>de</strong> acesso restrito, é necessário criar<br />

presença nos seus equivalentes chineses, como o<br />

DR<br />

Ren Ren (equivalente do Facebook), Sina Weibo<br />

(equivalente do Twitter), ou Youku (equivalente do<br />

Youtube)», revela Filipe Costa.<br />

Em qualquer meio, é indispensável a utilização integral<br />

do chinês como língua escrita, uma vez que<br />

gran<strong>de</strong> parte da população chinesa não sabe ler o alfabeto<br />

romano. É forçosa a conversão dos nomes das<br />

empresas, marcas e produtos para caracteres chineses,<br />

e recomendável ir para além da tradução fonética,<br />

escolhendo nomes chineses a<strong>de</strong>quados. No<br />

audiovisual, importa nunca abdicar do chinês escrito<br />

em legenda, mesmo que seja falado em mandarim,<br />

uma vez que a língua chinesa só é una na forma escrita.<br />

Embora o mandarim seja relativamente maioritário<br />

e a língua franca na China, a maioria das<br />

pessoas não fala mandarim, mas uma das outras<br />

línguas chinesas.<br />

HÁBITOS DE ETIQUETA NA CHINA CONTINENTAL<br />

No contacto directo com empresários da China<br />

Continental, presume-se que o interessado entregará<br />

apresentações 'em papel' da empresa, incluindo<br />

a sua história e notas biográficas dos<br />

seus dirigentes, e informação dos seus produtos,<br />

<strong>de</strong> preferência <strong>de</strong>screvendo-os, indicando capacida<strong>de</strong>s<br />

<strong>de</strong> produção e preços.<br />

As regras <strong>de</strong> etiqueta empresarial incluem solicitar<br />

as reuniões com <strong>de</strong>vida antecedência, chegar<br />

ao local <strong>de</strong> reunião em número e seniorida<strong>de</strong><br />

coinci<strong>de</strong>ntes ao da contraparte, conforme previamente<br />

combinado, e antes da hora marcada, uma<br />

vez que será essa a hora a que efectivamente começa<br />

a reunião.<br />

As reuniões <strong>de</strong>vem ser precedidas por uma consi<strong>de</strong>rada<br />

troca <strong>de</strong> cartões-<strong>de</strong>-visita, a entregar com<br />

as duas mãos, mostrando assim uma atenção não<br />

dividida, com a face em chinês voltada para cima, e<br />

tomando o tempo necessário para ler os cartões,<br />

como forma <strong>de</strong> mostrar interesse e vonta<strong>de</strong> <strong>de</strong> conhecer<br />

o outro. A encerrar, é bem recebida uma troca<br />

<strong>de</strong> presentes entre lí<strong>de</strong>res a abrir, mostrar aos <strong>de</strong>mais<br />

e comentar <strong>de</strong> imediato. Uma reunião que inclua<br />

refeição é sempre mais valorizada, com o<br />

objectivo <strong>de</strong> <strong>de</strong>senvolver uma relação <strong>de</strong> "amiza<strong>de</strong>"<br />

antes <strong>de</strong> concretizar negócio. «Essa lógica <strong>de</strong> progressivo<br />

conhecimento do outro e criação <strong>de</strong> uma relação<br />

prévia ao negócio exige muitas vezes um<br />

multiplicar <strong>de</strong> reuniões que parecem não servir propósito<br />

comercial, mas que – se tendo esta justificação<br />

– também não <strong>de</strong>vem <strong>de</strong>sanimar o empresário<br />

português quanto às perspectivas da sua concretização.<br />

Criar o famoso 'guanxi' é conviver, sobretudo à<br />

mesa, comendo e bebendo», conclui Filipe Costa.<br />

ESPECIFICIDADES DE MACAU<br />

Macau, com a sua população e turistas essencialmente<br />

chineses, rege-se pelos mesmos princípios,


embora goze <strong>de</strong> uma maior liberda<strong>de</strong> <strong>de</strong> imprensa e<br />

<strong>de</strong> acesso à web semelhante a Hong Kong. Também<br />

as Regiões Administrativas Especiais são portos francos<br />

permitindo a entrada <strong>de</strong> produtos estrangeiros<br />

com limitações e obrigações substancialmente mais<br />

simples que no continente (rótulos por exemplo).<br />

O estilo <strong>de</strong> vida “oci<strong>de</strong>ntalizado” é mais notório em<br />

Hong Kong até pela gran<strong>de</strong> dimensão da comunida<strong>de</strong><br />

expatriada e chineses que estudaram no estrangeiro,<br />

aponta Marian Oom, representante da<br />

AICEP na China/Macau.<br />

A adaptação ao gosto e características locais é<br />

necessária: paladar para os produtos alimentares e<br />

bebidas, estatura física para o vestuário, cores para<br />

as ocasiões, sendo o encarnado e dourados sempre<br />

apreciados e associados a eventos festivos, enquanto<br />

o branco é a cor dos funerais.<br />

Embalagem, <strong>de</strong>sign e inovação, são fortemente<br />

apreciados, em particular junto das classes média a<br />

alta, e seguir os princípios do feng shui, em formas,<br />

layouts, arquitectura e planificação <strong>de</strong> espaços,<br />

ten<strong>de</strong> a dar bons resultados.<br />

Quanto ao nome da marca, <strong>de</strong>ve aten<strong>de</strong>r-se à sua<br />

sonorização, garantindo que é fácil <strong>de</strong> pronunciar e<br />

EXPORTAÇÕES DISTRITO DE LEIRIA 2011<br />

PAÍS EXPORTAÇÕES VAR. 2010 PESO EXP. DIST.<br />

ESPANHA 405.443.319 17% 27%<br />

ALEMANHA 225.920.250 6% 15%<br />

ANGOLA 71.743.910 -1% 5%<br />

ESTADOS UNIDOS 44.472.504 -1% 3%<br />

BRASIL 30.919.824 40% 2%<br />

CHINA 18.398.797 61% 1%<br />

MACAU 272.779 -8% 0,02%<br />

GOLFO (EAU, ARÁBIA SAUDITA) 2.801.733 68% 0,2%<br />

Fonte INE; valores em euros salvo indicação em contrário, análise a preços correntes<br />

não se associa a nenhuma palavra negativa.<br />

Nem todas as “regras” dos guias <strong>de</strong> negócios na<br />

China <strong>de</strong>vem ser cegamente seguidas. Uma marca<br />

que se queira impor como estrangeira, muito importante<br />

para a natural “ostentação” das novas classes<br />

médias, tem <strong>de</strong> preservar as características que i<strong>de</strong>ntificam<br />

o produto como tal, e o ma<strong>de</strong> in po<strong>de</strong> não ser<br />

suficiente. «Em geral há interesse por tudo o que é novida<strong>de</strong><br />

e a fi<strong>de</strong>lização a marcas é difícil <strong>de</strong> conseguir,<br />

embora com excepções como alguns bens/marcas <strong>de</strong><br />

luxo, ou produtos alimentares», explica. ■<br />

Célia Marques<br />

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48 I 49<br />

empresas<br />

250 maiores COMUNICAÇÃO EMPRESARIAL<br />

do<br />

distrito <strong>de</strong> <strong>Leiria</strong> Comunicar em ambiente <strong>de</strong> crise<br />

“Ao comunicar através<br />

do preço po<strong>de</strong>mos<br />

<strong>de</strong>svalorizá-lo, dar<br />

a enten<strong>de</strong>r que<br />

é competitivo apenas<br />

pelo preço baixo”,<br />

Ricardo Espada,<br />

director criativo<br />

da Contraponto<br />

COMUNICAÇÃO EM<br />

AMBIENTE DE CRISE<br />

que forma o ambiente <strong>de</strong>pressivo que se vive influencia<br />

a comunicação empresarial? É possível<br />

fazer da crise uma aliada? Como aproveitar a visibilida<strong>de</strong><br />

<strong>de</strong> notícias menos boas para passar mensagens<br />

positivas?<br />

Em momentos <strong>de</strong> crise, como o que se atravessa,<br />

disparam os anúncios a produtos e serviços low cost<br />

e as campanhas promocionais fora da época, fazendo<br />

parecer que o mundo está em saldos. Ali<br />

mesmo, à saída da porta, está estacionado um<br />

Smart a anunciar funerais low-cost.<br />

dDe<br />

A crise tem levado a mudanças no paradigma <strong>de</strong><br />

consumo e a alterações nas relações económicas e<br />

sociais. Segundo Carminda Silvestre, os consumidores<br />

começam a alinhar-se numa postura <strong>de</strong> consumo<br />

inteligente, que exige uma maior consciência<br />

do que efectivamente necessita. Por outro lado, a<br />

sua aquisição <strong>de</strong> produtos ou serviços é <strong>de</strong>terminada<br />

pelo custo-benefício. «Estamos efectivamente<br />

inseridos num paradigma do low-cost, que não sig-<br />

DR<br />

nifica, necessariamente, qualida<strong>de</strong> reduzida. É<br />

nesse paradigma que se insere a Ikea», adianta.<br />

É preciso cuidado para que a imagem transmitida<br />

pela publicida<strong>de</strong> não pareça irónica face à conjuntura,<br />

mas não <strong>de</strong>ixa <strong>de</strong> ser perigoso ter uma<br />

comunicação <strong>de</strong>masiado focada no preço, adverte<br />

Ricardo Espada, director criativo da Contraponto.<br />

Depen<strong>de</strong>ndo do produto em causa, «ao comunicar<br />

através do preço po<strong>de</strong>mos <strong>de</strong>svalorizá-lo, dar a enten<strong>de</strong>r<br />

que é competitivo apenas pelo preço baixo»,<br />

explica.<br />

Perante o factor crise as empresas ten<strong>de</strong>m, conjuntamente<br />

com as agências, a repensar a sua<br />

forma <strong>de</strong> comunicar, os meios utilizados, bem como<br />

a sua linguagem, ou mensagem institucional. «Esta<br />

situação gera um comportamento <strong>de</strong> ostentação<br />

mais comedido mas, e sempre que possível, não retirando<br />

valor ao produto, marca ou serviço», acrescenta<br />

por seu lado, Vítor Jorge, director <strong>de</strong> arte da<br />

Artma<strong>de</strong>sign.<br />

A comunicação <strong>de</strong>ve reflectir os valores da<br />

marca, que estarão previamente <strong>de</strong>finidos e alinhados<br />

com toda a estratégia <strong>de</strong> marketing e comunicação.<br />

Os valores e as práticas «não po<strong>de</strong>m ser<br />

negligenciados e têm <strong>de</strong> se articular <strong>de</strong> forma coerente»,<br />

adverte a professora coor<strong>de</strong>nadora do Departamento<br />

<strong>de</strong> Ciências da Linguagem, da ESTG,<br />

Carminda Silvestre.<br />

É preciso não esquecer, por outro lado, que a comunicação<br />

<strong>de</strong>ve estar comprometida com a verda<strong>de</strong>:<br />

quando se anuncia que é “o mais baixo preço”<br />

tem mesmo <strong>de</strong> ser. Num mundo <strong>de</strong> comunicação rápida<br />

e gran<strong>de</strong> interactivida<strong>de</strong>, como o da internet e<br />

das re<strong>de</strong>s sociais, a mentira tem “perna curta”.<br />

A mensagem a passar pela publicida<strong>de</strong> <strong>de</strong>ve ter<br />

em conta o ambiente recessivo, mas ao mesmo<br />

tempo evitar ir ao encontro <strong>de</strong>le. Os anúncios não<br />

<strong>de</strong>vem ser cinzentos, mas inesperados, e a mensagem<br />

<strong>de</strong>ve ajudar a criar esperança.<br />

«Com a crise, gerem-se com mais rigor os orçamentos.<br />

A forma <strong>de</strong> pensar e agir, tem que ser efectiva.<br />

A margem <strong>de</strong> erro na comunicação não é<br />

permitida pelo cliente. Neste contexto, as agências<br />

<strong>de</strong> comunicação têm um papel muito mais prepon<strong>de</strong>rante:<br />

não po<strong>de</strong>m falhar. Têm <strong>de</strong> ter a solução e<br />

agir bem e <strong>de</strong>pressa», explica, por seu lado, Vítor<br />

Jorge, director <strong>de</strong> arte da Artma<strong>de</strong>sign.<br />

E o que acontece ao investimento em comunicação?<br />

Não há que ter ilusões. O conceito <strong>de</strong> que a<br />

crise é, por vezes, a melhor oportunida<strong>de</strong> para investir<br />

é, na realida<strong>de</strong> presente, um conceito cada vez<br />

menos interiorizado pelas empresas, admite Vítor<br />

Jorge.<br />

Uma forma <strong>de</strong> contornar a falta <strong>de</strong> recursos para<br />

comunicação po<strong>de</strong> passar por comunicar em conjunto<br />

com outras empresas do sector, em feiras nacionais<br />

ou internacionais, ou quando o que está em<br />

>>>


50 I 51<br />

empresas<br />

250 maiores COMUNICAÇÃO EMPRESARIAL<br />

do<br />

distrito <strong>de</strong> <strong>Leiria</strong> Comunicar em ambiente <strong>de</strong> crise<br />

causa é uma marca que associa diversos produtores,<br />

como acontece com a Pêra Rocha, ou a Maçã <strong>de</strong><br />

Alcobaça, cuja comunicação é gerida pelas respectivas<br />

associações do sector.<br />

QUANDO A CRISE BATE À PORTA…<br />

E OS JORNALISTAS TAMBÉM<br />

Quando a crise vai para além dos noticiários e bate<br />

à porta das empresas, levando ao incumprimento, a<br />

<strong>de</strong>spedimentos e a títulos sonantes na comunicação<br />

social, os <strong>de</strong>safios são outros.<br />

A imagem corporativa é um dos activos mais importantes<br />

das empresas e com a rapi<strong>de</strong>z das novas<br />

tecnologias, uma dificulda<strong>de</strong> pontual po<strong>de</strong> converter-se<br />

numa crise sem limites.<br />

Como adverte Octavio Isaac Rojas Orduña, master<br />

em Comunicação Corporativa e Publicitária, «a<br />

facilida<strong>de</strong> <strong>de</strong> comunicar um acontecimento negativo<br />

<strong>de</strong>ve ser aproveitada pelas empresas para informar<br />

sobre o que estão a fazer para resolver os<br />

problemas».<br />

A exposição pública gratuita a que se vê submetida<br />

a empresa <strong>de</strong>ve ser utilizada para lançar mensagens<br />

positivas sobre a empresa, e os seus<br />

produtos e serviços. Uma crise bem gerida po<strong>de</strong> representar<br />

uma oportunida<strong>de</strong> para reposicionar uma<br />

marca e fortalecê-la. Não é por acaso que em chinês<br />

a palavra crise se escreve com dois símbolos<br />

que representam "o perigo" e "a oportunida<strong>de</strong>", relembra<br />

o especialista num paper intitulado Comunicação<br />

em Tempo <strong>de</strong> Crise.<br />

A imagem corporativa é um<br />

dos activos mais<br />

importantes das empresas e<br />

com a rapi<strong>de</strong>z das novas<br />

tecnologias, uma dificulda<strong>de</strong><br />

pontual po<strong>de</strong> converter-se<br />

numa crise sem limites<br />

Com uma maior consciência sobre a importância<br />

da comunicação é mesmo possível prevenir acontecimentos<br />

in<strong>de</strong>sejáveis. Como? Passa muito pela capacida<strong>de</strong><br />

da empresa se comunicar <strong>de</strong> forma<br />

transparente, continuada e próxima às pessoas,<br />

aponta o especialista. ■<br />

Célia Marques<br />

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52 I 53<br />

empresas<br />

250 maiores COMUNICAÇÃO EMPRESARIAL<br />

do<br />

distrito <strong>de</strong> <strong>Leiria</strong> Proibido enganar<br />

CONSUMIDORES<br />

ENGANADOS<br />

a<br />

SÃO PERIGO<br />

PARA AS MARCAS<br />

“Enganar o consumidor<br />

é um suicídio para uma<br />

marca”, Carlos Coelho,<br />

presi<strong>de</strong>nte da<br />

Ivity Brand Corp<br />

A coerência entre a estratégia <strong>de</strong> comunicação <strong>de</strong> um<br />

produto e o próprio produto é regra base <strong>de</strong> qualquer<br />

campanha <strong>de</strong> promoção <strong>de</strong> uma marca. Captar a<br />

atenção do público-alvo é sempre o objectivo e há vários<br />

caminhos como opção. As comunicações mais<br />

simples, mais populares, mais informativas, <strong>de</strong> suspense,<br />

inteligentes, elegantes, sexy, cómicas, contemplativas,<br />

ousadas, intuitivas, pela positiva ou pela<br />

negativa todas são legítimas quando bem trabalhadas<br />

em função do seu target e do objecto que se preten<strong>de</strong><br />

comunicar, quer seja uma empresa, uma<br />

instituição, um evento ou um produto.<br />

Não <strong>de</strong>fraudar as expectativas do cliente ou consumidor<br />

é crucial para a reputação da marca. Prometer<br />

mais do que se po<strong>de</strong> dar po<strong>de</strong> ser fatal e quem<br />

RICARDO GRAÇA/ARQUIVO<br />

compra está <strong>de</strong> olhos abertos. A confiança e o compromisso<br />

tornam-se o elo <strong>de</strong> ligação entre as partes.<br />

“Enganar um consumidor é suicídio para uma<br />

marca”, quem o diz é Carlos Coelho, presi<strong>de</strong>nte da Ivity<br />

Brand Corp, para quem “o valor <strong>de</strong> uma marca consiste<br />

na contabilização material da confiança que um<br />

cliente tem num produto”. “As marcas mais valiosas e<br />

mais fortes são aquelas que ao longo <strong>de</strong> anos, décadas,<br />

ou mesmo centenas <strong>de</strong> anos consolidaram as<br />

relações <strong>de</strong> confiança com os seus clientes, como<br />

sendo provavelmente o seu activo mais valioso.”<br />

“O consumidor é quem alimenta a empresa e é<br />

preciso ter sempre presente que a empresa <strong>de</strong>pen<strong>de</strong><br />

<strong>de</strong>le”, reforça Susana Rodrigues, presi<strong>de</strong>nte da Escola<br />

Superior <strong>de</strong> Arte <strong>de</strong> Design das Caldas da Rainha<br />

(ESAD-CR) que salienta que “o consumidor não gosta<br />

<strong>de</strong> se sentir enganado, e ao senti-lo, não só não volta<br />

a comprar, como projecta a uma velocida<strong>de</strong> galopante<br />

e negativamente, o produto a todos com quem se relaciona”.<br />

Aqui resi<strong>de</strong> um dos maiores perigos <strong>de</strong> enganar<br />

o consumidor, pois “partilhamos muito mais<br />

rapidamente o <strong>de</strong>sagrado que temos relativamente a<br />

um produto do que a satisfação que ele nos dá”, explica<br />

a docente.<br />

Estudos revelam que um cliente insatisfeito partilha<br />

a sua insatisfação com o dobro das pessoas em<br />

relação à mesma partilha efectuada pelos clientes<br />

satisfeitos. Alcina Gaspar, coor<strong>de</strong>nadora da Licenciatura<br />

em Marketing da Escola Superior <strong>de</strong> Tecnologia<br />

a Gestão <strong>de</strong> <strong>Leiria</strong> confirma: “enganar o consumidor<br />

significa per<strong>de</strong>r aquele consumidor e muitos outros<br />

no futuro. Significa não ter êxito a médio prazo”. A professora<br />

explica que “os consumidores querem trocas<br />

equitativas e justas. Se o objectivo da empresa é o <strong>de</strong><br />

permanecer no mercado, o consumidor não po<strong>de</strong> ser<br />

<strong>de</strong>fraudado” e lembra que “a concorrência está atenta<br />

e à procura <strong>de</strong> consumidores <strong>de</strong>fraudados”.<br />

Satisfazer quem compra passa por ir ao encontro<br />

daquilo que lhe é prometido e sempre que possível superar<br />

as suas expectativas. “Ao fazer o cliente sentir<br />

que recebeu mais do que o esperado, em alguns casos,<br />

ele até retribui, não só com a sua lealda<strong>de</strong> mas recomendando<br />

a outros o produto e a marca, tornando-se<br />

um parceiro do negócio”, afirma Alcina Gaspar.<br />

E não se subestime o po<strong>de</strong>r do consumidor que na<br />

última década assumiu uma relevância muito significativa.<br />

O <strong>de</strong>senvolvimento das plataformas social<br />

media que facilitam e exponenciam a troca <strong>de</strong> opiniões<br />

e críticas sobre produtos e marcas conferiu às<br />

massas um estatuto sem prece<strong>de</strong>ntes e as empresas<br />

não lhe são alheias.<br />

PRODUTOS SEM QUALIDADE<br />

CONDENADOS AO INSUCESSO<br />

A comunicação tem um po<strong>de</strong>r inquantificável mas na<br />

opinião dos especialistas há uma coisa que não está<br />

ao seu alcance, fazer vingar produtos sem qualida<strong>de</strong>.


Ricardo Henriques, redactor publicitário diz que<br />

“as pessoas até po<strong>de</strong>m gostar <strong>de</strong> anúncios populares<br />

mas não são estúpidas” e que por isso, “um mau<br />

produto nunca terá sucesso, mesmo com uma comunicação<br />

fenomenal”. O especialista salienta que<br />

“há muitos bons produtos que nunca precisaram <strong>de</strong><br />

publicida<strong>de</strong> porque já têm aquilo que ela quer provocar:<br />

o word-of-mouth [boca-a-boca]”, <strong>de</strong> que são<br />

exemplo os restaurantes, cada vez mais vistos como<br />

marcas.<br />

Carlos Coelho, da Ivity Brand Corp partilha da<br />

mesma opinião: “a comunicação, ou o excesso <strong>de</strong> mediatismo,<br />

não consegue escon<strong>de</strong>r, durante muito<br />

tempo, os <strong>de</strong>feitos <strong>de</strong> um produto”.<br />

E a professora <strong>de</strong> marketing, Alcina Gaspar corrobora:<br />

“não acredito no sucesso a médio prazo <strong>de</strong><br />

maus produtos, mesmo apoiados numa excelente comunicação”.<br />

No entanto, <strong>de</strong>fen<strong>de</strong> que “uma má comunicação<br />

po<strong>de</strong> levar ao insucesso <strong>de</strong> um bom<br />

produto”.<br />

Por outro lado, Susana Rodrigues, da ESAD-CR até<br />

consi<strong>de</strong>ra que “um mau produto bem comunicado,<br />

po<strong>de</strong> na primeira instância gozar do efeito “esponja”,<br />

ou seja, o consumidor adquire o produto pelo efeito<br />

da novida<strong>de</strong>, mas não repetirá a compra porque o produto<br />

não correspon<strong>de</strong> ao inicialmente anunciado”.<br />

A docente, refere ainda que “há produtos muito<br />

bons, por vezes em nichos <strong>de</strong> mercado, que não tendo<br />

uma forte componente comunicacional, o consumidor<br />

adquire-os, e repetirá a frequência <strong>de</strong> compra,<br />

Perante o volume <strong>de</strong> publicida<strong>de</strong> que se<br />

produz, conseguir elaborar campanhas<br />

assertivas e vitoriosas torna-se um <strong>de</strong>safio<br />

difícil mas tentador e vale tudo para atingir<br />

o objectivo <strong>de</strong> dar nas vistas e ser falado.<br />

Mas, por mais entusiasmo que se tenha,<br />

nunca o consumidor <strong>de</strong>ve ser <strong>de</strong>fraudado<br />

porque o produto pelo efeito <strong>de</strong> experimentação, se<br />

revelou fi<strong>de</strong>digno ao seu propósito”. A título <strong>de</strong> exemplo<br />

Susana Rodrigues faz referência aos sumos naturais<br />

da COPA que chegam ao consumidor, em<br />

termos <strong>de</strong> comunicação, pela sua exposição nas lojas<br />

em prateleiras próprias da Frubaça, empresa que os<br />

produz.<br />

>>><br />

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54 I 55<br />

empresas<br />

250 maiores COMUNICAÇÃO EMPRESARIAL<br />

do<br />

distrito <strong>de</strong> <strong>Leiria</strong> Proibido enganar<br />

“Partilhamos muito<br />

mais rapidamente<br />

o <strong>de</strong>sagrado que temos<br />

relativamente a um<br />

produto do que<br />

a satisfação que ele<br />

nos dá”, Susana<br />

Rodrigues,<br />

directora ESAD-CR<br />

A comunicação po<strong>de</strong> ser um aliado <strong>de</strong> vendas do<br />

produto mas também po<strong>de</strong> <strong>de</strong>struí-lo completamente.<br />

“O po<strong>de</strong>r da comunicação é informar e seduzir<br />

o consumidor sobre as características do produto.<br />

Uma boa comunicação gera uma associação positiva<br />

ao produto. Por outro lado, uma má comunicação,<br />

projecta no produto um conjunto <strong>de</strong> atributos negativos,<br />

que induz a uma repulsa por parte do consumidor”,<br />

explica Susana Rodrigues.<br />

“É preciso passar a mensagem para o consumidor<br />

<strong>de</strong> que o produto existe e conseguir argumentar <strong>de</strong><br />

forma simples, clara e coerente <strong>de</strong> que se trata <strong>de</strong> um<br />

bom produto, porque é o melhor em <strong>de</strong>terminado aspecto,<br />

o melhor para <strong>de</strong>terminado fim, o melhor para<br />

<strong>de</strong>terminado perfil <strong>de</strong> consumidor” explica a investigadora<br />

em branding, Alcina Gaspar. “No mercado<br />

existem muitos bons produtos, mas nem todos conseguem<br />

conquistar o cliente.”<br />

RICARDO GRAÇA/ARQUIVO<br />

O MAU PODE TORNAR-SE BOM<br />

Diz-se frequentemente que um anúncio é mau porque<br />

é “brejeiro”, “popularucho”, “<strong>de</strong> mau gosto”, mas há<br />

campanhas que o são intencionalmente. Perante a<br />

quantida<strong>de</strong> <strong>de</strong> informação que se produz captar a<br />

atenção do público torna-se numa espécie <strong>de</strong> vale<br />

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tudo em que qualquer meio é válido para atingir o fim, quer<br />

seja com canções orelhudas, como a do site <strong>de</strong> vendas<br />

OLX ou com personagens ridicularizadas mas mediáticas<br />

como o futebolista Futre.<br />

Ricardo Henriques, redactor publicitário e organizador<br />

do Festival do Cano (que homenageia as piores publicida<strong>de</strong>s<br />

do ano) afirma que entre a comunida<strong>de</strong> publicitária a<br />

campanha <strong>de</strong> lançamento da nova imagem do Pingo Doce<br />

“é consi<strong>de</strong>rada muito má”. Porque “é popularucha, mas<br />

também porque é <strong>de</strong>masiado fácil”. “Mas infelizmente publicida<strong>de</strong><br />

não é arte e os anúncios fáceis e cheios <strong>de</strong> clichés<br />

vingam” admite.<br />

“Se o jingle <strong>de</strong> Janeiro a Janeiro está na cabeça dos<br />

portugueses e se estes acorrem até ao supermercado,<br />

apesar da regra dos 20 euros para o multibanco, então<br />

toda a comunicação do Pingo Doce tem sido irrepreensível”,<br />

avalia. Mas salvaguarda: “eu não gosto e senti-me<br />

agredido quando no anúncio <strong>de</strong> televisão a ban<strong>de</strong>ira nacional<br />

apareceu do lado contrário”, mas a verda<strong>de</strong> é que<br />

muito se falou sobre o assunto e mesmo assim, diz o publicitário,<br />

“na hora <strong>de</strong> ir comprar tomates ninguém se<br />

importa”.<br />

As pessoas po<strong>de</strong>m gostar<br />

<strong>de</strong> anúncios populares<br />

mas não são estúpidas (...)<br />

um mau produto nunca terá<br />

sucesso, mesmo com uma<br />

comunicação fenomenal<br />

Por outro lado também po<strong>de</strong>mos falar dos anúncios<br />

que marcam pela negativa, mas que efectivamente marcam<br />

e cumprem o seu propósito <strong>de</strong> passar a mensagem.<br />

São mensagens construídas sobre o ridículo ou num ambiente<br />

obscuro, <strong>de</strong> apelo ao hediondo, ao assustador, ao<br />

mórbido e até ao medo.<br />

Sobre estes Ricardo Henriques lembra a generalida<strong>de</strong><br />

das campanhas contra a sida, condução perigosa ou o<br />

uso <strong>de</strong> casacos <strong>de</strong> peles que têm usado o choque para<br />

conseguir que as pessoas mu<strong>de</strong>m comportamentos.<br />

“Mostrar pessoas moribundas tem funcionado e é impossível<br />

não falar da Benetton que também usou um<br />

Cristo a morrer <strong>de</strong> sida num anúncio”, refere.<br />

A um nível diferente o publicitário lembra ainda a publicida<strong>de</strong><br />

ao Licor Beirão que usou o futebolista Futre, “<strong>de</strong>pois<br />

daquele discurso inflamado, para uma campanha <strong>de</strong><br />

auto-gozo que até incluiu um Porsche amarelo”. Consciente<br />

ou não, diz Ricardo Henriques, “continua a ser uma<br />

marca a gozar com os tiros no pé <strong>de</strong> uma figura pública”.<br />

Choca? Sim! É agradável? Não! É bonito <strong>de</strong> se ver?<br />

Muito menos! Mas toda a gente conhece, fala, comenta<br />

e sabe do que se trata e, esse sim, é o propósito da publicida<strong>de</strong>.<br />

■<br />

Paula Lagoa


56 I 57<br />

250 maiores COMUNICAÇÃO EMPRESARIAL<br />

empresas do<br />

distrito <strong>de</strong> <strong>Leiria</strong> Relação com a Imprensa<br />

EMPRESAS<br />

E IMPRENSA,<br />

UMA RELAÇÃO DE<br />

INTERDEPENDÊNCIA<br />

RICARDO GRAÇA<br />

o<br />

O sucesso das empresas, produtos e marcas<br />

passa, entre múltiplas questões estratégicas,<br />

pela presença regular nos meios <strong>de</strong> comunicação<br />

social. Aproveitar a visibilida<strong>de</strong> que estes po<strong>de</strong>m<br />

dar e o seu potencial <strong>de</strong> conexão com os públicos-alvo<br />

é para muitas marcas quase tão importante<br />

como simplesmente produzir.<br />

Falar e ser falado é importante para manter<br />

viva a imagem e estar presente no frenesim dos<br />

mercados. Mas como se consegue ser notícia?<br />

Como se processa a relação entre as empresas e<br />

os media?<br />

Em primeiro lugar é indispensável que na mediação<br />

<strong>de</strong>sta relação estejam profissionais conhecedores<br />

da estrutura e funcionamento <strong>de</strong><br />

ambas as partes e que possam ajudar as empresas<br />

a estruturar a sua comunicação em função do<br />

público que preten<strong>de</strong>m alcançar e do órgão <strong>de</strong><br />

comunicação que lhes servirá <strong>de</strong> ponte.<br />

E “nas empresas portuguesas há profissionais<br />

<strong>de</strong> comunicação tão bons como em qualquer<br />

mercado, tal como há cada vez mais gestores que<br />

compreen<strong>de</strong>m o papel estratégico que a comunicação<br />

po<strong>de</strong> <strong>de</strong>sempenhar nos seus resultados <strong>de</strong><br />

negócio” diz Maria Miguel Ferreira, fundadora da<br />

Too Small To Fail – PR for Start-ups, agência <strong>de</strong><br />

comunicação orientada para ajudar as novas empresas<br />

a entrar no mercado, com se<strong>de</strong> em Lisboa.<br />

Também João Paulo Leonardo, director da Revista<br />

Invest afirma que “uma boa parte das empresas<br />

já comunica com os media, umas vezes<br />

por sua iniciativa, outras por solicitação dos próprios<br />

órgãos <strong>de</strong> comunicação social”. O jornalista<br />

da área económica diz mesmo que “alguns empresários<br />

e gestores já perceberam a importância<br />

<strong>de</strong> transmitir a sua mensagem, seja para criar<br />

uma boa imagem com o exterior ou para alavancar<br />

o seu negócio”, lembrando que “essas já usam<br />

ferramentas interessantes para trabalhar com a<br />

comunicação social, recorrendo a newsletters,<br />

press realeases e também através das re<strong>de</strong>s sociais”.<br />

Mas esta mecânica <strong>de</strong> trabalho resi<strong>de</strong> essencialmente<br />

nas empresas com alguma dimensão.<br />

Para as mais pequenas há ainda algum caminho<br />

a percorrer já que “não possuem massa crítica<br />

para terem nas suas equipas, a tempo inteiro, alguém<br />

especializado em comunicação”, explica<br />

Maria Miguel Ferreira que aponta o recurso a<br />

consultores externos como uma solução.<br />

Na generalida<strong>de</strong>, “quando as empresas têm<br />

bem <strong>de</strong>finidas as suas estratégias <strong>de</strong> comunicação<br />

e implementam planos <strong>de</strong> comunicação <strong>de</strong><br />

forma profissional, normalmente, esse profissionalismo<br />

também se reflecte na qualida<strong>de</strong> <strong>de</strong>ssa<br />

relação e na eficácia dos resultados” aponta<br />

ainda Rosa Maria Sobreira, professora do Insti-


tuto Politécnico <strong>de</strong> Coimbra, com formação em<br />

Ciências da Comunicação.<br />

TODOS GANHAM<br />

Notorieda<strong>de</strong>, visibilida<strong>de</strong>, projecção, reputação,<br />

credibilida<strong>de</strong>, confiança, são estatutos que a comunicação<br />

social po<strong>de</strong> ajudar as empresas e<br />

marcas a alcançar e que, garante Maria Miguel<br />

Ferreira, “po<strong>de</strong>m ter um gran<strong>de</strong> impacto não só<br />

nas vendas, mas em aspectos como a atracção <strong>de</strong><br />

financiamento ou a relação com outros parceiros<br />

<strong>de</strong> negócio”. Mas, alerta “só ganham se a comunicação<br />

for bem preparada. Em cada negócio é preciso<br />

saber o que é relevante comunicar e o que é<br />

notícia, é preciso <strong>de</strong>scodificar as mensagens<br />

mais técnicas ou herméticas numa linguagem<br />

que interesse ao público em geral e é importante<br />

haver preocupações <strong>de</strong> rigor na informação”.<br />

João Paulo Leonardo aprofunda: “Mais importante<br />

do que tentar passar a sua comunicação para<br />

os media é saber para on<strong>de</strong> se comunica. É preciso<br />

saber quem são os leitores <strong>de</strong> cada órgão <strong>de</strong> comunicação<br />

social para perceber se existe ali receptivida<strong>de</strong><br />

e interesse para a sua empresa ou o seu<br />

produto”. “Não interessa comunicar para as massas<br />

quando o produto é para um mercado <strong>de</strong> nicho.”<br />

Nesta relação todos ganham. Também a comunicação<br />

social tem a ganhar com a proximida<strong>de</strong><br />

às empresas que acabam por contribuir<br />

para a sua função informativa.<br />

Para Rosa Maria Sobreira a relação “<strong>de</strong>ve basear-se<br />

num princípio <strong>de</strong> inter<strong>de</strong>pendência. Se as<br />

empresas conseguem obter visibilida<strong>de</strong> e notorieda<strong>de</strong><br />

para as suas marcas, os seus produtos e<br />

Mais importante do que tentar passar a sua<br />

comunicação para os media é saber<br />

para on<strong>de</strong> se comunica. É preciso saber<br />

quem são os leitores <strong>de</strong> cada órgão<br />

<strong>de</strong> comunicação social para perceber se<br />

existe ali receptivida<strong>de</strong><br />

os seus protagonistas, o que po<strong>de</strong> ajudar a organização<br />

na construção <strong>de</strong> uma imagem positiva<br />

junto dos seus múltiplos públicos, a verda<strong>de</strong> é<br />

que as mesmas empresas posicionam-se, também,<br />

como fontes <strong>de</strong> informação que alimentam<br />

as redacções com matéria-prima informativa”. Na<br />

opinião da docente, a relação <strong>de</strong>ve ser encarada<br />

numa perspectiva win-win. >>><br />

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A publicida<strong>de</strong> é paga.<br />

As notícias não.<br />

A publicida<strong>de</strong> é da<br />

responsabilida<strong>de</strong> das<br />

empresas. As notícias da<br />

responsabilida<strong>de</strong><br />

dos jornalistas. Uma coisa<br />

não substitui a outra<br />

NOTÍCIA VS PUBLICIDADE<br />

A publicida<strong>de</strong> é paga. As notícias não. A publicida<strong>de</strong><br />

é da responsabilida<strong>de</strong> das empresas. As notícias<br />

da responsabilida<strong>de</strong> dos jornalistas. Uma<br />

coisa não substitui a outra. As estratégias <strong>de</strong> comunicação<br />

implicam a aplicação <strong>de</strong> diferentes formas<br />

<strong>de</strong> comunicação on<strong>de</strong> naturalmente constam<br />

tanto a publicida<strong>de</strong> como as notícias, sendo que o<br />

impacto <strong>de</strong> um e outro formato é difícil <strong>de</strong> quantificar.<br />

Mesmo assim, será sempre mais credível serem<br />

os outros a falar bem <strong>de</strong> nós do que sermos nós os<br />

juízes em causa própria”, <strong>de</strong>fen<strong>de</strong> a consultora<br />

Maria Miguel Ferreira. I<strong>de</strong>ia que também <strong>de</strong>fen<strong>de</strong><br />

João Paulo Leonardo: “A notícia não é controlada e<br />

não é paga pela empresa e, por isso, é mais credível<br />

para o leitor”.<br />

O jornalista ressalva que “quem a escreve, por<br />

norma, é um jornalista, que está vinculado a regras<br />

éticas e <strong>de</strong>ontológicas. O ângulo e todo o <strong>de</strong>senvolvimento<br />

da notícia são da exclusiva responsabilida<strong>de</strong><br />

do jornalista, logo não obe<strong>de</strong>ce aos<br />

<strong>de</strong>sejos do empresário mas ao interesse público e<br />

aos interesses dos seus leitores”.<br />

E “uma não tem que substituir a outra” afirma<br />

Rosa Maria Sobreira, mas a verda<strong>de</strong> é que muitas<br />

empresas poupam pequenas fortunas em publicida<strong>de</strong><br />

por terem relações estreitas com este ou<br />

aquele órgão <strong>de</strong> comunicação e social que lhes dá<br />

antena com regularida<strong>de</strong>.<br />

Po<strong>de</strong>rão estar a pensar bem quando atribuem<br />

maior importância à notícia, já que “a comunicação<br />

com os media é reconhecidamente a forma<br />

mais eficaz e barata (cost-effective) <strong>de</strong> passar<br />

uma mensagem”, diz ainda Maria Miguel Ferreira.<br />

Mas a agir mal quando abdicam <strong>de</strong> investir em publicida<strong>de</strong>,<br />

pois “as estratégias <strong>de</strong> comunicação<br />

têm que ser pensadas numa perspectiva global<br />

integrada, implicando o uso das múltiplas formas<br />

<strong>de</strong> comunicação, media relations, publicida<strong>de</strong>, relações<br />

públicas, patrocínios e outras”, explica Rosa<br />

>>>


60 I 61<br />

empresas<br />

250 maiores COMUNICAÇÃO EMPRESARIAL<br />

do<br />

distrito <strong>de</strong> <strong>Leiria</strong> Relação com a Imprensa<br />

“Em cada negócio é<br />

preciso saber o que é<br />

relevante comunicar e o<br />

que é notícia, é preciso<br />

<strong>de</strong>scodificar as<br />

mensagens mais<br />

técnicas ou herméticas<br />

numa linguagem que<br />

interesse ao público em<br />

geral”, Maria Miguel<br />

Ferreira, consultora<br />

Maria Sobreira, reforçando que “a cobertura jornalística,<br />

por muito ampla que seja, não substitui<br />

campanhas publicitárias, elas complementam-se”.<br />

Maria Miguel alerta: “talvez nem todas as empresas<br />

tenham uma visão integrada da comunicação<br />

e conheçam os números <strong>de</strong> retorno. Creio que<br />

essas estão a <strong>de</strong>sperdiçar mercado”.<br />

NOTÍCIAS NEGATIVAS PODEM ARRASAR<br />

UMA IMAGEM<br />

Mas nem tudo o que sai na comunicação social é<br />

DR<br />

positivo. As notícias que dão conta <strong>de</strong> problemas<br />

no seio das empresas também são frequentes. Na<br />

conjuntura em que o país se encontra, notícias<br />

sobre insolvências, incumprimentos, e fuga às obrigações<br />

fiscais são o prato do dia.<br />

É igualmente difícil quantificar o po<strong>de</strong>r <strong>de</strong>vastador<br />

<strong>de</strong> uma notícia negativa na reputação <strong>de</strong><br />

uma empresa ou marca. Sabe-se, no entanto, que<br />

o impacto <strong>de</strong> um conteúdo negativo é muito superior<br />

ao <strong>de</strong> um conteúdo positivo. Limpar uma<br />

imagem <strong>de</strong>negrida po<strong>de</strong> levar anos, ou mesmo<br />

nunca ser conseguido. Há sempre resíduos que<br />

ficam.<br />

Rosa Maria Sobreira diz que “é um erro os empresários<br />

pensarem que a imprensa só serve para<br />

dizer bem. Se as empresas procuram os órgãos<br />

<strong>de</strong> comunicação social porque querem valorizar<br />

os aspectos positivos das suas organizações,<br />

também é da natureza da comunicação social informar<br />

objectivamente sobre todos os aspectos,<br />

sejam eles positivos ou negativos”. “Neste sentido,<br />

o importante é que as empresas estejam preparadas<br />

para saber reagir a notícias menos positivas.<br />

E nesse domínio há verda<strong>de</strong>iros especialistas<br />

em gerir situações <strong>de</strong> comunicação <strong>de</strong> crise.”<br />

Veja-se o exemplo da campanha <strong>de</strong> 50% <strong>de</strong><br />

<strong>de</strong>sconto dos supermercados Pingo Doce, que foi<br />

um sucesso ao nível da a<strong>de</strong>são <strong>de</strong> consumidores<br />

mas que afinal assentava em irregularida<strong>de</strong>s e<br />

até <strong>de</strong>u origem a acusação <strong>de</strong> dumping (venda<br />

abaixo do custo <strong>de</strong> produção) por parte da ASAE.<br />

Além disso, foi também muito polémica a escolha<br />

do dia do trabalhador para a realização da promoção<br />

já que os funcionários, em vez do gozarem<br />

>>><br />

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62 I 63<br />

empresas<br />

250 maiores COMUNICAÇÃO EMPRESARIAL<br />

do<br />

distrito <strong>de</strong> <strong>Leiria</strong> Relação com a Imprensa<br />

“O impacto <strong>de</strong> uma má<br />

crítica leva muito tempo<br />

a apagar e por vezes é<br />

mesmo impossível<br />

reabilitar um produto<br />

ou marca que<br />

inicialmente foi mal<br />

avaliado e teve uma<br />

crítica que<br />

injustamente o<br />

<strong>de</strong>sfavoreceu”, António<br />

Ventura, enólogo<br />

O PODER DA CRÍTICA<br />

ALÉM DE NOTÍCIAS E PUBLICIDADE OS MEDIA VEICULAM TAMBÉM OPINIÕES. OPINIÕES DE ES-<br />

PECIALISTAS NESTA OU NAQUELA MATÉRIA, PESSOAS COM CONHECIMENTOS APROFUNDADOS,<br />

DE CREDIBILIDADE AFIRMADA, CAPACIDADE DE ANÁLISE E LEGITIMIDADE ADQUIRIDA. SÃO OS<br />

CHAMADOS OPINION MAKERS.<br />

O VINHO É TALVEZ DOIS PRODUTOS EM QUE A OPINIÃO DOS CRÍTICOS MAIS RELEVÂNCIA ASSUME.<br />

UMA NOTA POSITIVA DE UM CRÍTICO REPUTADO COMO RUI FALCÃO OU MARK SQUIRES PODE LAN-<br />

ÇAR UMA MARCA, NA MESMA PROPORÇÃO EM QUE UMA NOTA NEGATIVA PODE AFUNDÁ-LA.<br />

ANTÓNIO VENTURA, ENÓLOGO AO SERVIÇO DE ALGUMAS DAS MAIS IMPORTANTES MARCAS E<br />

CASAS VITIVINÍCOLAS NACIONAIS ADMITE MESMO QUE “EXISTEM MUITOS CASOS EM QUE ESTES<br />

“DEUSES” TÊM UM INCOMENSURÁVEL PODER E ISTO PODE SER MUITO PREOCUPANTE SE NÃO<br />

EXISTIR DA SUA PARTE UM GRANDE EQUILÍBRIO EMOCIONAL PARA A GESTÃO DESTE PODER, QUE<br />

PODE SER FATAL PARA UNS E GALVANIZADOR PARA OUTROS”.<br />

NO QUE RESPEITA A VINHOS, ANTÓNIO VENTURA DIZ QUE “HOJE EM DIA A CRÍTICA É CADA VEZ<br />

MAIS ESPECIALIZADA E CAPAZ”, SENDO QUE “QUANDO OPINA, FÁ-LO QUASE SEMPRE DE UMA<br />

FORMA CONSTRUTIVA E COM A PREOCUPAÇÃO DE ELUCIDAR O CONSUMIDOR FINAL SOBRE O EN-<br />

QUADRAMENTO DO PRODUTO. MESMO ASSIM, AS INJUSTIÇAS ACONTECEM.<br />

O ESPECIALISTA CONFIRMA QUE “O IMPACTO DE UMA MÁ CRÍTICA LEVA MUITO TEMPO A APAGAR<br />

E POR VEZES É MESMO IMPOSSÍVEL REABILITAR UM PRODUTO OU MARCA QUE INICIALMENTE<br />

FOI MAL AVALIADO E TEVE UMA CRÍTICA QUE INJUSTAMENTE O DESFAVORECEU”. O ENÓLOGO RE-<br />

VELA AINDA QUE “O QUE ACONTECE NA MAIOR PARTE DAS SITUAÇÕES É QUE OS DANOS SÃO IR-<br />

REPARÁVEIS E DIFICILMENTE RECUPERÁVEIS. EXCEPCIONALMENTE, ALGUNS SOBREVIVEM”.<br />

DR<br />

o feriado tiveram ainda mais trabalho que o habitual.<br />

Sobre isto veio <strong>de</strong>pois a administração do<br />

grupo dizer que esses funcionários foram pagos a<br />

quintuplicar pelo trabalho realizado nesse dia.<br />

Numa tentativa <strong>de</strong> afastar as acusações <strong>de</strong> exploração<br />

<strong>de</strong> mão-<strong>de</strong>-obra e a má imagem.<br />

Na gestão das crises o papel <strong>de</strong> um consultor<br />

<strong>de</strong> comunicação é fundamental. De acordo com<br />

Maria Miguel Ferreira um bom consultor saberá<br />

treinar os porta-vozes das organizações para evitarem<br />

essas crises, sempre que possível, mas<br />

também aconselhar na preparação <strong>de</strong> planos <strong>de</strong><br />

contingência e preparar estratégias para gerir a<br />

crise quando ela ocorre, seja através <strong>de</strong> mecanismos<br />

<strong>de</strong> difusão ou esvaziamento da crise, como<br />

sublinhar outro facto comunicável relacionado<br />

com o tema; <strong>de</strong> clarificação e pedido <strong>de</strong> <strong>de</strong>sculpa,<br />

se for o caso; ou <strong>de</strong> actuação sobre aquilo que<br />

gerou a crise, como retirar um produto do mercado”.<br />

Qualquer bom comunicador sabe que um antiquado<br />

"não comento" é frequentemente a forma<br />

mais rápida <strong>de</strong> quebrar a confiança com o público<br />

e <strong>de</strong> encorajar um jornalista a investigar mais e<br />

procurar outras fontes.<br />

Ainda sobre o alcance <strong>de</strong> uma boa e <strong>de</strong> uma<br />

má notícia, João Paulo Leonardo dá um exemplo:<br />

“Quando trabalhei com empresas cotadas do PSI<br />

20, uma “boa” informação, como o anúncio da melhoria<br />

dos resultados, reflectia-se na Bolsa <strong>de</strong> Valores<br />

logo no próprio dia, com a subida da cotação<br />

das acções. Ao contrário, uma “má” notícia, como<br />

a <strong>de</strong>slocalização para o exterior da unida<strong>de</strong> produtiva,<br />

tinha efeitos negativos nas respectivas<br />

acções.”<br />

Quanto ao impacto nas micro, pequenas e médias<br />

empresas, o jornalista da Invest diz que “uma<br />

boa ou uma má notícia reflecte-se naturalmente<br />

no seu quotidiano, na sua activida<strong>de</strong> comercial,<br />

po<strong>de</strong>ndo ajudar a ven<strong>de</strong>r mais ou, pelo contrário,<br />

a per<strong>de</strong>r quota <strong>de</strong> mercado”. ■<br />

Paula Lagoa<br />

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66 I 67<br />

empresas<br />

250 maiores COMUNICAÇÃO EMPRESARIAL<br />

do<br />

distrito <strong>de</strong> <strong>Leiria</strong> Análise<br />

Ascendi, concessionaria<br />

das rodovias<br />

do Pinhal Interior<br />

entrou directamente<br />

para o 2.º lugar da<br />

listagem das maiores<br />

empresas<br />

ALGUM CRESCIMENTO<br />

MAS MUITO BAIXA<br />

RENDIBILIDADE<br />

maior empresa do distrito <strong>de</strong> <strong>Leiria</strong> continua a ser<br />

a Lena – Engenharia e Construções SA com um volume<br />

<strong>de</strong> negócios (VN) <strong>de</strong> 214 milhões <strong>de</strong> euros<br />

(mais 29% do que em 2010) crescimento esse assente<br />

nos mercados externos (faturação para o exterior<br />

em 2011 <strong>de</strong> 88 milhões quando em 2010 tinha<br />

sido <strong>de</strong> 50 milhões).<br />

Entre as 10 maiores, as 2 primeiras são empresas<br />

do sector da construção, 5 da indústria e 3 do comércio.<br />

A primeira empresa <strong>de</strong> serviços é o Centro<br />

Hospitalar <strong>de</strong> <strong>Leiria</strong>-Pombal EPE (11º no ranking)<br />

aA<br />

com um VN <strong>de</strong> 58 milhões. De notar, contudo, que<br />

esse montante se refere ao período <strong>de</strong> Abril (data da<br />

RICARDO GRAÇA/ARQUIVO<br />

DISTRIBUIÇÃO POR SECTORES DE ACTIVIDADE<br />

DIVISÃO DESCRIÇÃO DE DIVISÃO Nº EMPRESAS N.º EMPREGADOS V. NEGÓCIOS 2011<br />

A Agricultura, produção animal, caça, floresta e pesca. 8 570 132.687.959<br />

B Indústrias extractivas. 3 189 46.841.928<br />

C Indústrias transformadoras. 87 10.913 1.744.203.394<br />

D Electricida<strong>de</strong>, gás, vapor, água quente e fria e ar frio. 1 0 16.647.000<br />

E Captação, tratamento e distribuição <strong>de</strong> água saneamento, gestão <strong>de</strong> resíduos e <strong>de</strong>spoluição. 4 258 58.796.032<br />

F Construção. 20 2.959 703.274.032<br />

G Comércio por grosso e a retalho reparação <strong>de</strong> veículos automóveis e motociclos. 106 5.022 1.757.098.616<br />

H Transportes e armazenagem. 9 1.140 114.136.452<br />

I Alojamento, restauração e similares. 1 149 8.046.689<br />

L Activida<strong>de</strong>s imobiliárias. 1 86 9.433.793<br />

M Activida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> consultoria, científicas, técnicas e similares. 1 28 16.346.089<br />

N Activida<strong>de</strong>s administrativas e dos serviços <strong>de</strong> apoio. 3 1.481 74.648.268<br />

Q Activida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> saú<strong>de</strong> humana e apoio social. 6 2.404 109.778.024<br />

TOTAIS 250 25.199 4.791.938.276


sua constituição) a Dezembro <strong>de</strong> 2011. Se adicionarmos<br />

os 20 milhões <strong>de</strong> VN <strong>de</strong> Janeiro a Março do<br />

Hospital <strong>de</strong> Santo André (<strong>Leiria</strong>) e do Hospital <strong>de</strong><br />

Pombal, entida<strong>de</strong>s integradas no Centro Hospitalar<br />

<strong>de</strong> <strong>Leiria</strong>-Pombal EPE em 1 <strong>de</strong> abril, o VN do ano<br />

seria <strong>de</strong> 78 milhões, o que faria subir essa EPE no<br />

ranking geral para 8º lugar.<br />

Em 2011 o crescimento do volume <strong>de</strong> negócios<br />

das 250 foi <strong>de</strong> 10% mas os lucros líquidos caíram<br />

59%; das 250 maiores temos 159 com aumento do<br />

volume <strong>de</strong> negócios e 87 com redução (há 4 empresas<br />

das quais não se conhece o VN do ano anterior);<br />

Entre as 250 há 8 que têm capital próprio negativo<br />

e 48 que tiveram prejuízo em 2011 (em 2010<br />

havia somente 25).<br />

Há 149 empresas que ven<strong>de</strong>m para mercados<br />

externos e <strong>de</strong>stas somente 46 obtêm mais <strong>de</strong> meta<strong>de</strong><br />

do seu VN em vendas para o exterior. Das exportações,<br />

73% são para o mercado comunitário e<br />

27% para mercados extra-comunitários.<br />

A rendibilida<strong>de</strong> média dos capitais investidos foi<br />

<strong>de</strong> 3,3%, valor que se apresenta como muito baixo<br />

face às remunerações passíveis <strong>de</strong> se obterem no<br />

mercado em aplicações sem risco (para as 250<br />

maiores <strong>de</strong> 2010 esse indicador era <strong>de</strong> 7%). Em 2011<br />

há 79 empresas com rendibilida<strong>de</strong> superior a 10%,<br />

53 com valores entre 5% e 10%, 70 com valores<br />

entre 0% e 5% e 48 apresentam rendibilida<strong>de</strong>s negativas.<br />

No ranking das 250 maiores temos a seguinte<br />

distribuição por sectores <strong>de</strong> activida<strong>de</strong>:<br />

Comparando os 3 setores com mais empresas<br />

constata-se que:<br />

- O crescimento do volume <strong>de</strong> negócios foi <strong>de</strong><br />

11% na indústria transformadora, 3% no comércio e<br />

26% na construção; para as 250 foi <strong>de</strong> 10%;<br />

- A construção emprega, em média, 148 trabalhadores<br />

por empresa, a indústria transformadora<br />

125 e o comércio 47;<br />

- O volume <strong>de</strong> negócios médio por empresa foi <strong>de</strong><br />

20 milhões na indústria transformadora, 35 milhões<br />

na construção e 17 milhões no comércio;<br />

- O retorno dos capitais investidos pelos sócios<br />

(ROE) é <strong>de</strong> 4,7% na indústria transformadora, 3,5%<br />

no comércio e negativa (-6%) na construção.<br />

- A produtivida<strong>de</strong> (VAB por trabalhador) foi <strong>de</strong><br />

36730 euros na indústria transformadora, 25103<br />

euros no comércio e 28 601 euros na construção;<br />

para as 250 foi <strong>de</strong> 31119 euros;<br />

- A autonomia financeira foi <strong>de</strong> 41% na indústria<br />

transformadora, 35% no comércio e 6% na construção;<br />

para as 250 foi <strong>de</strong> 28%;<br />

- A percentagem <strong>de</strong> faturação para o mercado externo<br />

foi <strong>de</strong> 40% na indústria transformadora, 10%<br />

no comércio e 14% na construção; para as 250 foi<br />

<strong>de</strong> 22%;<br />

Os dados evi<strong>de</strong>nciam que as empresas do sector<br />

da indústria estão mais direccionadas para os mercados<br />

externos, são mais produtivas, têm uma estrutura<br />

financeira mais sólida e melhores taxas <strong>de</strong><br />

rendibilida<strong>de</strong>. Apesar do crescimento significativo<br />

do seu volume <strong>de</strong> negócios as empresas <strong>de</strong> construção<br />

apresentam gran<strong>de</strong> <strong>de</strong>bilida<strong>de</strong> financeira e<br />

taxas <strong>de</strong> rendibilida<strong>de</strong> negativas. ■<br />

José Carreira<br />

PERFIL<br />

JOSÉ CARREIRA, SÓCIO FUNDADOR E ADMINISTRADOR<br />

DA SOCIEDADE DE REVISORES DE CONTAS LCA-LEAL,<br />

CARREIRA & ASSOCIADOS SROC, COORDENOU A EQUIPA<br />

RESPONSÁVEL PELA ANÁLISE DAS 250 MAIORES EM-<br />

PRESAS DO DISTRITO, CABENDO-LHE TAMBÉM A CONS-<br />

TRUÇÃO DO INDICADOR DE PERFORMANCE QUE DEU<br />

ORIGEM AO RANKING DAS 50 MELHORES EMPRESAS. LI-<br />

CENCIADO EM CONTABILIDADE E ADMINISTRAÇÃO PELO<br />

INSTITUTO SUPERIOR DE CONTABILIDADE E ADMINIS-<br />

TRAÇÃO DE COIMBRA, E EM ECONOMIA, PELA FACUL-<br />

DADE DE ECONOMIA DA UNIVERSIDADE DE COIMBRA,<br />

INICIOU A SUA ACTIVIDADE PROFISSIONAL COMO TÉC-<br />

NICO SUPERIOR NA ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA, NA ÁREA<br />

DA SAÚDE, EM 1977. A PARTIR DA DÉCADA DE 1980, PAS-<br />

SOU A COLABORAR COM DIVERSAS EMPRESAS EN-<br />

QUANTO CONSULTOR EM REGIME LIBERAL. É TAMBÉM DOCENTE NO INSTITUTO POLITÉCNICO<br />

DE LEIRIA, LECCIONANDO A DISCIPLINA DE CONTABILIDADE E AUDITORIA. JOSÉ CARREIRA TEM<br />

NA ESCRITA TAMBÉM UMA GRANDE PAIXÃO. A EMPRESA QUE FUNDOU EM 1990, COM SEDE EM<br />

LEIRIA E ESCRITÓRIO EM COIMBRA, CONTA COM QUATRO SÓCIOS REVISORES OFICIAIS DE CON-<br />

TAS (ROC), DISPONDO NO SEU QUADRO DE COLABORADORES DE MAIS DOIS ROC E12 LICEN-<br />

CIADOS NA ÁREA DA GESTÃO E CONTABILIDADE. ALÉM DO MERCADO NACIONAL, A SOCIEDADE<br />

TRABALHA TAMBÉM COM VÁRIAS EMPRESAS ESTRANGEIRAS, DEDICANDO-SE ESSENCIAL-<br />

MENTE À AUDITORIA E CONSULTADORIA.<br />

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LURDES TRINDADE


68 I 69<br />

empresas<br />

a<br />

250 maiores COMUNICAÇÃO EMPRESARIAL<br />

do<br />

distrito <strong>de</strong> <strong>Leiria</strong> Análise<br />

AS 50 MAIORES<br />

EXPORTADORAS<br />

Ao nível global das 250<br />

maiores é <strong>de</strong> salientar<br />

também o aumento das<br />

vendas para o exterior<br />

<strong>de</strong> 20% do volume <strong>de</strong><br />

negócios em 2010<br />

para 22% em 2011<br />

As 50 maiores exportadoras ven<strong>de</strong>ram para o exterior<br />

880 milhões <strong>de</strong> euros o que representa 84% das<br />

exportações totais (1.044 milhões <strong>de</strong> euros) das 250<br />

maiores do distrito.<br />

A Santos Barosa (fabricação <strong>de</strong> vidro <strong>de</strong> embalagem)<br />

surge em primeiro lugar exportando 101 milhões<br />

<strong>de</strong> euros (78% da sua produção), quase tudo para o<br />

mercado comunitário. Em contrapartida, a Lena Engenharia<br />

e Construções (2º lugar na lista) canaliza as<br />

suas exportações para mercados extra-comunitários<br />

(86 milhões dum total <strong>de</strong> 88 milhões <strong>de</strong> euros). A European<br />

Seafood (conservas <strong>de</strong> peixe <strong>de</strong> Peniche)<br />

ocupa o terceiro lugar do ranking exportando para o<br />

mercado comunitário 99% da sua produção. De entre<br />

as 10 maiores, a Cabopol (fabricação <strong>de</strong> compostos<br />

plásticos) é a segunda maior exportadora para mercados<br />

extra-comunitários. Das suas exportações totais<br />

– 34 milhões, 57% da sua faturação – ven<strong>de</strong> para<br />

mercados extra-comunitários 26 milhões <strong>de</strong> euros.<br />

É <strong>de</strong> salientar a importância do mercado comunitário<br />

ao absorver 73% das exportações <strong>de</strong>ssas 50<br />

maiores.<br />

Ao nível global das 250 maiores é <strong>de</strong> salientar também<br />

o aumento das vendas para o exterior <strong>de</strong> 20% do<br />

volume <strong>de</strong> negócios em 2010 para 22% em 2011.<br />

AS 10 MAIORES EM ALGUNS INDICADORES:<br />

Dos quadros <strong>de</strong> análise do ranking das 10 maiores<br />

empresas <strong>de</strong> acordo com alguns indicadores mais<br />

importantes constata-se que:<br />

Crescimento do VN: Os crescimentos da Ascendi,<br />

que praticamente iniciou a activida<strong>de</strong> em 2011 (VN<br />

em 2010 <strong>de</strong> 375 mil euros), e a Indupla, que em 2010<br />

só facturou 966 mil euros, são anormais. Entre as outras,<br />

temos a Leirimetal (VN <strong>de</strong> 22 milhões) a Ultrapolymers<br />

(VN <strong>de</strong> 30 milhões) e a Bel Network<br />

Solutions (VN <strong>de</strong> 22 milhões) que são empresas <strong>de</strong> dimensão<br />

assinalável e que tiveram taxas <strong>de</strong> crescimento<br />

muito elevadas.<br />

10 MAIORES VARIAÇÃO VOL. NEGÓGIOS<br />

Nº NOME VAR. VN (%)<br />

209 ASCENDI OPERADORA , S.A. 2.001,2<br />

119 INDUPLA PLÁSTICOS, LDA 1.145,3<br />

241 CONSTRUÇÕES GONÇALVES & CARRILHO, LDA 336,5<br />

143 LUSOPÊRA, LDA 328,9<br />

126 SAGREC - CONSTRUÇÕES, S.A. 236,3<br />

52 LEIRIMETAL - EQUIPAMENTOS METALÚRGICOS, S.A. 168,0<br />

127 GEMADOURO - PRODUTORES DE OVOS, S.A. 140,6<br />

181 CPF - CENTRO DE PRODUÇÃO E COM HORTOF., LDA 137,0<br />

40 ULTRAPOLYMERS PORTUGAL, S.A. 124,3<br />

54 BEL NETWORK SOLUTIONS - TECN. DE INFORMAÇÃO, LDA 120,6<br />

Maiores empregadoras: As 10 empresas empregam<br />

7.389 trabalhadores o que representa 29% do<br />

emprego total das 250. Surgem em primeiro lugar<br />

duas empresas <strong>de</strong> serviços, seguindo-se uma <strong>de</strong><br />

construção e seis industriais.<br />

10 MAIORES EMPREGADORAS<br />

Nº NOME EMPREGADOS<br />

11 CENTRO HOSP. LEIRIA-POMBAL, E.P.E. (CHLP, E.P.E.) 1573<br />

174 NOVA SERVIÇOS, LDA 1192<br />

1 LENA - ENGENHARIA E CONSTRUÇÕES, S.A. 856<br />

23 KEY PLASTICS PORTUGAL, S.A. 716<br />

10 EUROPEAN SEAFOOD INVESTMENTS PORTUGAL, S.A. 680<br />

3 SANTOS BAROSA - VIDROS, S.A. 557<br />

17 ROCA, S.A. 521<br />

25 IBER-OLEFF - COMPONENTES TÉCNICOS EM PLÁSTICO, S.A. 466<br />

128 SPAL - SOCIEDADE DE PORCELANAS DE ALCOBAÇA, S.A. 429<br />

82 CENTRO HOSPITALAR DE SÃO FRANCISCO, S.A. 399<br />

Maior valor acrescentado bruto: Com predomínio<br />

das empresas industriais a lista das 10 maiores<br />

quanto ao valor acrescentado representa 28% do VAB<br />

total.<br />

10 MAIORES VAB<br />

Nº NOME VAB (€)<br />

3 SANTOS BAROSA - VIDROS, S.A. 44.224.822<br />

11 C. HOSP. LEIRIA-POMBAL, E.P.E. (CHLP, E.P.E.) a) 31.190.730<br />

6 C.M.P. - CIMENTOS MACEIRA E PATAIAS, S.A. 22.779.651<br />

14 GALLOVIDRO, S.A. 21.778.839<br />

17 ROCA, S.A. 19.811.511<br />

23 KEY PLASTICS PORTUGAL, S.A. 16.834.446<br />

1 LENA - ENGENHARIA E CONSTRUÇÕES, S.A. 16.281.205<br />

25 IBER-OLEFF - COMP. TÉCNICOS EM PLÁSTICO, S.A. 16.100.187<br />

71 PECF - PARQUE EÓLICO DE CHÃO FALCÃO, LDA 13.921.959<br />

18 SCHAEFFLER PORTUGAL, S.A. 13.326.186<br />

a) A informação financeira do CHLP é referente a 9 meses (Abril a Dezembro), uma vez que esta EPE só iniciou<br />

a activda<strong>de</strong> em 1 <strong>de</strong> abril <strong>de</strong> 2011<br />

Maior lucro líquido: Apesar do seu lucro líquido<br />

ter caído <strong>de</strong> 9,8 milhões em 2010 para 6,9 milhões<br />

<strong>de</strong> euros em 2011 a CMP – Cimentos <strong>de</strong> Maceira e<br />

Pataias tem o maior lucro entre as 250 maiores. As<br />

10 maiores em resultados representam 87% da<br />

soma do resultado líquido das 250. Se excluirmos<br />

entre as 250 as que têm prejuízos, a percentagem<br />

das 10 maiores neste critério é <strong>de</strong> 39%. ■<br />

José Carreira<br />

10 MAIORES RESULTADO LÍQUIDO<br />

Nº NOME RESULTADO LÍQUIDO 2011 (€)<br />

6 C.M.P. - CIMENTOS MACEIRA E PATAIAS, S.A. 6.947.243<br />

3 SANTOS BAROSA - VIDROS, S.A. 5.720.039<br />

100 REN - ARMAZENAGEM, S.A. 5.414.725<br />

9 CABOPOL - POLYMER COMPOUNDS, S.A. 4.151.832<br />

10 EUROPEAN SEAFOOD INVESTMENTS PORT., S.A. 4.100.311<br />

14 GALLOVIDRO, S.A. 3.513.718<br />

28 OLIVEIRAS, S.A. 3.036.297<br />

136 EURODIAL - C.NEFROLOGIA DIÁLISE DE LEIRIA, S.A. 2.962.996<br />

71 PECF - PARQUE EÓLICO DE CHÃO FALCÃO, LDA 2.273.462<br />

44 EIB - EMPRESA INDUSTRIAL DE BORRACHA, S.A. 2.250.991


70 I 71<br />

empresas<br />

250 maiores COMUNICAÇÃO EMPRESARIAL<br />

do<br />

distrito <strong>de</strong> <strong>Leiria</strong> As 50 Maiores Exportadoras do Distrito <strong>de</strong> <strong>Leiria</strong><br />

RANKING<br />

N.º<br />

ORDEM<br />

2011<br />

NOME<br />

ACTIVIDADE<br />

1 3 SANTOS BAROSA - VIDROS, S.A. Fabricação <strong>de</strong> vidro <strong>de</strong> embalagem.<br />

2 1 LENA - ENGENHARIA E CONSTRUÇÕES, S.A. Construção <strong>de</strong> edifícios (resi<strong>de</strong>nciais e não resi<strong>de</strong>nciais).<br />

3 10 EUROPEAN SEAFOOD INVESTMENTS PORTUGAL, S.A. Conservação <strong>de</strong> prod. da pesca e da aquicultura em azeite e outros óleos vegetais<br />

4 8 METALMARINHA - COMÉRCIO INTERNACIONAL DE RESÍDUOS METÁLICOS, S.A. Comércio por grosso <strong>de</strong> sucatas e <strong>de</strong> <strong>de</strong>sperdícios metálicos.<br />

5 18 SCHAEFFLER PORTUGAL, S.A. Fabricação <strong>de</strong> rolamentos, <strong>de</strong> engrenagens e <strong>de</strong> outros órgãos <strong>de</strong> transmissão.<br />

6 9 CABOPOL - POLYMER COMPOUNDS, S.A. Fabricação <strong>de</strong> matérias plásticas sob formas primárias.<br />

7 34 BÖLLINGHAUS PORTUGAL - AÇOS ESPECIAIS, S.A. Si<strong>de</strong>rurgia e fabricação <strong>de</strong> ferro-ligas.<br />

8 17 ROCA, S.A. Fabricação <strong>de</strong> artigos cerâmicos para usos sanitários.<br />

9 23 KEY PLASTICS PORTUGAL, S.A. Fabricação <strong>de</strong> outros artigos <strong>de</strong> plástico, n.e.<br />

10 52 LEIRIMETAL - EQUIPAMENTOS METALÚRGICOS, S.A. Fabricação <strong>de</strong> máquinas para as indústrias <strong>de</strong> materiais <strong>de</strong> construção, cerâmica<br />

11 55 BOURBON AUTOMOTIVE PLASTICS MARINHA GRANDE, S.A. Fabricação <strong>de</strong> outros artigos <strong>de</strong> plástico, n.e.<br />

12 44 EIB - EMPRESA INDUSTRIAL DE BORRACHA, S.A. Fabricação <strong>de</strong> outros produtos <strong>de</strong> borracha, n.e.<br />

13 70 DIAMANTINO MALHO & CA., LDA Fabricação <strong>de</strong> resinosos e seus <strong>de</strong>rivados.<br />

14 25 IBER-OLEFF - COMPONENTES TÉCNICOS EM PLÁSTICO, S.A. Fabricação <strong>de</strong> outros artigos <strong>de</strong> plástico, n.e.<br />

15 73 MD MOLDES, MANUEL DOMINGUES, LDA Activida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> engenharia e técnicas afins.<br />

16 88 GRAMPERFIL, S.A. Perfilagem a frio.<br />

17 42 IBEROALPLA PORTUGAL - EMBALAGENS PLÁSTICAS, UNIPESSOAL, LDA Fabricação <strong>de</strong> embalagens <strong>de</strong> plástico.<br />

18 7 SOTRAPEX - TRANSP. RODOVIÁRIOS, EXP. IMPORTAÇÃO DE CEREAIS, LDA Com. por grosso <strong>de</strong> cereais, sementes, leguminosas, oleaginosas e out. matérias-<br />

19 87 PROMOL - INDÚSTRIA DE VELAS, S.A. Outras indústrias transformadoras diversas, n.e.<br />

20 117 TECMOLDE - CENTRO TÉCNICO DE MOLDES PARA PLÁSTICOS, LDA Fabricação <strong>de</strong> mol<strong>de</strong>s metálicos.<br />

21 116 MATCERÂMICA - FABRICO DE LOUÇA, S.A. Fabricação <strong>de</strong> artigos <strong>de</strong> uso doméstico <strong>de</strong> faiança, porcelana e grés fino.<br />

22 16 SOCIEDADE AGRÍCOLA DA QUINTA DA FREIRIA, S.A. Avicultura.<br />

23 35 DDO - DERIVADOS DE OVOS, LDA Comércio por grosso <strong>de</strong> leite, seus <strong>de</strong>rivados e ovos.<br />

24 135 ENERPELLETS - PRODUÇÃO, COMERCIALIZAÇÃO DE PELLETS DE MADEIRA, S.A. Serração <strong>de</strong> ma<strong>de</strong>ira.<br />

25 150 TJ MOLDES, S.A. Fabricação <strong>de</strong> mol<strong>de</strong>s metálicos.<br />

26 46 TRANSPORTES CENTRAL POMBALENSE, LDA Transportes rodoviários <strong>de</strong> mercadorias.<br />

27 148 E.I.P. - EQUIPAMENTOS INDUSTRIAIS POÇO, S.A. Fabricação <strong>de</strong> outras máquinas diversas <strong>de</strong> uso geral, n.e.<br />

28 113 ESTALEIROS NAVAIS DE PENICHE, S.A. Construção <strong>de</strong> embarcações metálicas e estruturas flutuantes, excepto <strong>de</strong> recreio<br />

29 68 TRANSPORTES MACHADO & BRITES, LDA Transportes rodoviários <strong>de</strong> mercadorias.<br />

30 122 PLIMAT - PLÁSTICOS INDUSTRIAIS MATOS, S.A. Fabricação <strong>de</strong> chapas, folhas, tubos e perfis <strong>de</strong> plástico.<br />

31 175 SIMPLASTIC - SOCIEDADE INDUSTRIAL DE MATERIAS PLASTICAS, LDA Fabricação <strong>de</strong> outros artigos <strong>de</strong> plástico, n.e.<br />

32 143 LUSOPÊRA - SOC. DE EXP. E COM. DE PRODUTOS HORTOFRUTÍCOLAS, LDA Comércio por grosso <strong>de</strong> fruta e <strong>de</strong> produtos hortícolas, excepto batata.<br />

33 163 SOCÉM - E.D. - FABRICAÇÃO, ENGENHARIA E DESENV. DE MOLDES, LDA Fabricação <strong>de</strong> mol<strong>de</strong>s metálicos.<br />

34 5 MIBEPA - IMPORTAÇÃO, COMÉRCIO E EXPORTAÇÃO, LDA Comércio por grosso <strong>de</strong> outros bens intermédios, n.e.<br />

35 188 JOMARPI - SOCIEDADE DE FABRICO E REPRESENTAÇÕES DE CALÇADO, LDA Fabricação <strong>de</strong> calçado.<br />

36 97 INTERMOLDE - MOLDES VIDREIROS INTERNACIONAIS, LDA Fabricação <strong>de</strong> mol<strong>de</strong>s metálicos.<br />

37 12 MOVICORTES - SERVIÇOS E GESTÃO, S.A. Outras activida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> serviços <strong>de</strong> apoio prestados às empresas, n.e.<br />

38 218 PERIFIVAL, LDA Comércio <strong>de</strong> outros veículos automóveis.<br />

39 129 GRANFER.COM - IMPORT. E EXP. DE PRODUTOS ALIMENTARES, LDA Comércio por grosso <strong>de</strong> fruta e <strong>de</strong> produtos hortícolas, excepto batata.<br />

40 21 SUINICOMÉRCIO - COMÉRCIO DE SUÍNOS, LDA Comércio por grosso <strong>de</strong> animais vivos.<br />

41 32 BLOCOTELHA - CONSTRUÇÕES METÁLICAS E AUTOPORTANTES, S.A. Fabricação <strong>de</strong> estruturas <strong>de</strong> construções metálicas.<br />

42 166 SETSA - SOCIEDADE DE ENGENHARIA E TRANSFORMAÇÃO, S.A. Fabricação <strong>de</strong> mol<strong>de</strong>s metálicos.<br />

43 204 MOLIPOREX - MOLDES PORTUGUESES, IMPORTAÇÃO E EXPORTAÇÃO, S.A. Fabricação <strong>de</strong> mol<strong>de</strong>s metálicos.<br />

44 214 GECO - GABINETE TECNICO E CONTROLO DE MOLDES EM FABRICAÇÃO, LDA Fabricação <strong>de</strong> mol<strong>de</strong>s metálicos.<br />

45 155 SIRPLASTE - SOCIEDADE INDUSTRIAL DE RECUPERADOS DE PLÁSTICO, S.A. Valorização <strong>de</strong> resíduos não metálicos.<br />

46 60 ASIBEL - CONSTRUÇÕES, S.A. Construção <strong>de</strong> outras obras <strong>de</strong> engenharia civil, n.e.<br />

47 231 TECFIL - TÉCNICA FABRICO DE FIOS, LDA Fabricação <strong>de</strong> cordoaria.<br />

48 123 NEORELVA - PLÁSTICOS, S.A. Fabricação <strong>de</strong> outros artigos <strong>de</strong> plástico, n.e.<br />

49 109 NIGEL - CONGELADORA JOSÉ NICOLAU, LDA Congelação <strong>de</strong> produtos da pesca e da aquicultura.<br />

50 236 CARFI - FÁBRICA DE PLÁSTICOS E MOLDES, S.A. Fabricação <strong>de</strong> outros artigos <strong>de</strong> plástico, n.e.


CONCELHO<br />

VOLULME DE<br />

NEGÓCIOS 2011<br />

(€)<br />

EXPORTAÇÕES<br />

COMUNITÁRIAS<br />

(€)<br />

EXPORTAÇÕES<br />

EXTRA-COMUNITÁRIAS<br />

(€)<br />

EXPORTAÇÕES<br />

TOTAL<br />

(€)<br />

EXPORTAÇÕES<br />

NO VN<br />

(%)<br />

MARINHA GRANDE 130.007.355 98.414.096 2.826.079 101.240.175 77,9<br />

LEIRIA 214.081.686 2.070.028 85.700.539 87.770.567 41,0<br />

is e outros molhos. PENICHE 58.924.119 57.843.433 777.091 58.620.524 99,5<br />

MARINHA GRANDE 71.891.077 50.547.287 89.611 50.636.898 70,4<br />

CALDAS DA RAINHA 44.562.018 43.375.384 949.662 44.325.047 99,5<br />

PORTO DE MÓS 59.895.704 7.717.648 26.404.305 34.121.953 57,0<br />

MARINHA GRANDE 31.870.250 17.967.008 13.091.381 31.058.389 97,5<br />

LEIRIA 44.606.058 23.981.858 1.426.817 25.408.676 57,0<br />

LEIRIA 41.505.345 24.462.605 830.860 25.293.465 60,9<br />

ca e vidro. LEIRIA 22.281.978 93.088 21.447.105 21.540.193 96,7<br />

MARINHA GRANDE 21.997.973 20.768.728 60.971 20.829.699 94,7<br />

MARINHA GRANDE 27.570.138 17.810.743 534.134 18.344.877 66,5<br />

POMBAL 16.779.112 15.797.019 686.380 16.483.398 98,2<br />

POMBAL 38.223.395 13.251.064 3.105.778 16.356.842 42,8<br />

LEIRIA 16.346.089 15.484.995 392.480 15.877.475 97,1<br />

POMBAL 14.643.267 14.098.196 419.126 14.517.322 99,1<br />

MARINHA GRANDE 28.353.531 13.475.718 506.638 13.982.357 49,3<br />

-primas agrícolas. CALDAS DA RAINHA 86.721.251 13.455.822 494.496 13.950.317 16,1<br />

CALDAS DA RAINHA 14.664.844 13.450.348 441 13.450.789 91,7<br />

MARINHA GRANDE 12.107.112 6.146.907 5.794.850 11.941.757 98,6<br />

BATALHA 12.112.563 8.803.141 3.113.685 11.916.826 98,4<br />

BOMBARRAL 46.772.665 11.336.135 0 11.336.135 24,2<br />

POMBAL 31.649.327 10.899.281 108.498 11.007.779 34,8<br />

PEDRÓGÃO GRANDE 11.043.649 10.775.369 0 10.775.369 97,6<br />

MARINHA GRANDE 10.113.553 9.685.670 0 9.685.670 95,8<br />

POMBAL 25.582.911 9.014.669 110.629 9.125.297 35,7<br />

MARINHA GRANDE 10.187.881 19.596 8.948.580 8.968.176 88,0<br />

eio e <strong>de</strong>sporto. PENICHE 12.335.929 16.331 8.750.495 8.766.826 71,1<br />

LEIRIA 17.034.563 2.496.237 6.226.409 8.722.646 51,2<br />

MARINHA GRANDE 11.757.276 6.974.976 1.667.557 8.642.534 73,5<br />

BATALHA 8.829.645 8.330.863 105.651 8.436.514 95,5<br />

BOMBARRAL 10.583.536 20.894 8.305.155 8.326.049 78,7<br />

ALCOBAÇA 9.267.257 7.569.883 590.751 8.160.634 88,1<br />

LEIRIA 92.006.642 7.887.154 263.178 8.150.333 8,9<br />

ALCOBAÇA 8.535.176 8.060.945 0 8.060.945 94,4<br />

MARINHA GRANDE 13.877.664 6.399.816 1.626.135 8.025.951 57,8<br />

LEIRIA 57.454.484 2.699.083 5.178.457 7.877.540 13,7<br />

CALDAS DA RAINHA 7.676.268 0 7.547.215 7.547.215 98,3<br />

ÓBIDOS 11.331.180 2.165.362 5.315.829 7.481.191 66,0<br />

LEIRIA 41.720.762 7.452.379 0 7.452.379 17,9<br />

PORTO DE MÓS 33.201.232 2.802.029 4.419.597 7.221.626 21,8<br />

MARINHA GRANDE 9.162.796 4.853.703 2.229.625 7.083.328 77,3<br />

MARINHA GRANDE 8.008.758 6.271.283 743.336 7.014.619 87,6<br />

LEIRIA 7.786.262 5.466.895 1.477.319 6.944.214 89,2<br />

PORTO DE MÓS 9.618.184 6.900.744 0 6.900.744 71,7<br />

BATALHA 20.821.287 0 6.531.668 6.531.668 31,4<br />

MARINHA GRANDE 7.206.638 6.480.936 1.301 6.482.237 89,9<br />

MARINHA GRANDE 11.706.285 6.010.202 15.008 6.025.210 51,5<br />

PENICHE 12.712.138 4.790.643 1.219.858 6.010.501 47,3<br />

MARINHA GRANDE 7.099.493 5.818.740 117.093 5.935.833 83,6


a<br />

AS 50 MELHORES<br />

72 I 73<br />

250 maiores<br />

empresas do<br />

distrito <strong>de</strong> <strong>Leiria</strong><br />

Ser maior não significa<br />

ter tido melhor<br />

<strong>de</strong>sempenho. De facto,<br />

<strong>de</strong> entre as 50 melhores<br />

só constam 8 das 50<br />

maiores e 27 das 50<br />

melhores situam-se<br />

na segunda meta<strong>de</strong> –<br />

abaixo da 125ª posição<br />

– da tabela das 250<br />

maiores<br />

COMUNICAÇÃO EMPRESARIAL<br />

Análise<br />

A lista das 50 melhores empresas do distrito foi<br />

construída com base num indicador <strong>de</strong> performance<br />

<strong>de</strong> acordo com uma metodologia que se<br />

apresenta em quadro próprio. Inclui indicadores relativos<br />

ao crescimento, à rendibilida<strong>de</strong>, ao equilíbrio<br />

financeiro e também a orientação para os<br />

mercados externos. De acordo com esse indicador<br />

o ser melhor significa ter tido <strong>de</strong>sempenhos elevados<br />

no ano 2011, ou seja, é uma qualificação que<br />

vale somente para o ano em análise.<br />

Em primeiro lugar da lista surge a Diamantino<br />

Malho & Cª Lda, empresa <strong>de</strong> Pombal que se <strong>de</strong>dica<br />

à fabricação <strong>de</strong> produtos resinosos e que ocupa a<br />

posição 70 na lista das 250 maiores. Para além <strong>de</strong><br />

ven<strong>de</strong>r quase toda a sua produção para o exterior,<br />

teve taxas <strong>de</strong> crescimento do volume <strong>de</strong> negócios<br />

e do valor acrescentado elevadas, sendo também<br />

muito altas as suas taxas <strong>de</strong> rendibilida<strong>de</strong> no ano.<br />

Ser maior não significa ter tido melhor <strong>de</strong>sempenho.<br />

De facto, <strong>de</strong> entre as 50 melhores só<br />

constam 8 das 50 maiores e 27 das 50 melhores<br />

situam-se na segunda meta<strong>de</strong> –<br />

abaixo da 125ª posição – da tabela das 250<br />

maiores.<br />

Salienta-se o facto <strong>de</strong> entre as 10 melhores<br />

constar uma empresa exportadora<br />

<strong>de</strong> produtos hortofrutícolas – A Lusopêra<br />

do Bombarral – e uma transformadora <strong>de</strong><br />

peixe – a European Seafood <strong>de</strong> Peniche.<br />

Terminamos esta análise salientando<br />

que os dados financeiros das 250 maiores<br />

empresas do distrito permitem concluir<br />

que apesar do esforço <strong>de</strong> crescimento ter<br />

sido notável em tempos <strong>de</strong> recessão -<br />

10% em média, em parte conseguido<br />

através do aumento das vendas para exportação<br />

– os lucros caíram fortemente –<br />

59% menos que em 2010 – o que <strong>de</strong>monstra<br />

que algum crescimento só foi<br />

conseguido com perdas <strong>de</strong> rendibilida<strong>de</strong><br />

e taxas <strong>de</strong> rendibilida<strong>de</strong> médias <strong>de</strong> 3,3%<br />

para os sócios são pouco incentivadoras<br />

para o empreen<strong>de</strong>dorismo. ■ José Carreira<br />

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INDICADORES UTILIZADOS<br />

VOLUME DE NEGÓCIOS (VN)<br />

Soma das vendas e prestações <strong>de</strong> serviços<br />

VALOR ACRESCENTADO BRUTO (VAB)<br />

Soma do volume <strong>de</strong> negócios, variação nos inventários da produção<br />

e outros rendimentos (trabalhos para a própria empresa, rendimentos<br />

suplementares e subsídios à exploração) <strong>de</strong>duzidos dos consumos<br />

intermédios <strong>de</strong> bens e serviços. Representa a riqueza global<br />

criada pela empresa.<br />

RENDIBILIDADE DO CAPITAL PROPRIO (Return on equity – ROE)<br />

Resultado líquido a dividir pelo capital próprio, em percentagem. Interessa<br />

principalmente aos sócios e me<strong>de</strong> o retorno do capital que<br />

têm investido na empresa.<br />

PRODUTIVIDADE<br />

Representa o VAB por empregado.<br />

AUTONOMIA FINANCEIRA<br />

Capital próprio a dividir pelo ativo líquido. Dá-nos a medida em percentagem<br />

do investimento total da empresa que é financiado com<br />

capitais provindos dos sócios ou gerados e retidos na empresa.<br />

RENDIBILIDADE DO INVESTIMENTO TOTAL<br />

(Return on investment – ROI)<br />

Resultado operacional a dividir pelo ativo líquido, em percentagem.<br />

Representa o retorno <strong>de</strong> todo o investimento da empresa in<strong>de</strong>pen<strong>de</strong>ntemente<br />

<strong>de</strong> ser financiado por capital próprio ou alheio.<br />

METODOLOGIA PARA CÁLCULO DO INDICADOR DE<br />

PERFORMANCE – 50 MELHORES<br />

O indicador geral <strong>de</strong> performance <strong>de</strong>pen<strong>de</strong> dos seguintes indicadores:<br />

- Crescimento do Volume <strong>de</strong> Negócios (face a 2009)<br />

- Crescimento do VAB (face a 2009)<br />

- Produtivida<strong>de</strong><br />

- Percentagem <strong>de</strong> Exportações<br />

- Rendibilida<strong>de</strong> do Investimento Total<br />

- Rendibilida<strong>de</strong> do Capital Próprio<br />

- Autonomia Financeira<br />

É um indicador compósito que avalia o <strong>de</strong>sempenho em função das<br />

taxas <strong>de</strong> crescimento – VN e VAB – da rendibilida<strong>de</strong> – ROE e ROI – da produtivida<strong>de</strong><br />

e do equilíbrio financeiro. Embora o <strong>de</strong>stino das vendas não seja<br />

geralmente fator importante a consi<strong>de</strong>rar na avaliação da performance da<br />

empresa, foi tido em conta também esse indicador pela importância que<br />

tem atualmente para a economia nacional o direcionamento das vendas<br />

para o exterior.<br />

O cálculo do indicador <strong>de</strong> performance foi feito da seguinte forma:<br />

- Foi atribuído o índice 100 à melhor empresa em cada um dos indicadores:<br />

produtivida<strong>de</strong>, % <strong>de</strong> exportações, rendibilida<strong>de</strong> do investimento<br />

total, rendibilida<strong>de</strong> do capital próprio e autonomia financeira. O índice das<br />

restantes foi calculado dividindo o valor do seu indicador pelo valor do indicador<br />

da melhor e multiplicando por 100.<br />

- No que se refere às taxas <strong>de</strong> crescimento – do volume <strong>de</strong> negócios e<br />

do valor acrescentado bruto – o indicador atribuído correspon<strong>de</strong> à taxa <strong>de</strong><br />

crescimento <strong>de</strong>ssas variáveis com o limite máximo <strong>de</strong> 100. Às empresas<br />

que tenham taxas <strong>de</strong> crescimento negativas foi atribuído o índice zero.<br />

- Foram excluídas as empresas que têm valor negativo em algum dos indicadores<br />

<strong>de</strong> <strong>de</strong>sempenho.<br />

- O indicador geral <strong>de</strong> performance foi calculado dividindo a soma dos<br />

índices por sete (n.º <strong>de</strong> critérios).


74 I 75<br />

empresas<br />

250 maiores LISTAGEM<br />

do<br />

distrito <strong>de</strong> <strong>Leiria</strong> As 50 Melhores Empresas do Distrito <strong>de</strong> <strong>Leiria</strong><br />

RANKING<br />

N.ORDEM<br />

2011<br />

NOME<br />

VARIAÇÃO<br />

DO VN (%)<br />

RENDIBILIDADE<br />

DO CAPITAL<br />

PRÓPRIO (%)<br />

PRODUTIVIDADE<br />

AUTONOMIA<br />

FINANCEIRA (%)<br />

1 70 DIAMANTINO MALHO & CA., LDA 42,7 66,3 165.163 28,0<br />

2 119 INDUPLA PLÁSTICOS, LDA 1.145,3 16,2 133.432 21,9<br />

3 44 EIB - EMPRESA INDUSTRIAL DE BORRACHA, S.A. 95,4 21,6 47.696 52,4<br />

4 52 LEIRIMETAL - EQUIPAMENTOS METALÚRGICOS, S.A. 168,0 103,9 107.810 1,2<br />

5 143 LUSOPÊRA - SOC.DE EXP. E COMERC. DE PROD. HORTOFRUTÍCOLAS, LDA 328,9 13,1 17.113 2,1<br />

6 10 EUROPEAN SEAFOOD INVESTMENTS PORTUGAL, S.A. 50,5 21,3 15.762 40,2<br />

7 73 MD MOLDES, MANUEL DOMINGUES, LDA 44,3 22,4 93.977 36,0<br />

8 204 MOLIPOREX - MOLDES PORTUGUESES, IMPORTAÇÃO E EXP., S.A. 51,1 17,3 47.749 28,1<br />

9 218 PERIFIVAL, LDA 80,9 4,0 53.500 21,1<br />

10 126 SAGREC - CONSTRUÇÕES, S.A. 236,3 5,8 38.846 15,1<br />

11 103 SODIGUIA - SUPERMERCADOS, LDA 30,4 56,5 23.631 33,6<br />

12 212 LABORATÓRIO MÉDICO DR.DAVID SANTOS PINTO, S.A. -7,2 45,7 47.503 73,7<br />

13 166 SETSA - SOCIEDADE DE ENGENHARIA E TRANSFORMAÇÃO, S.A. 26,1 17,0 47.334 16,7<br />

14 40 ULTRAPOLYMERS PORTUGAL, S.A. 124,3 13,2 83.294 74,6<br />

15 97 INTERMOLDE - MOLDES VIDREIROS INTERNACIONAIS, LDA 24,0 17,6 46.341 47,8<br />

16 247 CALEIRAETERNA - FAB. COM. DE COMP. E MÁQ. PARA CALEIRAS, S.A. 10,8 26,9 110.212 75,4<br />

17 157 SUPERVIEIRA - SUPERMERCADOS, LDA 28,6 73,1 23.973 27,7<br />

18 16 SOCIEDADE AGRÍCOLA DA QUINTA DA FREIRIA, S.A. 4,9 2,6 13.113 67,4<br />

19 236 CARFI - FÁBRICA DE PLÁSTICOS E MOLDES, S.A. 5,2 20,2 30.758 61,3<br />

20 250 TABAMOS - SOCIEDADE GROSSISTAS DE TABACOS, LDA 3,0 24,7 59.415 60,8<br />

21 231 TECFIL - TÉCNICA FABRICO DE FIOS, LDA 34,8 0,5 26.787 16,3<br />

22 34 BÖLLINGHAUS PORTUGAL - AÇOS ESPECIAIS, S.A. 26,2 7,7 39.933 29,3<br />

23 4 RACENTRO - FÁBRICA DE RAÇÕES DO CENTRO, S.A. 31,6 30,5 79.257 24,9<br />

24 25 IBER-OLEFF - COMPONENTES TÉCNICOS EM PLÁSTICO, S.A. 31,4 5,2 34.550 56,7<br />

25 88 GRAMPERFIL, S.A. -4,9 15,8 86.200 21,2<br />

26 191 MIGALHA QUENTE, LDA 42,8 107,8 18.481 7,3<br />

27 84 DISTRIGRANDE - SUPERMERCADOS, LDA 7,7 63,6 20.910 31,4<br />

28 152 TERMOCOMPO - INDÚSTRIA TERMOPLÁSTICA, LDA 40,6 22,8 87.727 41,2<br />

29 182 AGD POLÍMEROS, LDA 3,1 19,5 328.312 16,4<br />

30 162 SOCÉM - E.D. - FAB., ENG. E DESENVOLVIMENTO DE MOLDES, LDA 34,0 9,7 43.670 21,7<br />

31 9 CABOPOL - POLYMER COMPOUNDS, S.A. 17,0 18,5 109.912 47,8<br />

32 49 TABAQUEIRA BEL, LDA 116,0 9,1 49.711 12,7<br />

33 136 EURODIAL - CENTRO DE NEFROLOGIA E DIÁLISE DE LEIRIA, S.A. 3,1 24,7 106.832 84,2<br />

34 188 JOMARPI - SOC.DE FABRICO E REPRESENTAÇÕES DE CALÇADO, LDA 30,8 1,3 17.093 27,8<br />

35 206 DIP - DISTRIBUIDORA IBÉRICA DE POLÍMEROS, LDA 31,9 29,4 214.052 10,6<br />

36 151 LUSIFROTA - TRANSPORTES, S.A. 13,4 60,0 31.617 36,8<br />

37 57 LUBRIFUEL - COMBUSTÍVEIS E LUBRIFICANTES, LDA 69,2 32,9 46.765 16,0<br />

38 18 SCHAEFFLER PORTUGAL, S.A. 19,1 0,3 34.704 51,5<br />

39 100 REN - ARMAZENAGEM, S.A. 0,8 6,5 1.328.452 58,1<br />

40 150 TJ MOLDES, S.A. 2,8 17,1 46.934 40,9<br />

41 241 CONSTRUÇÕES GONÇALVES & CARRILHO, LDA 336,5 0,3 312.994 28,2<br />

42 55 BOURBON AUTOMOTIVE PLASTICS MARINHA GRANDE, S.A. 1,1 5,6 26.939 57,8<br />

43 127 GEMADOURO - PRODUTORES DE OVOS, S.A. 140,6 17,7 53.896 27,2<br />

44 165 H.B.C.II - PEÇAS AUTO, LDA 26,7 33,6 27.032 35,5<br />

45 167 DISTRIMARTINHO - SUPERMERCADOS, LDA 97,2 14,8 17.806 6,4<br />

46 200 DSP - DISTRIBUIÇÃO SPORTSWEAR PROMOCIONAL, S.A. 40,1 6,4 31.261 38,5<br />

47 122 PLIMAT - PLÁSTICOS INDUSTRIAIS MATOS, S.A. 12,1 13,2 46.613 37,9<br />

48 102 COMPOGAL - INDÚSTRIA DE POLÍMEROS, S.A. 19,5 13,5 67.784 90,7<br />

49 175 SIMPLASTIC - SOCIEDADE INDUSTRIAL DE MATERIAS PLASTICAS, LDA 3,4 5,7 16.896 48,2<br />

50 181 CPF - CENTRO DE PROD. E COMERC. HORTOFRUTÍCOLA, LDA 137,0 0,6 20.955 58,5


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RENDIBILIDADE DO<br />

INVEST. TOTAL (%)<br />

EXPORTAÇÕES<br />

(% VN)<br />

VARIAÇÃO DO VAB<br />

(%)<br />

INDICADOR DE<br />

PERFORMANCE<br />

25,4 98,2 170,5 57,07<br />

29,0 46,1 312,4 50,94<br />

16,2 66,5 72,3 49,78<br />

1,5 96,7 -303,0 43,73<br />

0,6 78,7 482,1 42,29<br />

11,8 99,5 41,1 40,05<br />

11,2 97,1 25,5 36,78<br />

4,9 87,6 52,3 35,93<br />

2,7 98,3 29,5 35,02<br />

3,6 2,7 160,9 33,52<br />

25,9 0,0 57,1 33,24<br />

46,8 0,0 -10,8 32,04<br />

5,3 77,3 69,6 31,68<br />

10,6 0,0 -14,5 31,49<br />

12,4 57,8 39,9 31,30<br />

27,7 24,2 4,9 30,35<br />

29,4 0,0 21,9 30,33<br />

2,6 24,2 109,4 29,95<br />

12,9 83,6 4,1 29,58<br />

21,1 0,0 64,4 29,19<br />

3,5 89,9 46,3 28,41<br />

4,7 97,5 23,2 28,39<br />

11,4 0,0 82,0 28,38<br />

6,3 42,8 42,8 28,33<br />

7,7 99,1 38,0 28,24<br />

11,8 0,0 18,0 27,87<br />

28,1 0,0 32,8 27,77<br />

12,4 15,1 40,4 27,74<br />

8,6 10,2 793,4 27,42<br />

4,8 88,1 21,6 27,09<br />

12,1 57,0 12,2 26,94<br />

2,5 0,0 57,3 26,92<br />

29,8 0,0 -0,4 26,75<br />

4,6 94,4 18,6 26,61<br />

17,5 25,0 36,2 26,46<br />

31,1 0,0 8,1 26,43<br />

8,6 0,0 45,4 26,29<br />

0,4 99,5 6,3 26,26<br />

5,7 0,0 1,3 25,99<br />

8,1 95,8 -4,6 25,62<br />

2,4 0,0 20,3 25,61<br />

4,2 94,7 4,5 25,50<br />

5,6 5,9 11,2 25,49<br />

13,9 15,2 34,6 25,31<br />

6,0 0,0 44,7 25,25<br />

5,8 47,3 25,8 25,00<br />

8,0 73,5 15,5 24,93<br />

15,6 0,2 5,4 24,64<br />

3,9 95,5 3,6 24,15<br />

1,3 0,0 -32,5 23,87


250 maiores LISTAGEM<br />

empresas do<br />

76 I 77 distrito <strong>de</strong> <strong>Leiria</strong> As melhores empresas<br />

DIAMANTINO MALHOn<br />

1º<br />

Ocupando o 70.º lugar<br />

na seriação por volume<br />

<strong>de</strong> negócios,<br />

a Diamantino Malho &<br />

Ciª. foi, segundo os<br />

critérios da equipa que<br />

analisou os diversos<br />

indicadores, a melhor<br />

empresa do distrito<br />

em 2011<br />

ATINGE EXCELÊNCIA<br />

COM “TRABALHO<br />

E DEDICAÇÃO”<br />

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DR<br />

No topo da lista das 50 empresas com o melhor <strong>de</strong>sempenho<br />

no distrito <strong>de</strong> <strong>Leiria</strong>, aparece, este ano, a<br />

Diamantino Malho & Ciª. Lda, <strong>de</strong> Albergaria dos Doze,<br />

Pombal, que alcançou os melhores resultados nos indicadores<br />

relativos ao crescimento, rendibilida<strong>de</strong>, equilíbrio<br />

financeiro e vocação para os mercados externos.<br />

Em 2011, a empresa, cujo lema é "trabalho e <strong>de</strong>dicação",<br />

registou uma taxa <strong>de</strong> crescimento <strong>de</strong> 42,7%,<br />

actuando maioritariamente nos mercados europeus,<br />

do Norte <strong>de</strong> África e do Médio Oriente.<br />

Dedicada ao fabrico <strong>de</strong> resinas, seus compostos e<br />

subprodutos que po<strong>de</strong>m ser aplicados nas áreas da<br />

cosmética, borrachas, a<strong>de</strong>sivos, marcação viária e<br />

produtos alimentares, a empresa foi criada nos anos<br />

30 do século passado por Diamantino Malho, pai do<br />

actual responsável.<br />

Depois <strong>de</strong>, nas primeiras quatro décadas <strong>de</strong> activida<strong>de</strong>,<br />

se ter <strong>de</strong>dicado à <strong>de</strong>stilação <strong>de</strong> gema do pinheiro,<br />

fabrico e comércio <strong>de</strong> colofónia e aguarrás, nos<br />

anos 70, com a criação <strong>de</strong> uma nova unida<strong>de</strong> industrial,<br />

a activida<strong>de</strong> sofreu um incremento na produção,<br />

através da adopção <strong>de</strong> técnicas <strong>de</strong> funcionamento<br />

mais mo<strong>de</strong>rnas.<br />

Anos <strong>de</strong>pois, em 1995, <strong>de</strong>monstrando uma cada<br />

vez maior sensibilida<strong>de</strong> ambiental e <strong>de</strong>senvolvimento


sustentável, a Diamantino Malho & Ciª. Lda investiu<br />

no alargamento da capacida<strong>de</strong> <strong>de</strong> produção e alargou<br />

a sua activida<strong>de</strong>. “Há 15 anos, passámos a produzir<br />

resinas <strong>de</strong>rivadas <strong>de</strong> colofónia, a fim <strong>de</strong><br />

acrescentar valor na ca<strong>de</strong>ia do produto”, explica o gerente,<br />

Diamantino Malho.<br />

Através da investigação e <strong>de</strong>senvolvimento próprio,<br />

a empresa ainda criou novas gamas <strong>de</strong> produto, em<br />

alguns casos, para a satisfação <strong>de</strong> necessida<strong>de</strong>s específicas<br />

dos seus clientes, tendo os esforços na área<br />

do ambiente garantido-lhe, em Janeiro <strong>de</strong> 2009, a certificação<br />

ambiental.<br />

A unida<strong>de</strong> laboratorial é, também, uma das maiores<br />

mais-valias da empresa, pois permite não apenas um<br />

controlo apertado da qualida<strong>de</strong>, mas também um<br />

processo contínuo <strong>de</strong> melhoramento nos processos e<br />

produtos. “A questão ambiental tem sido sempre um<br />

aspecto sensível da nossa activida<strong>de</strong>.<br />

Apesar <strong>de</strong> dispormos <strong>de</strong> Licença Ambiental, continuamos<br />

a ressentir-nos do excesso <strong>de</strong> burocracia e<br />

fundamentalismo que afecta a indústria química nacional”,<br />

refere o responsável.<br />

As empresas do sector, adianta, têm sofrido com a<br />

escassez <strong>de</strong> matéria-prima nacional - a resina do pinheiro<br />

-, o que obriga a importá-la da China e do Brasil<br />

e, por isso, a empresa investiu na extracção <strong>de</strong> resina<br />

noutras regiões, tendo criado uma empresa florestal<br />

na Turquia, em 2012.<br />

“Esta activida<strong>de</strong> industrial constitui um <strong>de</strong>safio aliciante.<br />

A estrutura da empresa confere-lhe uma flexibilida<strong>de</strong><br />

que permite ir ao encontro das necessida<strong>de</strong>s<br />

concretas dos clientes e a dinâmica tem-nos permitido<br />

competir num mercado dominado por multinacionais,<br />

atingindo as exportações 99% do nosso volume<br />

<strong>de</strong> vendas”. ■<br />

Jacinto Silva Duro<br />

BILHETE DE IDENTIDADE (DADOS 2011)<br />

NOME: DIAMANTINO MALHO & CIª LDA.<br />

LOCALIZAÇÃO: POMBAL<br />

DATA DE FUNDAÇÃO: ACTIVIDADE EM NOME INDIVIDUAL INI-<br />

CIADA EM 1930, SENDO CONSTITUÍDA EM 1984 EM SOCIE-<br />

DADE POR QUOTAS<br />

NÚMERO DE FUNCIONÁRIOS: 21<br />

VOLUME DE NEGÓCIO: 16,7 MILHÕES DE EUROS<br />

PERCENTAGEM DE EXPORTAÇÃO: 98,2%<br />

PRINCIPAIS MERCADOS: EUROPA OCIDENTAL E DE LESTE,<br />

NORTE DE ÁFRICA E MÉDIO ORIENTE<br />

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78 I 79<br />

empresas<br />

3º<br />

Pelo segundo ano<br />

consecutivo, a EIB integra<br />

o lote das 5 melhores<br />

empresas, tendo passado<br />

<strong>de</strong> 4.º para 3.º. A<br />

empresa da Marinha<br />

Gran<strong>de</strong> apresenta<br />

uma melhoria na<br />

generalida<strong>de</strong> dos rácios<br />

analisados<br />

250 maiores COMUNICAÇÃO EMPRESARIAL<br />

do<br />

distrito <strong>de</strong> <strong>Leiria</strong> As melhores empresas<br />

EIB PREPARA<br />

INVESTIMENTO<br />

DE 2 MILHÕES<br />

A EIB – Empresa Industrial <strong>de</strong> Borracha relança<br />

em 2013 um investimento que estava programado<br />

para 2012 e que “teve que ser adiado”, explica<br />

Tiago Coutinho, director comercial.<br />

Uma nova linha <strong>de</strong> mistura, que permitirá à<br />

empresa dar um passo importante na sua mo<strong>de</strong>rnização<br />

e aumentar a sua capacida<strong>de</strong> <strong>de</strong><br />

produção em cerca <strong>de</strong> 30%, continua nos horizontes<br />

da direcção. “A correr como esperado”,<br />

avança já no próximo ano.<br />

Trata-se <strong>de</strong> um investimento <strong>de</strong> cerca <strong>de</strong> 2<br />

milhões <strong>de</strong> euros que, “por questões <strong>de</strong> negociação<br />

e da conjuntura actual”, foi adiado. Ainda<br />

assim, a empresa da Marinha Gran<strong>de</strong>, cujo historial<br />

é marcado por apostas seguras e <strong>de</strong>terminantes<br />

do seu sucesso, cumpriu com o objectivo<br />

<strong>de</strong> duplicar o seu volume <strong>de</strong> negócio em 2011.<br />

Há um ano atrás, nesta mesma revista, Tiago<br />

Coutinho apontava os 27 milhões como objectivo,<br />

hoje os números mostram que não só cumpriu<br />

mas também superou o valor estimado,<br />

27.570 milhões.<br />

O director admite que a EIB “vai tentar apro-<br />

RICADO GRAÇA<br />

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veitar” o <strong>de</strong>sbloqueio <strong>de</strong> incentivos do Quadro <strong>de</strong><br />

Referência Estratégico (QREN) para a realização<br />

dos seus objectivos.<br />

A empresa <strong>de</strong> cariz exportador produz e comercializa<br />

compostos para a indústria <strong>de</strong> borracha,<br />

tem certificação <strong>de</strong> qualida<strong>de</strong>, ambiental e<br />

do produto, além <strong>de</strong> registo EMAS, uma normativa<br />

voluntária da União Europeia que reconhece<br />

as organizações adoptantes <strong>de</strong> sistema <strong>de</strong> gestão<br />

ambiental e <strong>de</strong> compromisso <strong>de</strong> melhoria<br />

contínua.<br />

Em 2009 a EIB encontrava-se entre as <strong>de</strong>z<br />

empresas do distrito com maior <strong>de</strong>scida <strong>de</strong> vendas<br />

e ocupava o 229º lugar do ranking das 250<br />

maiores. Em 2010 subia para a 81ª posição e figurava<br />

em 4º lugar do ranking das 50 melhores.<br />

Este ano, os números referentes a 2011 mostram<br />

uma ascensão assinalável. É a 3ª das melhores<br />

50 e ocupa o 44º lugar da tabela geral das<br />

250 maiores.<br />

Apesar da vitalida<strong>de</strong> e crescimento que os<br />

números <strong>de</strong>monstram, este ano a EIB passou<br />

por um momento marcante. O falecimento <strong>de</strong><br />

Luís Coutinho, fundador da empresa e suporte<br />

<strong>de</strong> toda a equipa, viria a marcar uma mudança.<br />

“Quando era preciso <strong>de</strong>cidir algo ele era o elemento<br />

<strong>de</strong> apoio. Sem ele todos tivemos que tornar-nos<br />

mais autónomos, sobretudo no que<br />

respeita à tomada <strong>de</strong> <strong>de</strong>cisões”, diz Tiago Coutinho,<br />

filho. ■<br />

Paula Lagoa<br />

BILHETE DE IDENTIDADE (DADOS 2011)<br />

NOME: EIB – EMPRESA INDUSTRIAL DE BORRACHA<br />

LOCALIZAÇÃO: MARINHA GRANDE<br />

DATA DE FUNDAÇÃO: 1989<br />

Nº DE FUNCIONÁRIOS: 145<br />

VOLUME DE NEGÓCIO: 27,5 MILHÕES<br />

PERCENTAGEM DE EXPORTAÇÃO: 66,5%<br />

PRINCIPAIS MERCADOS: ALEMANHA, INGLATERRA, FRANÇA,<br />

FINLÂNDIA<br />

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80 I 81<br />

250 maiores COMUNICAÇÃO EMPRESARIAL<br />

empresas do<br />

distrito <strong>de</strong> <strong>Leiria</strong> As melhores empresas<br />

4º<br />

Com um crescimento<br />

assinalável ao nível<br />

do volume <strong>de</strong> negócios<br />

e exportando<br />

praticamente toda a<br />

sua produção, esta<br />

empresa dos Pousos,<br />

<strong>Leiria</strong>, foi consi<strong>de</strong>rada<br />

a 4.ª melhor do distrito<br />

em 2011<br />

eLEIRIMETAL<br />

À CONQUISTA<br />

DO MUNDO<br />

Exporta mais <strong>de</strong> 95% do que produz e já marca<br />

presença em vários países, mas sonha ir mais<br />

longe. “Estamos a procurar o mundo”, diz José António<br />

Neves, fundador e presi<strong>de</strong>nte do Conselho <strong>de</strong><br />

Administração da Leirimetal, empresa que produz<br />

equipamentos para a indústria cerâmica, apostando<br />

na oferta <strong>de</strong> soluções chave na mão. “A Leirimetal<br />

quer crescer, ou pelo menos manter-se” e<br />

para isso precisa <strong>de</strong> novos clientes, que neste momento<br />

existem sobretudo nos países em <strong>de</strong>senvolvimento,<br />

que possuem recursos para sustentar<br />

o seu crescimento, diz o empresário.<br />

Actualmente a empresa está a trabalhar num<br />

projecto para a China. O empresário explica que a<br />

encomenda foi feita por investidores chineses que<br />

adquiriram uma cerâmica portuguesa. Com os<br />

equipamentos <strong>de</strong>sta unida<strong>de</strong>, que já tinham sido<br />

fabricados pela Leirimental, preten<strong>de</strong>m abrir duas<br />

fabricas na zona <strong>de</strong> Xangai, tendo agora encomendado<br />

novos equipamentos. A empresa <strong>de</strong> <strong>Leiria</strong><br />

está a produzir uma linha automática <strong>de</strong> <strong>de</strong>scarga<br />

e embalagem <strong>de</strong> tijolos, uma encomenda que vale<br />

500 mil euros. O empresário admite que existe<br />

“sempre algum receio” <strong>de</strong> fabricar para a China<br />

porque “sabemos que mais cedo ou mais tar<strong>de</strong> é<br />

tudo copiado”. Mas reconhece que po<strong>de</strong>rá <strong>de</strong>morar<br />

alguns anos até tal acontecer.<br />

A Venezuela é um dos mais importantes mercados<br />

da Leirimetal, cujo volume <strong>de</strong> negócios cresceu<br />

o ano passado 168% em relação ao ano<br />

anterior, muito graças a este país, para o qual está<br />

a fabricar equipamentos para a instalação <strong>de</strong> três<br />

fábricas <strong>de</strong> cerâmica. A primeira, <strong>de</strong> tijolos, já está<br />

concluída. Mais do que os equipamentos, a Leirimetal<br />

ficará responsável pela gestão das unida<strong>de</strong>s<br />

durante os primeiros anos, resultado <strong>de</strong> uma<br />

parceria com o governo venezuelano. “Uma fábrica<br />

po<strong>de</strong> ser muito boa, mas se não for bem gerida,<br />

muito bem acompanhada, não funciona”, diz o empresário,<br />

acrescentando que há uma série <strong>de</strong> aspectos<br />

no funcionamento <strong>de</strong> uma cerâmica a que<br />

é preciso dar atenção nos primeiros tempos <strong>de</strong><br />

funcionamento.<br />

França é outro mercado importante para a Leiri-<br />

RAQUEL DE SOUSA SILVA


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metal, que trabalha com duas multinacionais (Terreal<br />

e Imerys) que, no conjunto, “são <strong>de</strong>tentoras da<br />

maioria das cerâmicas existentes”. Em Agosto, a<br />

empresa <strong>de</strong> <strong>Leiria</strong> instalou equipamentos em<br />

ambos os grupos. Na Argélia fez uma das “maiores<br />

unida<strong>de</strong>s do país”, em Argel, e já tem em vista<br />

novos negócios.<br />

“A mais-valia da Leirimetal é o know how adquirido<br />

ao longo dos anos”, diz o fundador, acrescentando<br />

que a empresa está “plenamente à vonta<strong>de</strong>”<br />

para concorrer com outros fabricantes. A estratégia<br />

tem sido a especialização. “Uma empresa como<br />

a nossa não se po<strong>de</strong> permitir fazer tudo, não se<br />

justifica investir em <strong>de</strong>terminados equipamentos<br />

muito caros”, diz José António Neves, explicando<br />

que a Leirimetal subcontrata várias das componentes<br />

<strong>de</strong> um projecto, processo acompanhado<br />

por técnicos da empresa.<br />

O ano passado investiu dois milhões <strong>de</strong> euros<br />

nas instalações situadas nos Pousos, melhorando<br />

a parte administrativa e ampliando a unida<strong>de</strong> fabril,<br />

para respon<strong>de</strong>r aos <strong>de</strong>safios colocados por alguns<br />

projectos, nomeadamente os da Venezuela.<br />

Criou condições para montar os equipamentos<br />

antes <strong>de</strong> os enviar ao cliente, o que permite <strong>de</strong>tectar<br />

e corrigir todas as falhas. “Isto permite minimizar<br />

custos, porque ter pessoal <strong>de</strong>slocado é muito<br />

oneroso”, explica o empresário. Para já não estão<br />

previstos novos investimentos <strong>de</strong>sta monta. “Para<br />

investir temos <strong>de</strong> ter os pés bem assentes no chão,<br />

porque não há crédito. Mesmo que houvesse, tem<br />

<strong>de</strong> se pagar”.<br />

A Leirimetal (que vai absorver a Teclis) passou entretanto<br />

a Socieda<strong>de</strong> Anónima e aumentou significativamente<br />

o capital, um “passo natural” que vem<br />

no seguimento da sua evolução ao longo dos anos.<br />

Uma evolução que tem sido sustentada no crescimento,<br />

mas sempre com a consciência <strong>de</strong> que, mais<br />

do que ven<strong>de</strong>r, é preciso receber. “Em muitos países<br />

temos <strong>de</strong> trabalhar com a segurança máxima, com<br />

seguros ou cartas <strong>de</strong> crédito confirmadas pelos<br />

nosso bancos, para assegurar que recebemos. Caso<br />

contrário, estamos a cavar a nossa ruína, em vez <strong>de</strong><br />

crescermos”, diz José António Neves. ■<br />

Raquel <strong>de</strong> Sousa Silva<br />

BILHETE DE IDENTIDADE (DADOS 2011)<br />

NOME: LEIRIMETAL<br />

LOCALIZAÇÃO: POUSOS, LEIRIA<br />

DATA DE FUNDAÇÃO: 1981<br />

Nº DE FUNCIONÁRIOS: 54<br />

VOLUME DE NEGÓCIOS: 22,2 MILHÕES<br />

PERCENTAGEM DE EXPORTAÇÃO: 96,7%<br />

PRINCIPAIS MERCADOS: FRANÇA, VENEZUELA E ARGÉLIA


82 I 83<br />

250 maiores PUBLIREPORTAGEM<br />

empresas do<br />

distrito <strong>de</strong> <strong>Leiria</strong><br />

ENGINEERING<br />

& TOOLING<br />

CRIATIVIDADE, COMPETÊNCIA<br />

E INOVAÇÃO AO SERVIÇO<br />

DO MERCADO<br />

A indústria <strong>de</strong> Engineering & Tooling (Mol<strong>de</strong>s, Ferramentas<br />

Especiais e Plásticos), tem sido crescentemente<br />

referenciada como um caso exemplar <strong>de</strong> boas práticas,<br />

competência e <strong>de</strong> afirmação nos mercados internacionais,<br />

fruto da sua capacida<strong>de</strong> <strong>de</strong> oferta ajustada, competente,<br />

criativa e inovadora, a clientes globais.<br />

O “saber <strong>de</strong> experiência feito”, a mo<strong>de</strong>rnização tecnológica,<br />

e uma oferta alargada <strong>de</strong> serviços, <strong>de</strong>s<strong>de</strong> o <strong>de</strong>sign ao<br />

produto final, têm contribuído para o reforço competitivo<br />

<strong>de</strong>sta indústria.<br />

A indústria portuguesa <strong>de</strong> Engineering & Tooling está<br />

na base do <strong>de</strong>senvolvimento da generalida<strong>de</strong> dos produtos<br />

que conhecemos, trabalhando e fi<strong>de</strong>lizando clientes<br />

globais, apoiando na criação, no <strong>de</strong>senvolvimento e na industrialização<br />

<strong>de</strong> produtos multi-sectoriais (exemplo: telemóveis,<br />

LCD’s e plasmas, computadores e iPads,<br />

componentes múltiplos <strong>de</strong> bicicletas, motos, automóveis,<br />

comboios e aviões, etc).<br />

Será, pois, difícil i<strong>de</strong>ntificar um produto que não tenha<br />

a sua génese nesta indústria, razão pela qual este cluster<br />

integra uma indústria com passado, presente e futuro,<br />

on<strong>de</strong>, por exemplo, os micro-produtos e os novos materiais<br />

(“bio”,”eco” e “condutores”) representam já <strong>de</strong>safios <strong>de</strong><br />

gran<strong>de</strong> emergência, apelando a novas e renovadas qualificações<br />

técnicas e tecnológicas.<br />

Por tudo isto, po<strong>de</strong>mos referir que a indústria <strong>de</strong> Engineering<br />

& Tooling, merece o orgulho do nosso país pelo seu<br />

posicionamento infra-estruturante e <strong>de</strong> vanguarda, po<strong>de</strong>ndo,<br />

por isso, ser evi<strong>de</strong>nciada em todas as acções <strong>de</strong><br />

promoção <strong>de</strong> Portugal em especial nas <strong>de</strong> captação <strong>de</strong> investimento<br />

estrangeiro! ■<br />

Rui Tocha, Pólo <strong>de</strong> Competivida<strong>de</strong><br />

Engineering & Tooling<br />

REOPLOY<br />

AJUDA<br />

A CRIAR<br />

E INOVAR<br />

PUBLICIDADE<br />

Criar e inovar são características i<strong>de</strong>ntitárias humanas. Des<strong>de</strong> o início<br />

da nossa aventura temos criação e inovação, mas só há muito poucos<br />

milhares <strong>de</strong> anos, com a se<strong>de</strong>ntarização, alcançámos a<br />

especialização económica permitindo aumentos constantes <strong>de</strong> produtivida<strong>de</strong><br />

e bem estar. Criar, inovar e especializar exigem sempre cooperação<br />

em contextos concorrenciais.<br />

Tem sido assim que a humanida<strong>de</strong> tem vencido as adversida<strong>de</strong>s da<br />

natureza e é também assim que <strong>de</strong>terminados grupos conseguem vencer<br />

no contexto das socieda<strong>de</strong>s humanas.<br />

Criar e inovar só é possível cooperando. E no meio da grave tempesta<strong>de</strong><br />

económica que atravessamos, criar e inovar é uma necessida<strong>de</strong><br />

ainda mais premente num contexto concorrencial muito forte e <strong>de</strong> gran<strong>de</strong>s<br />

incertezas sobre o futuro.<br />

A Reopoly é uma empresa especializada em simulação da injeção <strong>de</strong><br />

plástico, processos imprescindíveis para quem quer criar e inovar em<br />

peças <strong>de</strong> plástico a custos muito baixos, com gran<strong>de</strong> rapi<strong>de</strong>z e fiabilida<strong>de</strong>,<br />

que tem construído frutuosas parcerias <strong>de</strong> cooperação com empresas<br />

<strong>de</strong> mol<strong>de</strong>s e <strong>de</strong> plásticos quer em Portugal quer no estrangeiro. ■<br />

Teresa Neves, sócia -gerente da Reoploy<br />

ZONA INDUSTRIAL DOS POUSOS<br />

2410-211 LEIRIA . PORTUGAL<br />

Tel. + 351 244 800 430 . Fax + 351 244 812 829<br />

E-mail: leirimetal@leirimetal.com<br />

Fabricante <strong>de</strong> Máquinas para as Indústrias<br />

<strong>de</strong> Materiais <strong>de</strong> Construção, Cerâmica e Vidro


84 I 85<br />

250 maiores PUBLIREPORTAGEM<br />

empresas do<br />

distrito <strong>de</strong> <strong>Leiria</strong><br />

ÓPTICA CENTRAL DE LEIRIA<br />

NO MERCADO HÁ MAIS<br />

DE 25 ANOS<br />

Marcos Santos<br />

e Pedro Santos<br />

assumiram, em 2003,<br />

a gestão da Óptica<br />

Central <strong>de</strong> <strong>Leiria</strong>,<br />

matendo os princípios<br />

da empresa<br />

quantos anos está a Óptica Central <strong>de</strong> <strong>Leiria</strong> no<br />

mercado?<br />

Estamos no mercado há mais <strong>de</strong> 25 anos, <strong>de</strong>dicados<br />

ao ramo da óptica, numa perspectiva <strong>de</strong> inovação e<br />

<strong>de</strong> dar continuida<strong>de</strong> às exigências do mercado. Estávamos<br />

no ano <strong>de</strong> 1985, quando Antenor Pires dos<br />

Santos, jovem empreen<strong>de</strong>dor <strong>de</strong> <strong>Leiria</strong>, <strong>de</strong>u forma ao<br />

projecto, abrindo as portas da sua óptica no largo 5 <strong>de</strong><br />

Outubro no nº28. Nasceu, assim, a Óptica Central <strong>de</strong><br />

<strong>Leiria</strong>, com a principal preocupação <strong>de</strong> cuidar da<br />

saú<strong>de</strong> ocular <strong>de</strong> todos os leirienses. Com o constante<br />

hHá<br />

crescimento, surgiu, mais tar<strong>de</strong>, a necessida<strong>de</strong> <strong>de</strong><br />

abrir um novo espaço, já no final dos anos 90, com a<br />

Loja 2, no Centro Comercial Maringá.<br />

Assistimos neste momento, a uma nova geração<br />

na gestão da Óptica Central<br />

Foi apenas um virar <strong>de</strong> página... quando o meu pai<br />

faleceu, em 2003, assumi, com o meu irmão, Pedro<br />

Santos, a continuida<strong>de</strong> do bom nome da empresa, e<br />

não fugimos à regra da casa: comprometemo-nos a<br />

dar a garantia <strong>de</strong> satisfação total aos nossos clientes,<br />

que neste momento ascen<strong>de</strong>m a 20.000 clientes, o<br />

que não será fruto do acaso.<br />

Recentemente foram feitos novos investimentos<br />

em imagem e, também, em novos projectos ...<br />

Sim, um pren<strong>de</strong>-se com a remo<strong>de</strong>lação da Loja 1,<br />

que era limitada a 10 m2 e alargou o seu espaço para<br />

100 m2. Permitiu-nos, <strong>de</strong>sta forma, expor uma mais<br />

vasta gama <strong>de</strong> produtos, <strong>de</strong>s<strong>de</strong> óculos <strong>de</strong> sol, armações,<br />

lentes <strong>de</strong> contacto e muitos outros. A segunda<br />

loja, no Maringá, com um investimento <strong>de</strong> 230 mil<br />

euros, sofreu obras <strong>de</strong> aperfeiçoamento do espaço,<br />

FOTOS: DR<br />

além da criação <strong>de</strong> um <strong>de</strong>sign único e eficaz, <strong>de</strong>monstrando<br />

o assumir da nossa presença no mercado<br />

para “garantia <strong>de</strong> satisfação total dos seus<br />

clientes”.<br />

Mantêm apenas as duas lojas, pelo que os rumores<br />

que dão conta da existência <strong>de</strong> outros estabelecimentos<br />

em <strong>Leiria</strong> não correspon<strong>de</strong>m, afinal, à<br />

verda<strong>de</strong>...<br />

Temos um só nome, somos a Óptica Central <strong>de</strong> <strong>Leiria</strong><br />

e, sim, dispomos apenas <strong>de</strong> duas lojas, no Largo 5<br />

<strong>de</strong> Outubro e outra no Centro Comercial Maringá.<br />

O que vos diferencia da concorrência?<br />

Somos uma óptica acreditada pela Associação<br />

Nacional <strong>de</strong> Ópticos (ANO) com o nº17 (actualmente<br />

são cerca <strong>de</strong> 2.000 associados) e procuramos dar resposta<br />

a todas as necessida<strong>de</strong>s dos nossos clientes.<br />

Temos um consultório com equipamento mo<strong>de</strong>rno e<br />

inovador, com as mais recentes tecnologias, que nos<br />

permite avaliar as funções visuais sem custos para o<br />

cliente.<br />

Os exames visuais são realizados por um Optometrista<br />

especializado, com mais <strong>de</strong> 15 anos <strong>de</strong> experiência<br />

e formação contínua nas diversas áreas <strong>de</strong><br />

optometria, contactologia e terapia visual. Procuramos<br />

que cada cliente seja acompanhado <strong>de</strong> forma rigorosa<br />

pelos nossos técnicos, com o apoio <strong>de</strong><br />

equipamento especializado para uma correcta avaliação<br />

da sua capacida<strong>de</strong> visual. Também nos <strong>de</strong>slocamos<br />

às empresas, com profissionais e/ou técnicos<br />

especializados para avaliar as necessida<strong>de</strong>s visuais<br />

dos colaboradores. Temos <strong>de</strong>senvolvido campanhas<br />

<strong>de</strong> rastreio ocular em várias empresas do distrito, juntas<br />

<strong>de</strong> freguesia, farmácias, escolas, entre outras entida<strong>de</strong>s.<br />

A nossa preocupação é que as pessoas<br />

vejam bem!<br />

Uma das vossas imagens <strong>de</strong> marca pren<strong>de</strong>-se<br />

com a qualida<strong>de</strong> dos vossos produtos. É essencial<br />

para uma boa visão?<br />

É imprescindível. A selecção dos produtos apresentados<br />

nas lojas requer uma análise rigorosa para<br />

satisfazer e garantir a máxima qualida<strong>de</strong> para o<br />

cliente e, por isso, trabalhamos somente com os lí<strong>de</strong>res<br />

mundiais na fabricação <strong>de</strong> lentes, com representantes<br />

das melhores marcas mundiais em todos os<br />

outros produtos. Temos a exclusivida<strong>de</strong> <strong>de</strong> algumas<br />

das melhores marcas como a Mykita e Lafont. Além<br />

<strong>de</strong> um atendimento personalizado, com qualida<strong>de</strong> e<br />

rigor, uma das nossas preocupações pren<strong>de</strong>-se também<br />

com o serviço pós-venda, essencial nesta activida<strong>de</strong><br />

e que nos tem dado a garantia da nossa<br />

qualida<strong>de</strong> e rigor. ■


VIVEMOS O MOMENTO<br />

IDEAL PARA A<br />

FUSÃO DE EMPRESAS<br />

A conjuntura económica actual não é a mais propícia<br />

para fusões e aquisições, dizem todos os especialistas.<br />

Com os bancos a <strong>de</strong>baterem-se pela<br />

saú<strong>de</strong> dos seus balanços não lhes resta espaço para<br />

financiar a aquisição <strong>de</strong> empresas e mesmo as<br />

oportunida<strong>de</strong>s que a crise tem criado através do enfraquecimento<br />

<strong>de</strong> muitas empresas nacionais, oportunida<strong>de</strong>s<br />

essas que têm sido aproveitadas<br />

essencialmente pelas empresas estrangeiras com<br />

interesse no nosso mercado, têm sido afastadas<br />

pela redução da confiança no país, resultado do<br />

clima económico que atravessamos.<br />

Mas, este po<strong>de</strong>rá ser o momento a<strong>de</strong>quado para<br />

as fusões no mercado nacional. Unir esforços no<br />

sentido <strong>de</strong> <strong>de</strong>senvolver áreas <strong>de</strong> mercado complementares,<br />

<strong>de</strong>senvolver novos produtos e beneficiar<br />

ainda da redução <strong>de</strong> custos po<strong>de</strong> ser a resposta<br />

certa para esta crise.<br />

Reforça esta i<strong>de</strong>ia o facto <strong>de</strong> as fusões necessitarem<br />

<strong>de</strong> pouco (ou nenhum) financiamento para<br />

serem executadas. Os acionistas e management <strong>de</strong><br />

ambas as empresas, ce<strong>de</strong>m o seu capital e interesses<br />

em benefício <strong>de</strong> uma nova instituição, reavaliada<br />

e reestruturada. O principal objectivo da fusão entre<br />

duas empresas é precisamente criar mais valor para<br />

os accionistas das empresas envolvidas através do<br />

aumento das receitas e/ou redução dos custos.<br />

A cedência do capital, por parte dos accionistas e<br />

dos interesses, por parte do management, é o factor<br />

crítico da fusão. É aqui que surge o conflito <strong>de</strong> interesses<br />

entre os intervenientes na operação. É pois,<br />

fundamental haver gran<strong>de</strong> sintonia entre os acionistas<br />

através da análise dos benefícios futuros resultantes<br />

da nova organização e uma comunicação<br />

a<strong>de</strong>quada com o management, fazendo-o participar<br />

na operação.<br />

Não po<strong>de</strong>mos esquecer que os factores culturais<br />

<strong>de</strong> cada organização, a selecção do novo management<br />

e a comunicação com os empregados, a par<br />

com a avaliação das sinergias e um plano <strong>de</strong> integração<br />

a<strong>de</strong>quado, são os fatores críticos <strong>de</strong> sucesso<br />

das fusões e aquisições.<br />

A análise cuidada da integração dos dois negócios<br />

<strong>de</strong>fine o interesse da operação, <strong>de</strong>vendo, pois,<br />

requerer a maior atenção e, eventualmente, o apoio<br />

<strong>de</strong> consultores externos que consigam olhar para<br />

ambos os negócios <strong>de</strong> forma <strong>de</strong>sapaixonada. Evitar<br />

a canibalização e perda <strong>de</strong> clientes, analisar a cobertura<br />

do mercado pela nova empresa, i<strong>de</strong>ntificar<br />

sinergias através <strong>de</strong> economias <strong>de</strong> escala e reter os<br />

melhores profissionais, são alguns dos factores a<br />

consi<strong>de</strong>rar na análise da operação.<br />

A fusão, quando executada com sucesso, po<strong>de</strong>,<br />

pois, ser consi<strong>de</strong>rada uma alternativa bastante<br />

eficaz para superar a crise. Os momentos difíceis<br />

que vivemos são frequentemente consi<strong>de</strong>rados<br />

adversos mas é nestas alturas que <strong>de</strong>vemos usar<br />

a criativida<strong>de</strong> e converter dificulda<strong>de</strong>s em oportunida<strong>de</strong>s.<br />

■<br />

Pedro Santos<br />

Partner da Área Económica Consultores e da<br />

Value Consulting<br />

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86 I 87<br />

empresas<br />

250 maiores LISTAGEM<br />

do<br />

distrito <strong>de</strong> <strong>Leiria</strong> 250 Maiores Empresas do Distrito <strong>de</strong> <strong>Leiria</strong><br />

Nº<br />

ORD<br />

2011<br />

Nº<br />

ORD<br />

2010<br />

NOME DESCRIÇÃO CAE CONCELHO TRAB. VOLUME<br />

DE NEGÓCIOS<br />

2011 (€)<br />

1 1 Construção <strong>de</strong> edifícios (resi<strong>de</strong>nciais e não resi<strong>de</strong>nciais). LEIRIA 856 214.081.686<br />

2 - ASCENDI PINHAL INTERIOR, EST. PINHAL INTERIOR, S.A. Construção <strong>de</strong> estradas e pistas <strong>de</strong> aeroportos. ANSIÃO 3 184.586.812<br />

3 - SANTOS BAROSA - VIDROS, S.A. Fabricação <strong>de</strong> vidro <strong>de</strong> embalagem. MARINHA GRANDE 557 130.007.355<br />

4 5 RACENTRO - FÁBRICA DE RAÇÕES DO CENTRO, S.A. Fabricação <strong>de</strong> alimentos para animais <strong>de</strong> criação (excepto para aquicultura). LEIRIA 44 100.591.411<br />

5 3 Comércio por grosso <strong>de</strong> outros bens intermédios, n.e. LEIRIA 10 92.006.642<br />

6 2 Fabricação <strong>de</strong> cimento. LEIRIA 291 90.799.270<br />

7 6 SOTRAPEX - TRANSP. ROD., EXP. IMP. CEREAIS, LDA Com. por grosso <strong>de</strong> cereais, sem., leg., oleaginosas e out. mat.-primas agrícolas. CALDAS DA RAINHA 61 86.721.251<br />

8 7 Comércio por grosso <strong>de</strong> sucatas e <strong>de</strong> <strong>de</strong>sperdícios metálicos. MARINHA GRANDE 23 71.891.077<br />

METALMARINHA<br />

9 - CABOPOL - POLYMER COMPOUNDS, S.A. Fabricação <strong>de</strong> matérias plásticas sob formas primárias. PORTO DE MÓS 75 59.895.704<br />

10 22 EUROPEAN SEAFOOD INVEST. PORTUGAL, S.A. Cons. prod. da pesca e da aquic. em azeite e out. óleos vegetais e outros molhos. PENICHE 680 58.924.119<br />

11 -<br />

Nota: O Centro Hospitalar <strong>de</strong> <strong>Leiria</strong>-Pombal foi<br />

formado no dia 1 <strong>de</strong> Abril, pelo que os dados se<br />

Activida<strong>de</strong>s dos estabelecimentos <strong>de</strong> saú<strong>de</strong> com internamento. LEIRIA 1573 58.117.677<br />

referem apenas aos três últimos trimestres do ano.<br />

O VN dos primeiro trimestre do Hospital<br />

<strong>de</strong> Santo André foi <strong>de</strong> 19.957.581€<br />

12 9 Comércio <strong>de</strong> equipamentos LEIRIA 180 57.454.484<br />

13 13 PROMOR - ABAST. DE PROD. AGRO-PECUÁRIOS, S.A. Fabricação <strong>de</strong> alimentos para animais <strong>de</strong> criação (excepto para aquicultura). LEIRIA 117 56.833.667<br />

14 12 GALLOVIDRO, S.A. Fabricação <strong>de</strong> vidro <strong>de</strong> embalagem. MARINHA GRANDE 301 52.092.328<br />

15 10 Comércio <strong>de</strong> veículos automóveis ligeiros. CALDAS DA RAINHA 64 51.614.461<br />

16 16 SOCIEDADE AGRÍCOLA DA QUINTA DA FREIRIA, S.A. Avicultura. BOMBARRAL 300 46.772.665<br />

17 11 ROCA, S.A. Fabricação <strong>de</strong> artigos cerâmicos para usos sanitários. LEIRIA 521 44.606.058<br />

18 24 SCHAEFFLER PORTUGAL, S.A. Fabricação <strong>de</strong> rolamentos, <strong>de</strong> engrenagens e <strong>de</strong> outros órgãos <strong>de</strong> transmissão. CALDAS DA RAINHA 384 44.562.018<br />

19 17 CRISAL - CRISTALARIA AUTOMÁTICA, S.A. Cristalaria. MARINHA GRANDE 374 43.727.758<br />

20 25 GUI - COMBUSTÍVEIS GUILHERMINOS, LDA Comércio por grosso <strong>de</strong> produtos petrolíferos. LEIRIA 10 42.466.188<br />

21 18 SUINICOMÉRCIO - COMÉRCIO DE SUÍNOS, LDA Comércio por grosso <strong>de</strong> animais vivos. LEIRIA 18 41.720.762<br />

22 - SAINT - GOBAIN WEBER PORTUGAL, S.A. Fabricação <strong>de</strong> argamassas. ANSIÃO 204 41.536.653<br />

23 20 KEY PLASTICS PORTUGAL, S.A. Fabricação <strong>de</strong> outros artigos <strong>de</strong> plástico, n.e. LEIRIA 716 41.505.345<br />

24 15 SOCIEDADE DE CONSTRUÇÕES JOSÉ COUTINHO, S.A. Construção <strong>de</strong> edifícios (resi<strong>de</strong>nciais e não resi<strong>de</strong>nciais). CALDAS DA RAINHA 161 40.658.960<br />

25 37 Fabricação <strong>de</strong> outros artigos <strong>de</strong> plástico, n.e. POMBAL 466 38.223.395<br />

26 19 Comércio por grosso <strong>de</strong> bebidas alcoólicas. LEIRIA 286 37.954.406<br />

27 14 Comércio <strong>de</strong> veículos automóveis ligeiros. LEIRIA 89 36.688.195<br />

28 32 OLIVEIRAS, S.A. Construção <strong>de</strong> re<strong>de</strong>s <strong>de</strong> transporte <strong>de</strong> águas, <strong>de</strong> esgotos e <strong>de</strong> outros fluídos. BATALHA 246 36.270.054<br />

29 21 Comércio por grosso <strong>de</strong> minérios e <strong>de</strong> metais. CALDAS DA RAINHA 121 33.936.089<br />

30 23 REDCATS PORTUGAL - VENDAS À DISTÂNCIA, S.A. Comércio a retalho por correspondência ou via Internet. LEIRIA 168 33.871.464<br />

31 38 Captação e tratamento <strong>de</strong> água. ÓBIDOS 137 33.734.658<br />

32 - BLOCOTELHA - CONST. MET.AUTOPORTANTES, S.A. Fabricação <strong>de</strong> estruturas <strong>de</strong> construções metálicas. PORTO DE MÓS 136 33.201.232<br />

33 36 Comércio por grosso <strong>de</strong> produtos petrolíferos. LEIRIA 27 32.658.359<br />

34 - Si<strong>de</strong>rurgia e fabricação <strong>de</strong> ferro-ligas. MARINHA GRANDE 122 31.870.250<br />

35 31 DDO - DERIVADOS DE OVOS, LDA Comércio por grosso <strong>de</strong> leite, seus <strong>de</strong>rivados e ovos. POMBAL 41 31.649.327<br />

36 34 Comércio por grosso <strong>de</strong> tabaco. LEIRIA 31 31.558.871<br />

37 29 Construção <strong>de</strong> estradas e pistas <strong>de</strong> aeroportos. LEIRIA 265 31.229.832<br />

38 30 DEROVO - DERIVADOS DE OVOS, S.A. Fabricação <strong>de</strong> outros produtos alimentares diversos, n.e. POMBAL 55 30.471.095<br />

39 33 Comércio por grosso <strong>de</strong> ma<strong>de</strong>ira em bruto e <strong>de</strong> produtos <strong>de</strong>rivados. ALCOBAÇA 177 30.075.876<br />

BALBINO E FAUSTINO


PATROCÍNIO<br />

www.brevis.pt<br />

VARIAÇÃO<br />

DO VN<br />

(%)<br />

RESULTADO<br />

LIQUIDO 2011<br />

(€)<br />

VAB<br />

(€)<br />

ACTIVO<br />

(€)<br />

CAPITAL<br />

PRÓPRIO<br />

(€)<br />

RENDIBILIDADE DO<br />

CAPITAL PRÓPRIO<br />

(%)<br />

PRODUTIVIDADE<br />

(€)<br />

AUTONOMIA<br />

FINANCEIRA<br />

(%)<br />

RENDIBILIDADE<br />

DO INVEST. TOTAL<br />

(%)<br />

EXPORTAÇÕES<br />

(% VN)<br />

29,4 -3.242.087 16.281.205 507.901.211 71.906.535 -4,5 19.020 14,2 1,5 41,0<br />

103,8 -6.199.772 -3.814.844 343.654.669 -112.796.509 (a) -1.271.615 (a) -1,3 0,0<br />

5,9 5.720.039 44.224.822 149.979.741 60.898.685 9,4 79.398 40,6 7,2 77,9<br />

31,6 1.599.346 3.487.297 21.092.193 5.251.277 30,5 79.257 24,9 11,4 0,0<br />

16,2 1.078.803 4.391.385 29.995.460 6.645.777 16,2 439.139 22,2 8,8 8,9<br />

-5,6 6.947.243 22.779.651 150.739.704 112.068.106 6,2 78.281 74,3 4,9 2,5<br />

35,8 217.876 2.117.775 14.577.950 2.025.608 10,8 34.718 13,9 5,8 16,1<br />

14,7 267.637 1.708.852 10.221.602 2.139.993 12,5 74.298 20,9 7,4 70,4<br />

17,0 4.151.832 8.243.427 46.824.993 22.404.942 18,5 109.912 47,8 12,1 57,0<br />

50,5 4.100.311 10.717.996 47.956.331 19.255.886 21,3 15.762 40,2 11,8 99,5<br />

- 609.858 31.190.730 71.321.177 46.442.144 1,3 19.829 65,1 0,6 0,0<br />

-4,1 1.596.533 9.215.567 66.471.827 30.619.676 5,2 51.198 46,1 4,3 13,7<br />

18,2 -3.054.885 6.959.521 49.207.011 18.441.472 -16,6 59.483 37,5 -3,8 0,0<br />

5,4 3.513.718 21.778.839 69.022.852 31.522.687 11,1 72.355 45,7 8,3 3,9<br />

-7,0 214.641 627.743 11.135.183 4.099.527 5,2 9.808 36,8 2,8 0,0<br />

4,9 757.887 3.934.020 44.022.313 29.651.632 2,6 13.113 67,4 2,6 24,2<br />

-14,9 -5.187.069 19.811.511 135.122.785 64.571.029 -8,0 38.026 47,8 -2,0 57,0<br />

19,1 47.256 13.326.186 32.732.473 16.850.405 0,3 34.704 51,5 0,4 99,5<br />

5,0 546.206 12.815.353 39.238.927 18.720.972 2,9 34.266 47,7 3,3 0,0<br />

15,8 265.296 773.234 10.600.064 1.721.548 15,4 77.323 16,2 4,7 0,0<br />

0,2 177.970 1.493.266 12.667.519 2.885.848 6,2 82.959 22,8 3,4 17,9<br />

-6,1 -118.830 13.034.501 37.879.789 17.610.260 -0,7 63.895 46,5 1,4 13,2<br />

1,7 700.348 16.834.446 27.302.614 8.351.968 8,4 23.512 30,6 4,9 60,9<br />

-11,8 55.756 8.103.806 81.789.712 10.733.459 0,5 50.334 13,1 4,0 0,0<br />

31,4 1.650.451 16.100.187 55.747.682 31.595.936 5,2 34.550 56,7 6,3 42,8<br />

-7,0 85.787 6.746.263 32.359.645 6.024.554 1,4 23.588 18,6 3,0 0,0<br />

-20,9 -406.570 1.881.998 10.760.802 1.205.716 -33,7 21.146 11,2 -1,3 0,0<br />

16,7 3.036.297 11.088.101 34.700.490 15.386.168 19,7 45.074 44,3 11,8 0,0<br />

-13,9 567.917 2.736.381 32.212.628 30.330.727 1,9 22.615 94,2 3,0 0,0<br />

-10,1 -1.996.994 -1.145.547 7.829.998 756.057 -264,1 -6.819 9,7 -23,8 4,2<br />

28,6 395.801 13.199.736 304.036.686 23.556.943 1,7 96.348 7,7 1,1 0,0<br />

41,1 731.127 5.594.755 37.371.174 15.344.285 4,8 41.138 41,1 4,1 21,8<br />

12,1 192.587 906.692 8.460.770 1.967.543 9,8 33.581 23,3 4,0 0,0<br />

26,2 371.566 4.871.832 16.533.683 4.842.631 7,7 39.933 29,3 4,7 97,5<br />

-0,7 91.484 1.608.670 14.330.441 1.059.965 8,6 39.236 7,4 2,7 34,8<br />

4,4 77.752 924.881 3.747.380 1.018.930 7,6 29.835 27,2 4,8 0,0<br />

-8,1 479.338 7.089.133 31.798.336 9.550.471 5,0 26.751 30,0 3,1 0,0<br />

-4,8 635.387 2.041.689 32.976.920 7.160.102 8,9 37.122 21,7 3,2 17,5<br />

-1,3 1.016.683 6.456.918 26.824.490 13.425.978 7,6 36.480 50,1 6,7 7,2


88 I 89<br />

empresas<br />

250 maiores LISTAGEM<br />

do<br />

distrito <strong>de</strong> <strong>Leiria</strong> 250 Maiores Empresas do Distrito <strong>de</strong> <strong>Leiria</strong><br />

Nº<br />

ORD<br />

2011<br />

Nº<br />

ORD<br />

2010<br />

NOME DESCRIÇÃO CAE CONCELHO TRAB. VOLUME<br />

DE NEGÓCIOS<br />

2011 (€)<br />

40 89 ULTRAPOLYMERS PORTUGAL, S.A. Comércio por grosso <strong>de</strong> produtos químicos. MARINHA GRANDE 7 30.064.679<br />

41 35 CONSTRUÇÕES PRAGOSA, S.A. Construção <strong>de</strong> estradas e pistas <strong>de</strong> aeroportos. BATALHA 231 30.018.782<br />

42 44 IBEROALPLA PORTUGAL - EMB. PLÁST., UNIP., LDA Fabricação <strong>de</strong> embalagens <strong>de</strong> plástico. MARINHA GRANDE 52 28.353.531<br />

43 54 COOPERATIVA AGRÍCOLA<br />

Fabricação <strong>de</strong> alimentos para animais <strong>de</strong> criação (excepto para aquicultura). ALCOBAÇA 56 27.789.194<br />

DA BENEDITA<br />

44 81 EIB - EMPRESA INDUSTRIAL DE BORRACHA, S.A. Fabricação <strong>de</strong> outros produtos <strong>de</strong> borracha, n.e. MARINHA GRANDE 145 27.570.138<br />

45 26 COSTA & CARVALHO, S.A. Construção <strong>de</strong> edifícios (resi<strong>de</strong>nciais e não resi<strong>de</strong>nciais). ALCOBAÇA 124 27.568.473<br />

46 40 TRANSPORTES CENTRAL POMBALENSE, LDA Transportes rodoviários <strong>de</strong> mercadorias. POMBAL 207 25.582.911<br />

47 42 DISTRIPOMBAL - SUPERMERCADOS, S.A. Comércio a retalho em supermercados e hipermercados. POMBAL 78 24.769.025<br />

48 58 EUREKA PLAST - COM. DE MATÉRIAS PLÁSTICAS, S.A. Comércio por grosso <strong>de</strong> outros bens intermédios, n.e. LEIRIA 7 24.219.427<br />

49 - TABAQUEIRA BEL, LDA Comércio por grosso <strong>de</strong> tabaco. CALDAS DA RAINHA 3 23.632.006<br />

50 27 PLURAL II - DISTRIBUIDORA FARMACÊUTICA, LDA Comércio por grosso <strong>de</strong> produtos farmacêuticos. CALDAS DA RAINHA 31 22.732.505<br />

51 28 A.BRÁS HELENO, S.A. Comércio <strong>de</strong> veículos automóveis ligeiros. LEIRIA 67 22.288.588<br />

52 179 Fabric. máq. para as indústrias <strong>de</strong> materiais <strong>de</strong> construção, cerâmica e vidro. LEIRIA 54 22.281.978<br />

53 94 F. V. RAÇÕES, LDA Fabricação <strong>de</strong> alimentos para animais <strong>de</strong> criação (excepto para aquicultura). ALCOBAÇA 9 22.110.823<br />

54 - BEL NETWORK SOLUTIONS - TEC. DE INF., LDA Comércio por grosso <strong>de</strong> tabaco. ALCOBAÇA 4 22.100.054<br />

55 47 Fabricação <strong>de</strong> outros artigos <strong>de</strong> plástico, n.e. MARINHA GRANDE 247 21.997.973<br />

56 49 LENA AGREGADOS - COM. AG.. (CAST.BRANCO), S.A. Extracção <strong>de</strong> saibro, areia e pedra britada. LEIRIA 50 21.881.440<br />

57 99 Comércio por grosso <strong>de</strong> produtos petrolíferos. LEIRIA 11 21.758.146<br />

58 41 Com. retalho <strong>de</strong> vestuário para adultos, em estabelecimentos especializados. BATALHA 354 21.516.195<br />

59 45 L.P.M. - COMÉRCIO AUTOMÓVEL, S.A. Comércio <strong>de</strong> veículos automóveis ligeiros. LEIRIA 66 21.500.991<br />

60 80 ASIBEL - CONSTRUÇÕES, S.A. Construção <strong>de</strong> outras obras <strong>de</strong> engenharia civil, n.e. BATALHA 225 20.821.287<br />

61 55 SOCIEDADE AUTO CENTRAL LEIRIENSE, LDA Comércio <strong>de</strong> veículos automóveis ligeiros. LEIRIA 58 19.623.775<br />

62 57 DISTRIGÂNDARA - SUPERMERCADOS, LDA Comércio a retalho em supermercados e hipermercados. LEIRIA 75 19.440.763<br />

63 59 CAÇADOR PECUÁRIA, LDA Suinicultura. LEIRIA 70 18.823.751<br />

64 100 CRIGADO - SOCIEDADE AGRO-PECUÁRIA, S.A. Suinicultura. ALCOBAÇA 53 18.082.352<br />

65 56 Comércio por grosso <strong>de</strong> electrodomésticos, aparelhos <strong>de</strong> rádio e <strong>de</strong> televisão. LEIRIA 83 17.616.789<br />

66 69 PLASTIDOM - PLÁST. IND. E DOMÉSTICOS, S.A. Fabricação <strong>de</strong> outros artigos <strong>de</strong> plástico, n.e. LEIRIA 106 17.432.236<br />

67 53 CS - COELHO DA SILVA, S.A. Fabricação <strong>de</strong> telhas. PORTO DE MÓS 234 17.080.529<br />

68 61 TRANSPORTES MACHADO & BRITES, LDA Transportes rodoviários <strong>de</strong> mercadorias. LEIRIA 298 17.034.563<br />

69 110 Panificação. LEIRIA 212 17.003.210<br />

70 118 Fabricação <strong>de</strong> resinosos e seus <strong>de</strong>rivados. POMBAL 20 16.779.112<br />

71 60 PECF - PARQUE EÓLICO DE CHÃO FALCÃO, LDA Produção <strong>de</strong> electricida<strong>de</strong> <strong>de</strong> origem eólica, geotérmica, solar e <strong>de</strong> origem, n.e. PORTO DE MÓS 0 16.647.000<br />

72 63 Comércio por grosso <strong>de</strong> leite, seus <strong>de</strong>rivados e ovos. LEIRIA 65 16.440.544<br />

73 123 MD MOLDES, MANUEL DOMINGUES, LDA Activida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> engenharia e técnicas afins. LEIRIA 28 16.346.089<br />

74 68 TIEL - TRANSPORTES E LOGÍSTICA, S.A. Transportes rodoviários <strong>de</strong> mercadorias. ALVAIÁZERE 211 16.001.914<br />

75 43 LIZAUTO, SOC. PORT. DE COM. REP. DE AUT., LDA Comércio <strong>de</strong> veículos automóveis ligeiros. LEIRIA 83 16.000.490<br />

76 87 Comércio por grosso <strong>de</strong> peixe, crustáceos e moluscos. NAZARÉ 30 15.935.035<br />

77 77 MEIGAL - ALIMENTAÇÃO, S.A. Comércio por grosso <strong>de</strong> carne e produtos à base <strong>de</strong> carne. LEIRIA 98 15.811.206<br />

78 71 PLANETA - PLÁSTICOS, S.A. Fabricação <strong>de</strong> calçado. LEIRIA 103 15.641.008<br />

79 73 EQUIMETRA - EQUIP., METAL. E TRANSPORTES, S.A. Construção <strong>de</strong> edifícios (resi<strong>de</strong>nciais e não resi<strong>de</strong>nciais). LEIRIA 159 15.491.757<br />

80 39 ANIBAL DE OLIVEIRA CRISTINA, LDA Construção <strong>de</strong> edifícios (resi<strong>de</strong>nciais e não resi<strong>de</strong>nciais). LEIRIA 101 15.472.908<br />

81 72 FÁBRICA LEIRIENSE DE PLÁSTICOS, S.A. Fabricação <strong>de</strong> chapas, folhas, tubos e perfis <strong>de</strong> plástico. LEIRIA 93 15.462.000<br />

82 74 CENTRO HOSPITALAR DE SÃO FRANCISCO, S.A. Activida<strong>de</strong>s dos estabelecimentos <strong>de</strong> saú<strong>de</strong> com internamento. LEIRIA 399 15.169.281<br />

83 64 HIPERCLIMA - CENT. DIST. TÉRM.DE PORTUGAL, S.A. Com. por grosso <strong>de</strong> ferragens, fer. manuais e art. p/ canalizações e aquecimento. LEIRIA 73 15.007.396<br />

84 84 DISTRIGRANDE - SUPERMERCADOS, LDA Comércio a retalho em supermercados e hipermercados. MARINHA GRANDE 67 14.950.802<br />

85 120 TRANSOGAS - SOC. TRANSP. OLEOS E COMB., LDA Comércio por grosso <strong>de</strong> produtos petrolíferos. MARINHA GRANDE 25 14.944.836<br />

86 115 NUTRIAVES - ABATE E TRANSF. DE AVES, LDA Abate <strong>de</strong> aves (produção <strong>de</strong> carne). ÓBIDOS 88 14.846.625<br />

87 103 PROMOL - INDÚSTRIA DE VELAS, S.A. Outras indústrias transformadoras diversas, n.e. CALDAS DA RAINHA 131 14.664.844


VARIAÇÃO<br />

DO VN<br />

(%)<br />

RESULTADO<br />

LIQUIDO 2011<br />

(€)<br />

VAB<br />

(€)<br />

ACTIVO<br />

(€)<br />

CAPITAL<br />

PRÓPRIO<br />

(€)<br />

RENDIBILIDADE DO<br />

CAPITAL PRÓPRIO<br />

(%)<br />

PRODUTIVIDADE<br />

(€)<br />

AUTONOMIA<br />

FINANCEIRA<br />

(%)<br />

RENDIBILIDADE<br />

DO INVEST. TOTAL<br />

(%)<br />

EXPORTAÇÕES<br />

(% VN)<br />

124,3 149.662 583.055 1.521.484 1.134.309 13,2 83.294 74,6 10,6 0,0<br />

2,7 1.726.024 10.168.334 48.763.633 23.409.763 7,4 44.019 48,0 5,4 0,0<br />

22,7 571.830 2.831.117 13.486.697 6.028.572 9,5 54.445 44,7 7,1 49,3<br />

41,0 95.685 1.853.895 9.028.940 3.606.313 2,7 33.105 39,9 1,2 0,0<br />

95,4 2.250.991 6.915.867 19.872.853 10.415.634 21,6 47.696 52,4 16,2 66,5<br />

-22,8 742.095 3.827.030 22.076.426 5.748.775 12,9 30.863 26,0 5,3 0,0<br />

1,3 143.288 5.466.767 21.566.085 8.172.977 1,8 26.410 37,9 1,9 35,7<br />

1,0 957.055 2.511.692 9.911.008 7.646.079 12,5 32.201 77,1 13,4 0,0<br />

31,5 129.779 1.131.020 9.997.058 1.505.057 8,6 161.574 15,1 5,1 10,6<br />

116,0 28.279 149.133 2.436.494 310.455 9,1 49.711 12,7 2,5 0,0<br />

-35,7 -408.320 1.131.515 12.159.735 7.307.108 -5,6 36.500 60,1 -3,2 0,0<br />

-35,8 -166.809 943.206 10.925.701 3.327.025 -5,0 14.078 30,5 -0,2 0,0<br />

168,0 605.961 5.821.713 48.714.058 583.232 103,9 107.810 1,2 1,5 96,7<br />

65,7 147.598 567.994 7.279.083 597.221 24,7 63.110 8,2 4,1 0,0<br />

120,6 27.840 201.161 1.599.166 243.437 11,4 50.290 15,2 5,5 0,0<br />

1,1 527.383 6.654.023 16.191.148 9.352.691 5,6 26.939 57,8 4,2 94,7<br />

2,1 452.597 3.797.750 24.219.423 5.444.458 8,3 75.955 22,5 4,7 3,8<br />

69,2 148.513 514.413 2.814.226 451.671 32,9 46.765 16,0 8,6 0,0<br />

-14,2 388.691 4.606.837 9.567.684 3.557.284 10,9 13.014 37,2 5,8 1,7<br />

-5,0 151.389 82.045 6.280.752 1.821.032 8,3 1.243 29,0 5,8 0,0<br />

45,3 133.480 5.283.869 17.897.452 3.590.294 3,7 23.484 20,1 4,2 31,4<br />

-0,3 -46.748 1.400.674 8.052.971 3.472.889 -1,3 24.150 43,1 0,4 0,0<br />

4,5 531.393 1.349.358 4.483.808 3.030.097 17,5 17.991 67,6 16,5 0,0<br />

2,3 -6.840.831 -1.409.976 12.683.705 -1.780.864 (a) -20.143 (a) -48,4 0,0<br />

42,0 -2.325.684 -51.768 16.332.118 3.813.790 -61,0 -977 23,4 -17,2 0,0<br />

-5,4 300.511 3.361.896 10.772.326 6.631.610 4,5 40.505 61,6 5,2 6,9<br />

12,4 362.821 4.789.534 19.756.679 6.692.610 5,4 45.184 33,9 2,9 33,8<br />

-14,1 1.286.755 7.474.438 34.285.264 18.422.460 7,0 31.942 53,7 4,6 13,7<br />

-5,1 -881.783 7.188.089 12.391.326 4.469.320 -19,7 24.121 36,1 -6,7 51,2<br />

37,5 1.092.303 6.087.855 15.186.210 3.333.089 32,8 28.716 21,9 8,2 3,4<br />

42,7 1.370.269 3.303.269 7.376.198 2.067.257 66,3 165.163 28,0 25,4 98,2<br />

-7,7 2.273.462 13.921.959 86.328.654 6.444.314 35,3 - 7,5 9,9 0,0<br />

-6,9 306.545 1.901.981 15.616.283 5.653.051 5,4 29.261 36,2 4,0 8,1<br />

44,3 1.078.260 2.631.357 13.373.678 4.815.916 22,4 93.977 36,0 11,2 97,1<br />

2,8 -58.480 4.603.272 18.088.766 3.978.459 -1,5 21.816 22,0 2,5 9,1<br />

-31,9 186.614 -38.910 6.386.152 3.435.224 5,4 -469 53,8 3,9 0,0<br />

18,4 491.786 1.478.344 4.932.560 3.775.500 13,0 49.278 76,5 13,1 5,9<br />

8,5 327.361 2.188.033 7.433.719 2.262.597 14,5 22.327 30,4 7,4 0,3<br />

2,3 893.214 1.808.353 7.022.130 3.313.948 27,0 17.557 47,2 17,5 0,2<br />

1,7 21.458 5.679.047 15.117.939 6.052.762 0,4 35.717 40,0 2,0 0,0<br />

-40,0 -968.444 1.952.353 18.808.920 9.694.540 -10,0 19.330 51,5 -6,3 11,2<br />

1,3 -117.113 2.609.908 13.481.568 4.397.042 -2,7 28.064 32,6 0,7 35,7<br />

0,7 113.060 4.735.530 17.384.656 6.042.316 1,9 11.868 34,8 2,7 0,0<br />

-12,2 697.007 3.290.873 10.313.398 6.366.635 10,9 45.080 61,7 9,7 0,5<br />

7,7 446.431 1.400.975 2.238.149 702.326 63,6 20.910 31,4 28,1 0,0<br />

28,0 -35.196 443.973 2.516.189 654.715 -5,4 17.759 26,0 0,0 0,0<br />

23,1 87.413 2.016.940 9.058.981 1.620.620 5,4 22.920 17,9 3,0 3,6<br />

16,5 -221.592 2.446.504 10.019.494 4.662.497 -4,8 18.676 46,5 0,9 91,7


90 I 91<br />

empresas<br />

250 maiores LISTAGEM<br />

do<br />

distrito <strong>de</strong> <strong>Leiria</strong> 250 Maiores Empresas do Distrito <strong>de</strong> <strong>Leiria</strong><br />

Nº Nº<br />

ORD ORD<br />

2011 2010<br />

NOME DESCRIÇÃO CAE CONCELHO TRAB. VOLUME<br />

DE NEGÓCIOS<br />

2011 (€)<br />

88 70 GRAMPERFIL, S.A. Perfilagem a frio. POMBAL 25 14.643.267<br />

89 46 AUTO TÉCNICA DE CALDAS, LDA Comércio <strong>de</strong> veículos automóveis ligeiros. CALDAS DA RAINHA 36 14.435.304<br />

90 62 FERRUS - MAT. SIDERÚRGICOS E DE CONST., S.A. Comércio por grosso <strong>de</strong> minérios e <strong>de</strong> metais. LEIRIA 47 14.426.443<br />

91 65 Comércio por grosso <strong>de</strong> fruta e <strong>de</strong> produtos hortícolas, excepto batata. PENICHE 108 14.301.530<br />

92 66 A.C. - MANUTENÇÃO E COMÉRCIO DE VEÍCULOS, S.A. Comércio <strong>de</strong> outros veículos automóveis. ALCOBAÇA 90 14.284.247<br />

93 75 PLASGAL - PLÁSTICOS DA GÂNDARA, LDA Fabricação <strong>de</strong> embalagens <strong>de</strong> plástico. LEIRIA 121 14.083.881<br />

94 88 FASSALUSA - PROD. E COM. DE MAT. DE CONST., LDA Fabricação <strong>de</strong> argamassas. BATALHA 52 13.997.547<br />

95 101 VALBOPAN - FIBRAS DE MADEIRA, S.A. Fabricação <strong>de</strong> painéis <strong>de</strong> fibras <strong>de</strong> ma<strong>de</strong>ira. NAZARÉ 67 13.968.255<br />

96 98 BERNARDINOS & CARVALHO, S.A. Comércio por grosso <strong>de</strong> bebidas alcoólicas. LEIRIA 15 13.911.493<br />

97 124 Fabricação <strong>de</strong> mol<strong>de</strong>s metálicos. MARINHA GRANDE 110 13.877.664<br />

98 50 Comércio <strong>de</strong> veículos automóveis ligeiros. LEIRIA 66 13.844.652<br />

99 104 RAÇÕES VERÍSSIMO, S.A. Fabricação <strong>de</strong> alimentos para animais <strong>de</strong> criação (excepto para aquicultura). LEIRIA 101 13.809.728<br />

100 85 REN - ARMAZENAGEM, S.A. Armazenagem não frigorífica. POMBAL 9 13.740.766<br />

101 76 DIMATUR - COMÉRCIO INTERNACIONAL, LDA Comércio por grosso <strong>de</strong> outros bens intermédios, n.e. ALCOBAÇA 81 13.540.209<br />

102 125 Fabricação <strong>de</strong> matérias plásticas sob formas primárias. LEIRIA 25 13.336.973<br />

103 141 SODIGUIA - SUPERMERCADOS, LDA Comércio a retalho em supermercados e hipermercados. POMBAL 43 13.199.736<br />

104 97 SORGILA - SOCIEDADE DE ARGILAS, S.A. Extracção <strong>de</strong> saibro, areia e pedra britada. LEIRIA 89 13.134.832<br />

105 111 Avicultura. LEIRIA 49 12.841.881<br />

106 112 PROPECUÁRIA - VETERINÁRIA E FARMACÊUTICA, LDA Comércio por grosso <strong>de</strong> produtos farmacêuticos. BATALHA 34 12.828.986<br />

107 136 APP - AGRUP. DE PRODUTORES PECUÁRIOS, S.A. Comércio por grosso <strong>de</strong> animais vivos. LEIRIA 6 12.779.546<br />

108 67 BENECAR - AUTOMÓVEIS, S.A. Comércio <strong>de</strong> veículos automóveis ligeiros. ALCOBAÇA 33 12.740.759<br />

109 86 NIGEL - CONGELADORA JOSÉ NICOLAU, LDA Congelação <strong>de</strong> produtos da pesca e da aquicultura. PENICHE 83 12.712.138<br />

110 66 Fabricação <strong>de</strong> telhas. POMBAL 140 12.702.679<br />

111 129 HUGSAN - COMERCIO DE COMBUSTIVEIS, LDA Com. a retalho <strong>de</strong> comb. p/ veíc. a motor, em estab. especializados. LEIRIA 23 12.571.269<br />

112 96 PERFITEC - REVEST. METÁLICOS E PERFILADOS, LDA Perfilagem a frio. LEIRIA 35 12.551.671<br />

113 109 ESTALEIROS NAVAIS DE PENICHE, S.A. Const. <strong>de</strong> embarcações met. e estrut.flutuantes, excepto <strong>de</strong> recreio e <strong>de</strong>sporto. PENICHE 169 12.335.929<br />

114 128 BALVERA - COMÉRCIO DE PERFUMARIAS, LDA Comércio por grosso <strong>de</strong> perfumes e <strong>de</strong> produtos <strong>de</strong> higiene. POMBAL 95 12.322.020<br />

115 113 BOM CALÇADO, S.A. Comércio a retalho <strong>de</strong> calçado, em estabelecimentos especializados. LEIRIA 209 12.269.470<br />

116 142 MATCERÂMICA - FABRICO DE LOUÇA, S.A. Fabricação <strong>de</strong> artigos <strong>de</strong> uso doméstico <strong>de</strong> faiança, porcelana e grés fino. BATALHA 208 12.112.563<br />

117 102 TECMOLDE - C. TÉC. MOLDES PA/ PLÁSTICOS, LDA Fabricação <strong>de</strong> mol<strong>de</strong>s metálicos. MARINHA GRANDE 40 12.107.112<br />

118 130 HUMBERTO POÇAS, S.A. Com. por grosso <strong>de</strong> mat. <strong>de</strong> construção (excepto ma<strong>de</strong>ira) e equip. sanitário. LEIRIA 25 12.078.336<br />

119 - INDUPLA PLÁSTICOS, LDA Fabricação <strong>de</strong> outros artigos <strong>de</strong> plástico, n.e. MARINHA GRANDE 4 12.030.771<br />

120 - TPB - TECN. EM PAVIMENTOS E CONSTRUÇÃO, S.A. Outras activida<strong>de</strong>s especializadas <strong>de</strong> construção diversas, n.e. LEIRIA 92 11.941.866<br />

121 114 JOSÉ ALDEIA LAGOA & FILHOS, S.A. Extracção <strong>de</strong> argilas e caulino. POMBAL 50 11.825.656<br />

122 138 PLIMAT - PLÁSTICOS INDUSTRIAIS MATOS, S.A. Fabricação <strong>de</strong> chapas, folhas, tubos e perfis <strong>de</strong> plástico. MARINHA GRANDE 84 11.757.276<br />

123 - NEORELVA - PLÁSTICOS, S.A. Fabricação <strong>de</strong> outros artigos <strong>de</strong> plástico, n.e. MARINHA GRANDE 80 11.706.285<br />

124 - CEMOPOL - CELULOSES MOLDADAS PORT., LDA Fabricação <strong>de</strong> outros artigos <strong>de</strong> pasta <strong>de</strong> papel, <strong>de</strong> papel e <strong>de</strong> cartão. POMBAL 48 11.553.142<br />

125 107 FIPOLEIRIA - SUPERMERCADOS, LDA Comércio a retalho em supermercados e hipermercados. LEIRIA 80 11.533.213<br />

126 - SAGREC - CONSTRUÇÕES, S.A. Construção <strong>de</strong> edifícios (resi<strong>de</strong>nciais e não resi<strong>de</strong>nciais). MARINHA GRANDE 52 11.498.874<br />

127 - GEMADOURO - PRODUTORES DE OVOS, S.A. Avicultura. POMBAL 12 11.474.567<br />

128 152 SPAL - SOC. DE PORCELANAS DE ALCOBAÇA, S.A. Fabricação <strong>de</strong> artigos <strong>de</strong> uso doméstico <strong>de</strong> faiança, porcelana e grés fino. NAZARÉ 429 11.438.247<br />

129 91 GRANFER.COM - IMPORT. E EXP. PROD. ALIM., LDA Comércio por grosso <strong>de</strong> fruta e <strong>de</strong> produtos hortícolas, excepto batata. ÓBIDOS 8 11.331.180<br />

130 - AVIOURÉM - ARMAZ. DE PROD. VETERINÁRIOS, LDA Comércio por grosso <strong>de</strong> produtos farmacêuticos. LEIRIA 20 11.257.900<br />

131 83 Com. por grosso <strong>de</strong> mat. <strong>de</strong> construção (excepto ma<strong>de</strong>ira) e equi. sanitário. LEIRIA 48 11.205.998<br />

132 139 FAMARI - FÁB. MARINHENSE DE CARTONAGEM, S.A. Fabricação <strong>de</strong> papel e <strong>de</strong> cartão canelados (inclui embalagens). MARINHA GRANDE 66 11.191.676<br />

133 148 SUPERMERCADO DO CENTRO, LDA Comércio a retalho em supermercados e hipermercados. POMBAL 66 11.168.142<br />

134 161 CONSTRUÇÕES JÚLIO LOPES, S.A. Construção <strong>de</strong> estradas e pistas <strong>de</strong> aeroportos. POMBAL 92 11.076.662<br />

135 108 ENERPELLETS - PROD., C. DE PELLETS MADEIRA, S.A. Serração <strong>de</strong> ma<strong>de</strong>ira. PEDRÓGÃO GRANDE 39 11.043.649<br />

136 133 EURODIAL - CENT. NEFROL. E DIÁLISE DE LEIRIA, S.A. Outras activida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> saú<strong>de</strong> humana, n.e. LEIRIA 45 11.016.217<br />

137 156 SOSI - COMBUSTIVEIS, LDA Com. a retalho <strong>de</strong> combustível p/ veíc. a motor, em estab. especializados. ALCOBAÇA 14 10.899.404<br />

138 157 ALIMAVE - ALIMENTAÇÃO PARA AVES, S.A. Fabricação <strong>de</strong> alimentos para animais <strong>de</strong> criação (excepto para aquicultura). LEIRIA 7 10.840.392


VARIAÇÃO<br />

DO VN<br />

(%)<br />

RESULTADO<br />

LIQUIDO 2011<br />

(€)<br />

VAB<br />

(€)<br />

ACTIVO<br />

(€)<br />

CAPITAL<br />

PRÓPRIO<br />

(€)<br />

RENDIBILIDADE DO<br />

CAPITAL PRÓPRIO<br />

(%)<br />

PRODUTIVIDADE<br />

(€)<br />

AUTONOMIA<br />

FINANCEIRA<br />

(%)<br />

RENDIBILIDADE<br />

DO INVEST. TOTAL<br />

(%)<br />

EXPORTAÇÕES<br />

(% VN)<br />

-4,9 479.990 2.155.007 14.311.972 3.036.472 15,8 86.200 21,2 7,7 99,1<br />

-33,9 -259.534 94.033 2.874.844 124.218 -208,9 2.612 4,3 -6,6 0,9<br />

-19,4 638.728 1.407.320 13.679.756 2.382.280 26,8 29.943 17,4 7,5 0,8<br />

-15,3 -477.824 2.167.751 12.352.950 4.137.788 -11,5 20.072 33,5 -4,9 9,5<br />

-12,6 5.609 2.118.791 17.045.311 3.008.326 0,2 23.542 17,6 2,5 3,9<br />

-4,1 -1.155.662 1.302.229 11.349.791 4.370.638 -26,4 10.762 38,5 -11,4 1,0<br />

4,3 65.422 3.416.719 30.268.057 23.971.888 0,3 65.706 79,2 0,5 8,9<br />

10,0 -1.108.268 1.421.217 13.178.156 964.462 -114,9 21.212 7,3 -7,8 0,0<br />

8,1 132.130 -189.454 20.473.405 4.384.220 3,0 -12.630 21,4 3,0 3,4<br />

24,0 1.086.687 5.097.497 12.908.524 6.175.805 17,6 46.341 47,8 12,4 57,8<br />

-33,8 89.694 1.221.245 9.244.414 3.523.367 2,5 18.504 38,1 3,4 0,1<br />

9,8 27.156 2.155.393 9.410.471 3.271.808 0,8 21.341 34,8 3,0 0,2<br />

0,8 5.414.725 11.956.064 144.199.682 83.793.348 6,5 1.328.452 58,1 5,7 0,0<br />

-7,6 1.958.060 4.445.508 15.495.732 12.995.115 15,1 54.883 83,9 16,3 0,7<br />

19,5 917.428 1.694.599 7.471.715 6.779.852 13,5 67.784 90,7 15,6 0,2<br />

30,4 307.148 1.016.141 1.619.308 543.433 56,5 23.631 33,6 25,9 0,0<br />

0,7 52.897 3.859.241 20.470.486 5.503.496 1,0 43.362 26,9 2,8 8,5<br />

4,2 -350.292 809.792 7.265.286 2.517.527 -13,9 16.526 34,7 -5,5 0,0<br />

4,9 1.369 1.543.694 6.696.328 1.063.503 0,1 45.403 15,9 3,0 0,0<br />

21,3 1.020 111.607 1.969.071 459.313 0,2 18.601 23,3 0,4 0,0<br />

-21,7 14.767 812.582 5.719.944 496.401 3,0 24.624 8,7 4,2 0,0<br />

-6,0 32.840 1.630.414 9.763.146 2.910.888 1,1 19.644 29,8 2,0 47,3<br />

-5,1 356.112 4.292.206 18.638.892 9.651.537 3,7 30.659 51,8 3,0 18,6<br />

14,2 12.311 255.527 1.487.514 395.727 3,1 11.110 26,6 4,7 0,0<br />

-4,9 115.838 2.004.982 21.813.448 7.430.789 1,6 57.285 34,1 1,8 14,9<br />

-0,6 -1.473.485 2.818.686 23.790.092 -401.828 (a) 16.679 (a) -5,7 71,1<br />

11,6 -38.009 1.493.463 7.216.172 2.350.061 -1,6 15.721 32,6 0,9 41,3<br />

0,4 168.900 3.772.506 10.095.696 2.960.732 5,7 18.050 29,3 3,0 0,0<br />

20,2 17.256 3.454.123 15.020.633 4.866.545 0,4 16.606 32,4 2,2 98,4<br />

-4,0 -532.112 1.669.092 16.930.930 -3.008.525 (a) 41.727 (a) 0,1 98,6<br />

10,4 72.516 1.757.861 13.435.103 3.767.482 1,9 70.314 28,0 3,0 1,4<br />

1.145,3 55.305 533.729 1.562.903 341.778 16,2 133.432 21,9 29,0 46,1<br />

-0,4 -188.706 3.536.565 8.943.280 3.548.641 -5,3 38.441 39,7 -2,1 19,5<br />

-2,7 207.569 3.400.717 35.467.902 14.094.608 1,5 68.014 39,7 1,2 31,3<br />

12,1 691.235 3.915.524 13.832.055 5.239.005 13,2 46.613 37,9 8,0 73,5<br />

10,5 -270.328 2.707.107 16.000.633 5.135.626 -5,3 33.839 32,1 1,8 51,5<br />

- 191.602 521.337 7.480.758 4.118.999 4,7 10.861 55,1 2,3 40,6<br />

-7,7 298.994 1.310.436 4.156.625 2.531.505 11,8 16.380 60,9 10,1 0,0<br />

236,3 39.770 2.019.989 4.571.622 689.534 5,8 38.846 15,1 3,6 2,7<br />

140,6 406.100 646.747 8.441.057 2.292.693 17,7 53.896 27,2 5,6 5,9<br />

16,5 -2.717.469 5.120.523 29.679.620 5.232.421 -51,9 11.936 17,6 -6,1 50,9<br />

-15,2 122.394 49.509 5.805.347 906.775 13,5 6.189 15,6 3,6 66,0<br />

-9,5 262.434 666.997 5.381.546 2.538.359 10,3 33.350 47,2 7,3 0,0<br />

-19,8 435.094 1.658.669 9.426.280 5.492.617 7,9 34.556 58,3 7,0 0,2<br />

7,8 76.513 1.191.318 5.978.876 2.060.848 3,7 18.050 34,5 2,7 1,3<br />

13,2 13.341 646.158 2.726.514 811.964 1,6 9.790 29,8 3,6 0,0<br />

21,2 245.853 2.910.435 19.975.133 11.055.352 2,2 31.635 55,3 2,5 0,0<br />

-11,2 161.433 1.521.467 15.440.229 5.975.070 2,7 39.012 38,7 2,5 97,6<br />

3,1 2.962.996 4.807.436 14.267.891 12.019.045 24,7 106.832 84,2 29,8 0,0<br />

13,9 30.527 359.890 2.460.481 357.434 8,5 25.706 14,5 3,7 0,0<br />

14,2 163.188 961.563 4.813.682 1.860.884 8,8 137.366 38,7 6,0 0,0


92 I 93<br />

empresas<br />

250 maiores LISTAGEM<br />

do<br />

distrito <strong>de</strong> <strong>Leiria</strong> 250 Maiores Empresas do Distrito <strong>de</strong> <strong>Leiria</strong><br />

Nº<br />

ORD<br />

2011<br />

Nº<br />

ORD<br />

2010<br />

NOME DESCRIÇÃO CAE CONCELHO TRAB. VOLUME<br />

DE NEGÓCIOS<br />

2011 (€)<br />

139 143 ANTÓNIO RAMOS & COSTA, S.A. Comércio por grosso <strong>de</strong> peixe, crustáceos e moluscos. PENICHE 89 10.817.811<br />

140 151 AUTO DELTA - COM. DE PEÇAS, ACES. E AUT., LDA Comércio por grosso <strong>de</strong> peças e acessórios para veículos automóveis. LEIRIA 41 10.781.060<br />

141 131 SUPERÓBIDOS - SUPERMERCADOS, LDA Comércio a retalho em supermercados e hipermercados. ÓBIDOS 46 10.770.298<br />

142 140 SUPERMACEIRA - SUPERMERCADOS, LDA Comércio a retalho em supermercados e hipermercados. LEIRIA 54 10.738.815<br />

143 - LUSOPÊRA - SOC. EXP. HORTOFRUTÍCOLAS, LDA Com. por gros.<strong>de</strong> fruta e <strong>de</strong> prod. hortícolas, excepto batata. BOMBARRAL 12 10.583.536<br />

144 181 SÉRGIO MARTINS - COM. PROD.AGRIC. E PEC., LDA Fabricação <strong>de</strong> alimentos para animais <strong>de</strong> criação (excepto para aquicultura). ALCOBAÇA 10 10.530.308<br />

145 170 BOLACHAS GULLON, SOCIEDADE UNIPESSOAL, LDA Comércio por grosso <strong>de</strong> chocolate e <strong>de</strong> produtos <strong>de</strong> confeitaria. POMBAL 8 10.479.828<br />

146 146 Fabricação <strong>de</strong> papel e <strong>de</strong> cartão canelados (inclui embalagens). MARINHA GRANDE 58 10.471.105<br />

147 - OMNIFISH, S.A. Preparação <strong>de</strong> produtos da pesca e da aquicultura. PENICHE 22 10.240.196<br />

148 52 E.I.P. - EQUIPAMENTOS INDUSTRIAIS POÇO, S.A. Fabricação <strong>de</strong> outras máquinas diversas <strong>de</strong> uso geral, n.e. MARINHA GRANDE 64 10.187.881<br />

149 205 MADEIRAS AFONSO, LDA Comércio por grosso <strong>de</strong> ma<strong>de</strong>ira em bruto e <strong>de</strong> produtos <strong>de</strong>rivados. LEIRIA 45 10.129.130<br />

150 150 TJ MOLDES, S.A. Fabricação <strong>de</strong> mol<strong>de</strong>s metálicos. MARINHA GRANDE 37 10.113.553<br />

151 169 LUSIFROTA - TRANSPORTES, S.A. Transportes rodoviários <strong>de</strong> mercadorias. LEIRIA 163 9.740.165<br />

152 248 TERMOCOMPO - INDÚSTRIA TERMOPLÁSTICA, LDA Fabricação <strong>de</strong> matérias plásticas sob formas primárias. LEIRIA 15 9.688.931<br />

153 106 LIZDRIVE, S.A. Comércio <strong>de</strong> veículos automóveis ligeiros. LEIRIA 28 9.656.483<br />

154 182 GASOGÁS - DISTRIB. DE ÓLEOS E COMB., LDA Transportes rodoviários <strong>de</strong> mercadorias. MARINHA GRANDE 95 9.627.363<br />

155 229 SIRPLASTE - S. INDUST. DE REC. DE PLÁSTICO, S.A. Valorização <strong>de</strong> resíduos não metálicos. PORTO DE MÓS 44 9.618.184<br />

156 164 RECAUCHUTAGEM 31, S.A. Reconstrução <strong>de</strong> pneus. ALCOBAÇA 105 9.556.352<br />

157 214 SUPERVIEIRA - SUPERMERCADOS, LDA Comércio a retalho em supermercados e hipermercados. MARINHA GRANDE 44 9.463.250<br />

158 119 VALOR HORIZONTAL - SOCIEDADE IMOBILIÁRIA, S.A. Compra e venda <strong>de</strong> bens imobiliários. LEIRIA 86 9.433.793<br />

159 158 TECLENA - AUT., ESTUDOS E REPRES., S.A. Comércio por grosso <strong>de</strong> máquinas-ferramentas. LEIRIA 50 9.385.286<br />

160 147 DISTRALCO - SUPERMERCADO, LDA Comércio a retalho em supermercados e hipermercados. ALCOBAÇA 57 9.366.170<br />

161 185 Comércio por grosso <strong>de</strong> outros produtos alimentares, n.e. NAZARÉ 21 9.302.125<br />

162 95 BECOSA - COM. E DISTRIBUIÇÃO DE BEBIDAS, S.A. Comércio por grosso <strong>de</strong> outros produtos alimentares, n.e. CALDAS DA RAINHA 14 9.280.804<br />

163 244 SOCÉM - E.D. - FAB., ENG. E DES. DE MOLDES, LDA Fabricação <strong>de</strong> mol<strong>de</strong>s metálicos. ALCOBAÇA 40 9.267.257<br />

164 163 PETROALVES - DISTRIB. DE COMB. E LUB., S.A. Com. a retalho <strong>de</strong> comb.para veíc. a motor, em estab. especializados. ALVAIÁZERE 20 9.248.649<br />

165 222 H.B.C.II - PEÇAS AUTO, LDA Comércio a retalho <strong>de</strong> peças e acessórios para veículos automóveis. BATALHA 70 9.226.613<br />

166 223 SETSA - SOC. DE ENG. E TRANSFORMAÇÃO, S.A. Fabricação <strong>de</strong> mol<strong>de</strong>s metálicos. MARINHA GRANDE 41 9.162.796<br />

167 - DISTRIMARTINHO - SUPERMERCADOS, LDA Comércio a retalho em supermercados e hipermercados. BOMBARRAL 44 9.158.729<br />

168 145 LABETO - CENTRO DE ANÁLISES BIOQUÍMICAS, S.A. Laboratórios <strong>de</strong> análises clínicas. ANSIÃO 138 9.104.237<br />

169 155 M.T.L.- MADEIRAS TRATADAS, LDA Impregnação <strong>de</strong> ma<strong>de</strong>ira. LEIRIA 76 9.104.106<br />

170 144 Construção <strong>de</strong> edifícios (resi<strong>de</strong>nciais e não resi<strong>de</strong>nciais). LEIRIA 47 9.071.785<br />

171 - Comércio por grosso <strong>de</strong> bebidas alcoólicas. ALCOBAÇA 27 9.044.646<br />

172 - SUIPEC - AGRO PECUÁRIA, LDA Suinicultura. ALCOBAÇA 34 8.988.683<br />

173 127 MARGON - MAT. E REVEST. MOD. P/ EDIF., S.A. Fabricação <strong>de</strong> telhas. PORTO DE MÓS 147 8.987.852<br />

174 105 NOVA SERVIÇOS, LDA Activida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> limpeza geral em edifícios. CALDAS DA RAINHA 1192 8.892.500<br />

175 172 SIMPLASTIC - SOC. INDUST. DE MAT. PLASTICAS, LDA Fabricação <strong>de</strong> outros artigos <strong>de</strong> plástico, n.e. BATALHA 110 8.829.645<br />

176 135 VALCO - MADEIRAS E DERIVADOS, S.A. Fabricação <strong>de</strong> outras obras <strong>de</strong> carpintaria para a construção. LEIRIA 154 8.784.173<br />

177 165 TRACTO-LENA - MÁQUINAS E CAMIÕES, S.A. Comércio <strong>de</strong> outros veículos automóveis. BATALHA 15 8.770.994<br />

178 122 Comércio <strong>de</strong> veículos automóveis ligeiros. LEIRIA 52 8.744.196<br />

179 166 LEAL, LEAL & INÊS, LDA Com. a retalho <strong>de</strong> comb. para veículos a motor, em estab.especializados. BOMBARRAL 13 8.725.354<br />

180 209 Fabricação <strong>de</strong> embalagens <strong>de</strong> plástico. LEIRIA 56 8.719.550<br />

181 - CPF - CENT. PROD. COM. HORTOFRUTÍCOLA, LDA Comércio por grosso <strong>de</strong> fruta e <strong>de</strong> produtos hortícolas, excepto batata. BOMBARRAL 13 8.650.207<br />

182 177 AGD POLÍMEROS, LDA Comércio por grosso <strong>de</strong> outros bens intermédios, n.e. LEIRIA 1 8.633.995<br />

183 242 PORVAL - AGROPECUÁRIA, S.A. Suinicultura. LEIRIA 46 8.627.556<br />

184 194 L.N. - MOLDES, LDA Fabricação <strong>de</strong> mol<strong>de</strong>s metálicos. LEIRIA 70 8.613.390<br />

185 176 FRANCO & FILHOS - COM. DE GADO POR GROSSO, LDA Comércio por grosso <strong>de</strong> animais vivos. CALDAS DA RAINHA 5 8.568.934<br />

186 - Activida<strong>de</strong>s dos estabelecimentos <strong>de</strong> saú<strong>de</strong> com internamento. CALDAS DA RAINHA 153 8.566.956<br />

187 - PRAGOSA BETÃO, S.A. Fabricação <strong>de</strong> betão pronto. PORTO DE MÓS 37 8.555.819<br />

188 - JOMARPI - SOC.DE FAB. E REP. DE CALÇADO, LDA Fabricação <strong>de</strong> calçado. ALCOBAÇA 127 8.535.176


VARIAÇÃO<br />

DO VN<br />

(%)<br />

RESULTADO<br />

LIQUIDO 2011<br />

(€)<br />

VAB<br />

(€)<br />

ACTIVO<br />

(€)<br />

CAPITAL<br />

PRÓPRIO<br />

(€)<br />

RENDIBILIDADE DO<br />

CAPITAL PRÓPRIO<br />

(%)<br />

PRODUTIVIDADE<br />

(€)<br />

AUTONOMIA<br />

FINANCEIRA<br />

(%)<br />

RENDIBILIDADE<br />

DO INVEST. TOTAL<br />

(%)<br />

EXPORTAÇÕES<br />

(% VN)<br />

7,8 -365.495 2.179.017 17.614.390 6.899.044 -5,3 24.483 39,2 0,2 31,6<br />

9,7 824.344 2.106.521 7.790.470 3.905.220 21,1 51.379 50,1 15,1 0,5<br />

0,6 29.576 764.739 2.109.996 330.481 8,9 16.625 15,7 3,7 0,0<br />

4,5 15 828.664 2.411.363 285.422 0,0 15.346 11,8 2,2 0,0<br />

328,9 18.358 205.356 6.614.171 139.659 13,1 17.113 2,1 0,6 78,7<br />

28,3 57.593 885.315 3.499.018 588.929 9,8 88.532 16,8 3,7 0,0<br />

22,3 197.554 808.974 5.230.025 2.338.857 8,4 101.122 44,7 5,4 0,0<br />

5,2 234.262 1.554.611 5.454.175 3.979.308 5,9 26.804 73,0 5,9 5,0<br />

- 266.995 883.735 2.373.874 502.679 53,1 40.170 21,2 12,5 2,5<br />

-49,6 247.316 3.106.165 23.297.194 5.916.230 4,2 48.534 25,4 4,7 88,0<br />

34,2 19 749.967 3.901.195 1.291.462 0,0 16.666 33,1 2,2 0,0<br />

2,8 1.163.535 1.736.543 16.636.181 6.807.675 17,1 46.934 40,9 8,1 95,8<br />

13,4 1.072.761 5.153.605 4.860.162 1.787.761 60,0 31.617 36,8 31,1 0,0<br />

40,6 507.517 1.315.912 5.401.810 2.226.467 22,8 87.727 41,2 12,4 15,1<br />

-22,8 -111.916 78.934 4.383.502 172.227 -65,0 2.819 3,9 -2,2 0,0<br />

17,8 20.799 2.952.587 6.084.443 1.315.793 1,6 31.080 21,6 3,2 51,6<br />

33,4 230.593 2.727.861 20.266.808 5.929.217 3,9 61.997 29,3 2,7 71,7<br />

9,2 122.525 2.638.431 7.156.464 3.407.829 3,6 25.128 47,6 3,2 61,0<br />

28,6 287.536 1.054.827 1.419.181 393.519 73,1 23.973 27,7 29,4 0,0<br />

-19,6 20.020 1.544.429 1.700.077 704.725 2,8 17.958 41,5 9,5 0,0<br />

0,3 209.485 1.675.628 6.816.704 3.472.766 6,0 33.513 50,9 4,5 0,4<br />

-5,3 24.507 948.929 2.481.978 211.464 11,6 16.648 8,5 4,2 0,0<br />

14,6 276.181 1.400.097 7.004.277 1.873.421 14,7 66.671 26,7 7,5 0,0<br />

-30,0 4.260 932.381 4.478.336 92.061 4,6 66.599 2,1 1,0 0,0<br />

34,0 240.135 1.746.806 11.423.849 2.479.905 9,7 43.670 21,7 4,8 88,1<br />

4,6 72.246 509.580 2.469.281 557.126 13,0 25.479 22,6 6,8 0,0<br />

26,7 822.331 1.892.263 6.903.583 2.448.739 33,6 27.032 35,5 13,9 15,2<br />

26,1 366.962 1.940.681 12.922.605 2.155.811 17,0 47.334 16,7 5,3 77,3<br />

97,2 18.519 783.475 1.943.106 125.222 14,8 17.806 6,4 6,0 0,0<br />

-9,0 443.546 4.848.244 22.152.814 9.821.143 4,5 35.132 44,3 6,1 0,0<br />

-5,3 4.367 2.303.037 9.099.358 3.732.959 0,1 30.303 41,0 1,9 0,0<br />

-9,3 211.841 1.905.357 11.059.145 1.513.911 14,0 40.540 13,7 6,5 0,5<br />

37,3 71.830 786.139 7.401.537 1.695.114 4,2 29.116 22,9 3,5 46,3<br />

53,1 119.945 -194.663 9.053.708 466.489 25,7 -5.725 5,2 2,3 0,0<br />

-19,1 -309.442 4.549.844 24.418.529 9.344.158 -3,3 30.951 38,3 0,9 21,6<br />

-29,2 -683.127 7.595.237 5.820.735 175.693 -388,8 6.372 3,0 -5,2 0,0<br />

3,4 181.440 1.858.600 6.576.033 3.168.178 5,7 16.896 48,2 3,9 95,5<br />

-17,1 31.280 3.208.009 11.712.008 7.635.934 0,4 20.831 65,2 1,1 13,8<br />

0,6 346.489 1.283.073 9.973.615 1.977.655 17,5 85.538 19,8 7,7 54,8<br />

-23,1 29.113 203.222 2.728.207 1.466.243 2,0 3.908 53,7 3,7 0,0<br />

0,3 9.879 244.924 341.424 141.466 7,0 18.840 41,4 4,7 0,0<br />

16,7 219.676 1.535.888 8.211.488 1.296.497 16,9 27.427 15,8 5,2 1,4<br />

137,0 20.790 272.419 6.087.049 3.563.767 0,6 20.955 58,5 1,3 0,0<br />

3,1 69.499 328.312 2.175.258 356.358 19,5 328.312 16,4 8,6 10,2<br />

23,2 -159.210 1.008.317 8.111.997 186.078 -85,6 21.920 2,3 0,6 0,0<br />

10,5 398.304 3.027.523 16.284.760 6.094.719 6,5 43.250 37,4 4,8 66,5<br />

2,1 -170.441 80.529 1.832.702 43.435 -392,4 16.106 2,4 -7,1 0,0<br />

53,9 719.535 2.597.009 11.029.235 4.089.009 17,6 16.974 37,1 6,7 0,0<br />

32,6 117.498 1.686.939 5.732.610 1.459.310 8,1 45.593 25,5 3,1 0,0<br />

30,8 35.311 2.170.823 9.618.457 2.671.859 1,3 17.093 27,8 4,6 94,4


94 I 95<br />

empresas<br />

250 maiores LISTAGEM<br />

do<br />

distrito <strong>de</strong> <strong>Leiria</strong> 250 Maiores Empresas do Distrito <strong>de</strong> <strong>Leiria</strong><br />

Nº<br />

ORD<br />

2011<br />

Nº<br />

ORD<br />

2010<br />

NOME DESCRIÇÃO CAE CONCELHO TRAB. VOLUME<br />

DE NEGÓCIOS<br />

2011 (€)<br />

189 78 Comércio <strong>de</strong> veículos automóveis ligeiros. LEIRIA 4 8.453.458<br />

190 159 EMPOBOR - EMPRESA PORT. DE BORRACHAS, LDA Fabricação <strong>de</strong> outros produtos <strong>de</strong> borracha, n.e. POMBAL 64 8.449.723<br />

191 - MIGALHA QUENTE, LDA Comé. a retalho <strong>de</strong> comb. para veíc. a motor, em estab. especializados. POMBAL 19 8.449.198<br />

192 184 PLASTIMAR - INDÚSTRIA DE MAT.PLÁSTICAS, S.A. Fabricação <strong>de</strong> embalagens <strong>de</strong> plástico. PENICHE 88 8.404.954<br />

193 82 LAMÁQUINA - COM. DE MÁQUINAS E VEÍCULOS, S.A. Com.por grosso <strong>de</strong> máq.para a indústria extractiva, const. e engenharia civil. BATALHA 38 8.385.281<br />

194 204 ORLINDO CRESPO PEDROSA, LDA Com. a retalho <strong>de</strong> comb. para veíc. a motor, em estab.especializados. POMBAL 12 8.307.140<br />

195 162 CARIANO, S.A. Aluguer <strong>de</strong> máquinas e equip.para a construção e engenharia civil. LEIRIA 109 8.301.284<br />

196 193 GIL SOMA - AUTOMÓVEIS E ACESSÓRIOS, LDA Comércio <strong>de</strong> veículos automóveis ligeiros. ALCOBAÇA 11 8.280.235<br />

197 191 FGP - FONSECA, GARCIA & PRAZERES, LDA Comércio por grosso <strong>de</strong> bebidas alcoólicas. BOMBARRAL 48 8.241.355<br />

198 195 GASOGÁSGEST - GESTÃO DE POSTOS DE ABA., LDA Com. a retalho <strong>de</strong> comb. para veículos a motor, em est.especializados. MARINHA GRANDE 10 8.232.952<br />

199 200 SUPERBENEDITA - SUPERMERCADOS, LDA Comércio a retalho em supermercados e hipermercados. ALCOBAÇA 36 8.228.073<br />

200 - DSP - DISTRIB. SPORTSWEAR PROMOCIONAL, S.A. Comércio por grosso <strong>de</strong> têxteis. POMBAL 42 8.220.769<br />

201 154 Fabricação <strong>de</strong> argamassas. LEIRIA 55 8.145.000<br />

202 246 CHURRASQUEIRAS REI DOS FRANGOS, LDA Confecção <strong>de</strong> refeições prontas a levar para casa. LEIRIA 149 8.046.689<br />

203 - PRACTIVAR - VIVA MELHOR SEMPRE, LDA Com. a retalho <strong>de</strong> prod.alim., naturais e diet., em estab. especializados. LEIRIA 0 8.039.995<br />

204 - MOLIPOREX - MOLDES PORT., IMPORT. E EXP. S.A. Fabricação <strong>de</strong> mol<strong>de</strong>s metálicos. MARINHA GRANDE 29 8.008.758<br />

205 228 COMPOSTOS LIZ - ALIM. COMP. PARA ANIMAIS, LDA Fabricação <strong>de</strong> alimentos para animais <strong>de</strong> criação (excepto para aquicultura). LEIRIA 21 8.003.507<br />

206 - DIP - DISTRIBUIDORA IBÉRICA DE POLÍMEROS, LDA Agentes do comércio por grosso misto sem predominância. LEIRIA 1 7.978.248<br />

207 160 NOVA POLÍMEROS, LDA Agentes do comércio por grosso misto sem predominância. LEIRIA 1 7.976.705<br />

208 - SIMLIS - SANEA. INTEG. DOS MUN.DO LIS, S.A. Tratamento <strong>de</strong> águas residuais. LEIRIA 48 7.923.515<br />

209 - ASCENDI OPERADORA PI, OPER. MANUT. ROD.A, S.A. Outras activida<strong>de</strong>s auxiliares dos transportes terrestres. ANSIÃO 16 7.889.482<br />

210 234 VIPEX - COMÉRCIO E INDÚSTRIA DE PLÁSTICOS, S.A. Fabricação <strong>de</strong> outros artigos <strong>de</strong> plástico, n.e. MARINHA GRANDE 61 7.860.846<br />

211 189 JOSÉ M.DA SILVA NOGUEIRA, LDA Com.a retalho <strong>de</strong> comb. para veíc.a motor, em estab. especializados. LEIRIA 11 7.831.118<br />

212 175 LABORATÓRIO MÉDICO DR.DAVID SANTOS PINTO, S.A. Laboratórios <strong>de</strong> análises clínicas. PENICHE 96 7.803.656<br />

213 - RAÇÕES SELECÇÃO, S.A. Fabricação <strong>de</strong> alimentos para animais <strong>de</strong> criação (excepto para aquicultura). LEIRIA 63 7.800.045<br />

214 126 Fabricação <strong>de</strong> mol<strong>de</strong>s metálicos. LEIRIA 73 7.786.262<br />

215 190 A.L. - FÁBRICA DE MATERIAL ELÉCTRICO, S.A. Fabricação <strong>de</strong> artigos <strong>de</strong> plástico para a construção. MARINHA GRANDE 129 7.760.854<br />

216 149 A B H - COMÉRCIO DE AUTOMÓVEIS, LDA Comércio <strong>de</strong> veículos automóveis ligeiros. LEIRIA 2 7.696.589<br />

217 - POLIGREEN ENGENHARIA, S.A. Construção <strong>de</strong> edifícios (resi<strong>de</strong>nciais e não resi<strong>de</strong>nciais). PORTO DE MÓS 30 7.689.522<br />

218 - PERIFIVAL, LDA Comércio <strong>de</strong> outros veículos automóveis. CALDAS DA RAINHA 10 7.676.268<br />

219 186 Instalação <strong>de</strong> climatização. LEIRIA 57 7.645.786<br />

220 178 MANUEL RODRIGUES FERREIRA, S.A. Comércio por grosso <strong>de</strong> mat. <strong>de</strong> const. (excepto ma<strong>de</strong>ira) e equip. sanitário. CALDAS DA RAINHA 29 7.526.660<br />

221 - RECIPRÉMIO, S.A. Desmantelamento <strong>de</strong> veículos automóveis, em fim <strong>de</strong> vida. CALDAS DA RAINHA 29 7.519.675<br />

222 188 NEOMÁQUINA SUPERMERCADOS, LDA Comércio a retalho em supermercados e hipermercados. POMBAL 76 7.441.901<br />

223 243 LIGAÇÃO VELOZ - TRANSPORTES, LDA Transportes rodoviários <strong>de</strong> mercadorias. BATALHA 74 7.413.865<br />

224 187 FERROLEIRIA - COM. DE MAT. SID. E DE CONST., S.A. Com. por gros. <strong>de</strong> mat. <strong>de</strong> const. (excepto ma<strong>de</strong>ira) e equipamento sanitário. LEIRIA 20 7.409.753<br />

225 219 FRIGOSTO - IND. TRANSF. P.DE PROD. CONG, LDA Preparação <strong>de</strong> produtos da pesca e da aquicultura. CALDAS DA RAINHA 67 7.396.034<br />

226 207 BARROS & MOREIRA, S.A. Com. por grosso <strong>de</strong> mat <strong>de</strong> const.(excepto ma<strong>de</strong>ira) e equipamento sanitário. ÓBIDOS 53 7.388.673<br />

227 249 TECTIL - PLASTICO RETRACTIL, LDA Fabricação <strong>de</strong> chapas, folhas, tubos e perfis <strong>de</strong> plástico. LEIRIA 23 7.335.378<br />

228 220 VULCAL - VULCANIZAÇÕES E LUBRIFICANTES, S.A. Comércio por grosso <strong>de</strong> peças e acessórios para veículos automóveis. POMBAL 36 7.283.098<br />

229 250 Fabricação <strong>de</strong> portas, janelas e elementos similares em metal. ANSIÃO 87 7.279.401<br />

230 183 VEPELIBERICA - IND. COM. MAT. DE CONST. CIVIL, LDA Com. por grosso <strong>de</strong> mat. <strong>de</strong> const. (excepto ma<strong>de</strong>ira) e equipamento sanitário. BOMBARRAL 60 7.267.491<br />

231 - TECFIL - TÉCNICA FABRICO DE FIOS, LDA Fabricação <strong>de</strong> cordoaria. MARINHA GRANDE 73 7.206.638<br />

232 132 LEIRIBÉRIA - COMÉRCIO DE AUTOMÓVEIS, S.A. Comércio <strong>de</strong> veículos automóveis ligeiros. LEIRIA 33 7.175.413<br />

233 210 SOCIEDADE AUTOMÓVEIS CRUZ DE CRISTO, LDA Com. a retalho <strong>de</strong> comb.p/ veículos a motor, em estab. especializados. ALCOBAÇA 25 7.166.967<br />

234 - SONIGATE LEIRITRÓNICA, LDA Com. por grosso <strong>de</strong> equip. electrónicos, <strong>de</strong> telecomunicações e suas partes. LEIRIA 44 7.122.501<br />

235 - TRANSPORTES SOUSA GOMES, LDA Transportes rodoviários <strong>de</strong> mercadorias. POMBAL 67 7.105.423<br />

236 - CARFI - FÁBRICA DE PLÁSTICOS E MOLDES, S.A. Fabricação <strong>de</strong> outros artigos <strong>de</strong> plástico, n.e. MARINHA GRANDE 99 7.099.493<br />

237 - MANUEL RODRIGUES FERREIRA & VENDA, LDA Suinicultura. LEIRIA 6 7.076.504<br />

238 171 Instalação <strong>de</strong> climatização. LEIRIA 44 7.062.262<br />

239 - VIAMARCA - PINTURAS DE VIAS RODOVIÁRIAS, S.A. Construção <strong>de</strong> estradas e pistas <strong>de</strong> aeroportos. LEIRIA 58 7.058.204<br />

240 236 SUINIGRUPO - RAÇÕES PARA ANIMAIS, LDA Fabricação <strong>de</strong> alimentos para animais <strong>de</strong> criação (excepto para aquicultura). LEIRIA 15 7.058.001


VARIAÇÃO<br />

DO VN<br />

(%)<br />

RESULTADO<br />

LIQUIDO 2011<br />

(€)<br />

VAB<br />

(€)<br />

ACTIVO<br />

(€)<br />

CAPITAL<br />

PRÓPRIO<br />

(€)<br />

RENDIBILIDADE DO<br />

CAPITAL PRÓPRIO<br />

(%)<br />

PRODUTIVIDADE<br />

(€)<br />

AUTONOMIA<br />

FINANCEIRA<br />

(%)<br />

RENDIBILIDADE<br />

DO INVEST. TOTAL<br />

(%)<br />

EXPORTAÇÕES<br />

(% VN)<br />

-41,8 49.285 -588.315 3.017.043 1.096.759 4,5 -147.079 36,4 4,0 0,0<br />

-9,2 5.480 1.653.221 11.012.950 4.020.680 0,1 25.832 36,5 2,1 19,8<br />

42,8 33.723 351.145 429.832 31.284 107,8 18.481 7,3 11,8 0,0<br />

3,3 -65.469 2.178.590 17.526.631 2.098.794 -3,1 24.757 12,0 2,2 11,2<br />

-40,5 -5.851.108 1.227.969 15.300.373 1.736.757 -336,9 32.315 11,4 -32,3 16,1<br />

9,0 -115.099 197.004 1.623.352 463.466 -24,8 16.417 28,5 -6,0 0,0<br />

-6,3 -4.172.686 2.494.314 29.264.977 -7.683.670 (a) 22.884 (a) -8,8 10,6<br />

5,7 61.308 193.983 5.418.423 1.220.263 5,0 17.635 22,5 3,8 0,0<br />

3,9 105.775 1.461.574 6.314.759 1.921.707 5,5 30.449 30,4 5,3 0,0<br />

5,9 5.667 134.689 356.094 35.166 16,1 13.469 9,9 6,1 0,0<br />

6,9 41.287 575.324 1.081.388 -73.042 (a) 15.981 (a) 7,4 0,0<br />

40,1 151.607 1.312.980 6.130.866 2.360.610 6,4 31.261 38,5 5,8 47,3<br />

-15,8 -573.372 1.603.619 22.796.776 11.609.358 -4,9 29.157 50,9 -2,5 1,6<br />

16,5 40.806 2.290.880 8.107.781 3.887.313 1,0 15.375 47,9 2,1 4,5<br />

78,1 397.077 547.188 1.360.350 489.027 81,2 - 35,9 39,6 1,5<br />

51,1 547.859 1.384.734 11.237.547 3.160.233 17,3 47.749 28,1 4,9 87,6<br />

11,0 10.627 369.587 4.713.098 1.792.955 0,6 17.599 38,0 2,4 0,0<br />

31,9 41.114 214.052 1.318.220 139.882 29,4 214.052 10,6 17,5 25,0<br />

-13,8 69.987 208.930 1.606.235 388.336 18,0 208.930 24,2 10,2 33,7<br />

44,1 335.719 5.609.403 101.915.424 -2.765.769 (a) 116.863 (a) 2,6 0,0<br />

2.001,2 -7.485 344.005 426.453 42.515 -17,6 21.500 10,0 -0,8 0,0<br />

9,8 140.410 2.288.963 6.519.228 2.235.033 6,3 37.524 34,3 3,7 62,0<br />

-1,9 -32.774 46.588 445.065 188.962 -17,3 4.235 42,5 -6,6 0,0<br />

-7,2 2.071.998 4.560.296 6.148.501 4.530.670 45,7 47.503 73,7 46,8 0,0<br />

18,4 -768.317 545.010 3.449.168 266.372 -288,4 8.651 7,7 -18,8 0,0<br />

-30,1 49.561 3.324.738 26.561.033 7.041.938 0,7 45.544 26,5 1,3 89,2<br />

-2,2 20.340 3.131.620 7.939.782 2.682.769 0,8 24.276 33,8 0,6 36,5<br />

-21,8 42.518 161.422 3.489.221 875.169 4,9 80.711 25,1 2,3 0,2<br />

21,7 364.217 888.167 6.077.665 1.695.607 21,5 29.606 27,9 8,2 0,0<br />

80,9 31.872 535.005 3.779.520 798.571 4,0 53.500 21,1 2,7 98,3<br />

-5,1 236.709 2.063.241 7.820.057 2.114.682 11,2 36.197 27,0 4,8 0,0<br />

-9,6 71.599 666.128 4.584.842 3.222.355 2,2 22.970 70,3 3,0 0,2<br />

31,2 40.042 339.884 1.714.513 205.002 19,5 11.720 12,0 4,3 0,0<br />

-7,5 -84.502 1.152.410 3.279.829 1.714.467 -4,9 15.163 52,3 -1,2 0,0<br />

6,8 7.720 2.076.112 4.038.101 169.520 4,6 28.056 4,2 5,5 0,5<br />

-7,9 59.683 427.639 6.861.884 2.324.955 2,6 21.382 33,9 5,0 0,1<br />

1,1 178.197 2.488.468 8.506.318 2.920.901 6,1 37.141 34,3 4,8 4,5<br />

-1,3 622.507 2.210.689 7.352.524 2.740.311 22,7 41.711 37,3 13,3 10,1<br />

7,4 101.120 1.067.883 5.284.482 1.434.346 7,0 46.430 27,1 3,4 4,1<br />

-0,4 381.742 1.704.596 10.760.614 5.537.564 6,9 47.350 51,5 6,1 39,7<br />

7,0 721.726 1.859.486 10.664.881 5.580.385 12,9 21.373 52,3 8,5 54,8<br />

-11,0 40.258 1.641.400 9.744.994 2.672.688 1,5 27.357 27,4 2,7 6,1<br />

34,8 8.964 1.955.472 10.967.290 1.787.224 0,5 26.787 16,3 3,5 89,9<br />

-32,9 -61.319 571.306 3.715.353 741.654 -8,3 17.312 20,0 1,0 1,8<br />

-4,0 60.594 642.063 1.961.465 803.723 7,5 25.683 41,0 4,9 0,0<br />

13,4 58.865 1.153.522 7.418.232 1.161.034 5,1 26.216 15,7 3,3 0,8<br />

17,6 63.519 2.470.004 3.386.333 735.843 8,6 36.866 21,7 4,9 69,0<br />

5,2 1.100.847 3.045.047 8.883.900 5.444.940 20,2 30.758 61,3 12,9 83,6<br />

- 64.780 305.495 2.037.110 467.397 13,9 50.916 22,9 5,6 0,0<br />

-17,5 268.704 2.353.923 6.690.188 1.514.394 17,7 53.498 22,6 6,1 0,0<br />

11,6 -2.067.981 79.503 7.981.235 741.498 -278,9 1.371 9,3 -21,1 30,2<br />

-0,4 64.223 1.263.258 2.445.495 1.514.153 4,2 84.217 61,9 3,6 0,0


96 I 97<br />

empresas<br />

250 maiores LISTAGEM<br />

do<br />

distrito <strong>de</strong> <strong>Leiria</strong> 250 Maiores Empresas do Distrito <strong>de</strong> <strong>Leiria</strong><br />

Nº<br />

ORD<br />

2011<br />

Nº<br />

ORD<br />

2010<br />

NOME DESCRIÇÃO CAE CONCELHO TRAB. VOLUME<br />

DE NEGÓCIOS<br />

2011 (€)<br />

241 - CONSTRUÇÕES GONÇALVES & CARRILHO, LDA Construção <strong>de</strong> edifícios (resi<strong>de</strong>nciais e não resi<strong>de</strong>nciais). POMBAL 4 7.046.199<br />

242 227 Comércio por grosso <strong>de</strong> ma<strong>de</strong>ira em bruto e <strong>de</strong> produtos <strong>de</strong>rivados. LEIRIA 25 7.003.900<br />

243 199 Instalação <strong>de</strong> máquinas e <strong>de</strong> equipamentos industriais. LEIRIA 30 6.983.109<br />

244 - SANTOS & CORDEIRO, S.A. Const. <strong>de</strong> re<strong>de</strong>s <strong>de</strong> transp.e distrib. <strong>de</strong> electric. e re<strong>de</strong>s <strong>de</strong> telecomunicações. POMBAL 112 6.982.322<br />

245 - SODIJUNCAL - SUPERMERCADOS, LDA Comércio a retalho em supermercados e hipermercados. PORTO DE MÓS 30 6.972.694<br />

246 - PRIMOFRUTA - SOCIEDADE HORTOFRUTICOLA, LDA Comércio por grosso <strong>de</strong> fruta e <strong>de</strong> produtos hortícolas, excepto batata. BOMBARRAL 15 6.928.612<br />

247 - CALEIRAETERNA - FAB. C. COMP. MÁQ. CALEIRAS, S.A. Fabricação <strong>de</strong> outras torneiras e válvulas. POMBAL 18 6.927.837<br />

248 174 MAPICENTRO , S.A. Abate <strong>de</strong> gado (produção <strong>de</strong> carne). LEIRIA 65 6.870.816<br />

249 241 ICEL - IND. DE CUTELARIAS DA ESTREMADURA, S.A. Fabricação <strong>de</strong> cutelaria. ALCOBAÇA 158 6.816.944<br />

250 - TABAMOS - SOC. GROSSISTAS DE TABACOS, LDA Comércio por grosso <strong>de</strong> tabaco. PORTO DE MÓS 4 6.790.599<br />

Nota: Por a informação dos indicadores da Canalcentro e da EST só ter sido disponibilizada <strong>de</strong>pois da Informa D&B ter finalizado e entregue a listagem,<br />

estas duas empresas não a integram. No entanto, como apresentam Volume <strong>de</strong> Negócios suficiente para constar na listagem, publicamos em baixo os seus indicadores<br />

- 137 Com. a retalho <strong>de</strong> mat. <strong>de</strong> bricolage, equip. sanitário, ladrilhos e mat.sim., LEIRIA 35 9.928.096<br />

- - Electricida<strong>de</strong> Industrial, autom. e sist, instrum., re<strong>de</strong>s estrut. <strong>de</strong> dados e climatização LEIRIA 136 9.811.233<br />

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VARIAÇÃO<br />

DO VN<br />

(%)<br />

RESULTADO<br />

LIQUIDO 2011<br />

(€)<br />

VAB<br />

(€)<br />

ACTIVO<br />

(€)<br />

CAPITAL<br />

PRÓPRIO<br />

(€)<br />

RENDIBILIDADE DO<br />

CAPITAL PRÓPRIO<br />

(%)<br />

PRODUTIVIDADE<br />

(€)<br />

AUTONOMIA<br />

FINANCEIRA<br />

(%)<br />

RENDIBILIDADE<br />

DO INVEST. TOTAL<br />

(%)<br />

EXPORTAÇÕES<br />

(% VN)<br />

336,5 43.440 1.251.977 46.305.460 13.059.495 0,3 312.994 28,2 2,4 0,0<br />

-2,9 169.942 979.178 8.221.825 6.071.450 2,8 39.167 73,8 3,6 5,7<br />

-9,2 1.065.705 2.513.422 9.382.657 1.877.469 56,8 83.781 20,0 14,1 0,4<br />

89,2 78.223 1.963.380 3.978.357 1.116.289 7,0 17.530 28,1 2,9 0,0<br />

88,3 -91.465 418.696 798.283 -323.629 (a) 13.957 (a) -7,4 0,0<br />

20,5 96.471 983.237 4.874.132 598.990 16,1 65.549 12,3 3,9 80,8<br />

10,8 1.057.652 1.983.816 5.218.820 3.935.067 26,9 110.212 75,4 27,7 24,2<br />

-18,6 -314.810 1.040.228 5.039.809 2.860.670 -11,0 16.004 56,8 -5,1 0,0<br />

-3,0 158.348 3.603.955 7.986.961 5.974.991 2,7 22.810 74,8 3,5 0,0<br />

3,0 102.593 237.659 684.794 416.106 24,7 59.415 60,8 21,1 0,0<br />

-5,36 268.342 1.461.469 6.695.022 3.285.787 8,17 41.756 49,08 6,95 1,8<br />

25 74.023 3.450.096 00000 1.967.865 3,76 25.368 - - 12<br />

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1200 Pessoas 12 Empresas em Acção<br />

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