Descarregar PDF - Jornal de Leiria
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Esta revista faz parte integrante da edição 1477 do <strong>Jornal</strong> <strong>de</strong> <strong>Leiria</strong>,<br />
<strong>de</strong> 01.11.2012, e da edição 2372 do <strong>Jornal</strong> <strong>de</strong> Negócios, <strong>de</strong> 06.11.2012
04 I 05<br />
FICHA TÉCNICA<br />
250 maiores<br />
empresas do<br />
distrito <strong>de</strong> <strong>Leiria</strong><br />
EDIÇÃO: JORLIS - EDIÇÕES E<br />
PUBLICAÇÕES, LDA.<br />
Director: João Nazário<br />
Coor<strong>de</strong>nação: João Nazário<br />
Redacção: Célia Marques,<br />
Lur<strong>de</strong>s Trinda<strong>de</strong>, Paula Lagoa<br />
Serviços Comerciais:<br />
Rui Pereira<br />
Paginação: Isilda Trinda<strong>de</strong>,<br />
Rita Carlos<br />
Impressão: Lisgráfica, SA<br />
Tiragem: 40.000<br />
N.º <strong>de</strong> Registo 109980<br />
Depósito Legal n.º 5628/84<br />
Distribuição: <strong>Jornal</strong> <strong>de</strong> <strong>Leiria</strong><br />
Edição n.º 1477 , <strong>de</strong> 1.11.2012<br />
e do <strong>Jornal</strong> <strong>de</strong> Negócios,<br />
Edição n.º 2372 <strong>de</strong> 6.11. 2012<br />
COMUNICAÇÃO EMPRESARIAL<br />
Editorial<br />
06 COMUNICAÇÃO EMPRESARIAL<br />
UMA FERRAMENTA ESTRATÉGICA<br />
16 ENTREVISTA: LUÍS PAULO RODRIGUES<br />
18 A FORÇA DA MENSAGEM<br />
32 COMUNICAR NUM MERCADO GLOBAL<br />
40 DICAS DE COMUNICAÇÃO<br />
48 COMUNICAR EM AMBIENTE DE CRISE<br />
52 PROIBIDO ENGANAR<br />
56 RELAÇÃO COM A IMPRENSA<br />
66 ANÁLISE: 250 MAIORES EMPRESAS<br />
68 ANÁLISE: 50 MAIORES EXPORTADORAS<br />
70 LISTAGEM: 50 MAIORES EXPORTADORAS<br />
72 ANÁLISE: 50 MELHORES EMPRESAS<br />
74 LISTAGEM: 50 MELHORES EMPRESAS<br />
76 AS MELHORES EMPRESAS<br />
82 PUBLIREPORTAGENS<br />
86 LISTAGEM 250 MAIORES EMPRESAS<br />
a<br />
Ao iniciarmos a planificação <strong>de</strong>sta 22ª edição da revista<br />
250 Maiores Empresas do Distrito <strong>de</strong> <strong>Leiria</strong>, surgiu-nos<br />
a dificulda<strong>de</strong> <strong>de</strong> <strong>de</strong>finir um plano <strong>de</strong><br />
conteúdos que não repisasse tudo o que tem sido dito<br />
e escrito sobre as dificulda<strong>de</strong>s que as empresas atravessam<br />
e a grave crise económica que assola o País.<br />
Por um lado, sem <strong>de</strong>ixar <strong>de</strong> informar e <strong>de</strong> abordar<br />
o que enten<strong>de</strong>mos ser merecedor <strong>de</strong> ser noticiado,<br />
tem sido política do JORNAL DE LEIRIA não enveredar<br />
pelo caminho da exploração do drama que vivemos<br />
nem ajudar a cavar o buraco <strong>de</strong>pressivo que<br />
parece estar a engolir o País. Por outro, com tantas informações,<br />
análises, opiniões e explicações sobre a<br />
crise, proferidas por alguns especialistas e inúmeros<br />
pseudo entendidos, que têm monopolizado quase por<br />
completo a generalida<strong>de</strong> dos meios <strong>de</strong> comunicação<br />
social, pouco haveria a acrescentar para além <strong>de</strong><br />
mais alguns lugares comuns como os que diariamente<br />
ouvimos.<br />
Assim, e porque mais do que falar dos problemas<br />
importa encontrar caminhos para ajudar a resolvê-<br />
-los, <strong>de</strong>cidimos centrar a temática da revista na comunicação<br />
empresarial, um aspecto cada vez mais<br />
<strong>de</strong>terminante no êxito dos negócios, principalmente<br />
nesta era da globalização.<br />
Entre os empresários e especialistas em comunicação<br />
ouvidos nesta revista, é unânime a opinião <strong>de</strong><br />
que, hoje em dia, é fundamental para as empresas<br />
comunicarem e, acima <strong>de</strong> tudo, fazê-lo bem. No entanto,<br />
apesar <strong>de</strong>sta importância ser do senso comum,<br />
a realida<strong>de</strong> ainda está longe das palavras. O que<br />
vamos vendo é que muitas empresas continuam a<br />
actuar nesta área <strong>de</strong> forma manifestamente amadora<br />
e a <strong>de</strong>scurar as suas potencialida<strong>de</strong>s quase por<br />
completo, sendo geralmente a primeira a sofrer cortes<br />
quando é necessário conter custos.<br />
Talvez por isso, muitos dos produtos <strong>de</strong> excelência<br />
ma<strong>de</strong> in Portugal não são percebidos como tal, quer<br />
no estrangeiro quer, inclusive, no mercado nacional.<br />
Em muitos casos, <strong>de</strong>masiados até, fazemos bem mas<br />
não nos sabemos ven<strong>de</strong>r, não conseguindo fazer passar<br />
o valor dos nossos produtos. Como se po<strong>de</strong> perceber<br />
pela leitura <strong>de</strong>sta revista, a comunicação<br />
empresarial é tão importante como complexa, sendo<br />
imensos os factores, muitas vezes pequenos pormenores,<br />
a ter em conta. Facilmente um bom produto,<br />
uma marca com potencial ou uma empresa sólida<br />
po<strong>de</strong>m cair em <strong>de</strong>scrédito por pequenas falhas no<br />
processo <strong>de</strong> comunicação, sendo vários os exemplos<br />
que a história tem para provar isso mesmo.<br />
Um dos caminhos para as nossas empresas se<br />
afirmarem, <strong>de</strong>finitivamente, como exportadoras e capazes<br />
<strong>de</strong> competir com as melhores, passará obrigatoriamente<br />
por melhorarem a sua imagem e valor<br />
percebido dos seus produtos, entregando a comunicação<br />
a profissionais e investindo nesta área na proporção<br />
da sua importância. ■ João Nazário
06 I 07<br />
250 maiores<br />
empresas do<br />
distrito <strong>de</strong> <strong>Leiria</strong><br />
COMUNICAÇÃO EMPRESARIAL<br />
Uma ferramenta estratégica nos negócios<br />
CONSUMIDORES<br />
EXIGEM<br />
COMPROMISSOS<br />
EM VEZ DE<br />
PROMESSAS<br />
A comunicação assume uma importância cada vez<br />
mais <strong>de</strong>terminante na vida das empresas. Há gran<strong>de</strong>s<br />
mudanças estruturais nas socieda<strong>de</strong>s a nível<br />
global que obrigam a alterações na vida das organizações.<br />
As empresas têm <strong>de</strong> se tornar mais competitivas,<br />
procurar novos públicos, novos mercados e<br />
criar mecanismos que as auxiliem neste processo<br />
<strong>de</strong> transformação, permitindo-lhes, num contexto<br />
<strong>de</strong> re<strong>de</strong>s <strong>de</strong> informação cada vez mais globais e<br />
complexos, uma maior integração com os diversos<br />
agentes com que interagem. Todos estes factores alteraram<br />
a forma como pessoas, instituições e os negócios<br />
comunicam. Num período em que o Mundo<br />
atravessa uma das mais conturbadas existências, o<br />
“segredo” <strong>de</strong>ixa <strong>de</strong> ser, <strong>de</strong>finitivamente, a alma dos<br />
negócios. Quem assim continuar a pensar, <strong>de</strong>ixará<br />
<strong>de</strong> existir enquanto organização, produto ou serviço.<br />
O que não é comunicado não existe. Esta é uma verda<strong>de</strong><br />
inquestionável para marcas, organizações públicas<br />
e privadas e até para políticos, quer estejam<br />
em início <strong>de</strong> carreira ou não. Hoje, “estar na posse da<br />
verda<strong>de</strong> não é suficiente para construir as bases sólidas<br />
<strong>de</strong> uma reputação <strong>de</strong> credibilida<strong>de</strong>, serieda<strong>de</strong><br />
e competência. A verda<strong>de</strong> tem <strong>de</strong> ser comunicada”,<br />
refere o especialista em comunicação Luís Paulo<br />
DR
Rodrigues, para quem as pessoas, as empresas e as<br />
organizações têm <strong>de</strong> dirigir a sua própria comunicação,<br />
têm <strong>de</strong> ser proactivas, para darem <strong>de</strong> si a imagem<br />
que preten<strong>de</strong>m projectar. “Aquilo que somos e<br />
aquilo que pensamos – assim como aquilo que fazemos<br />
ou os produtos e serviços que temos para<br />
ven<strong>de</strong>r –, só será do conhecimento dos outros, ou<br />
dos públicos que procuramos, se for <strong>de</strong>vidamente<br />
comunicado. Se não tivermos uma comunicação<br />
proactiva, os outros não comunicam por nós, à excepção<br />
do consumidor quando passa a palavra ao<br />
amigo sobre aquilo que comprou ou quando escreve<br />
nas re<strong>de</strong>s sociais”, afirma Luís Paulo Rodrigues.<br />
Nesse caso, adverte, “estamos perante uma comunicação<br />
que não conseguimos controlar, po<strong>de</strong>ndo<br />
ser positiva ou negativa”. Por isso, para a construção<br />
<strong>de</strong> uma reputação <strong>de</strong> credibilida<strong>de</strong>, serieda<strong>de</strong> e<br />
competência “é imprescindível uma comunicação<br />
activa, planeada e dirigida para comunicar o que<br />
preten<strong>de</strong>mos, ou seja, a nossa verda<strong>de</strong>”.<br />
Quando se fala hoje <strong>de</strong> comunicação empresarial<br />
é imprescindível contextualizá-la no momento<br />
<strong>de</strong> crise económica internacional que ocupa o nosso<br />
quotidiano e nas alterações operadas ao nível da revolução<br />
tecnológica. Empresas e gestores <strong>de</strong> comunicação<br />
são hoje “intérpretes <strong>de</strong> uma profunda<br />
transformação, um renascimento na comunicação,<br />
que impacta o <strong>de</strong>senvolvimento dos programas e<br />
dos processos da comunicação à escala mundial”,<br />
revela Mário Branco, presi<strong>de</strong>nte da direcção da Associação<br />
Portuguesa Comunicação <strong>de</strong> Empresa<br />
(APCE), para quem a comunicação já não po<strong>de</strong> ser<br />
encarada como uma activida<strong>de</strong> táctica ou <strong>de</strong> apoio,<br />
antes emergindo como uma função estratégica da<br />
gestão focalizada na criação <strong>de</strong> valor.<br />
Significa isto que, neste momento, a função comunicação<br />
“está a encontrar um espaço mais amplo<br />
<strong>de</strong> intervenção, feito <strong>de</strong> complexida<strong>de</strong> e contextualização”,<br />
diz o arquitecto, referindo que “a confiança<br />
- e como restaurá-la – tornou-se uma questão crítica,<br />
e quer os próprios profissionais quer as partes<br />
interessadas reclamam transparência, verda<strong>de</strong>,<br />
proximida<strong>de</strong>, frequência e compreensão recíproca”.<br />
Por isso, diz, uma organização comunicativa tem<br />
<strong>de</strong> colocar as suas pessoas - num conceito alargado<br />
<strong>de</strong> público interno - no coração das suas comunicações<br />
e <strong>de</strong> respon<strong>de</strong>r <strong>de</strong> modo responsável e eficaz às<br />
legítimas preocupações dos seus stakehol<strong>de</strong>rs externos.<br />
“Alavancar a comunicação e articulá-la como<br />
um activo das organizações – baseado no alinhamento<br />
cultural, nas relações e na reputação – compromete-nos<br />
com novos <strong>de</strong>safios estratégicos e<br />
abre-nos, ao mesmo tempo, novas (e exigentes) oportunida<strong>de</strong>s”,<br />
consi<strong>de</strong>ra, ainda o presi<strong>de</strong>nte da APCE.<br />
“Mover a comunicação para o turbilhão da gestão<br />
da mudança e assim fomentar a mudança cultural,<br />
persuadindo, explicando e assegurando” será<br />
um dos <strong>de</strong>safios do futuro da comunicação empresarial,<br />
segundo Mário Branco, que <strong>de</strong>fen<strong>de</strong>, ainda, a<br />
pertinência <strong>de</strong> consi<strong>de</strong>rar “o Planeta como o nosso<br />
gran<strong>de</strong> stakehol<strong>de</strong>r e estabelecer e documentar<br />
compromissos sérios <strong>de</strong> sustentabilida<strong>de</strong>”.<br />
Admitindo que é possível fazer mais com menos<br />
recursos, promovendo a criativida<strong>de</strong> e a inovação,<br />
consi<strong>de</strong>ra imprescindível o domínio da utilização<br />
dos media sociais, com empenho na interacção, o<br />
que significará atingir novas audiências, ganhar a<br />
atenção (se o processo da mensagem for relevante e<br />
significante) e influenciar a discussão em re<strong>de</strong>s.<br />
De facto, vivemos numa socieda<strong>de</strong> global e mediática,<br />
em que as pessoas estão ligadas em re<strong>de</strong> e<br />
recebem informação no momento em que as coisas<br />
acontecem. “Comunicar conteúdos que marquem a<br />
diferença é ainda mais importante para agarrar os<br />
públicos, porque as pessoas estão na re<strong>de</strong>, os clientes<br />
estão na re<strong>de</strong>, o mercado está na re<strong>de</strong>. É na re<strong>de</strong><br />
que tudo funciona”, exclama Luís Paulo Rodrigues.<br />
COMUNICAÇÃO TRADICIONAL<br />
COMPLEMENTA MEDIA SOCIAL<br />
Falar <strong>de</strong> criação <strong>de</strong> imagem implica, necessariamente,<br />
recorrer à comunicação empresarial num<br />
sentido mais lacto da palavra, ou seja, ultrapassando<br />
a que tradicionalmente se fazia através dos<br />
logótipos, anúncios publicitários e papel <strong>de</strong> cartas,<br />
envelopes e cartões. Hoje, o mundo está <strong>de</strong> tal forma<br />
A inovação tecnológica e a responsabilida<strong>de</strong><br />
<strong>de</strong> lidar com um público com acesso<br />
cada vez mais variado à informação<br />
fez com que acomunicação assumisse<br />
uma estratégiamultiplataforma, integrando<br />
o digital com os canais mais tradicionais,<br />
como os jornais, as revistas e as televisões<br />
globalizado, que a comunicação é muito mais lacta<br />
e já não chega informar o bairro, a região ou o País.<br />
Comunica-se para um mundo que não se compa<strong>de</strong>ce<br />
<strong>de</strong> um só canal para dar a conhecer um negócio,<br />
um produto ou uma marca.<br />
“Felizmente houve uma evolução enorme na<br />
forma como comunicamos”, afirma Carla Branco, directora<br />
da Analógica - Agência <strong>de</strong> Comunicação <strong>de</strong><br />
Lisboa que trabalha com várias empresas da região.<br />
Por um lado, as marcas apresentam-se <strong>de</strong> uma<br />
forma “mais divertida e mais formal” e, por outro, as<br />
empresas, antes <strong>de</strong> avançarem com qualquer plano<br />
<strong>de</strong> comunicação, têm <strong>de</strong> saber qual a melhor forma<br />
<strong>de</strong> o fazer, percebendo qual o meio que mais se a<strong>de</strong>-<br />
>>>
08 I 09<br />
250 maiores<br />
empresas do<br />
distrito <strong>de</strong> <strong>Leiria</strong><br />
COMUNICAÇÃO EMPRESARIAL<br />
Uma ferramenta estratégica nos negócios<br />
“Os consumidores têm<br />
<strong>de</strong> ser vistos <strong>de</strong> uma<br />
outra perspectiva, pois<br />
existe um leque muito<br />
variado <strong>de</strong> escolhas, o<br />
seu gosto está mais<br />
apurado e não gostam<br />
que a informação lhe<br />
seja imposta ou<br />
vendida” , Carla Branco,<br />
Agência<br />
<strong>de</strong> Comunicação<br />
Analógica<br />
DR<br />
qua face ao seu ramo <strong>de</strong> negócio, explica a responsável.<br />
E se no passado a aposta passava, essencialmente,<br />
pela publicida<strong>de</strong> tradicional, “nos últimos<br />
três anos, assistiu-se a um corte no investimento<br />
publicitário <strong>de</strong> cerca <strong>de</strong> 50%, o que <strong>de</strong>u lugar à comunicação<br />
virtual, que apresenta <strong>de</strong> igual forma resultados<br />
favoráveis e um menor custo”. Carla Branco<br />
explica que tudo mudou com a revolução da internet,<br />
<strong>de</strong>s<strong>de</strong> a forma como comunicamos, à forma<br />
como nos apresentamos ao mundo e como interagimos<br />
com o próximo. “À distância <strong>de</strong> um clique, fazemos<br />
compras online, pagamos contas, transferimos<br />
dinheiro, enviamos mensagens, telefonamos para<br />
todo o mundo, fazemos vi<strong>de</strong>oconferências, vemos<br />
filmes, ouvimos música, lemos o jornal… a internet<br />
tornou-se o nosso universo e já não conseguimos<br />
imaginar a nossa vida sem computadores porque se<br />
transformou num estilo <strong>de</strong> vida”. Face a tudo isto,<br />
adianta, “não adaptar a comunicação da nossa empresa<br />
é algo tão impossível quanto negar toda esta<br />
realida<strong>de</strong>”.<br />
Apesar <strong>de</strong> tudo, para 85% das empresas, menos<br />
<strong>de</strong> 20% do orçamento <strong>de</strong> marketing é encaminhado<br />
para os meios digitais e só 6% das organizações –<br />
sobretudo na área do turismo - reservam mais <strong>de</strong><br />
40% do orçamento <strong>de</strong> marketing para a comunicação<br />
e promoção nos meios online. Os dados, que<br />
constam <strong>de</strong> um estudo dirigido às empresas que<br />
mais investem em publicida<strong>de</strong> no mercado português,<br />
apresentados na Internet Week 2012, revelam<br />
que cerca <strong>de</strong> meta<strong>de</strong> das empresas inquiridas realiza<br />
vendas online, mas também concluem que o impacto<br />
do canal ainda é reduzido.<br />
Carla Branco não tem dúvidas <strong>de</strong> que o universo<br />
online é o futuro da comunicação, embora admita<br />
que não faz sentido realizar vendas online sem<br />
apostar também na apresentação <strong>de</strong> um bom catálogo<br />
<strong>de</strong> serviços ou produtos, actualizado, dinamizado<br />
e comunicado nos mais variados meios. “Não<br />
po<strong>de</strong>mos cair no erro <strong>de</strong> não monitorizar o que se<br />
fala sobre a nossa empresa nas re<strong>de</strong>s sociais e nos<br />
<strong>de</strong>mais canais existentes”, explica, lembrando que é<br />
muito frequente, durante uma reunião, constatar-<br />
-se que alguns empresários “não fazem a mínima<br />
i<strong>de</strong>ia da comunicação online da sua empresa, esquecendo-se<br />
que ela está disponível para milhares<br />
<strong>de</strong> pessoas”. A directora <strong>de</strong> comunicação diz que se<br />
trata <strong>de</strong> empresas “bem estabelecidas no mercado,<br />
cujos conteúdos nas re<strong>de</strong>s sociais são negligenciados<br />
e <strong>de</strong>sactualizados, o que <strong>de</strong>monstra que ainda<br />
não levam as re<strong>de</strong>s sociais muito a sério”. Para muitos,<br />
são ainda os filhos, os sobrinhos ou os amigos<br />
dos amigos a gerirem a sua página <strong>de</strong> facebook. “É<br />
<strong>de</strong>sta forma que efectuam a comunicação online da<br />
sua empresa, o que revela um amadorismo enorme<br />
na gestão <strong>de</strong> comunida<strong>de</strong>s. Ter uma sólida comunicação<br />
é meio caminho andado para o sucesso”.<br />
Para esta comunicadora, há uma necessida<strong>de</strong><br />
urgente na construção <strong>de</strong> relações entre marcas e<br />
consumidores. Aliás, segundo <strong>de</strong>fen<strong>de</strong>, a própria palavra<br />
“consumidores” <strong>de</strong>veria <strong>de</strong>ixar <strong>de</strong> existir. “Não<br />
existem consumidores, existem seres humanos que<br />
interagem entre si, que compram, que ven<strong>de</strong>m, que<br />
experimentam produtos e que têm uma opinião”,<br />
afirma Carla Branco, para quem essa opinião “vale o<br />
que vale, mas a verda<strong>de</strong> é que po<strong>de</strong> chegar a muita<br />
gente, basta olhar para a massiva quantida<strong>de</strong> <strong>de</strong><br />
Gestores <strong>de</strong> comunicação<br />
são hoje “intérpretes <strong>de</strong> uma<br />
profunda transformação,<br />
um renascimento<br />
na comunicação, que<br />
impacta o <strong>de</strong>senvolvimento<br />
dos programas e dos<br />
processos da comunicação<br />
à escala mundial<br />
bloggers e respectivos seguidores. Alguns <strong>de</strong>les tornaram-se<br />
lí<strong>de</strong>res <strong>de</strong> opinião e verda<strong>de</strong>iros “embaixadores<br />
das marcas”.<br />
VIDA EMPRESARIAL É UM TODO<br />
Pedro Oliveira, director criativo da Sistema 4, empresa<br />
<strong>de</strong> <strong>Leiria</strong> que há 20 anos trabalha na área da<br />
comunicação e imagem, com empresas nacionais e<br />
multinacionais, não tem dúvidas <strong>de</strong> que no mundo<br />
dos negócios, sobretudo num mercado aberto e global,<br />
há que ser objectivo, directo e pragmático. E,<br />
num cenário <strong>de</strong> crise, com o mercado a encurtar a<br />
>>>
10 I 11<br />
250 maiores<br />
empresas do<br />
distrito <strong>de</strong> <strong>Leiria</strong><br />
COMUNICAÇÃO EMPRESARIAL<br />
Uma ferramenta estratégica nos negócios<br />
“A área da comunicação<br />
é como os alfaiates (…)<br />
Se o fato vestir bem e<br />
espalhar magia por<br />
on<strong>de</strong> passa, foi barato,<br />
caso contrário, é melhor<br />
rever o processo<br />
todo e pedir<br />
responsabilida<strong>de</strong>s”,<br />
Pedro Oliveira,<br />
Sistema 4<br />
PUBLICIDADE<br />
DR<br />
cada dia, o consumo a diminuir <strong>de</strong> forma drástica e<br />
com poucos recursos financeiros, reconhece que a<br />
comunicação é essencial, mas a aposta nesta área<br />
“é necessariamente tão difícil como a aposta noutro<br />
qualquer sector”. Apesar disso, diz não recomendar,<br />
nem alinhar “pela velha máxima proverbial <strong>de</strong> que<br />
quem não tem cão, caça com gato, pois caçar até<br />
po<strong>de</strong> caçar, mas a caça po<strong>de</strong>rá não ser a que <strong>de</strong>sejamos”.<br />
Daí que, tal como a aposta na produção ou<br />
na logística, por si só, não garantem o sucesso a nenhuma<br />
empresa, também a aposta apenas na comunicação<br />
não é solução que se recomen<strong>de</strong>. “A vida<br />
empresarial é um todo, que <strong>de</strong>ve funcionar <strong>de</strong> forma<br />
integrada e equilibrada”, explica o director criativo,<br />
para quem existem empresários e empresas nacionais<br />
que apostaram na comunicação das suas empresas<br />
em todas as suas vertentes e <strong>de</strong> forma<br />
irrepreensível. “Fazem-no <strong>de</strong>s<strong>de</strong> sempre e <strong>de</strong> forma<br />
consciente e consistente, <strong>de</strong>ntro <strong>de</strong> um alinhamento<br />
integrado e 360º, mas há também uma imensa multidão<br />
que não o fez enquanto o mercado o permitia<br />
e nos tempos que correm dificilmente o vai fazer,<br />
pois as preocupações imediatas e prementes são<br />
outras”, revela Pedro Oliveira, argumentando que<br />
quem se habituou a fazê-lo, tem agora a vida um<br />
pouco mais facilitada e mesmo em tempos <strong>de</strong> crise,<br />
on<strong>de</strong> é preciso ser ainda mais racional, “dotar o projecto<br />
empresarial <strong>de</strong> ferramentas a<strong>de</strong>quadas e <strong>de</strong>vidamente<br />
afinadas, garante <strong>de</strong>s<strong>de</strong> logo uma gran<strong>de</strong><br />
e profícua eficácia na comunicação”. Contudo, diz,<br />
“este fenómeno não é exclusivo apenas das empresas<br />
portuguesas, é <strong>de</strong> uma forma ou <strong>de</strong> outra, transversal<br />
no mundo oci<strong>de</strong>ntalizado”.<br />
A constante inovação tecnológica e a responsabilida<strong>de</strong><br />
<strong>de</strong> lidar com um público com acesso cada<br />
vez mais variado à informação fez com que a comunicação<br />
assumisse, cada vez mais, uma estratégia<br />
multiplataforma, integrando o digital com os canais<br />
mais tradicionais, como os jornais, as revistas e as<br />
televisões, antes as únicas fontes para aquisição <strong>de</strong><br />
conteúdo e informação. “Os monocanais já não resistem<br />
aos novos tempos, dando lugar aos pluricanais”,<br />
consi<strong>de</strong>ra também Paulo Pinto, director-geral<br />
do Grupo Redcats, que <strong>de</strong>tém as marcas La Redoute<br />
e Vertbau<strong>de</strong>t, lembrando, contudo, que os empresários<br />
não <strong>de</strong>vem privilegiar uns em <strong>de</strong>trimento <strong>de</strong> outros.<br />
Eles são complementares. “Um empresário tem<br />
<strong>de</strong> pensar hoje que uma pessoa está frente à televisão<br />
e tem o telemóvel ao seu lado, pelo que o SMS,<br />
associado a outras ferramentas <strong>de</strong> comunicação, é<br />
muito importante para comunicar a empresa”, exemplifica,<br />
lembrando a necessida<strong>de</strong> <strong>de</strong> complementar<br />
o marketing directo com o marketing digital, como é<br />
feito na La Redoute, através dos catálogos ou operações<br />
comerciais na web. Neste caso, Paulo Pinto<br />
lembra que a sua estratégia é reforçada continuamente<br />
com um trabalho <strong>de</strong> relações públicas e a uti-
lização, cada vez mais, dos meios publicitários da TV<br />
e rádio. “É importante comunicar on<strong>de</strong> encontramos<br />
o cliente. Hoje a gran<strong>de</strong> evolução estratégica da comunicação<br />
foi passar <strong>de</strong> uma estratégia assente no<br />
catálogo para uma estratégia <strong>de</strong> marketing 2.0 através<br />
do site, emails, sms”, explica.<br />
MARCAS… IMAGINAÇÃO,<br />
CRIATIVIDADE E VERDADE<br />
Quando se pensa em marcas, imediatamente se faz<br />
a associação a gran<strong>de</strong>s multinacionais, a nomes sonantes<br />
<strong>de</strong> produtos que enchem as prateleiras das<br />
<strong>de</strong>spensas das cozinhas ou ainda a uma roupa ou<br />
calçado que só po<strong>de</strong> ser adquirido por pessoas com<br />
um <strong>de</strong>terminado po<strong>de</strong>r <strong>de</strong> compra. Uma i<strong>de</strong>ia que os<br />
especialistas tentam <strong>de</strong>smistificar, já que todas as<br />
gran<strong>de</strong>s multinacionais <strong>de</strong> hoje e que ven<strong>de</strong>m essas<br />
marcas foram ontem i<strong>de</strong>ias muito pequeninas e com<br />
orçamentos muito reduzidos. Muitos dos milionários<br />
<strong>de</strong> hoje eram ilustres <strong>de</strong>sconhecidos há pouco mais<br />
<strong>de</strong> uma década. Carlos Coelho, presi<strong>de</strong>nte da Ivity<br />
Brand Corp, já falava assim em 2009 ao JORNAL DE<br />
LEIRIA, <strong>de</strong>fen<strong>de</strong>ndo que para criar uma marca, não é<br />
necessário muito dinheiro. “É preciso sermos muito<br />
ousados, <strong>de</strong>savergonhados e aplicarmos muita<br />
energia criativa e imaginação. Recursos que são<br />
sustentáveis e renováveis e que estão gratuitamente<br />
disponíveis na gaveta da nossa ambição”.<br />
A marca é, <strong>de</strong> facto, uma ferramenta <strong>de</strong> vantagem<br />
competitiva, mas apresenta-se, hoje, com uma nova<br />
O foco das marcas não po<strong>de</strong> continuar a ser<br />
a extracção do exce<strong>de</strong>nte dos consumidores,<br />
com base num mo<strong>de</strong>lo <strong>de</strong> consumo<br />
<strong>de</strong>senfreado”<br />
carga emocional e simbólica, própria do período em<br />
que vivemos. É impossível dissociá-la da diminuição<br />
do po<strong>de</strong>r <strong>de</strong> compra dos consumidores, pelo que<br />
<strong>de</strong>ve ter agregada a ela valores tão intrínsecos como<br />
a relevância, a verda<strong>de</strong> e a garantia <strong>de</strong> que a promessa<br />
que ela encerra é efectivamente cumprida. É<br />
necessário “mimá-la”, acompanhá-la <strong>de</strong> perto e criar<br />
uma imagem sólida e consistente <strong>de</strong> tal forma que<br />
as pessoas reconheçam nela um verda<strong>de</strong>iro sinal <strong>de</strong><br />
>>><br />
PUBLICIDADE
12 I 13<br />
250 maiores<br />
empresas do<br />
distrito <strong>de</strong> <strong>Leiria</strong><br />
COMUNICAÇÃO EMPRESARIAL<br />
Uma ferramenta estratégica nos negócios<br />
mo<strong>de</strong>lo <strong>de</strong> consumo <strong>de</strong>senfreado”, diz o responsável<br />
à Marketeer, para quem a relevância é um imperativo<br />
para a sobrevivência e para o sucesso. O futuro<br />
será, pois, das marcas que assumirem compromissos<br />
em vez <strong>de</strong> promessas.<br />
DR<br />
“A genialida<strong>de</strong> da<br />
concorrência do<br />
mercado livre é que o<br />
cliente <strong>de</strong>ci<strong>de</strong> quem<br />
vence e quem per<strong>de</strong>.<br />
E a longo prazo o cliente<br />
é o principal vencedor”,<br />
Donald J. Carty, CEO<br />
da American Airlines<br />
compromisso com a durabilida<strong>de</strong> e a qualida<strong>de</strong> do<br />
produto e serviço.<br />
Não é por acaso, que segundo o estudo Meaningful<br />
Brands, realizado pela primeira vez em Portugal<br />
pela Havas Media, apenas 28% das marcas são<br />
consi<strong>de</strong>radas relevantes para os consumidores portugueses,<br />
ou seja, 72% das marcas po<strong>de</strong>riam <strong>de</strong>saparecer<br />
sem a maioria dos consumidores sentirem<br />
a sua falta.<br />
As marcas relevantes são as que fazem diferença<br />
na vida das pessoas, comunida<strong>de</strong>s, socieda<strong>de</strong> e gerações<br />
futuras. Têm um impacto positivo e tangível,<br />
em termos humanos, em vez <strong>de</strong> simplesmente diferenciarem<br />
os produtos <strong>de</strong> modo superficial. Uma<br />
análise que aponta para a necessida<strong>de</strong> <strong>de</strong> as marcas<br />
reavaliarem a relação com os consumidores, que<br />
querem muito mais do que simples promessas ou<br />
histórias. Rui Almeida, director <strong>de</strong> Research da<br />
Havas Media Portugal, explica que as empresas<br />
terão <strong>de</strong> reequacionar as suas estratégias e centrar<br />
a activida<strong>de</strong> das marcas em torno dos cidadãos. “O<br />
foco das marcas não po<strong>de</strong> continuar a ser a extracção<br />
do exce<strong>de</strong>nte dos consumidores, com base num<br />
Apenas 28% das marcas são<br />
consi<strong>de</strong>radas relevantes<br />
para os consumidores<br />
portugueses, ou seja,<br />
72% das marcas po<strong>de</strong>riam<br />
<strong>de</strong>saparecer sem a maioria<br />
dos consumidores sentirem<br />
a sua falta<br />
VALORES INTEMPORAIS<br />
“A genialida<strong>de</strong> da concorrência do mercado livre é<br />
que o cliente <strong>de</strong>ci<strong>de</strong> quem vence e quem per<strong>de</strong>. E a<br />
longo prazo o cliente é o principal vencedor”.<br />
Donald J. Carty, CEO da American Airlines, já o referia<br />
em 1999, a propósito <strong>de</strong> valores relacionados<br />
com a verda<strong>de</strong> e a honestida<strong>de</strong> associados às marcas.<br />
Significa que estas premissas que hoje voltam<br />
a estar na or<strong>de</strong>m do dia sempre foram uma realida<strong>de</strong>,<br />
como aliás, Pedro Oliveira, faz questão <strong>de</strong> referir.<br />
A verda<strong>de</strong> e a honestida<strong>de</strong> são valores<br />
“intemporais” que representam “uma obrigação e<br />
uma responsabilida<strong>de</strong> das empresas, sejam portuguesas<br />
ou não, antes, agora e sempre”. Aliás, adverte,<br />
“com a facilida<strong>de</strong> que há hoje no acesso a todo o tipo<br />
<strong>de</strong> informação e também <strong>de</strong> a fazer circular, qualquer<br />
marca que não assuma essa postura, corre sérios<br />
riscos <strong>de</strong> ter problemas”.<br />
Nada foi, pois, inventado recentemente o que só<br />
revela que os consumidores são pessoas cada vez<br />
mais informadas, como aliás, se po<strong>de</strong> confirmar<br />
também pelas palavras <strong>de</strong> Kotler, segundo o qual<br />
criar uma marca tem implícita uma promessa que<br />
<strong>de</strong>verá ser cumprida, havendo <strong>de</strong>pois que trabalhá-<br />
-la no sentido <strong>de</strong> não <strong>de</strong>fraudar as pessoas que nela<br />
acreditam, não <strong>de</strong>ixando ao acaso qualquer pormenor.<br />
O director criativo da Sistema 4 refere os perigos<br />
<strong>de</strong> contágio, “pois se a ligação da marca à<br />
empresa for forte, rapidamente a contaminação da<br />
infecção da marca afectará também a empresa e<br />
po<strong>de</strong> até passar a contaminar também outras marcas<br />
associadas”, pelo que, “o melhor mesmo é trabalhar<br />
<strong>de</strong> forma competente e séria todos os dias, <strong>de</strong><br />
forma a não se correrem riscos, pois os custos <strong>de</strong> recuperar<br />
uma marca caída em <strong>de</strong>sgraça são tremen-<br />
>>>
14 I 15<br />
250 maiores<br />
empresas do<br />
distrito <strong>de</strong> <strong>Leiria</strong><br />
COMUNICAÇÃO EMPRESARIAL<br />
Uma ferramenta estratégica nos negócios<br />
As marcas relevantes<br />
são as que fazem<br />
diferença na vida das<br />
pessoas, comunida<strong>de</strong>s,<br />
socieda<strong>de</strong> e gerações<br />
futuras.<br />
damente maiores do que os custos <strong>de</strong> a manter viva,<br />
dinâmica e saudável durante o seu percurso”.<br />
Também para Carla Branco, “a marca continua<br />
a ser o maior património da empresa”, sendo que<br />
“a verda<strong>de</strong> e a honestida<strong>de</strong>, factores <strong>de</strong>cisivos<br />
para a continuação do seu sucesso, são valores<br />
que têm <strong>de</strong> estar presentes em todas as etapas e<br />
não apenas em alturas <strong>de</strong> crise”.<br />
Na opinião da directora da Analógica, felizmente,<br />
que “estamos perante um vasto público<br />
cada vez mais exigente e informado, <strong>de</strong> leitores e<br />
<strong>de</strong> muita gente interessada em partilha <strong>de</strong> conteúdos,<br />
o que motiva as marcas a fazer cada vez<br />
mais e melhor, contribuindo para uma evolução<br />
positiva”. Contudo, adverte, “o po<strong>de</strong>r está dividido”.<br />
Se por um lado, “estamos habituados a ter<br />
os consumidores a ditar as regras do jogo, por<br />
outro po<strong>de</strong>mos afirmar que o po<strong>de</strong>r está também<br />
do lado das empresas pois são elas que<br />
ditam os formatos e conteúdos que vão ser utilizados”.<br />
Neste momento, concretiza, “os consumidores<br />
têm <strong>de</strong> ser vistos <strong>de</strong> uma outra<br />
perspectiva, pois existe um leque muito variado<br />
<strong>de</strong> escolhas, o seu gosto está mais apurado e<br />
não gostam que a informação lhe seja imposta<br />
ou vendida”.<br />
E hoje, apesar das dificulda<strong>de</strong>s, não será difícil<br />
conceber qualida<strong>de</strong> e comunicá-la aos consumidores,<br />
como sustenta, ainda, Pedro Oliveira.<br />
“Como tudo o que envolve valor, o custo <strong>de</strong> comunicar<br />
é sempre relativo. Investir (e não gastar dinheiro)<br />
em comunicação, obriga a um plano<br />
estratégico objectivo, que começa num plano <strong>de</strong><br />
marketing, passa por uma integração correcta<br />
com a "atitu<strong>de</strong>" do <strong>de</strong>partamento comercial, com<br />
a pertinência do produto ou serviço ou empresa,<br />
e termina com a mensagem e com os meios escolhidos”.<br />
Ou seja, quando o investimento em comunicação<br />
é feito sobre este pressuposto, “há<br />
pelo menos uma garantia: é possível, com algum<br />
rigor, medir a eficácia do valor investido e com<br />
base nestes dados é que vai ser possível aferir se<br />
foi caro ou não”. Para este criativo, a área da comunicação<br />
é como os alfaiates. “Se o fato vestir<br />
bem e espalhar magia por on<strong>de</strong> passa, foi barato,<br />
caso contrário, é melhor rever o processo todo e<br />
pedir responsabilida<strong>de</strong>s”. ■<br />
Lur<strong>de</strong>s Trinda<strong>de</strong><br />
PUBLICIDADE
16 I 17<br />
250 maiores<br />
empresas do<br />
distrito <strong>de</strong> <strong>Leiria</strong><br />
ENTREVISTA<br />
Luís Paulo Rodrigues*<br />
Para se promover<br />
no estrangeiro, o vinho<br />
português tem <strong>de</strong><br />
<strong>de</strong>ixar as salas dos<br />
hotéis, on<strong>de</strong> são feitas<br />
as provas <strong>de</strong><br />
<strong>de</strong>gustação sempre<br />
para as mesmas<br />
pessoas, e tem <strong>de</strong> ir até<br />
aos consumidores que<br />
lêem jornais e revistas<br />
e que estão na<br />
Internet…<br />
d<br />
OS CONSUMIDORES<br />
NÃO TOLERAM<br />
A MENTIRA<br />
*<br />
consultor<br />
e gestor<br />
<strong>de</strong> comunicação<br />
Declina <strong>de</strong> todo a i<strong>de</strong>ia <strong>de</strong> a comunicação ser encarada<br />
como um serviço entregue a amigos ou curiosos<br />
ou como uma <strong>de</strong>spesa dispensável em momentos <strong>de</strong><br />
crise, <strong>de</strong>fen<strong>de</strong>ndo que o melhor que po<strong>de</strong> acontecer<br />
a uma marca é entrar no sistema mediático tradicional<br />
<strong>de</strong>pois <strong>de</strong> ter construído a sua imagem no espaço<br />
digital. Encara isso como uma agregação <strong>de</strong> valor extraordinária,<br />
embora tenha <strong>de</strong> ser feito com muito<br />
cuidado! Principalmente num momento em que as<br />
marcas têm <strong>de</strong> ser cada vez mais honestas na sua<br />
comunicação, pois os consumidores estão cansados<br />
<strong>de</strong> mentiras!<br />
Como avalia a comunicação feita pelas empresas<br />
portuguesas? Consi<strong>de</strong>ra que há ainda muitos aspectos<br />
a melhorar?<br />
Em todas as empresas, a <strong>de</strong>spesa em comunicação<br />
<strong>de</strong>veria ser encarada como um investimento essencial<br />
na sua gestão estratégica. E, quando falo em comunicação<br />
empresarial, refiro-me à assessoria <strong>de</strong><br />
imprensa, às relações públicas e a todas as disciplinas<br />
da comunicação: o marketing, a comunicação in-<br />
DR<br />
terna, o atendimento ao cliente, a comunicação digital,<br />
a publicida<strong>de</strong>, a comunicação corporativa, o marketing<br />
na comunida<strong>de</strong> envolvente, etc. Em cada<br />
empresa ou organização tudo isto <strong>de</strong>ve funcionar <strong>de</strong><br />
forma integrada, respeitando a visão, a missão e os<br />
valores. As empresas portuguesas, salvo honrosas<br />
excepções, têm a visão, a missão e os valores expressos<br />
no seu site como se fossem a<strong>de</strong>reços que ficam<br />
bem ali. Na maioria dos casos são visões e missões<br />
perfeitamente vagas, que po<strong>de</strong>riam ser aplicadas a<br />
todas as empresas. Quanto à comunicação, muitas<br />
vezes, é encarada como um serviço que po<strong>de</strong> ser entregue<br />
aos amigos ou curiosos. Ou como uma <strong>de</strong>spesa<br />
dispensável em momentos <strong>de</strong> crise.<br />
Tendo em conta as características do nosso país,<br />
consi<strong>de</strong>ra que é vantajosa a comunicação em associação?<br />
A comunicação em associação é um excelente caminho,<br />
porque permite uma comunicação eficaz por<br />
menos dinheiro. O problema são as capelinhas e os<br />
egocentrismos paroquiais. O movimento associativo,<br />
muitas vezes, não é suficientemente forte. Por exemplo,<br />
os produtores <strong>de</strong> vinho <strong>de</strong> uma <strong>de</strong>terminada região<br />
po<strong>de</strong>riam fazer a comunicação nacional ou<br />
internacional, mediante o pagamento <strong>de</strong> uma quota<br />
mensal ou anual à associação a que pertencem, cabendo<br />
à associação a responsabilida<strong>de</strong> pela comunicação,<br />
<strong>de</strong> acordo com os mercados prioritários. O<br />
futuro da comunicação internacional <strong>de</strong> alguns produtos<br />
portugueses, como o vinho ou o azeite, tem <strong>de</strong><br />
passar por aí. Para se promover no estrangeiro, o<br />
vinho português tem <strong>de</strong> <strong>de</strong>ixar as salas dos hotéis,<br />
on<strong>de</strong> são feitas as provas <strong>de</strong> <strong>de</strong>gustação sempre para<br />
as mesmas pessoas, e tem <strong>de</strong> ir até aos consumidores<br />
que lêem jornais e revistas e que estão na Internet,<br />
que querem conhecer não só o vinho, mas a<br />
região on<strong>de</strong> ele é produzido e os próprios métodos <strong>de</strong><br />
produção. O novo consumidor é informado e gosta <strong>de</strong><br />
procurar informação antes <strong>de</strong> <strong>de</strong>cidir as suas compras.<br />
Como se <strong>de</strong>ve comunicar no mercado global?<br />
Os princípios da comunicação são iguais em todo o<br />
lado. O que é preciso é conhecer os mercados, a sua<br />
cultura, os seus hábitos, costumes e tradições. É preciso<br />
saber se as pessoas lêem mais jornais ou se<br />
vêem mais televisão. Se frequentam mais o Facebook<br />
ou o Twitter. As mensagens também têm <strong>de</strong> ser adaptadas<br />
a cada região do globo. Não po<strong>de</strong>mos no mercado<br />
<strong>de</strong> muçulmanos apostar numa publicida<strong>de</strong> que<br />
explore o capital erótico da mulher. Nem po<strong>de</strong>mos ir<br />
para o Brasil falar em “raparigas”, que lá são prostitutas,<br />
nem em frango pica-no-chão, que remete para<br />
uma coisa pornográfica. O vinho ver<strong>de</strong>, no Brasil, não<br />
po<strong>de</strong> ser servido “fresco” – que soa a arrogância –,<br />
tem <strong>de</strong> ser servido gelado. Por isso, a comunicação,<br />
embora obe<strong>de</strong>cendo aos mesmos princípios em<br />
todos os lugares, precisa <strong>de</strong> ser regional para ser mais
eficaz. Regional no sentido em que apela a uma<br />
adaptação ao mercado.<br />
Um estudo recente revela que as marcas relevantes<br />
são as que fazem a diferença na vida das pessoas,<br />
comunida<strong>de</strong>s, socieda<strong>de</strong> e gerações futuras e também<br />
as que dominam o mercado. Perante esta situação,<br />
existe necessida<strong>de</strong> <strong>de</strong> se alterar a estratégia das<br />
empresas?<br />
Esta questão foca dois problemas. O primeiro, relativamente<br />
à questão do peso das marcas na mente dos<br />
consumidores, significa que a maioria das marcas<br />
portuguesas não existe para a maioria das pessoas.<br />
Provavelmente, isso acontece porque essas marcas<br />
comunicam mal e não conseguem um envolvimento<br />
satisfatório com os consumidores. Lá, está, o que não<br />
é comunicado não existe. O segundo problema tem a<br />
ver com as exportações portuguesas e com a imagem<br />
<strong>de</strong> Portugal no estrangeiro. Os consumidores associam<br />
as marcas à imagem dos países. Se a Coca-Cola<br />
não fosse americana, não seria a marca que é. Se a<br />
BMW não fosse alemã também não seria a marca<br />
consistente e robusta que é. Dou um exemplo concreto<br />
que afectou as exportações <strong>de</strong> máquinas fotográficas<br />
da Leica para os Estados Unidos. Cerca <strong>de</strong><br />
90 por cento das máquinas Leica são produzidas em<br />
Portugal, em Vila Nova <strong>de</strong> Famalicão. E são tão bem<br />
produzidas que os alemães acabam <strong>de</strong> investir na<br />
construção <strong>de</strong> uma nova fábrica. Há uns anos, as máquinas<br />
produzidas em Famalicão passaram a usar a<br />
etiqueta ma<strong>de</strong> in Portugal. A experiência foi um fracasso.<br />
Depois <strong>de</strong> perdas <strong>de</strong> 30% em vendas nos EUA<br />
e Japão, a Leitz, a empresa dos alemães em Famalicão,<br />
<strong>de</strong>cidiu voltar a inscrever a etiqueta ma<strong>de</strong> in Germany<br />
para recuperar. E recuperou. Isto significa que<br />
os gran<strong>de</strong>s mercados internacionais não confiam<br />
muito nos produtos fabricados em Portugal, a não ser<br />
os produtos naturais, como os alimentares. Eis um indicador<br />
precioso para o Governo trabalhar a imagem<br />
<strong>de</strong> Portugal no estrangeiro. E seria importante saber<br />
por que é que os americanos e os japoneses <strong>de</strong>ixaram<br />
<strong>de</strong> comprar uma máquina fotográfica <strong>de</strong> uma<br />
marca alemã prestigiada, só porque ostentava a inscrição<br />
ma<strong>de</strong> in Portugal. Mas isto serve para explicar<br />
que o peso das marcas na mente dos consumidores<br />
está muito ligado à imagem dos países.<br />
A que se <strong>de</strong>vem estas mudanças nos consumidores?<br />
Os consumidores são cada vez mais informados e<br />
cada vez mais exigentes. Os consumidores perguntam,<br />
querem saber, fazem contas e só <strong>de</strong>pois é que<br />
<strong>de</strong>ci<strong>de</strong>m. Com tantas marcas à disposição, o consumidor<br />
ganhou po<strong>de</strong>r, porque ganhou capacida<strong>de</strong> <strong>de</strong><br />
escolha. Logo, o consumidor contemporâneo quer ser<br />
tratado <strong>de</strong> igual para igual. A marca <strong>de</strong>ixou <strong>de</strong> <strong>de</strong>bitar<br />
propaganda <strong>de</strong> <strong>de</strong>ntro para fora, ficando à espera do<br />
cliente atrás do balcão, porque sabia que não havia<br />
concorrência. Agora, a marca tem <strong>de</strong> conversar com o<br />
consumidor, tem <strong>de</strong> interagir com ele, tem <strong>de</strong> tratá-lo<br />
PERFIL<br />
como se fosse o seu melhor amigo para mantê-lo por<br />
muito tempo. Porque um cliente é um bem cada vez<br />
mais escasso.<br />
A comunicação tem sido bem conseguida pela maioria<br />
das marcas no sentido da sua eficácia e até <strong>de</strong> honestida<strong>de</strong><br />
com o consumidor?<br />
Há marcas que ainda não <strong>de</strong>spertaram para a nova<br />
or<strong>de</strong>m económica global. Há empresas e marcas que<br />
contratam estagiários <strong>de</strong> borla ou por 500 euros, ou<br />
até menos, para “alimentar as re<strong>de</strong>s sociais”. Mas as<br />
re<strong>de</strong>s sociais não são vacas, que ficam satisfeitas<br />
com a erva que lhes damos. As re<strong>de</strong>s sociais são para<br />
ser geridas por profissionais <strong>de</strong> comunicação capacitados,<br />
que saibam criar conteúdos que interessem<br />
às pessoas que a marca procura conquistar, que saibam<br />
na ponta da língua a visão, a missão e os valores<br />
da marca, que sejam atenciosos e que resolvam os<br />
problemas com eficácia e discrição, tendo em conta<br />
que o cliente tem sempre razão, mesmo que não<br />
tenha.<br />
Quer dar um exemplo <strong>de</strong> um bom marketing viral?<br />
Vou lembrar um mau exemplo, para alertar as empresas<br />
no sentido <strong>de</strong> terem muito cuidado com este<br />
tipo <strong>de</strong> marketing. Porque há criativos que são tão<br />
criativos que produzem um efeito contrário ao pretendido.<br />
O melhor que po<strong>de</strong> acontecer a uma marca<br />
é entrar no sistema mediático tradicional <strong>de</strong>pois <strong>de</strong><br />
ter construído a sua imagem no espaço digital. Significa<br />
uma agregação <strong>de</strong> valor extraordinária. Mas isso<br />
tem <strong>de</strong> ser feito com cuidado. As marcas têm <strong>de</strong> ser<br />
honestas na sua comunicação. O que fez a Cacharel<br />
Portugal, por exemplo, com uma história <strong>de</strong> amor que<br />
era falsa, foi muito negativo para a marca. Os consumidores<br />
informados não toleram a mentira. A Cacharel<br />
Portugal contratou dois actores que usaram <strong>de</strong><br />
forma criminosa os meios <strong>de</strong> comunicação tradicionais<br />
para ven<strong>de</strong>rem um produto a partir <strong>de</strong> uma história<br />
inventada. As reacções negativas do público<br />
português não se fizeram esperar na Internet e ainda<br />
bem. Tem <strong>de</strong> haver ética na comunicação. ■<br />
Lur<strong>de</strong>s Trinda<strong>de</strong><br />
A marca tem <strong>de</strong><br />
conversar com o<br />
consumidor, tem<br />
<strong>de</strong> interagir com ele,<br />
tem <strong>de</strong> tratá-lo como<br />
se fosse o seu melhor<br />
amigo para mantê-lo<br />
por muito tempo. ´<br />
Porque um cliente é um<br />
bem cada vez mais<br />
escasso<br />
CONSULTOR E GESTOR DE COMUNICAÇÃO, LUÍS PAULO RODRIGUES, FORMADO EM CIÊNCIAS DA<br />
COMUNICAÇÃO E DA CULTURA, TRATA DA COMUNICAÇÃO DE MARCAS PORTUGUESAS, NO BRASIL,<br />
E DE MARCAS BRASILEIRAS, EM PORTUGAL, SOCORRENDO-SE DOS MEIOS TRADICIONAIS E DI-<br />
GITAIS. ATENDE IGUALMENTE EMPRESAS E ORGANIZAÇÕES PÚBLICAS E PRIVADAS, NO NOR-<br />
DESTE DO BRASIL, ALÉM DE ELABORAR PLANOS ESTRATÉGICOS DE COMUNICAÇÃO E PLANOS DE<br />
COMUNICAÇÃO TERRITORIAL. COM UMA LARGA EXPERIÊNCIA EM COMUNICAÇÃO MUNICIPAL, DI-<br />
RIGE CAMPANHAS DE MARKETING POLÍTICO E DE COMUNICAÇÃO ELEITORAL E GOVERNAMENTAL.<br />
É, AINDA, AUTOR DO BLOGUE COMUNICAÇÃO INTEGRADA, ELEITO EM 2011, PELO JORNAL MEIOS<br />
& PUBLICIDADE COMO UM DOS BLOGUES PORTUGUESES OBRIGATÓRIOS EM ASSUNTOS DE CO-<br />
MUNICAÇÃO.
18 I 19<br />
250 maiores COMUNICAÇÃO EMPRESARIAL<br />
empresas do<br />
distrito <strong>de</strong> <strong>Leiria</strong> A força da mensagem<br />
A FORÇA DA<br />
COMUNICAÇÃO<br />
NAS EMPRESAS<br />
a<br />
RICARDO GRAÇA<br />
“A comunicação está para as empresas como o sangue<br />
para a vida”. A expressão é da directora <strong>de</strong> Comunicação<br />
e Marketing da Toyota Portugal, Paula<br />
Arriscado, e insere-se num conjunto <strong>de</strong> abordagens<br />
sobre o que consi<strong>de</strong>ra ser a comunicação integrada<br />
nas empresas.<br />
Consi<strong>de</strong>rada uma das ferramentas mais <strong>de</strong>cisivas,<br />
Paula Arriscado enten<strong>de</strong> por comunicação integrada<br />
todo o tipo <strong>de</strong> estímulo que dá significado à<br />
marca, abrangendo o processo comunicacional na<br />
sua globalida<strong>de</strong>. Pressupõe um verda<strong>de</strong>iro trabalho<br />
<strong>de</strong> equipa, além da “utilização, maximização e complementarida<strong>de</strong><br />
<strong>de</strong> toda e qualquer forma <strong>de</strong> contacto<br />
com os públicos, com potencial <strong>de</strong> transmissão<br />
<strong>de</strong> mensagens planeadas ou acauteladas,<br />
constituindo uma plataforma <strong>de</strong> interacção entre<br />
públicos internos e entre estes e os externos, toda a<br />
dinâmica <strong>de</strong> vendas e pós-venda, relação e acção<br />
entre fabricantes, distribuidores e retalhistas”. Não<br />
<strong>de</strong>vem ser ignorados o papel dos fornecedores (sintonia<br />
com os valores da marca e postura social), e o<br />
dos accionistas, assim como o contexto relacional,<br />
culminando com a avaliação dos resultados face<br />
aos objectivos traçados e apresentação <strong>de</strong> medidas<br />
<strong>de</strong> melhoria, revela Paula Arriscado, citando, entre<br />
outros, Burnett & Moriarty, autores da obra Advertising:<br />
Principles & Practice<br />
Perante este pressupostos, po<strong>de</strong>r-se-á perguntar:.<br />
como comunicam as empresas no País e, especialmente,<br />
na região? Será legítimo fazer uma<br />
avaliação no sentido qualitativo do termo? A opinião<br />
<strong>de</strong> especialistas, agências e outros meios responsáveis<br />
sobre como a comunicação empresarial <strong>de</strong>ve<br />
ser feita varia. Uns <strong>de</strong>fen<strong>de</strong>m que o futuro passa<br />
pela comunicação online, alegando que o marketing<br />
tradicional tem tendência a morrer, outros sustentam<br />
que o futuro passa por uma estratégia <strong>de</strong> integração<br />
das várias plataformas existentes no<br />
mercado. “A comunicação para ter sucesso <strong>de</strong>verá<br />
ter força. A força que lhe é dada pelos intervenientes<br />
<strong>de</strong>ssa comunicação (forma) ou pela substância da<br />
mesma”, afirma Rui Melo Biscaia, responsável <strong>de</strong><br />
Marketing e Comunicação da Critical Software, empresa<br />
<strong>de</strong> soluções tecnológicas para sistemas informáticos,<br />
que nasceu em Coimbra, na Incubadora<br />
do Instituto Pedro Nunes e que hoje é consi<strong>de</strong>rada,<br />
a nível global, um case-study, pela forma como tem<br />
sabido gerar i<strong>de</strong>ias.<br />
Rui Melo Biscaia, natural <strong>de</strong> <strong>Leiria</strong>, ex-jornalista<br />
no <strong>Jornal</strong> <strong>de</strong> <strong>Leiria</strong>, é um dos 350 colaboradores da<br />
empresa que conta com sete subsidiárias em três<br />
continentes. É também o responsável por uma área<br />
que reúne várias plataformas na área da comunicação,<br />
on<strong>de</strong> a marca Critical assume uma importância<br />
inegável, tendo nos colaboradores uma das suas<br />
vantagens mais competitivas.<br />
Apostando na comunicação B2B (business to
usiness), como forma <strong>de</strong> ajudar o <strong>de</strong>partamento<br />
comercial a ganhar contacto directo, face to face,<br />
aplicado directamente a nível corporativo e da aplicação<br />
em todos os documentos diários, mantém<br />
uma forte presença na web, além da sua estratégia<br />
Marcom, dirigida aos clientes, utilizando os meios<br />
mais variados, <strong>de</strong>s<strong>de</strong> jornais, revistas relacionados<br />
com o mercado das tecnologias da informação, internet,<br />
newsletter e direct mail. Adicionalmente,<br />
existem campanhas <strong>de</strong> geração <strong>de</strong> leads, orientadas<br />
para a angariação <strong>de</strong> novos prospects ou direccionadas<br />
para o up-selling ou cross-selling junto da<br />
base <strong>de</strong> clientes existentes. Existindo uma forte presença<br />
internacional, é <strong>de</strong>terminante perceber a notorieda<strong>de</strong><br />
da marca em países terceiros, nomeadamente<br />
on<strong>de</strong> existem subsidiárias.<br />
Quando questionado sobre a forma como é feita<br />
a comunicação em Portugal e que situações há por<br />
explorar no sentido <strong>de</strong> melhorar esse aspecto, Rui<br />
Melo Biscaia refere, por exemplo, que os paradigmas<br />
da comunicação assentes numa comunicação<br />
one2many estão a <strong>de</strong>ixar <strong>de</strong> ser válidos e a passar a<br />
ser many2many ou seja, as empresas <strong>de</strong>ixam <strong>de</strong><br />
conseguir controlar a mensagem. De facto, o uso<br />
crescente das re<strong>de</strong>s sociais no cenário mundial provocou<br />
uma verda<strong>de</strong>ira revolução comportamental,<br />
<strong>de</strong> tal forma que hoje milhares <strong>de</strong> pessoas i<strong>de</strong>ntificam-se<br />
em ambiente <strong>de</strong> conversa e todas são mo<strong>de</strong>radoras<br />
<strong>de</strong> si mesmas, pelo que a opinião livre<br />
torna-se protagonista e aliada na troca <strong>de</strong> experiências.<br />
As marcas são criticadas e adoradas. As<br />
campanhas comentadas. As celebrida<strong>de</strong>s seguidas,<br />
as comunida<strong>de</strong>s criadas e fotos partilhadas.<br />
A comunicação “é li<strong>de</strong>rada pelos consumidores,<br />
que têm a capacida<strong>de</strong> <strong>de</strong> influenciar a <strong>de</strong>cisão <strong>de</strong><br />
compra <strong>de</strong> outros consumidores, numa re<strong>de</strong> capital<br />
<strong>de</strong> crescimento exponencial”, diz Rui Melo Biscaia,<br />
consi<strong>de</strong>rando que “<strong>de</strong>ixar <strong>de</strong> estar neste<br />
espaço é suicídio. O máximo que se po<strong>de</strong>rá almejar<br />
será condicionar a agenda, sendo que, para tal, a<br />
empresa <strong>de</strong>verá ser vista como mais um elemento<br />
do círculo em que a comunicação está a ter lugar”.<br />
Se nos focarmos apenas no factor publicida<strong>de</strong>,<br />
uma das áreas da comunicação empresarial, Rui<br />
Biscaia recorda que “a publicida<strong>de</strong> tradicional, enquanto<br />
ferramenta <strong>de</strong> comunicação (em qualquer<br />
dos media) ten<strong>de</strong> a <strong>de</strong>saparecer. “Sobreviverá a publicida<strong>de</strong><br />
que conseguir partilhar o risco do investimento<br />
com quem investe”. Isto porque, na sua<br />
opinião, a publicida<strong>de</strong> apenas é encarada como<br />
custo pelas empresas porque quem ven<strong>de</strong> publicida<strong>de</strong><br />
não enten<strong>de</strong> que tem <strong>de</strong> partilhar o risco do<br />
investimento que o seu cliente está a fazer em publicida<strong>de</strong>.<br />
“Há mo<strong>de</strong>los simples <strong>de</strong> colocar em prática<br />
que, no final, são win-win (vantajosas para<br />
todos), quer para o media que ven<strong>de</strong> a publicida<strong>de</strong><br />
quer para a empresa que investe em publicida<strong>de</strong>”.<br />
>>><br />
PUBLICIDADE
Comunicação tradicional? Comunicação digital?<br />
A comunicação é uma ferramenta que, segundo<br />
Paulo Morais, Community Managem do Marketing<br />
Portugal, “é apenas a parte visível do marketing.<br />
“Muito do que se faz no digital, já se fazia e faz no<br />
tradicional”, pelo que ambos <strong>de</strong>vem estar integrados<br />
e todas as acções <strong>de</strong>vem ter pontos <strong>de</strong> contacto<br />
entre si. “Um folheto po<strong>de</strong> promover uma página do<br />
facebook e uma página do facebook po<strong>de</strong> promover<br />
um congresso”. São, aliás, “muito poucas as empresas<br />
que investem exclusivamente na internet. Até a<br />
gigante Google investe em anúncios <strong>de</strong> televisão e<br />
envia correio tradicional”, argumenta.<br />
Há pois lugar para todos os formatos no planeta<br />
global e os exemplos na região são exemplo disso<br />
mesmo. Trata-se <strong>de</strong> um distrito cuja força do tecido<br />
empresarial se caracteriza por sectores diferenciados,<br />
com clusters bastante fortes, <strong>de</strong>stacando-se o<br />
dos mol<strong>de</strong>s, na Marinha Gran<strong>de</strong>, o vidro, os plásticos,<br />
a ma<strong>de</strong>ira, a agro-indústria e a indústria extractiva<br />
e transformadora. Há, ainda, outras áreas<br />
que se têm afirmado pela sua originalida<strong>de</strong> e pela<br />
forma como souberam tirar partido da sua endogeneida<strong>de</strong>,<br />
como a Maçã <strong>de</strong> Alcobaça, a Pera Rocha do<br />
Oeste, o Queijo Rabaçal, a cerâmica, a cutelaria e o<br />
calçado, este último integrado numa estratégia concertada<br />
a nível nacional. Cada empresa, cada área<br />
<strong>de</strong> negócio e cada nicho <strong>de</strong> mercado acerta a sua<br />
imagem e comunicação <strong>de</strong> acordo com as suas estratégias,<br />
os seus targets…sempre na certeza <strong>de</strong><br />
que comunicar é imprescindível para o sucesso das<br />
empresas!<br />
MARCA DE ELEIÇÃO TEM SEDE EM LEIRIA<br />
Tem se<strong>de</strong> em <strong>Leiria</strong> uma das marcas que “tem procurado<br />
a <strong>de</strong>mocratização da moda, através <strong>de</strong> valores<br />
que assentam na diversida<strong>de</strong>, facilida<strong>de</strong>,<br />
proximida<strong>de</strong> e responsabilida<strong>de</strong> social”. Trata-se da<br />
La Redoute, marca seleccionada pelos consumidores<br />
como marca <strong>de</strong> excelência Superbrands, durante<br />
dois anos consecutivos. A mo<strong>de</strong>rnização da<br />
imagem da marca, a constante precupação com a<br />
satisfação do cliente, assim como a aposta na web<br />
fizeram da La Ledoute a escolhida entre 1500 marcas<br />
nacionais e internacionais a actuar em Portugal<br />
nos anos 2009 e 2010.<br />
Pertencendo ao grupo Redcats, está presente no<br />
País <strong>de</strong>s<strong>de</strong> 1988, primeiro com um representante<br />
>>><br />
“Até a gigante Google<br />
investe em anúncios <strong>de</strong><br />
televisão e envia correio<br />
tradicional”, Paulo<br />
Morais, Community<br />
Managem do Marketing<br />
Portugal<br />
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22 I 23<br />
empresas<br />
250 maiores COMUNICAÇÃO EMPRESARIAL<br />
do<br />
distrito <strong>de</strong> <strong>Leiria</strong> A força da mensagem<br />
É em épocas <strong>de</strong> crise que o<br />
investimento na<br />
comunicação é primordial.<br />
O cliente, tendo limitações<br />
nos seus actos <strong>de</strong><br />
compra/consumo, valorizará<br />
as marcas que se <strong>de</strong>stacam<br />
em <strong>Leiria</strong> e <strong>de</strong>pois como subsidiária, sendo hoje<br />
lí<strong>de</strong>r na venda por catálogo em Portugal.<br />
O sucesso da La Redoute <strong>de</strong>ve-se à forma inovadora<br />
como comunica com o consumidor, tornandoo<br />
mais próximo <strong>de</strong> si e das suas colecções – em<br />
2009, por exemplo, criou um microsite, convidando<br />
os cibernautas a serem capa do seu catálogo.<br />
Esta proximida<strong>de</strong> com os consumidores levou a<br />
que, já este ano, tivesse sido consi<strong>de</strong>rada lí<strong>de</strong>r <strong>de</strong> visualizações,<br />
com 275 milhões <strong>de</strong> visitas a sites <strong>de</strong><br />
eCommerce. O Netpanel, da Marktest, que analisou<br />
o comportamento dos internautas portugueses a<br />
partir <strong>de</strong> um painel <strong>de</strong> utilização doméstica, concluiu,<br />
também, que a página oficial <strong>de</strong> internet da La<br />
Redoute foi a mais visualizada, ao registar mais <strong>de</strong><br />
16 milhões <strong>de</strong> visualizações.<br />
Paulo Pinto, director-geral da La Redoute, explica<br />
que as distinções à sua marca representam tão só o<br />
reconhecimento por parte dos clientes da importância<br />
da La Redoute no seu dia-a-dia, sendo o confirmar<br />
<strong>de</strong> que os valores inerentes à marca são<br />
valorizados e que a estratégia <strong>de</strong>finida está a dar os<br />
seus frutos.<br />
“Uma marca tem <strong>de</strong> se manter constante ao<br />
longo da vida, adaptando-se aos tempos em que<br />
vive, mas o seu ADN tem sempre <strong>de</strong> existir”, explica<br />
Paulo Pinto, atrevendo-se a dizer “que uma marca<br />
não po<strong>de</strong> cair em <strong>de</strong>sgraça”, mas “se cair é imperativo<br />
encontrar uma estratégia para compensar/corrigir<br />
essa situação”. De qualquer forma, “o po<strong>de</strong>r do<br />
>>><br />
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24 I 25<br />
empresas<br />
250 maiores COMUNICAÇÃO EMPRESARIAL<br />
do<br />
distrito <strong>de</strong> <strong>Leiria</strong> A força da mensagem<br />
consumidor é tal que não só ele não voltará a essa<br />
marca como tem a capacida<strong>de</strong>, nomeadamente<br />
através da internet e re<strong>de</strong>s sociais, <strong>de</strong> <strong>de</strong>rrubar essa<br />
marca”, diz.<br />
E a crise não é argumento para alterar a missão da<br />
marca. “Se em tempos <strong>de</strong> bonança a marca tem um<br />
fundamento, este <strong>de</strong>ve manter-se em tempos <strong>de</strong><br />
crise. O que acontece é que em tempos <strong>de</strong> crise, como<br />
a que vivemos actualmente, a variável preço assume<br />
um papel tão ou mais importante que a variável<br />
marca. O cliente hoje procura preço primeiro nas marcas<br />
que transmitem confiança todavia, irá alargar o<br />
seu horizonte <strong>de</strong> marcas visto ter uma preocupação<br />
<strong>de</strong> rendimento”, explica o responsável, para quem, no<br />
caso da La Redoute é muito difícil contabilizar o investimento<br />
feito em comunicação. “Toda a nossa activida<strong>de</strong><br />
é comunicação”, afirma Paulo Pinto,<br />
reconhecendo que na maioria das empresas “a área<br />
on<strong>de</strong>, na sua globalida<strong>de</strong>, é mais fácil cortar é a comunicação”.<br />
Todavia, aconselha, “fazê-lo é contraproducente,<br />
pois, “é em épocas <strong>de</strong> crise que o<br />
investimento na comunicação é primordial. O cliente,<br />
tendo limitações nos seus actos <strong>de</strong> compra/consumo,<br />
valorizará as marcas que se <strong>de</strong>stacam e, adicionalmente,<br />
todos os indicadores mostram que o cliente<br />
passa mais tempo em casa <strong>de</strong> forma a não cair em<br />
tentação. É necessário comunicar com ele para que<br />
não se esqueça da marca”.<br />
TELHAS SUSTENTÁVEIS… COM HISTÓRIA<br />
Porque a comunicação também se faz <strong>de</strong> encontros,<br />
a Umbelino Monteiro quis associar à sua marca<br />
JORNAL DE LEIRIA/ARQUIVO<br />
Em tempos <strong>de</strong> crise,<br />
como a que vivemos<br />
actualmente, a variável<br />
preço assume um papel tão<br />
ou mais importante que<br />
a variável marca<br />
“Uma marca tem <strong>de</strong> se<br />
manter constante ao<br />
longo da vida,<br />
adaptando-se aos<br />
tempos em que vive,<br />
mas o seu ADN tem<br />
sempre <strong>de</strong> existir”,<br />
Paulo Pinto,<br />
director-geral<br />
La Redoute<br />
uma imagem in<strong>de</strong>lével <strong>de</strong> pioneirismo e inovação,<br />
na conquista conhecimento, validado na sua participação<br />
em obras <strong>de</strong> reabilitação como o Mosteiro<br />
dos Jerónimos, o Convento <strong>de</strong> Cristo, a Sé <strong>de</strong> Viseu,<br />
o Palácio da Pena, o Castelo <strong>de</strong> <strong>Leiria</strong>, entre muitos<br />
outros edifícios que nos falam <strong>de</strong> 30 anos a rehabilitar<br />
com história. Este é o tema da sua mais recente<br />
acção <strong>de</strong> comunicação institucional, dirigida a profissionais<br />
das áreas do projecto e construção e que<br />
fez história no País, a provar que a comunicação se<br />
faz com criativida<strong>de</strong> e imaginação!<br />
>>><br />
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26 I 27<br />
empresas<br />
250 maiores COMUNICAÇÃO EMPRESARIAL<br />
do<br />
distrito <strong>de</strong> <strong>Leiria</strong> A força da mensagem<br />
“Toda a comunicação<br />
empresarial tem <strong>de</strong><br />
estar alinhada para se<br />
construir uma imagem<br />
coerente e autêntica”,<br />
Teresa Monteiro,<br />
directora-geral<br />
da Umbelino Monteiro<br />
JORNAL DE LEIRIA/ARQUIVO<br />
Mas os telhados não são só paisagem, fazem<br />
parte da nossa vida. E a Umbelino Monteiro “acredita<br />
no esforço ecológico como ferramenta <strong>de</strong> gestão,<br />
rentabilida<strong>de</strong> e parte vital do processo<br />
produtivo e da excelência competitiva da empresa”,<br />
pelo que, mais do que uma chancela ou “carimbo<br />
ver<strong>de</strong>”, está “empenhada em <strong>de</strong>senhar nos colaboradores,<br />
fornecedores e parceiros uma mentalida<strong>de</strong><br />
ambientalmente amigável”. É esta mensagem que<br />
diariamente a empresa comunica nas suas variadas<br />
vertentes, porque, segundo Teresa Monteiro, directora-geral<br />
da empresa, “toda a comunicação<br />
empresarial tem <strong>de</strong> estar alinhada para se construir<br />
uma imagem coerente e autêntica, requerendo<br />
“uma atenção especial <strong>de</strong>dicada à formação das<br />
pessoas, para uma a<strong>de</strong>são forte à cultura e aos valores<br />
da empresa”.<br />
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INSPECÇÕES TÉCNICAS VEÍCULOS A MOTOR, LDA.<br />
A divulgação da imagem<br />
da Umbelino Monteiro passa<br />
pela comunicação dirigida<br />
às várias partes envolvidas<br />
no negócio, como<br />
os clientes, fornecedores,<br />
colaboradores, instituições<br />
e outros<br />
E.N. 1 - N.º 67 Sto. Antão . 2440-053 BATALHA<br />
Tel. 244 767 923 . Fax 244 765 330 . E-mail: geral@itvm.pt<br />
Apoiada num <strong>de</strong>partamento <strong>de</strong> marketing“competente<br />
e numa equipa cada vez mais consciente <strong>de</strong><br />
que todos estamos a contribuir para a comunicação<br />
da empresa”, a divulgação da imagem da Umbelino<br />
Monteiro passa pela comunicação dirigida às várias<br />
partes envolvidas no negócio, como os clientes, fornecedores,<br />
colaboradores, instituições e outros. “As<br />
acções que têm maior notorieda<strong>de</strong> junto do gran<strong>de</strong><br />
público são as promocionais como a campanha que<br />
temos actualmente no ar, relacionada com o telhado<br />
grátis, bem como as aulas nas universida<strong>de</strong>s sobre<br />
construção <strong>de</strong> coberturas sustentáveis e a participação<br />
em seminários”. Para o público empresarial,<br />
a empresária <strong>de</strong>staca também a participação no<br />
projecto CER, dinamizado pela APICER – Associação<br />
Portuguesa da Indústria Cerâmica, em que partilha<br />
as boas práticas <strong>de</strong> responsabilida<strong>de</strong> social,<br />
apresentadas no “guia <strong>de</strong> boas práticas <strong>de</strong> responsabilida<strong>de</strong><br />
social no sector da cerâmica”.<br />
Nada ficaria completo, sem a comunicação publicitária<br />
mais tradicional, como a imprensa, outdoors<br />
e, claro, a presença na comunicação digital<br />
com o seu site e as re<strong>de</strong>s sociais. Por último mas<br />
“não menos importante”, a comunicação para <strong>de</strong>n-
tro da organização, quer com os colaboradores, quer<br />
com os accionistas.<br />
“A comunicação dá um contributo inestimável<br />
para que a empresa se dê a conhecer às partes interessadas,<br />
veiculando e ajudando a construir uma<br />
imagem da empresa, que se torna um activo que<br />
<strong>de</strong>ve ser gerido da mesma forma que qualquer dos<br />
outros activos”, explica Teresa Monteiro. Num mercado<br />
como o português, “cada vez mais disputado<br />
entre as empresas concorrentes, a comunicação é<br />
fundamental para chegar junto dos públicos-alvo”,<br />
adianta.<br />
“A comunicação, <strong>de</strong>s<strong>de</strong><br />
a primeira abordagem<br />
ou contacto, é um<br />
marco que distingue ou<br />
não a empresa ou<br />
empresário. E isso não<br />
tem preço”, Regina<br />
Vitório, gerente<br />
da Inovopedra<br />
LSI STONE COMUNICA COM PASTÉIS DE NATA<br />
O nome Inovopedra em Portugal está associado a<br />
inovação, a criativida<strong>de</strong> e a internacionalização. É<br />
uma assinatura que todos sabem pronunciar bem.<br />
No estrangeiro, era mais difícil e por isso, Regina Vitório<br />
não hesitou em criar uma marca própria para a<br />
sua empresa. Hoje, todos a conhecem como LSI<br />
Stone (Limestone inovopedra) e as vantagens não<br />
se fizeram esperar. “Resultou num posicionamento<br />
da imagem <strong>de</strong> empresa junto do mercado internacional”,<br />
explica a empresária, lembrando a necessida<strong>de</strong><br />
<strong>de</strong> criar um símbolo ou marca <strong>de</strong> fácil<br />
>>><br />
JORNAL DE LEIRIA/ARQUIVO<br />
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28 I 29<br />
empresas<br />
250 maiores COMUNICAÇÃO EMPRESARIAL<br />
do<br />
distrito <strong>de</strong> <strong>Leiria</strong> A força da mensagem<br />
por duas vertentes, uma mais abrangente, virtualmente<br />
através da internet, e outra mais direccionada,<br />
face to face ou comunicação directa. É caro<br />
comunicar? “É, muito, se tivermos em conta que é<br />
um investimento que não se visiona <strong>de</strong> facto”, respon<strong>de</strong><br />
a empresária, dizendo, logo <strong>de</strong> seguida, que<br />
vale a pena. “Não basta falar para comunicar! A comunicação<br />
virtual/net tem um custo e quanto mais<br />
profissional mais caro é. A comunicação directa tem<br />
custos que po<strong>de</strong>rão ser avultados… mas a comunicação,<br />
<strong>de</strong>s<strong>de</strong> a primeira abordagem ou contacto, é<br />
um marco que distingue ou não a empresa ou empresário.<br />
E isso não tem preço”.<br />
Actualmente está a ser <strong>de</strong>senvolvido um novo<br />
website, com uma imagem muito mais profissional<br />
e contemporânea, adaptado às exigências dos mercados<br />
internacionais.<br />
“Estamos numa fase <strong>de</strong><br />
reestruturação para<br />
introduzir outras áreas<br />
<strong>de</strong> negócio, pelo que vai<br />
ser importante reforçar<br />
a comunicação e a<br />
imagem da empresa”,<br />
Jorge Martins,<br />
administrador<br />
da Bourbon Automotive<br />
Plasctics<br />
i<strong>de</strong>ntificação e pronunciação. A LSI é uma marca registada,<br />
tendo “hoje o seu peso e reconhecimento<br />
internacional são dignos <strong>de</strong> uma empresa <strong>de</strong> portas<br />
abertas ao futuro e a novos mercados”.<br />
Foi com a marca que a Inovopedra iniciou um importante<br />
processo <strong>de</strong> comunicação que, segundo<br />
Regina Vitório, na sua empresa assume um peso<br />
muito “relevante”, embora quando fala em comunicação,<br />
se referira a outras questões, “pequenas coisas,<br />
mas que fazem a diferença”. A empresária não<br />
<strong>de</strong>scura o “saber estar e saber comunicar”, pois tem<br />
consciência que quando reúne com um cliente<br />
árabe a sua postura não é a mesma que tem com<br />
um americano. Tudo é diferente. E <strong>de</strong>ixa um alerta<br />
aos empresários portugueses: “visionem a forma <strong>de</strong><br />
comunicação como instrumento chave <strong>de</strong> sucesso<br />
para o negócio e não como uma perda <strong>de</strong> tempo”.<br />
A Inovopedra é visitada frequentemente por<br />
clientes, arquitectos e outros profissionais internacionais<br />
e sempre que isso acontece há sempre “um<br />
pastel <strong>de</strong> nata e um café <strong>de</strong> acolhimento (coisas<br />
simples que marcam a diferença...) ”, revela a empresária,<br />
argumentando que a comunicação direccionada<br />
é uma condicionante ao negócio e ao seu<br />
sucesso. “É um investimento que po<strong>de</strong>rá ascen<strong>de</strong>r<br />
a valores muito elevados e nem sempre se traduzem<br />
em negócio, mas o marco fica presente”, revela.<br />
A Lsi Stone “investe muito em comunicação, tem<br />
a sua tipologia <strong>de</strong> comunicação e diferenciação<br />
através <strong>de</strong>la”, utilizando uma estratégia que passa<br />
JORNAL DE LEIRIA/ARQUIVO<br />
Comunicação é tudo<br />
o que fazemos, <strong>de</strong>s<strong>de</strong><br />
a conversa com o nosso<br />
colaborador, motivando-o,<br />
ao contacto que fazemos<br />
com um cliente num ponto<br />
mais longínquo do planeta<br />
COMUNICAÇÃO FACE TO FACE<br />
A Bourbon Automotive Plasctic, antiga Inteplástico,<br />
na Marinha Gran<strong>de</strong>, é o exemplo <strong>de</strong> uma empresa<br />
que até aqui tem <strong>de</strong>stinado o seu core business a<br />
um universo muito restrito, razão pela qual a comunicação<br />
da empresa tem sido direccionada essencialmente<br />
a colaboradores, clientes, fornecedores,<br />
accionistas e outros parceiros <strong>de</strong> negócios.<br />
Vocacionada para a transformação <strong>de</strong> termoplásticos<br />
por injecção para a indústria automóvel, a<br />
empresa tem privilegiado os contactos directos com<br />
os clientes e potenciais clientes, mas não se pense<br />
que neste face to face não existem regras que só um<br />
empresário com a experiência <strong>de</strong> Jorge Martins saberá<br />
contornar. “Um chefe <strong>de</strong> compras ou um responsável<br />
<strong>de</strong> marketing interpreta a informação <strong>de</strong><br />
uma forma completamente diferente da <strong>de</strong> um<br />
homem <strong>de</strong> projectos, <strong>de</strong> um engenheiro, por isso as<br />
pessoas com quem se estabelecem as relações são<br />
muito importantes nos negócios”, explica o administrador<br />
da Bourbon Automotive Plasctics, lembrando<br />
que comunicação é, também, saber quem <strong>de</strong>ci<strong>de</strong><br />
nas empresas.<br />
A trabalhar exclusivamente para o sector automóvel,<br />
Jorge Martins não <strong>de</strong>scura outras ferramentas<br />
para divulgar a imagem da sua empresa. Dispõe<br />
>>>
30 I 31<br />
250 maiores COMUNICAÇÃO EMPRESARIAL<br />
empresas do<br />
distrito <strong>de</strong> <strong>Leiria</strong> A força da mensagem<br />
<strong>de</strong> um site on<strong>de</strong> comunica os valores associados à<br />
marca, bem como “a contribuição que a mesma tem<br />
dado para a elevação e qualida<strong>de</strong> do nível <strong>de</strong> vida<br />
das populações, através do apoio a iniciativas culturais<br />
e <strong>de</strong>sportivas relevantes e na preservação do<br />
meio ambiente”. Dispõe <strong>de</strong> um ví<strong>de</strong>o promocional e<br />
<strong>de</strong> outros dados relevantes da empresa. Comunica,<br />
também, através <strong>de</strong> uma newsletter, <strong>de</strong> emails direccionados,<br />
<strong>de</strong> revistas <strong>de</strong> especialida<strong>de</strong> <strong>de</strong> carácter<br />
muito científico, <strong>de</strong> maillings, <strong>de</strong> entrega diária e<br />
<strong>de</strong> publicida<strong>de</strong> pontual nos jornais regionais e nacionais.<br />
A empresa está a preparar uma estratégia <strong>de</strong> comunicação<br />
mais agressiva no sentido <strong>de</strong> chegar a<br />
outros mercados com quem trabalhou no passado.<br />
“Estamos numa fase <strong>de</strong> reestruturação para introduzir<br />
outras áreas <strong>de</strong> negócio, pelo que vai ser importante<br />
reforçar a comunicação e a imagem da<br />
empresa”, explica Jorge Martins, referindo-se, para<br />
já, ao site que está em remo<strong>de</strong>lação, com a introdução<br />
das novas áreas. “Fazemos parte da comunida<strong>de</strong>,<br />
pelo que também nos interessa que as<br />
pessoas conheçam a nossa activida<strong>de</strong> e quais as<br />
nossas políticas para o seu bem-estar”, diz o empresário,<br />
que encara a comunicação no sentido<br />
mais lacto da palavra. “Comunicação é tudo o que<br />
fazemos, <strong>de</strong>s<strong>de</strong> a conversa com o nosso colaborador,<br />
motivando-o, ao contacto que fazemos com um<br />
cliente num ponto mais longínquo do planeta”. ■<br />
Lur<strong>de</strong>s Trinda<strong>de</strong><br />
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32 I 33<br />
250 maiores COMUNICAÇÃO EMPRESARIAL<br />
empresas do<br />
distrito <strong>de</strong> <strong>Leiria</strong> Mercado Global<br />
DR<br />
aAs últimas duas décadas marcam gran<strong>de</strong>s transformações<br />
económicas e sociais à escala global.<br />
As unida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> trabalho passaram a transnacionais.<br />
Os produtos já não têm nacionalida<strong>de</strong> <strong>de</strong>finida.<br />
Um carro da marca X po<strong>de</strong> conter peças<br />
fabricadas em Portugal ou no Japão, ter sido projectado<br />
em França, montado no Brasil e vendido<br />
em qualquer parte do mundo.<br />
«A globalização, como fenómeno, tem contribuído<br />
para mudanças nas práticas sociais. E a<br />
linguagem, como parte crucial, é uma das vertentes<br />
<strong>de</strong>sse fenómeno», expõe Carminda Silvestre,<br />
professora coor<strong>de</strong>nadora do Departamento <strong>de</strong><br />
Ciências da Linguagem, da Escola Superior <strong>de</strong><br />
Tecnologia e Gestão do Instituto Politécnico <strong>de</strong><br />
<strong>Leiria</strong>.<br />
Os <strong>de</strong>safios da comunicação empresarial à escala<br />
global começam na “maternida<strong>de</strong>”. Que é<br />
como quem diz na escolha do nome da empresa<br />
ou da marca que se quer projectar além-fronteiras.<br />
Para muitas empresas É fundamental perceber se o nome escolhido<br />
o mercado é hoje global. tem alguma conotação negativa noutras línguas<br />
E para gran<strong>de</strong> parte dos ou culturas, e a internet po<strong>de</strong> dar uma boa ajuda<br />
consumidores também. nesse sentido. No caso <strong>de</strong> se tratar <strong>de</strong> um nome<br />
Fomos saber que<br />
composto por mais que uma palavra, importa ter<br />
implicações tem a<br />
também atenção ao resultado da sua agregação<br />
globalização na<br />
no en<strong>de</strong>reço do site.<br />
comunicação<br />
Palavras que isoladamente não apresentam<br />
empresarial.<br />
problema <strong>de</strong> maior, juntas po<strong>de</strong>m transformarse<br />
numa gran<strong>de</strong> dor <strong>de</strong> cabeça. Foi o que aconte-<br />
Tendências e dicas<br />
<strong>de</strong> quem sabe.<br />
ceu com a empresa Pen Island: a proposta inicial<br />
COMO<br />
COMUNICAR<br />
NUM MUNDO<br />
GLOBAL<br />
<strong>de</strong> ven<strong>de</strong>r canetas a partir <strong>de</strong> uma ilha acabou<br />
por culminar no top 10 dos piores nomes para<br />
sites, segundo o Expert Reviews, pela outra leitura<br />
a que se presta a agregação das duas palavras:<br />
“ilha do pénis”.<br />
Outro exemplo é o site da Experts Exchange<br />
(“trocas profissionais”): o nome composto no en<strong>de</strong>reço<br />
do site também po<strong>de</strong> ser lido como “troca<br />
profissional <strong>de</strong> sexo”. Os constrangimentos para<br />
as empresas são óbvios e os danos no negócio<br />
po<strong>de</strong>m ser irreversíveis.<br />
A comunicação vive também <strong>de</strong> imagem e,<br />
nesta fase inicial, importa fazer uma boa escolha<br />
do logotipo da empresa. Uma cruz, por exemplo,<br />
não é recebida num país islâmico da mesma<br />
forma que em Portugal, adverte Ricardo Espada,<br />
director criativo da agência <strong>de</strong> publicida<strong>de</strong> Contraponto.<br />
Se a empresa tem como objectivo marcar presença<br />
em vários mercados, po<strong>de</strong> optar por um logotipo<br />
dinâmico, composto por uma forma base<br />
comum, a que se aplicam variações consoante o<br />
mercado em causa, sugere o responsável da Contraponto.<br />
A globalização não po<strong>de</strong> fazer esquecer o<br />
ponto <strong>de</strong> partida <strong>de</strong> qualquer projecto <strong>de</strong> comunicação:<br />
conhecer e ser fiel à "verda<strong>de</strong>" da marca.<br />
«A globalização é um caminho com dois sentidos:<br />
aquilo que as marcas fazem num mercado <strong>de</strong>ve<br />
ser adaptado a esse mercado, mas vai ser sempre<br />
conhecido e passível <strong>de</strong> julgamento por todos<br />
os outros mercados. As marcas não <strong>de</strong>vem<br />
>>>
34 I 35<br />
250 maiores COMUNICAÇÃO EMPRESARIAL<br />
empresas do<br />
distrito <strong>de</strong> <strong>Leiria</strong> Mercado Global<br />
adaptar-se a realida<strong>de</strong>s diferentes esquecendo<br />
aquilo que representam», adverte Ricardo Espada,<br />
lembrando a recente polémica em que estiveram<br />
envolvidos os catálogos da Ikea.<br />
Como marca global que é, a Ikea adapta a sua<br />
comunicação aos diferentes mercados on<strong>de</strong> está<br />
presente, tendo por isso optado por não colocar<br />
mulheres nos catálogos distribuídos na Arábia<br />
Saudita, situação que foi revelada recentemente<br />
por um jornal sueco e obrigou a empresa a fazer<br />
um pedido público <strong>de</strong> <strong>de</strong>sculpas. «Se este exemplo<br />
tivesse ocorrido com uma marca que não assentasse<br />
a sua imagem nos valores em que<br />
assenta a da Ikea – responsabilida<strong>de</strong>, ecologia,<br />
solidarieda<strong>de</strong> e até uma certa “moral” – provavelmente<br />
não teria tido relevância, mas no caso da<br />
Ikea foi recebido como uma traição à verda<strong>de</strong> da<br />
marca», explica o director criativo da Contraponto.<br />
Para além das questões culturais associadas<br />
aos mercados <strong>de</strong> <strong>de</strong>stino, «os gran<strong>de</strong>s problemas<br />
na comunicação institucional <strong>de</strong> uma empresa<br />
que está internacionalizada pren<strong>de</strong>m-se com o<br />
distanciamento físico, o contacto regular com os<br />
outros media, a própria linguagem formal e informal,<br />
os acontecimentos locais e as chamadas<br />
"modas", que são sempre <strong>de</strong>masiado efémeras,<br />
factores que condicionam a eficácia da comunicação»,<br />
explica por seu lado Vítor Jorge. Para<br />
A globalização não po<strong>de</strong><br />
fazer esquecer o ponto<br />
<strong>de</strong> partida <strong>de</strong> qualquer<br />
projecto <strong>de</strong> comunicação:<br />
conhecer e ser fiel<br />
à "verda<strong>de</strong>" da marca<br />
o director <strong>de</strong> arte da agência <strong>de</strong> comunicação<br />
Artma<strong>de</strong>sign, «é <strong>de</strong> todo impensável comunicar<br />
um produto que preten<strong>de</strong> entrar no mercado sem<br />
viver, ou ter o apoio in loco».<br />
Se por um lado a internacionalização acarretou<br />
mais variáveis à comunicação das empresas<br />
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mentar o índice <strong>de</strong> apoio e recomendação por<br />
parte do público em oito pontos».<br />
Se por um lado a globalização veio alargar os<br />
horizontes <strong>de</strong> mercado das empresas, trouxe<br />
também o <strong>de</strong>safio <strong>de</strong> uma comunicação diferenciada,<br />
que possa fazer a diferença face à alargada<br />
oferta e crescente volume <strong>de</strong> informação a<br />
que o consumidor tem hoje acesso.<br />
«Começa pela relevância, ou seja, por oferecer<br />
o que as pessoas querem. Hoje, mais do que ser a<br />
publicida<strong>de</strong> a chegar às pessoas, são as pessoas<br />
que vão em busca do que preten<strong>de</strong>m. Temos <strong>de</strong><br />
comunicar <strong>de</strong> forma clara, focados nesse sentido»,<br />
explica o director criativo da Contraponto.<br />
É neste contexto, <strong>de</strong> comunicação focada e à<br />
escala global, que a internet se apresenta hoje<br />
como uma “arma” incontornável.<br />
>>><br />
Se por um lado<br />
a globalização veio<br />
alargar os horizontes <strong>de</strong><br />
mercado das empresas,<br />
trouxe também o<br />
<strong>de</strong>safio <strong>de</strong> uma<br />
comunicação<br />
diferenciada, que possa<br />
fazer a diferença face à<br />
alargada oferta e<br />
crescente volume<br />
<strong>de</strong> informação a que o<br />
consumidor tem hoje<br />
acesso<br />
PUBLICIDADE<br />
O estereótipo louro <strong>de</strong> olhos<br />
azuis não será o mais<br />
indicado para publicitar um<br />
produto em África, por falta<br />
<strong>de</strong> i<strong>de</strong>ntificação do público<br />
a que se dirige a mensagem<br />
em mercados muitas vezes distantes, por outro<br />
aproximou também a informação. Há sempre alguém<br />
que se consegue facilmente contactar nos<br />
mercados <strong>de</strong> <strong>de</strong>stino, ou web sites que ajudam a<br />
i<strong>de</strong>ntificar as diferenças culturais e sociais que<br />
po<strong>de</strong>m condicionar a comunicação, ou a perceber<br />
qual a abordagem mais apropriada para <strong>de</strong>terminado<br />
produto.<br />
«A forma como se evi<strong>de</strong>nciam as qualida<strong>de</strong>s<br />
dos aspiradores a vapor, muitas vezes com <strong>de</strong>monstrações<br />
nos colchões dos próprios potenciais<br />
clientes, nos Estados Unidos seria<br />
impensável. Nenhum americano abriria a porta<br />
do quarto», exemplifica Ricardo Espada.<br />
Outro factor a ter em atenção pren<strong>de</strong>-se com a<br />
interpretação social e cultural <strong>de</strong> imagens utilizadas<br />
na publicida<strong>de</strong>. Depen<strong>de</strong>ndo da história, ou<br />
do momento da actualida<strong>de</strong> que o país atravessa,<br />
imagens com crianças solitárias numa praia<br />
po<strong>de</strong>m associar-se a mensagens <strong>de</strong> pedofilia. Da<br />
mesma forma que uma praia funciona como cenário<br />
<strong>de</strong> publicida<strong>de</strong> em algumas regiões do<br />
globo e noutras não, e o estereótipo louro <strong>de</strong> olhos<br />
azuis não será o mais indicado para publicitar um<br />
produto em África, por falta <strong>de</strong> i<strong>de</strong>ntificação do<br />
público a que se dirige a mensagem.<br />
Já o humor, sendo uma ferramenta <strong>de</strong> comunicação<br />
sempre interessante, não funcionará <strong>de</strong><br />
forma universal se tiver referências muito específicas.<br />
Da mesma forma que a reputação associada<br />
a uma imagem muito familiar como é o caso<br />
da Delta – que lhe valeu o título <strong>de</strong> empresa portuguesa<br />
com melhor reputação segundo o Reputation<br />
Institute – po<strong>de</strong> ser difícil <strong>de</strong> transmitir em<br />
mercados on<strong>de</strong> a empresa seja menos conhecida,<br />
ou <strong>de</strong> replicar noutra marca que não esteja<br />
tão associada uma empresa familiar com uma<br />
longa e consistente história por trás.<br />
A reputação é um valor importante à escala<br />
global e se for bem comunicado ven<strong>de</strong>. Segundo<br />
Pedro Tavares, CEO da OnStrategy, que representa<br />
o Reputation Institute em Portugal, «uma<br />
empresa que esteja em condições <strong>de</strong> incrementar<br />
a sua reputação em cinco pontos, ten<strong>de</strong> a au-
36 I 37<br />
empresas<br />
250 maiores COMUNICAÇÃO EMPRESARIAL<br />
do<br />
distrito <strong>de</strong> <strong>Leiria</strong> Mercado Global<br />
“O que cativa os<br />
internautas em<br />
diferentes partes do<br />
mundo po<strong>de</strong> ser<br />
diferente, mas há um<br />
requisito que é igual em<br />
todo lado: não<br />
<strong>de</strong>sperdiçar tempo!”,<br />
Jaime Montez Silva,<br />
sócio da Stoneage<br />
O PODER DA COMUNICAÇÃO VIA INTERNET<br />
O site é um dos meios <strong>de</strong> representação mais utilizados<br />
para apresentar ou publicitar marcas,<br />
empresas, produtos, ou serviços no mercado global.<br />
É muitas vezes a porta <strong>de</strong> entrada na empresa.<br />
Mas atenção: o site não <strong>de</strong>ve ser apenas<br />
um marcador estático da empresa, um cartão<strong>de</strong>-visita<br />
com telefone, texto, fotos e informações.<br />
«Uma presença estática na internet é um <strong>de</strong>sperdício<br />
<strong>de</strong> recursos técnicos e financeiros», adverte<br />
Jaime Montez Silva, sócio da Stoneage,<br />
agência <strong>de</strong> marketing digital, webmarketing e<br />
web <strong>de</strong>sign, das Caldas da Rainha.<br />
A empresa tem <strong>de</strong> interagir via online com os<br />
seus clientes, fornecedores, parceiros, fazedores<br />
<strong>de</strong> opinião e colaboradores. Plataformas como o<br />
youtube, facebook, twitter têm potencial para<br />
criar bons níveis <strong>de</strong> interacção, e o site da empresa<br />
<strong>de</strong>ve ter capacida<strong>de</strong> para correspon<strong>de</strong>r.<br />
Dos sites corporativos espera-se boa imagem,<br />
simplicida<strong>de</strong>, informação positiva e uma rapi<strong>de</strong>z <strong>de</strong><br />
navegação que colocou em <strong>de</strong>suso botões como o<br />
skip intro, ou as plataformas em flash que o motor<br />
<strong>de</strong> pesquisa Google nem sequer tem em conta na<br />
sua in<strong>de</strong>xação.<br />
No que toca a conteúdos, atenção à coerência<br />
entre a linguagem verbal e visual escolhida para<br />
DR<br />
projectar uma imagem específica através do site.<br />
«Acontece frequentemente as empresas projectarem<br />
<strong>de</strong>terminados valores ao nível da palavra e<br />
valores diferentes, e até contraditórios, ao nível<br />
da imagem. As relações entre os dois sistemas<br />
são frequentemente negligenciados», adverte<br />
Carminda Silvestre, que é doutorada em Linguística<br />
Aplicada pela Universida<strong>de</strong> <strong>de</strong> Lisboa.<br />
A linguagem <strong>de</strong>ve ser simples, intuitiva, visual,<br />
com textos curtos e ví<strong>de</strong>os que não <strong>de</strong>vem exce<strong>de</strong>r<br />
os 20 segundos. «O que cativa os internautas<br />
em diferentes partes do mundo po<strong>de</strong> ser diferente,<br />
mas há um requisito que é igual em todo<br />
lado: não <strong>de</strong>sperdiçar tempo!», explica o responsável<br />
da Stoneage.<br />
Raramente um internauta per<strong>de</strong> tempo a ver<br />
os resultados <strong>de</strong> pesquisa que não surjam logo<br />
nos primeiros lugares. É neste contexto que importa<br />
saber, por exemplo, que o critério mais importante<br />
dos motores <strong>de</strong> pesquisa <strong>de</strong>ixou <strong>de</strong> ser o<br />
número <strong>de</strong> visitas, para passar a ser o número <strong>de</strong><br />
actualizações dos conteúdos dos sites, o que<br />
torna óbvio o imperativo da sua actualização regular.<br />
Um dado dramático é o facto <strong>de</strong> 65% dos sites<br />
portugueses não serem actualizados há mais <strong>de</strong><br />
um ano, levando a que fiquem praticamente <strong>de</strong><br />
fora dos mecanismos <strong>de</strong> pesquisa do mercado<br />
global, on<strong>de</strong> se incluem mercados <strong>de</strong> exportação<br />
que a empresa po<strong>de</strong> ter interesse em atingir.<br />
Segundo Jaime Montez Silva, outra forma <strong>de</strong><br />
subir <strong>de</strong> posição nos resultados <strong>de</strong> pesquisa é a<br />
empresa ter simultaneamente uma conta <strong>de</strong><br />
email no Google e presença no Google + e no Google<br />
Earth.<br />
Um dado dramático é o facto<br />
<strong>de</strong> 65% dos sites<br />
portugueses não serem<br />
actualizados há mais <strong>de</strong> um<br />
ano, levando a que fiquem<br />
praticamente <strong>de</strong> fora dos<br />
mecanismos <strong>de</strong> pesquisa<br />
do mercado global<br />
O responsável pela Stoneage <strong>de</strong>ixa ainda outra<br />
advertência: atenção às plataformas <strong>de</strong> sites <strong>de</strong><br />
empresas que preten<strong>de</strong>m marcar presença em<br />
alguns mercados da Ásia, África ou América Latina:<br />
<strong>de</strong>vem ser mais leves, uma vez que a internet<br />
em algumas <strong>de</strong>ssas regiões é mais lenta. «Um<br />
>>>
38 I 39<br />
empresas<br />
250 maiores COMUNICAÇÃO EMPRESARIAL<br />
do<br />
distrito <strong>de</strong> <strong>Leiria</strong> Mercado Global<br />
cida<strong>de</strong>, mas pela sua reinvenção. Se por um lado<br />
as pessoas estão cada vez mais parecidas em<br />
termos culturais, por outro são também cada vez<br />
mais diferentes entre si, abrindo espaço a nichos<br />
<strong>de</strong> mercado que po<strong>de</strong>m ser interessantes <strong>de</strong> explorar.<br />
Uma coisa é certa, para orçamentos <strong>de</strong> comunicação<br />
e marketing limitados, como acontece na<br />
maioria das PME, a internet representa uma alternativa<br />
<strong>de</strong> comunicação viável e mais económica<br />
face à presença, por exemplo, em jornais e<br />
revistas locais dos mercados <strong>de</strong> <strong>de</strong>stino, sobretudo<br />
quando têm o custo proibitivo dos Estados<br />
Unidos, ou a dimensão continental da China.<br />
“Apostamos no marketing<br />
experiencial, sensorial,<br />
utilizando difusores <strong>de</strong><br />
cheiros, por exemplo, nos<br />
nossos expositores. A<br />
nossa proposta <strong>de</strong> valor e<br />
lógica <strong>de</strong> retenção passa<br />
por aí e por prestar um<br />
excelente serviço”,<br />
Marcelo Sousa<br />
director-geral<br />
da Matcerâmica<br />
PUBLICIDADE<br />
site em África po<strong>de</strong> <strong>de</strong>morar 20 minutos a carregar»,<br />
exemplifica.<br />
O po<strong>de</strong>r da comunicação da internet está também<br />
patente no facto do digital ter sido, segundo<br />
a Initiative, o único meio <strong>de</strong> publicida<strong>de</strong> que cresceu<br />
em Portugal em 2011 (mais 10% correspon<strong>de</strong>nte<br />
a uma quota <strong>de</strong> mercado <strong>de</strong> 6%),<br />
reforçando o seu peso num mercado ainda dominado<br />
em 60% pela televisão. A imprensa permanece<br />
em segundo lugar, com 15% do investimento<br />
total, mas tem sido o meio mais penalizado dos<br />
últimos anos, com quebras sucessivas <strong>de</strong>s<strong>de</strong><br />
2008.<br />
O caminho não passará pelo total abandono<br />
dos meios tradicionais <strong>de</strong> comunicação e publi-<br />
ARQUIVO/JL<br />
O CASO MATCERÂMICA<br />
Fomos saber como é que uma empresa como a<br />
Matcerâmica comunica a sua louça utilitária <strong>de</strong><br />
faiança nos quatro cantos do mundo, em mercados<br />
tão distantes e complexos como os Estados<br />
Unidos ou a China.<br />
O que encontrámos foi uma estratégia mista<br />
<strong>de</strong> comunicação, <strong>de</strong>pen<strong>de</strong>ndo se o objectivo é<br />
chegar ao consumidor final, ou com às gran<strong>de</strong>s<br />
ca<strong>de</strong>ias <strong>de</strong> retalho. «Nos mercados externos geralmente<br />
trabalhamos numa lógica B2B (business<br />
to business). Tentámos fazer uma abordagem<br />
B2C (business to consumer) mas foi difícil.<br />
Se por um lado é bom saber que o mercado é<br />
vasto, por outro aumenta também o investimento<br />
necessário em comunicação», esclarece Marcelo<br />
Sousa, director-geral da empresa.<br />
A presença em feiras, <strong>de</strong> forma individual ou<br />
em conjunto (<strong>de</strong>pen<strong>de</strong>ndo do custo e maturida<strong>de</strong><br />
do mercado) e um forte investimento na internet<br />
foram as formas que a empresa encontrou para<br />
contornar o orçamento.<br />
O site aposta forte na imagem em <strong>de</strong>trimento<br />
do texto, é apresentado em três línguas, e tem a<br />
louça referenciada em medidas europeias e americanas.<br />
O <strong>de</strong>senvolvimento <strong>de</strong> produto é feito <strong>de</strong><br />
forma transversal para todos os mercados, numa<br />
lógica <strong>de</strong> lifestyle, e o site reflecte essa lógica <strong>de</strong><br />
abordagem do mercado, facilitando a comunicação<br />
por esta via.<br />
Para entrar nos Estados Unidos, um mercado<br />
on<strong>de</strong> os media estão ao mais alto nível no que<br />
toca a custos, a solução passou por contratar um<br />
reconhecido <strong>de</strong>signer – Karim Rashid – uma estratégia<br />
que acabou por ter repercussões não só<br />
naquele mercado, como ao nível global. «Uma<br />
conferência <strong>de</strong> imprensa para apresentação da<br />
colecção em Nova Iorque trouxe os media locais e<br />
a presença do <strong>de</strong>signer na maior feira do sector<br />
na Europa alargou a projecção da parceria», relembra<br />
Marcelo Sousa, validando a aposta.<br />
Os pratos rosa assinados pelo <strong>de</strong>signer não se
evelaram um estrondo a nível <strong>de</strong> vendas, mas<br />
trouxeram um nível <strong>de</strong> visibilida<strong>de</strong> que seria difícil<br />
<strong>de</strong> atingir com o mesmo nível <strong>de</strong> investimento<br />
em publicida<strong>de</strong> num mercado tão vasto e tão caro<br />
como os Estados Unidos.<br />
Marcelo Sousa reconhece que, para criar diferenciação<br />
num mercado inundado <strong>de</strong> informação,<br />
a aposta passa mais pela relação com o cliente<br />
do que por planos <strong>de</strong> comunicação e marketing.<br />
«Apostamos no marketing experiencial, sensorial,<br />
utilizando difusores <strong>de</strong> cheiros, por exemplo, nos<br />
nossos expositores. A nossa proposta <strong>de</strong> valor e<br />
lógica <strong>de</strong> retenção passa por aí e por prestar um<br />
excelente serviço», explica.<br />
O resto do trabalho é feito pela qualida<strong>de</strong> do produto,<br />
um requisito tido como básico. O brilho dos vidrados,<br />
a fiabilida<strong>de</strong> e o <strong>de</strong>sign das peças têm<br />
<strong>de</strong>senca<strong>de</strong>ado convites para participar na bienal <strong>de</strong><br />
<strong>de</strong>sign, ou no espaço <strong>de</strong> tendências na feira <strong>de</strong><br />
Frankfurt, para além <strong>de</strong> garantirem a presença regular<br />
em artigos <strong>de</strong> revistas internacionais. O reconhecimento<br />
mundial da marca <strong>de</strong>spertou recentemente<br />
a curiosida<strong>de</strong> do Financial Times.<br />
Na comunicação da marca, a Matcerâmica assume<br />
com orgulho a nacionalida<strong>de</strong> da faiança<br />
(sector on<strong>de</strong> Portugal se posiciona como segundo<br />
player mundial, a seguir à China) e confirma que<br />
é uma mais-valia. «Cerca <strong>de</strong> 85% do produto não<br />
sai da fábrica sem o carimbo ma<strong>de</strong> in Portugal.<br />
Para orçamentos <strong>de</strong><br />
comunicação e marketing<br />
limitados, como acontece<br />
na maioria das PME,<br />
a internet representa uma<br />
alternativa <strong>de</strong> comunicação<br />
viável e mais económica<br />
Existem mercados, como os Estados Unidos,<br />
on<strong>de</strong> levam ainda uma etiqueta por cima com o<br />
galo <strong>de</strong> Barcelos, ou a ban<strong>de</strong>ira <strong>de</strong> Portugal. Portugal<br />
ven<strong>de</strong> e nós reafirmamos isso», conclui o<br />
responsável. ■<br />
Célia Marques<br />
PUBLICIDADE
40 I 41<br />
empresas<br />
250 maiores COMUNICAÇÃO EMPRESARIAL<br />
do<br />
distrito <strong>de</strong> <strong>Leiria</strong> Dicas para mercados-chave<br />
<br />
EUA<br />
3%<br />
Espanha<br />
27%<br />
Alemanha<br />
15%<br />
Golfo<br />
(EAU, ArábiaSaudita e Qatar)<br />
China<br />
1%<br />
Macau<br />
0,2% 0,02%<br />
Angola<br />
Brasil<br />
2%<br />
5%<br />
FONTE: INE<br />
DICAS DE<br />
C<br />
COMUNICAÇÃO<br />
E PROMOÇÃO EM<br />
MERCADOS-CHAVE<br />
I<strong>de</strong>ntificou mercados<br />
com potencial mas não<br />
sabe que cuidados ter<br />
na abordagem? Nem<br />
que meios utilizar? Os<br />
representantes da<br />
AICEP dão uma ajuda.<br />
Conselhos e dicas <strong>de</strong><br />
quem está no terreno.<br />
Comecemos pelo mercado geograficamente mais<br />
próximo e o maior <strong>de</strong>stino das exportações do distrito<br />
<strong>de</strong> <strong>Leiria</strong>: Espanha. No país vizinho, a coerência<br />
da mensagem e a permanência constante no mercado<br />
são os aspectos mais relevantes para a construção<br />
<strong>de</strong> uma marca e para passar a mensagem <strong>de</strong><br />
um produto. Aspectos a conjugar com a adaptação<br />
dos produtos aos hábitos locais, algo que <strong>de</strong>ve ser<br />
muito bem estudado, porque nem tudo o que funciona<br />
em Portugal funciona em Espanha, adverte<br />
Eduardo Henriques, representante da AICEP naquele<br />
mercado.<br />
É igualmente importante fazer uma «avaliação<br />
muito fina» dos possíveis canais <strong>de</strong> distribuição – consi<strong>de</strong>rando<br />
as importantes diferenças entre as várias<br />
comunida<strong>de</strong>s autónomas – e aconselha-se uma<br />
gran<strong>de</strong> capacida<strong>de</strong> <strong>de</strong> adaptação em termos <strong>de</strong> preço.<br />
Embora os novos meios <strong>de</strong> comunicação sejam<br />
crescentemente importantes, os tradicionais, com<br />
gran<strong>de</strong> relevância para a televisão, continuam a ser<br />
preferenciais. Mas a escolha <strong>de</strong>pen<strong>de</strong>rá, naturalmente,<br />
do tipo <strong>de</strong> produto, do perfil do consumidor<br />
potencial-alvo e da região-alvo.<br />
Ainda na Europa, mas também com especificida<strong>de</strong>s<br />
a ter em conta, surge a Alemanha, terceiro maior<br />
<strong>de</strong>stino <strong>de</strong> exportações do distrito, logo a seguir a<br />
França.<br />
Sendo um dos maiores mercados do mundo, o<br />
mais importante da União Europeia e o primeiro parceiro<br />
comercial <strong>de</strong> muitos países, é também muito<br />
exigente: inúmeras multinacionais e multidões <strong>de</strong><br />
entrepreneurs não foram capazes <strong>de</strong> se implantar<br />
naquele mercado, aponta Pedro Leão, representante<br />
da AICEP naquele país.<br />
No que toca à comunicação, é fundamental fazer<br />
uma boa escolha dos meios a utilizar, para que a informação<br />
seja percebida como útil e portadora <strong>de</strong><br />
sensações, e não como ruído.<br />
Os consumidores alemães estão habituados a<br />
comprar por catálogo e são muito receptivos a compras<br />
em plataformas da internet: mais <strong>de</strong> 80% das<br />
empresas alemãs usam o marketing directo para<br />
ven<strong>de</strong>r seus produtos e serviços.<br />
Quanto aos formatos mais utilizados, <strong>de</strong>stacase<br />
o internet marketing (65%), marketing telefónico<br />
(31%), mailing direto (24%) e inserções em publica-<br />
>>>
42 I 43<br />
empresas<br />
250 maiores COMUNICAÇÃO EMPRESARIAL<br />
do<br />
distrito <strong>de</strong> <strong>Leiria</strong> Dicas para mercados-chave<br />
A estratégia <strong>de</strong><br />
promoção das<br />
empresas na Alemanha<br />
não po<strong>de</strong> esquecer que<br />
o país acolhe os mais<br />
importantes eventos no<br />
comércio mundial em<br />
praticamente todos os<br />
sectores da indústria<br />
ções (18%). Sites favoritos? Spiegel Online, bild.<strong>de</strong><br />
Online e Kicker estão entre os sites <strong>de</strong> jornais mais<br />
visitados, enquanto os <strong>de</strong> conteúdos mais valorizados<br />
são o T-Online, MSN e Yahoo, seguidos pela plataforma<br />
<strong>de</strong> estudantes StudiVZ.<br />
O e-commerce está em alta na Alemanha, muito<br />
<strong>de</strong>vido à crescente penetração da internet através <strong>de</strong><br />
smartphones. Mas as experiências dos consumidores<br />
actuais são diferentes das do início do boom das<br />
empresas virtuais: o e-commerce não é apenas uma<br />
questão <strong>de</strong> escolha, preço, conveniência, opiniões e<br />
avaliações, mas também, e sobretudo, o que os consumidores<br />
procuram em qualquer compra: status, o<br />
produto certo e uma experiência convincente.<br />
A estratégia <strong>de</strong> promoção das empresas na Alemanha<br />
não po<strong>de</strong> esquecer que o País acolhe os mais<br />
importantes eventos no comércio mundial em praticamente<br />
todos os sectores da indústria. Poucos países<br />
no mundo po<strong>de</strong>m igualar a Alemanha no que<br />
toca a feiras internacionais, que atraem compradores<br />
<strong>de</strong> todo o mundo e um número impressionante<br />
<strong>de</strong> visitantes e expositores, sendo por esse motivo «o<br />
meio mais económico para lançar produtos no mercado»,<br />
avança o responsável da AICEP.<br />
Comunicar o investimento em investigação funciona<br />
muito bem, sempre que se dá <strong>de</strong>staque à capacida<strong>de</strong><br />
em transferir os resultados da investigação<br />
para o sector industrial. A promoção pelo consumo<br />
sustentável continua, mas com muitos consumidores<br />
cada vez mais <strong>de</strong>screntes das ecoiniciativas, ou<br />
em busca <strong>de</strong> eco-histórias realmente convincentes.<br />
«Os ecoprodutores precisarão dar um passo em<br />
frente e adoptar o SUPER-ECO, on<strong>de</strong> todos os aspectos<br />
do produto ou serviço são, indiscutível e completamente,<br />
sustentáveis», conclui Pedro Leão.<br />
DR<br />
ANGOLA E BRASIL: A MESMA LÍNGUA<br />
ENFOQUES DISTINTOS<br />
Fala na mesma língua e representa o quarto maior<br />
<strong>de</strong>stino das exportações do distrito <strong>de</strong> <strong>Leiria</strong>. Falamos<br />
<strong>de</strong> Angola, e a principal i<strong>de</strong>ia a transmitir – tendo<br />
em conta a particularida<strong>de</strong> da relação com Portugal<br />
– é a <strong>de</strong> parceria estratégica, no sentido <strong>de</strong> acentuar<br />
a relação natural e equilibrada que existe entre<br />
ambos os países, explica Miguel Fontoura, representante<br />
da AICEP naquele mercado.<br />
É curial reforçar a i<strong>de</strong>ia <strong>de</strong> que as empresas portuguesas<br />
estão em Angola para ficar – não para retirar<br />
divi<strong>de</strong>ndos temporários das suas activida<strong>de</strong>s –<br />
ajudando no esforço <strong>de</strong> reconstrução e <strong>de</strong> diversificação<br />
<strong>de</strong> sectores económicos, na qualificação da<br />
mão-<strong>de</strong>-obra local e criação <strong>de</strong> riqueza no país. «Talvez<br />
a melhor maneira <strong>de</strong> explicar a simbiose da relação<br />
seja citar um dito angolano típico: “estamos<br />
juntos!”», exemplifica o responsável.<br />
Relativamente aos meios <strong>de</strong> comunicação e promoção,<br />
Miguel Fontoura revela que, apesar do mercado<br />
angolano ser ainda jovem e com especificida<strong>de</strong>s<br />
próprias, o uso do telemóvel e o recurso ao<br />
email estão completamente aceites no dia- a-dia das<br />
empresas. As campanhas <strong>de</strong> rádio (três estações<br />
principais) e televisão (três canais terrestres) são<br />
também cada vez mais utilizadas na divulgação <strong>de</strong><br />
novos produtos e as re<strong>de</strong>s sociais têm ganho uma<br />
importância crescente.<br />
Do outro lado do oceano, e com a mesma língua<br />
mãe, o Brasil atravessa um período <strong>de</strong> forte crescimento<br />
económico, em contraciclo com muitos dos<br />
principais mercados <strong>de</strong> exportação. E as empresas<br />
da região estão atentas, como atesta o crescimento<br />
<strong>de</strong> 40% das exportações do distrito para aquele país<br />
em 2011.<br />
Brasil: o que parece<br />
funcionar com alguma força<br />
pren<strong>de</strong>-se com valores<br />
e imagens associados<br />
à inclusão social, ao<br />
ambiente e à<br />
mo<strong>de</strong>rnida<strong>de</strong>/sofisticação<br />
«Face às gran<strong>de</strong>s alterações económicas e sociais<br />
do Brasil nos últimos anos, o que parece funcionar<br />
com alguma força pren<strong>de</strong>-se com valores e<br />
imagens associados à inclusão social, ao ambiente<br />
e à mo<strong>de</strong>rnida<strong>de</strong>/sofisticação, tendo também peso<br />
as associações aos EUA e Europa», e <strong>de</strong>vendo ser<br />
evitadas «atitu<strong>de</strong>s <strong>de</strong> arrogância face à simplicida<strong>de</strong><br />
>>>
44 I 45<br />
empresas<br />
250 maiores COMUNICAÇÃO EMPRESARIAL<br />
do<br />
distrito <strong>de</strong> <strong>Leiria</strong> Dicas para mercados-chave<br />
e informalida<strong>de</strong> do Brasil», <strong>de</strong>staca Carlos Moura, representante<br />
da AICEP naquele mercado.<br />
Quanto aos meios <strong>de</strong> comunicação mais apropriados,<br />
o responsável lembra que a imprensa e a<br />
publicida<strong>de</strong> funcionam numa óptica regional, face à<br />
dimensão continental do mercado, e que o seu custo<br />
é «extremamente caro», pelo que a melhor forma <strong>de</strong><br />
promoção, <strong>de</strong> passar a mensagem, é através <strong>de</strong> contactos<br />
sociais informais.<br />
EUA: ACOMPANHAR E DITAR TENDÊNCIAS<br />
Do Brasil, rumamos virtualmente aos EUA, Nova Iorque,<br />
on<strong>de</strong> Rui Boavista Marques aponta os principais<br />
aspectos estratégicos a ter em conta naquele mercado,<br />
o sexto maior receptor <strong>de</strong> exportações do distrito<br />
<strong>de</strong> <strong>Leiria</strong>. Entre eles contam-se o tipo <strong>de</strong> canal <strong>de</strong><br />
distribuição mais a<strong>de</strong>quado, a estratégia <strong>de</strong> preço <strong>de</strong><br />
entrada e segmentação posterior, o ambiente legal e<br />
regulatório <strong>de</strong> cada indústria e cada Estado, o marketing<br />
comunicacional e posicionamento nas re<strong>de</strong>s<br />
sociais, sem esquecer o recurso a trendsetters (ditadores<br />
<strong>de</strong> tendências), e a eficácia da comunicação e<br />
da i<strong>de</strong>ntida<strong>de</strong> do produto.<br />
Aten<strong>de</strong>ndo à escala e potencial <strong>de</strong> crescimento do<br />
mercado, importa dar especial atenção às tendências<br />
dos consumidores. O representante da AICEP dá o<br />
exemplo do produtor <strong>de</strong> sumos Pom, que ficou conhecido<br />
pelo lançamento <strong>de</strong> sumos <strong>de</strong> romã, mas diversificou<br />
a gama e é hoje um dos lí<strong>de</strong>res <strong>de</strong> mercado,<br />
da mesma forma que a Chobani, que conseguiu lançar<br />
um novo conceito <strong>de</strong> iogurtes <strong>de</strong> baixo teor calórico,<br />
cresceu exponencialmente <strong>de</strong> novo player a lí<strong>de</strong>r<br />
<strong>de</strong> mercado. «Como <strong>de</strong>nominador comum, i<strong>de</strong>ntificamos<br />
a qualida<strong>de</strong> diferenciadora do produto e o factor<br />
inovação, como os mais <strong>de</strong>terminantes para se ter<br />
sucesso», resume Rui Boavista Marques.<br />
PUBLICIDADE<br />
EUA: aten<strong>de</strong>ndo à escala<br />
e potencial <strong>de</strong> crescimento<br />
do mercado, importa<br />
dar especial atenção às<br />
tendências<br />
dos consumidores<br />
Num mercado com a dimensão dos EUA, é da máxima<br />
pertinência maximizar os meios <strong>de</strong> comunicação<br />
e promoção e dar atenção às oportunida<strong>de</strong>s<br />
online. Exemplos? O New York Times vai passar a ser<br />
editado online em português e o Huffington Post é<br />
agora o mais relevante media online, <strong>de</strong>pois <strong>de</strong> ter<br />
passado a receber contributos editoriais <strong>de</strong> leitores<br />
e especialistas.<br />
Nas re<strong>de</strong>s sociais <strong>de</strong>ve existir uma equipa comercial<br />
<strong>de</strong>dicada à melhoria do serviço e resposta aos<br />
clientes, mostrando que se sabe ouvir os comentários<br />
e melhorar a experiência que têm com o produto.<br />
Foi pela qualida<strong>de</strong> <strong>de</strong> serviço pós-venda online que a<br />
Zappos, empresa <strong>de</strong> venda <strong>de</strong> calçado online, ganhou<br />
notorieda<strong>de</strong> e se impôs no mercado.<br />
ARRISCAR A ORIENTE<br />
A China actual evi<strong>de</strong>ncia uma valorização materialista,<br />
espelho da realização dos valores vigentes: sucesso;<br />
luxo e po<strong>de</strong>r <strong>de</strong> compra, com <strong>de</strong>staque para a<br />
aquisição <strong>de</strong> bens importados, <strong>de</strong> marcas <strong>de</strong> EUA,<br />
Japão e Europa. Bens <strong>de</strong> gran<strong>de</strong> visibilida<strong>de</strong> e facilmente<br />
i<strong>de</strong>ntificáveis, explica Filipe Costa, representante<br />
da AICEP na China/Xangai. «Na China milenar<br />
os aspectos culturais estrangeiros não são muito valorizados,<br />
mas o actual lifestyle <strong>de</strong> países como EUA
60%<br />
Exportações do distrito <strong>de</strong> <strong>Leiria</strong> para a China<br />
creceram 60% em 2011 face ao ano anterior<br />
ou França é-o certamente», <strong>de</strong>staca o responsável.<br />
Naquele país <strong>de</strong> escala continental – para on<strong>de</strong><br />
as exportações do distrito <strong>de</strong> <strong>Leiria</strong> cresceram 60%<br />
em 2011 – a dimensão da empresa, notorieda<strong>de</strong> da<br />
marca, investimento em promoção publicitária e<br />
apresentação dos produtos são pelo menos tão valorizados<br />
como a sua qualida<strong>de</strong> intrínseca e a relação<br />
preço-qualida<strong>de</strong> com que são introduzidos no<br />
mercado chinês. Quando <strong>de</strong>sconhece, o importador<br />
chinês apoia-se no conforto <strong>de</strong> saber que a empresa,<br />
produto, já está presente com sucesso nos seus mercados<br />
<strong>de</strong> referência: EUA, Japão, Coreia do Sul e Hong<br />
Kong, por esta or<strong>de</strong>m, aponta Filipe Costa.<br />
Não sendo já um país conservador do ponto <strong>de</strong><br />
vista dos comportamentos, a publicida<strong>de</strong> é muitas<br />
vezes alicerçada em internacionalismo, mo<strong>de</strong>rnida<strong>de</strong>,<br />
juventu<strong>de</strong> e sobretudo sensualida<strong>de</strong>, protagonizada<br />
por mo<strong>de</strong>los chineses, mas também muitas<br />
vezes caucasianos, ou que combinem ambas ascendências.<br />
O recurso ao endosso <strong>de</strong> personalida<strong>de</strong>s <strong>de</strong><br />
países que podiam ser consi<strong>de</strong>rados algo antagónicos<br />
é também frequente, como os cantores pop sul-<br />
-coreanos, ou as estrelas <strong>de</strong> Hollywood.<br />
Se é mundialmente corrente a publicida<strong>de</strong> e os<br />
conteúdos promocionais evitarem quaisquer referências<br />
religiosas ou políticas menos seguras – a<br />
menos que intencionalmente para captar atenção<br />
pela sátira, ou gerando polémica – na China continental<br />
isso é obrigatório. Não são toleradas quaisquer<br />
referências religiosas ou políticas, adverte o<br />
representante da AICEP.<br />
Aten<strong>de</strong>ndo à enorme dimensão da China continental<br />
– 1,3 mil milhões <strong>de</strong> habitantes, 56 etnias e<br />
uma expressiva pluralida<strong>de</strong> cultural e linguística –<br />
não é exequível pensar em meios <strong>de</strong> comunicação social<br />
nacionais para mensagens publicitárias ou promocionais.<br />
>>><br />
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46 I 47<br />
empresas<br />
250 maiores COMUNICAÇÃO EMPRESARIAL<br />
do<br />
distrito <strong>de</strong> <strong>Leiria</strong> Dicas para mercados-chave<br />
As regras <strong>de</strong> etiqueta<br />
empresarial na China<br />
incluem solicitar as<br />
reuniões com <strong>de</strong>vida<br />
antecedência, chegar<br />
ao local <strong>de</strong> reunião em<br />
número e seniorida<strong>de</strong><br />
coinci<strong>de</strong>ntes ao da<br />
contraparte, conforme<br />
previamente<br />
combinado, e antes da<br />
hora marcada, uma vez<br />
que será essa a hora a<br />
que efectivamente<br />
começa a reunião<br />
COMUNICAR NO GOLFO<br />
«Qualquer aposta terá que se cingir a um impacto<br />
local, seguindo o padrão <strong>de</strong> fragmentação da comunicação<br />
social ao nível provincial e municipal», explica<br />
o responsável, lembrando que a imprensa<br />
generalista, económica, especializada, <strong>de</strong> lifestyle,<br />
etc. tem <strong>de</strong> ser encarada como um investimento em<br />
publicida<strong>de</strong>, uma vez que é frequente fazer-se remunerar,<br />
quer ao nível do meio, quer dos jornalistas.<br />
Estima-se que tanto essa forma <strong>de</strong> promoção, como<br />
a publicida<strong>de</strong> tradicional terão hoje na China Continental<br />
um retorno maior do que em mercados com<br />
maior maturida<strong>de</strong> dos consumidores.<br />
AS SOCIEDADES ÁRABES DO GOLFO TÊM COMO «PEDRA DE TOQUE DA CULTURA» A FAMÍLIA PRI-<br />
MEIRO (PAIS E FILHOS) E EM SEGUNDO LUGAR A AMIZADE ENTRE INDIVÍDUOS DO MESMO GÉ-<br />
NERO, APONTA MANUEL COUTO DE MIRANDA, REPRESENTANTE DA AICEP NAQUELA REGIÃO<br />
(EMIRADOS ÁRABES UNIDOS, ARÁBIA SAUDITA E QATAR). ISTO SIGNIFICA QUE UM PRODUTO SERÁ<br />
BEM PUBLICITADO SE ESTIVER REFERENCIADO COM A VIDA DE FAMÍLIA – ALIMENTAÇÃO, TÊX-<br />
TEIS LAR, MOBILIÁRIO, TURISMO – OU COM AS RELAÇÕES DE AMIZADE/CAMARADAGEM.<br />
Como alternativa à fragmentação, e ao controle<br />
público da comunicação social mais convencional,<br />
as re<strong>de</strong>s sociais são extremamente importantes na<br />
China, também por se tratar <strong>de</strong> uma socieda<strong>de</strong> em<br />
rápido <strong>de</strong>senvolvimento, com boa infra-estrutura e<br />
gran<strong>de</strong> apetência tecnológicas, sobretudo nas camadas<br />
mais jovens e afluentes da população. «Uma<br />
vez que as re<strong>de</strong>s sociais mais populares à escala<br />
mundial são <strong>de</strong> acesso restrito, é necessário criar<br />
presença nos seus equivalentes chineses, como o<br />
DR<br />
Ren Ren (equivalente do Facebook), Sina Weibo<br />
(equivalente do Twitter), ou Youku (equivalente do<br />
Youtube)», revela Filipe Costa.<br />
Em qualquer meio, é indispensável a utilização integral<br />
do chinês como língua escrita, uma vez que<br />
gran<strong>de</strong> parte da população chinesa não sabe ler o alfabeto<br />
romano. É forçosa a conversão dos nomes das<br />
empresas, marcas e produtos para caracteres chineses,<br />
e recomendável ir para além da tradução fonética,<br />
escolhendo nomes chineses a<strong>de</strong>quados. No<br />
audiovisual, importa nunca abdicar do chinês escrito<br />
em legenda, mesmo que seja falado em mandarim,<br />
uma vez que a língua chinesa só é una na forma escrita.<br />
Embora o mandarim seja relativamente maioritário<br />
e a língua franca na China, a maioria das<br />
pessoas não fala mandarim, mas uma das outras<br />
línguas chinesas.<br />
HÁBITOS DE ETIQUETA NA CHINA CONTINENTAL<br />
No contacto directo com empresários da China<br />
Continental, presume-se que o interessado entregará<br />
apresentações 'em papel' da empresa, incluindo<br />
a sua história e notas biográficas dos<br />
seus dirigentes, e informação dos seus produtos,<br />
<strong>de</strong> preferência <strong>de</strong>screvendo-os, indicando capacida<strong>de</strong>s<br />
<strong>de</strong> produção e preços.<br />
As regras <strong>de</strong> etiqueta empresarial incluem solicitar<br />
as reuniões com <strong>de</strong>vida antecedência, chegar<br />
ao local <strong>de</strong> reunião em número e seniorida<strong>de</strong><br />
coinci<strong>de</strong>ntes ao da contraparte, conforme previamente<br />
combinado, e antes da hora marcada, uma<br />
vez que será essa a hora a que efectivamente começa<br />
a reunião.<br />
As reuniões <strong>de</strong>vem ser precedidas por uma consi<strong>de</strong>rada<br />
troca <strong>de</strong> cartões-<strong>de</strong>-visita, a entregar com<br />
as duas mãos, mostrando assim uma atenção não<br />
dividida, com a face em chinês voltada para cima, e<br />
tomando o tempo necessário para ler os cartões,<br />
como forma <strong>de</strong> mostrar interesse e vonta<strong>de</strong> <strong>de</strong> conhecer<br />
o outro. A encerrar, é bem recebida uma troca<br />
<strong>de</strong> presentes entre lí<strong>de</strong>res a abrir, mostrar aos <strong>de</strong>mais<br />
e comentar <strong>de</strong> imediato. Uma reunião que inclua<br />
refeição é sempre mais valorizada, com o<br />
objectivo <strong>de</strong> <strong>de</strong>senvolver uma relação <strong>de</strong> "amiza<strong>de</strong>"<br />
antes <strong>de</strong> concretizar negócio. «Essa lógica <strong>de</strong> progressivo<br />
conhecimento do outro e criação <strong>de</strong> uma relação<br />
prévia ao negócio exige muitas vezes um<br />
multiplicar <strong>de</strong> reuniões que parecem não servir propósito<br />
comercial, mas que – se tendo esta justificação<br />
– também não <strong>de</strong>vem <strong>de</strong>sanimar o empresário<br />
português quanto às perspectivas da sua concretização.<br />
Criar o famoso 'guanxi' é conviver, sobretudo à<br />
mesa, comendo e bebendo», conclui Filipe Costa.<br />
ESPECIFICIDADES DE MACAU<br />
Macau, com a sua população e turistas essencialmente<br />
chineses, rege-se pelos mesmos princípios,
embora goze <strong>de</strong> uma maior liberda<strong>de</strong> <strong>de</strong> imprensa e<br />
<strong>de</strong> acesso à web semelhante a Hong Kong. Também<br />
as Regiões Administrativas Especiais são portos francos<br />
permitindo a entrada <strong>de</strong> produtos estrangeiros<br />
com limitações e obrigações substancialmente mais<br />
simples que no continente (rótulos por exemplo).<br />
O estilo <strong>de</strong> vida “oci<strong>de</strong>ntalizado” é mais notório em<br />
Hong Kong até pela gran<strong>de</strong> dimensão da comunida<strong>de</strong><br />
expatriada e chineses que estudaram no estrangeiro,<br />
aponta Marian Oom, representante da<br />
AICEP na China/Macau.<br />
A adaptação ao gosto e características locais é<br />
necessária: paladar para os produtos alimentares e<br />
bebidas, estatura física para o vestuário, cores para<br />
as ocasiões, sendo o encarnado e dourados sempre<br />
apreciados e associados a eventos festivos, enquanto<br />
o branco é a cor dos funerais.<br />
Embalagem, <strong>de</strong>sign e inovação, são fortemente<br />
apreciados, em particular junto das classes média a<br />
alta, e seguir os princípios do feng shui, em formas,<br />
layouts, arquitectura e planificação <strong>de</strong> espaços,<br />
ten<strong>de</strong> a dar bons resultados.<br />
Quanto ao nome da marca, <strong>de</strong>ve aten<strong>de</strong>r-se à sua<br />
sonorização, garantindo que é fácil <strong>de</strong> pronunciar e<br />
EXPORTAÇÕES DISTRITO DE LEIRIA 2011<br />
PAÍS EXPORTAÇÕES VAR. 2010 PESO EXP. DIST.<br />
ESPANHA 405.443.319 17% 27%<br />
ALEMANHA 225.920.250 6% 15%<br />
ANGOLA 71.743.910 -1% 5%<br />
ESTADOS UNIDOS 44.472.504 -1% 3%<br />
BRASIL 30.919.824 40% 2%<br />
CHINA 18.398.797 61% 1%<br />
MACAU 272.779 -8% 0,02%<br />
GOLFO (EAU, ARÁBIA SAUDITA) 2.801.733 68% 0,2%<br />
Fonte INE; valores em euros salvo indicação em contrário, análise a preços correntes<br />
não se associa a nenhuma palavra negativa.<br />
Nem todas as “regras” dos guias <strong>de</strong> negócios na<br />
China <strong>de</strong>vem ser cegamente seguidas. Uma marca<br />
que se queira impor como estrangeira, muito importante<br />
para a natural “ostentação” das novas classes<br />
médias, tem <strong>de</strong> preservar as características que i<strong>de</strong>ntificam<br />
o produto como tal, e o ma<strong>de</strong> in po<strong>de</strong> não ser<br />
suficiente. «Em geral há interesse por tudo o que é novida<strong>de</strong><br />
e a fi<strong>de</strong>lização a marcas é difícil <strong>de</strong> conseguir,<br />
embora com excepções como alguns bens/marcas <strong>de</strong><br />
luxo, ou produtos alimentares», explica. ■<br />
Célia Marques<br />
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48 I 49<br />
empresas<br />
250 maiores COMUNICAÇÃO EMPRESARIAL<br />
do<br />
distrito <strong>de</strong> <strong>Leiria</strong> Comunicar em ambiente <strong>de</strong> crise<br />
“Ao comunicar através<br />
do preço po<strong>de</strong>mos<br />
<strong>de</strong>svalorizá-lo, dar<br />
a enten<strong>de</strong>r que<br />
é competitivo apenas<br />
pelo preço baixo”,<br />
Ricardo Espada,<br />
director criativo<br />
da Contraponto<br />
COMUNICAÇÃO EM<br />
AMBIENTE DE CRISE<br />
que forma o ambiente <strong>de</strong>pressivo que se vive influencia<br />
a comunicação empresarial? É possível<br />
fazer da crise uma aliada? Como aproveitar a visibilida<strong>de</strong><br />
<strong>de</strong> notícias menos boas para passar mensagens<br />
positivas?<br />
Em momentos <strong>de</strong> crise, como o que se atravessa,<br />
disparam os anúncios a produtos e serviços low cost<br />
e as campanhas promocionais fora da época, fazendo<br />
parecer que o mundo está em saldos. Ali<br />
mesmo, à saída da porta, está estacionado um<br />
Smart a anunciar funerais low-cost.<br />
dDe<br />
A crise tem levado a mudanças no paradigma <strong>de</strong><br />
consumo e a alterações nas relações económicas e<br />
sociais. Segundo Carminda Silvestre, os consumidores<br />
começam a alinhar-se numa postura <strong>de</strong> consumo<br />
inteligente, que exige uma maior consciência<br />
do que efectivamente necessita. Por outro lado, a<br />
sua aquisição <strong>de</strong> produtos ou serviços é <strong>de</strong>terminada<br />
pelo custo-benefício. «Estamos efectivamente<br />
inseridos num paradigma do low-cost, que não sig-<br />
DR<br />
nifica, necessariamente, qualida<strong>de</strong> reduzida. É<br />
nesse paradigma que se insere a Ikea», adianta.<br />
É preciso cuidado para que a imagem transmitida<br />
pela publicida<strong>de</strong> não pareça irónica face à conjuntura,<br />
mas não <strong>de</strong>ixa <strong>de</strong> ser perigoso ter uma<br />
comunicação <strong>de</strong>masiado focada no preço, adverte<br />
Ricardo Espada, director criativo da Contraponto.<br />
Depen<strong>de</strong>ndo do produto em causa, «ao comunicar<br />
através do preço po<strong>de</strong>mos <strong>de</strong>svalorizá-lo, dar a enten<strong>de</strong>r<br />
que é competitivo apenas pelo preço baixo»,<br />
explica.<br />
Perante o factor crise as empresas ten<strong>de</strong>m, conjuntamente<br />
com as agências, a repensar a sua<br />
forma <strong>de</strong> comunicar, os meios utilizados, bem como<br />
a sua linguagem, ou mensagem institucional. «Esta<br />
situação gera um comportamento <strong>de</strong> ostentação<br />
mais comedido mas, e sempre que possível, não retirando<br />
valor ao produto, marca ou serviço», acrescenta<br />
por seu lado, Vítor Jorge, director <strong>de</strong> arte da<br />
Artma<strong>de</strong>sign.<br />
A comunicação <strong>de</strong>ve reflectir os valores da<br />
marca, que estarão previamente <strong>de</strong>finidos e alinhados<br />
com toda a estratégia <strong>de</strong> marketing e comunicação.<br />
Os valores e as práticas «não po<strong>de</strong>m ser<br />
negligenciados e têm <strong>de</strong> se articular <strong>de</strong> forma coerente»,<br />
adverte a professora coor<strong>de</strong>nadora do Departamento<br />
<strong>de</strong> Ciências da Linguagem, da ESTG,<br />
Carminda Silvestre.<br />
É preciso não esquecer, por outro lado, que a comunicação<br />
<strong>de</strong>ve estar comprometida com a verda<strong>de</strong>:<br />
quando se anuncia que é “o mais baixo preço”<br />
tem mesmo <strong>de</strong> ser. Num mundo <strong>de</strong> comunicação rápida<br />
e gran<strong>de</strong> interactivida<strong>de</strong>, como o da internet e<br />
das re<strong>de</strong>s sociais, a mentira tem “perna curta”.<br />
A mensagem a passar pela publicida<strong>de</strong> <strong>de</strong>ve ter<br />
em conta o ambiente recessivo, mas ao mesmo<br />
tempo evitar ir ao encontro <strong>de</strong>le. Os anúncios não<br />
<strong>de</strong>vem ser cinzentos, mas inesperados, e a mensagem<br />
<strong>de</strong>ve ajudar a criar esperança.<br />
«Com a crise, gerem-se com mais rigor os orçamentos.<br />
A forma <strong>de</strong> pensar e agir, tem que ser efectiva.<br />
A margem <strong>de</strong> erro na comunicação não é<br />
permitida pelo cliente. Neste contexto, as agências<br />
<strong>de</strong> comunicação têm um papel muito mais prepon<strong>de</strong>rante:<br />
não po<strong>de</strong>m falhar. Têm <strong>de</strong> ter a solução e<br />
agir bem e <strong>de</strong>pressa», explica, por seu lado, Vítor<br />
Jorge, director <strong>de</strong> arte da Artma<strong>de</strong>sign.<br />
E o que acontece ao investimento em comunicação?<br />
Não há que ter ilusões. O conceito <strong>de</strong> que a<br />
crise é, por vezes, a melhor oportunida<strong>de</strong> para investir<br />
é, na realida<strong>de</strong> presente, um conceito cada vez<br />
menos interiorizado pelas empresas, admite Vítor<br />
Jorge.<br />
Uma forma <strong>de</strong> contornar a falta <strong>de</strong> recursos para<br />
comunicação po<strong>de</strong> passar por comunicar em conjunto<br />
com outras empresas do sector, em feiras nacionais<br />
ou internacionais, ou quando o que está em<br />
>>>
50 I 51<br />
empresas<br />
250 maiores COMUNICAÇÃO EMPRESARIAL<br />
do<br />
distrito <strong>de</strong> <strong>Leiria</strong> Comunicar em ambiente <strong>de</strong> crise<br />
causa é uma marca que associa diversos produtores,<br />
como acontece com a Pêra Rocha, ou a Maçã <strong>de</strong><br />
Alcobaça, cuja comunicação é gerida pelas respectivas<br />
associações do sector.<br />
QUANDO A CRISE BATE À PORTA…<br />
E OS JORNALISTAS TAMBÉM<br />
Quando a crise vai para além dos noticiários e bate<br />
à porta das empresas, levando ao incumprimento, a<br />
<strong>de</strong>spedimentos e a títulos sonantes na comunicação<br />
social, os <strong>de</strong>safios são outros.<br />
A imagem corporativa é um dos activos mais importantes<br />
das empresas e com a rapi<strong>de</strong>z das novas<br />
tecnologias, uma dificulda<strong>de</strong> pontual po<strong>de</strong> converter-se<br />
numa crise sem limites.<br />
Como adverte Octavio Isaac Rojas Orduña, master<br />
em Comunicação Corporativa e Publicitária, «a<br />
facilida<strong>de</strong> <strong>de</strong> comunicar um acontecimento negativo<br />
<strong>de</strong>ve ser aproveitada pelas empresas para informar<br />
sobre o que estão a fazer para resolver os<br />
problemas».<br />
A exposição pública gratuita a que se vê submetida<br />
a empresa <strong>de</strong>ve ser utilizada para lançar mensagens<br />
positivas sobre a empresa, e os seus<br />
produtos e serviços. Uma crise bem gerida po<strong>de</strong> representar<br />
uma oportunida<strong>de</strong> para reposicionar uma<br />
marca e fortalecê-la. Não é por acaso que em chinês<br />
a palavra crise se escreve com dois símbolos<br />
que representam "o perigo" e "a oportunida<strong>de</strong>", relembra<br />
o especialista num paper intitulado Comunicação<br />
em Tempo <strong>de</strong> Crise.<br />
A imagem corporativa é um<br />
dos activos mais<br />
importantes das empresas e<br />
com a rapi<strong>de</strong>z das novas<br />
tecnologias, uma dificulda<strong>de</strong><br />
pontual po<strong>de</strong> converter-se<br />
numa crise sem limites<br />
Com uma maior consciência sobre a importância<br />
da comunicação é mesmo possível prevenir acontecimentos<br />
in<strong>de</strong>sejáveis. Como? Passa muito pela capacida<strong>de</strong><br />
da empresa se comunicar <strong>de</strong> forma<br />
transparente, continuada e próxima às pessoas,<br />
aponta o especialista. ■<br />
Célia Marques<br />
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52 I 53<br />
empresas<br />
250 maiores COMUNICAÇÃO EMPRESARIAL<br />
do<br />
distrito <strong>de</strong> <strong>Leiria</strong> Proibido enganar<br />
CONSUMIDORES<br />
ENGANADOS<br />
a<br />
SÃO PERIGO<br />
PARA AS MARCAS<br />
“Enganar o consumidor<br />
é um suicídio para uma<br />
marca”, Carlos Coelho,<br />
presi<strong>de</strong>nte da<br />
Ivity Brand Corp<br />
A coerência entre a estratégia <strong>de</strong> comunicação <strong>de</strong> um<br />
produto e o próprio produto é regra base <strong>de</strong> qualquer<br />
campanha <strong>de</strong> promoção <strong>de</strong> uma marca. Captar a<br />
atenção do público-alvo é sempre o objectivo e há vários<br />
caminhos como opção. As comunicações mais<br />
simples, mais populares, mais informativas, <strong>de</strong> suspense,<br />
inteligentes, elegantes, sexy, cómicas, contemplativas,<br />
ousadas, intuitivas, pela positiva ou pela<br />
negativa todas são legítimas quando bem trabalhadas<br />
em função do seu target e do objecto que se preten<strong>de</strong><br />
comunicar, quer seja uma empresa, uma<br />
instituição, um evento ou um produto.<br />
Não <strong>de</strong>fraudar as expectativas do cliente ou consumidor<br />
é crucial para a reputação da marca. Prometer<br />
mais do que se po<strong>de</strong> dar po<strong>de</strong> ser fatal e quem<br />
RICARDO GRAÇA/ARQUIVO<br />
compra está <strong>de</strong> olhos abertos. A confiança e o compromisso<br />
tornam-se o elo <strong>de</strong> ligação entre as partes.<br />
“Enganar um consumidor é suicídio para uma<br />
marca”, quem o diz é Carlos Coelho, presi<strong>de</strong>nte da Ivity<br />
Brand Corp, para quem “o valor <strong>de</strong> uma marca consiste<br />
na contabilização material da confiança que um<br />
cliente tem num produto”. “As marcas mais valiosas e<br />
mais fortes são aquelas que ao longo <strong>de</strong> anos, décadas,<br />
ou mesmo centenas <strong>de</strong> anos consolidaram as<br />
relações <strong>de</strong> confiança com os seus clientes, como<br />
sendo provavelmente o seu activo mais valioso.”<br />
“O consumidor é quem alimenta a empresa e é<br />
preciso ter sempre presente que a empresa <strong>de</strong>pen<strong>de</strong><br />
<strong>de</strong>le”, reforça Susana Rodrigues, presi<strong>de</strong>nte da Escola<br />
Superior <strong>de</strong> Arte <strong>de</strong> Design das Caldas da Rainha<br />
(ESAD-CR) que salienta que “o consumidor não gosta<br />
<strong>de</strong> se sentir enganado, e ao senti-lo, não só não volta<br />
a comprar, como projecta a uma velocida<strong>de</strong> galopante<br />
e negativamente, o produto a todos com quem se relaciona”.<br />
Aqui resi<strong>de</strong> um dos maiores perigos <strong>de</strong> enganar<br />
o consumidor, pois “partilhamos muito mais<br />
rapidamente o <strong>de</strong>sagrado que temos relativamente a<br />
um produto do que a satisfação que ele nos dá”, explica<br />
a docente.<br />
Estudos revelam que um cliente insatisfeito partilha<br />
a sua insatisfação com o dobro das pessoas em<br />
relação à mesma partilha efectuada pelos clientes<br />
satisfeitos. Alcina Gaspar, coor<strong>de</strong>nadora da Licenciatura<br />
em Marketing da Escola Superior <strong>de</strong> Tecnologia<br />
a Gestão <strong>de</strong> <strong>Leiria</strong> confirma: “enganar o consumidor<br />
significa per<strong>de</strong>r aquele consumidor e muitos outros<br />
no futuro. Significa não ter êxito a médio prazo”. A professora<br />
explica que “os consumidores querem trocas<br />
equitativas e justas. Se o objectivo da empresa é o <strong>de</strong><br />
permanecer no mercado, o consumidor não po<strong>de</strong> ser<br />
<strong>de</strong>fraudado” e lembra que “a concorrência está atenta<br />
e à procura <strong>de</strong> consumidores <strong>de</strong>fraudados”.<br />
Satisfazer quem compra passa por ir ao encontro<br />
daquilo que lhe é prometido e sempre que possível superar<br />
as suas expectativas. “Ao fazer o cliente sentir<br />
que recebeu mais do que o esperado, em alguns casos,<br />
ele até retribui, não só com a sua lealda<strong>de</strong> mas recomendando<br />
a outros o produto e a marca, tornando-se<br />
um parceiro do negócio”, afirma Alcina Gaspar.<br />
E não se subestime o po<strong>de</strong>r do consumidor que na<br />
última década assumiu uma relevância muito significativa.<br />
O <strong>de</strong>senvolvimento das plataformas social<br />
media que facilitam e exponenciam a troca <strong>de</strong> opiniões<br />
e críticas sobre produtos e marcas conferiu às<br />
massas um estatuto sem prece<strong>de</strong>ntes e as empresas<br />
não lhe são alheias.<br />
PRODUTOS SEM QUALIDADE<br />
CONDENADOS AO INSUCESSO<br />
A comunicação tem um po<strong>de</strong>r inquantificável mas na<br />
opinião dos especialistas há uma coisa que não está<br />
ao seu alcance, fazer vingar produtos sem qualida<strong>de</strong>.
Ricardo Henriques, redactor publicitário diz que<br />
“as pessoas até po<strong>de</strong>m gostar <strong>de</strong> anúncios populares<br />
mas não são estúpidas” e que por isso, “um mau<br />
produto nunca terá sucesso, mesmo com uma comunicação<br />
fenomenal”. O especialista salienta que<br />
“há muitos bons produtos que nunca precisaram <strong>de</strong><br />
publicida<strong>de</strong> porque já têm aquilo que ela quer provocar:<br />
o word-of-mouth [boca-a-boca]”, <strong>de</strong> que são<br />
exemplo os restaurantes, cada vez mais vistos como<br />
marcas.<br />
Carlos Coelho, da Ivity Brand Corp partilha da<br />
mesma opinião: “a comunicação, ou o excesso <strong>de</strong> mediatismo,<br />
não consegue escon<strong>de</strong>r, durante muito<br />
tempo, os <strong>de</strong>feitos <strong>de</strong> um produto”.<br />
E a professora <strong>de</strong> marketing, Alcina Gaspar corrobora:<br />
“não acredito no sucesso a médio prazo <strong>de</strong><br />
maus produtos, mesmo apoiados numa excelente comunicação”.<br />
No entanto, <strong>de</strong>fen<strong>de</strong> que “uma má comunicação<br />
po<strong>de</strong> levar ao insucesso <strong>de</strong> um bom<br />
produto”.<br />
Por outro lado, Susana Rodrigues, da ESAD-CR até<br />
consi<strong>de</strong>ra que “um mau produto bem comunicado,<br />
po<strong>de</strong> na primeira instância gozar do efeito “esponja”,<br />
ou seja, o consumidor adquire o produto pelo efeito<br />
da novida<strong>de</strong>, mas não repetirá a compra porque o produto<br />
não correspon<strong>de</strong> ao inicialmente anunciado”.<br />
A docente, refere ainda que “há produtos muito<br />
bons, por vezes em nichos <strong>de</strong> mercado, que não tendo<br />
uma forte componente comunicacional, o consumidor<br />
adquire-os, e repetirá a frequência <strong>de</strong> compra,<br />
Perante o volume <strong>de</strong> publicida<strong>de</strong> que se<br />
produz, conseguir elaborar campanhas<br />
assertivas e vitoriosas torna-se um <strong>de</strong>safio<br />
difícil mas tentador e vale tudo para atingir<br />
o objectivo <strong>de</strong> dar nas vistas e ser falado.<br />
Mas, por mais entusiasmo que se tenha,<br />
nunca o consumidor <strong>de</strong>ve ser <strong>de</strong>fraudado<br />
porque o produto pelo efeito <strong>de</strong> experimentação, se<br />
revelou fi<strong>de</strong>digno ao seu propósito”. A título <strong>de</strong> exemplo<br />
Susana Rodrigues faz referência aos sumos naturais<br />
da COPA que chegam ao consumidor, em<br />
termos <strong>de</strong> comunicação, pela sua exposição nas lojas<br />
em prateleiras próprias da Frubaça, empresa que os<br />
produz.<br />
>>><br />
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54 I 55<br />
empresas<br />
250 maiores COMUNICAÇÃO EMPRESARIAL<br />
do<br />
distrito <strong>de</strong> <strong>Leiria</strong> Proibido enganar<br />
“Partilhamos muito<br />
mais rapidamente<br />
o <strong>de</strong>sagrado que temos<br />
relativamente a um<br />
produto do que<br />
a satisfação que ele<br />
nos dá”, Susana<br />
Rodrigues,<br />
directora ESAD-CR<br />
A comunicação po<strong>de</strong> ser um aliado <strong>de</strong> vendas do<br />
produto mas também po<strong>de</strong> <strong>de</strong>struí-lo completamente.<br />
“O po<strong>de</strong>r da comunicação é informar e seduzir<br />
o consumidor sobre as características do produto.<br />
Uma boa comunicação gera uma associação positiva<br />
ao produto. Por outro lado, uma má comunicação,<br />
projecta no produto um conjunto <strong>de</strong> atributos negativos,<br />
que induz a uma repulsa por parte do consumidor”,<br />
explica Susana Rodrigues.<br />
“É preciso passar a mensagem para o consumidor<br />
<strong>de</strong> que o produto existe e conseguir argumentar <strong>de</strong><br />
forma simples, clara e coerente <strong>de</strong> que se trata <strong>de</strong> um<br />
bom produto, porque é o melhor em <strong>de</strong>terminado aspecto,<br />
o melhor para <strong>de</strong>terminado fim, o melhor para<br />
<strong>de</strong>terminado perfil <strong>de</strong> consumidor” explica a investigadora<br />
em branding, Alcina Gaspar. “No mercado<br />
existem muitos bons produtos, mas nem todos conseguem<br />
conquistar o cliente.”<br />
RICARDO GRAÇA/ARQUIVO<br />
O MAU PODE TORNAR-SE BOM<br />
Diz-se frequentemente que um anúncio é mau porque<br />
é “brejeiro”, “popularucho”, “<strong>de</strong> mau gosto”, mas há<br />
campanhas que o são intencionalmente. Perante a<br />
quantida<strong>de</strong> <strong>de</strong> informação que se produz captar a<br />
atenção do público torna-se numa espécie <strong>de</strong> vale<br />
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tudo em que qualquer meio é válido para atingir o fim, quer<br />
seja com canções orelhudas, como a do site <strong>de</strong> vendas<br />
OLX ou com personagens ridicularizadas mas mediáticas<br />
como o futebolista Futre.<br />
Ricardo Henriques, redactor publicitário e organizador<br />
do Festival do Cano (que homenageia as piores publicida<strong>de</strong>s<br />
do ano) afirma que entre a comunida<strong>de</strong> publicitária a<br />
campanha <strong>de</strong> lançamento da nova imagem do Pingo Doce<br />
“é consi<strong>de</strong>rada muito má”. Porque “é popularucha, mas<br />
também porque é <strong>de</strong>masiado fácil”. “Mas infelizmente publicida<strong>de</strong><br />
não é arte e os anúncios fáceis e cheios <strong>de</strong> clichés<br />
vingam” admite.<br />
“Se o jingle <strong>de</strong> Janeiro a Janeiro está na cabeça dos<br />
portugueses e se estes acorrem até ao supermercado,<br />
apesar da regra dos 20 euros para o multibanco, então<br />
toda a comunicação do Pingo Doce tem sido irrepreensível”,<br />
avalia. Mas salvaguarda: “eu não gosto e senti-me<br />
agredido quando no anúncio <strong>de</strong> televisão a ban<strong>de</strong>ira nacional<br />
apareceu do lado contrário”, mas a verda<strong>de</strong> é que<br />
muito se falou sobre o assunto e mesmo assim, diz o publicitário,<br />
“na hora <strong>de</strong> ir comprar tomates ninguém se<br />
importa”.<br />
As pessoas po<strong>de</strong>m gostar<br />
<strong>de</strong> anúncios populares<br />
mas não são estúpidas (...)<br />
um mau produto nunca terá<br />
sucesso, mesmo com uma<br />
comunicação fenomenal<br />
Por outro lado também po<strong>de</strong>mos falar dos anúncios<br />
que marcam pela negativa, mas que efectivamente marcam<br />
e cumprem o seu propósito <strong>de</strong> passar a mensagem.<br />
São mensagens construídas sobre o ridículo ou num ambiente<br />
obscuro, <strong>de</strong> apelo ao hediondo, ao assustador, ao<br />
mórbido e até ao medo.<br />
Sobre estes Ricardo Henriques lembra a generalida<strong>de</strong><br />
das campanhas contra a sida, condução perigosa ou o<br />
uso <strong>de</strong> casacos <strong>de</strong> peles que têm usado o choque para<br />
conseguir que as pessoas mu<strong>de</strong>m comportamentos.<br />
“Mostrar pessoas moribundas tem funcionado e é impossível<br />
não falar da Benetton que também usou um<br />
Cristo a morrer <strong>de</strong> sida num anúncio”, refere.<br />
A um nível diferente o publicitário lembra ainda a publicida<strong>de</strong><br />
ao Licor Beirão que usou o futebolista Futre, “<strong>de</strong>pois<br />
daquele discurso inflamado, para uma campanha <strong>de</strong><br />
auto-gozo que até incluiu um Porsche amarelo”. Consciente<br />
ou não, diz Ricardo Henriques, “continua a ser uma<br />
marca a gozar com os tiros no pé <strong>de</strong> uma figura pública”.<br />
Choca? Sim! É agradável? Não! É bonito <strong>de</strong> se ver?<br />
Muito menos! Mas toda a gente conhece, fala, comenta<br />
e sabe do que se trata e, esse sim, é o propósito da publicida<strong>de</strong>.<br />
■<br />
Paula Lagoa
56 I 57<br />
250 maiores COMUNICAÇÃO EMPRESARIAL<br />
empresas do<br />
distrito <strong>de</strong> <strong>Leiria</strong> Relação com a Imprensa<br />
EMPRESAS<br />
E IMPRENSA,<br />
UMA RELAÇÃO DE<br />
INTERDEPENDÊNCIA<br />
RICARDO GRAÇA<br />
o<br />
O sucesso das empresas, produtos e marcas<br />
passa, entre múltiplas questões estratégicas,<br />
pela presença regular nos meios <strong>de</strong> comunicação<br />
social. Aproveitar a visibilida<strong>de</strong> que estes po<strong>de</strong>m<br />
dar e o seu potencial <strong>de</strong> conexão com os públicos-alvo<br />
é para muitas marcas quase tão importante<br />
como simplesmente produzir.<br />
Falar e ser falado é importante para manter<br />
viva a imagem e estar presente no frenesim dos<br />
mercados. Mas como se consegue ser notícia?<br />
Como se processa a relação entre as empresas e<br />
os media?<br />
Em primeiro lugar é indispensável que na mediação<br />
<strong>de</strong>sta relação estejam profissionais conhecedores<br />
da estrutura e funcionamento <strong>de</strong><br />
ambas as partes e que possam ajudar as empresas<br />
a estruturar a sua comunicação em função do<br />
público que preten<strong>de</strong>m alcançar e do órgão <strong>de</strong><br />
comunicação que lhes servirá <strong>de</strong> ponte.<br />
E “nas empresas portuguesas há profissionais<br />
<strong>de</strong> comunicação tão bons como em qualquer<br />
mercado, tal como há cada vez mais gestores que<br />
compreen<strong>de</strong>m o papel estratégico que a comunicação<br />
po<strong>de</strong> <strong>de</strong>sempenhar nos seus resultados <strong>de</strong><br />
negócio” diz Maria Miguel Ferreira, fundadora da<br />
Too Small To Fail – PR for Start-ups, agência <strong>de</strong><br />
comunicação orientada para ajudar as novas empresas<br />
a entrar no mercado, com se<strong>de</strong> em Lisboa.<br />
Também João Paulo Leonardo, director da Revista<br />
Invest afirma que “uma boa parte das empresas<br />
já comunica com os media, umas vezes<br />
por sua iniciativa, outras por solicitação dos próprios<br />
órgãos <strong>de</strong> comunicação social”. O jornalista<br />
da área económica diz mesmo que “alguns empresários<br />
e gestores já perceberam a importância<br />
<strong>de</strong> transmitir a sua mensagem, seja para criar<br />
uma boa imagem com o exterior ou para alavancar<br />
o seu negócio”, lembrando que “essas já usam<br />
ferramentas interessantes para trabalhar com a<br />
comunicação social, recorrendo a newsletters,<br />
press realeases e também através das re<strong>de</strong>s sociais”.<br />
Mas esta mecânica <strong>de</strong> trabalho resi<strong>de</strong> essencialmente<br />
nas empresas com alguma dimensão.<br />
Para as mais pequenas há ainda algum caminho<br />
a percorrer já que “não possuem massa crítica<br />
para terem nas suas equipas, a tempo inteiro, alguém<br />
especializado em comunicação”, explica<br />
Maria Miguel Ferreira que aponta o recurso a<br />
consultores externos como uma solução.<br />
Na generalida<strong>de</strong>, “quando as empresas têm<br />
bem <strong>de</strong>finidas as suas estratégias <strong>de</strong> comunicação<br />
e implementam planos <strong>de</strong> comunicação <strong>de</strong><br />
forma profissional, normalmente, esse profissionalismo<br />
também se reflecte na qualida<strong>de</strong> <strong>de</strong>ssa<br />
relação e na eficácia dos resultados” aponta<br />
ainda Rosa Maria Sobreira, professora do Insti-
tuto Politécnico <strong>de</strong> Coimbra, com formação em<br />
Ciências da Comunicação.<br />
TODOS GANHAM<br />
Notorieda<strong>de</strong>, visibilida<strong>de</strong>, projecção, reputação,<br />
credibilida<strong>de</strong>, confiança, são estatutos que a comunicação<br />
social po<strong>de</strong> ajudar as empresas e<br />
marcas a alcançar e que, garante Maria Miguel<br />
Ferreira, “po<strong>de</strong>m ter um gran<strong>de</strong> impacto não só<br />
nas vendas, mas em aspectos como a atracção <strong>de</strong><br />
financiamento ou a relação com outros parceiros<br />
<strong>de</strong> negócio”. Mas, alerta “só ganham se a comunicação<br />
for bem preparada. Em cada negócio é preciso<br />
saber o que é relevante comunicar e o que é<br />
notícia, é preciso <strong>de</strong>scodificar as mensagens<br />
mais técnicas ou herméticas numa linguagem<br />
que interesse ao público em geral e é importante<br />
haver preocupações <strong>de</strong> rigor na informação”.<br />
João Paulo Leonardo aprofunda: “Mais importante<br />
do que tentar passar a sua comunicação para<br />
os media é saber para on<strong>de</strong> se comunica. É preciso<br />
saber quem são os leitores <strong>de</strong> cada órgão <strong>de</strong> comunicação<br />
social para perceber se existe ali receptivida<strong>de</strong><br />
e interesse para a sua empresa ou o seu<br />
produto”. “Não interessa comunicar para as massas<br />
quando o produto é para um mercado <strong>de</strong> nicho.”<br />
Nesta relação todos ganham. Também a comunicação<br />
social tem a ganhar com a proximida<strong>de</strong><br />
às empresas que acabam por contribuir<br />
para a sua função informativa.<br />
Para Rosa Maria Sobreira a relação “<strong>de</strong>ve basear-se<br />
num princípio <strong>de</strong> inter<strong>de</strong>pendência. Se as<br />
empresas conseguem obter visibilida<strong>de</strong> e notorieda<strong>de</strong><br />
para as suas marcas, os seus produtos e<br />
Mais importante do que tentar passar a sua<br />
comunicação para os media é saber<br />
para on<strong>de</strong> se comunica. É preciso saber<br />
quem são os leitores <strong>de</strong> cada órgão<br />
<strong>de</strong> comunicação social para perceber se<br />
existe ali receptivida<strong>de</strong><br />
os seus protagonistas, o que po<strong>de</strong> ajudar a organização<br />
na construção <strong>de</strong> uma imagem positiva<br />
junto dos seus múltiplos públicos, a verda<strong>de</strong> é<br />
que as mesmas empresas posicionam-se, também,<br />
como fontes <strong>de</strong> informação que alimentam<br />
as redacções com matéria-prima informativa”. Na<br />
opinião da docente, a relação <strong>de</strong>ve ser encarada<br />
numa perspectiva win-win. >>><br />
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A publicida<strong>de</strong> é paga.<br />
As notícias não.<br />
A publicida<strong>de</strong> é da<br />
responsabilida<strong>de</strong> das<br />
empresas. As notícias da<br />
responsabilida<strong>de</strong><br />
dos jornalistas. Uma coisa<br />
não substitui a outra<br />
NOTÍCIA VS PUBLICIDADE<br />
A publicida<strong>de</strong> é paga. As notícias não. A publicida<strong>de</strong><br />
é da responsabilida<strong>de</strong> das empresas. As notícias<br />
da responsabilida<strong>de</strong> dos jornalistas. Uma<br />
coisa não substitui a outra. As estratégias <strong>de</strong> comunicação<br />
implicam a aplicação <strong>de</strong> diferentes formas<br />
<strong>de</strong> comunicação on<strong>de</strong> naturalmente constam<br />
tanto a publicida<strong>de</strong> como as notícias, sendo que o<br />
impacto <strong>de</strong> um e outro formato é difícil <strong>de</strong> quantificar.<br />
Mesmo assim, será sempre mais credível serem<br />
os outros a falar bem <strong>de</strong> nós do que sermos nós os<br />
juízes em causa própria”, <strong>de</strong>fen<strong>de</strong> a consultora<br />
Maria Miguel Ferreira. I<strong>de</strong>ia que também <strong>de</strong>fen<strong>de</strong><br />
João Paulo Leonardo: “A notícia não é controlada e<br />
não é paga pela empresa e, por isso, é mais credível<br />
para o leitor”.<br />
O jornalista ressalva que “quem a escreve, por<br />
norma, é um jornalista, que está vinculado a regras<br />
éticas e <strong>de</strong>ontológicas. O ângulo e todo o <strong>de</strong>senvolvimento<br />
da notícia são da exclusiva responsabilida<strong>de</strong><br />
do jornalista, logo não obe<strong>de</strong>ce aos<br />
<strong>de</strong>sejos do empresário mas ao interesse público e<br />
aos interesses dos seus leitores”.<br />
E “uma não tem que substituir a outra” afirma<br />
Rosa Maria Sobreira, mas a verda<strong>de</strong> é que muitas<br />
empresas poupam pequenas fortunas em publicida<strong>de</strong><br />
por terem relações estreitas com este ou<br />
aquele órgão <strong>de</strong> comunicação e social que lhes dá<br />
antena com regularida<strong>de</strong>.<br />
Po<strong>de</strong>rão estar a pensar bem quando atribuem<br />
maior importância à notícia, já que “a comunicação<br />
com os media é reconhecidamente a forma<br />
mais eficaz e barata (cost-effective) <strong>de</strong> passar<br />
uma mensagem”, diz ainda Maria Miguel Ferreira.<br />
Mas a agir mal quando abdicam <strong>de</strong> investir em publicida<strong>de</strong>,<br />
pois “as estratégias <strong>de</strong> comunicação<br />
têm que ser pensadas numa perspectiva global<br />
integrada, implicando o uso das múltiplas formas<br />
<strong>de</strong> comunicação, media relations, publicida<strong>de</strong>, relações<br />
públicas, patrocínios e outras”, explica Rosa<br />
>>>
60 I 61<br />
empresas<br />
250 maiores COMUNICAÇÃO EMPRESARIAL<br />
do<br />
distrito <strong>de</strong> <strong>Leiria</strong> Relação com a Imprensa<br />
“Em cada negócio é<br />
preciso saber o que é<br />
relevante comunicar e o<br />
que é notícia, é preciso<br />
<strong>de</strong>scodificar as<br />
mensagens mais<br />
técnicas ou herméticas<br />
numa linguagem que<br />
interesse ao público em<br />
geral”, Maria Miguel<br />
Ferreira, consultora<br />
Maria Sobreira, reforçando que “a cobertura jornalística,<br />
por muito ampla que seja, não substitui<br />
campanhas publicitárias, elas complementam-se”.<br />
Maria Miguel alerta: “talvez nem todas as empresas<br />
tenham uma visão integrada da comunicação<br />
e conheçam os números <strong>de</strong> retorno. Creio que<br />
essas estão a <strong>de</strong>sperdiçar mercado”.<br />
NOTÍCIAS NEGATIVAS PODEM ARRASAR<br />
UMA IMAGEM<br />
Mas nem tudo o que sai na comunicação social é<br />
DR<br />
positivo. As notícias que dão conta <strong>de</strong> problemas<br />
no seio das empresas também são frequentes. Na<br />
conjuntura em que o país se encontra, notícias<br />
sobre insolvências, incumprimentos, e fuga às obrigações<br />
fiscais são o prato do dia.<br />
É igualmente difícil quantificar o po<strong>de</strong>r <strong>de</strong>vastador<br />
<strong>de</strong> uma notícia negativa na reputação <strong>de</strong><br />
uma empresa ou marca. Sabe-se, no entanto, que<br />
o impacto <strong>de</strong> um conteúdo negativo é muito superior<br />
ao <strong>de</strong> um conteúdo positivo. Limpar uma<br />
imagem <strong>de</strong>negrida po<strong>de</strong> levar anos, ou mesmo<br />
nunca ser conseguido. Há sempre resíduos que<br />
ficam.<br />
Rosa Maria Sobreira diz que “é um erro os empresários<br />
pensarem que a imprensa só serve para<br />
dizer bem. Se as empresas procuram os órgãos<br />
<strong>de</strong> comunicação social porque querem valorizar<br />
os aspectos positivos das suas organizações,<br />
também é da natureza da comunicação social informar<br />
objectivamente sobre todos os aspectos,<br />
sejam eles positivos ou negativos”. “Neste sentido,<br />
o importante é que as empresas estejam preparadas<br />
para saber reagir a notícias menos positivas.<br />
E nesse domínio há verda<strong>de</strong>iros especialistas<br />
em gerir situações <strong>de</strong> comunicação <strong>de</strong> crise.”<br />
Veja-se o exemplo da campanha <strong>de</strong> 50% <strong>de</strong><br />
<strong>de</strong>sconto dos supermercados Pingo Doce, que foi<br />
um sucesso ao nível da a<strong>de</strong>são <strong>de</strong> consumidores<br />
mas que afinal assentava em irregularida<strong>de</strong>s e<br />
até <strong>de</strong>u origem a acusação <strong>de</strong> dumping (venda<br />
abaixo do custo <strong>de</strong> produção) por parte da ASAE.<br />
Além disso, foi também muito polémica a escolha<br />
do dia do trabalhador para a realização da promoção<br />
já que os funcionários, em vez do gozarem<br />
>>><br />
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62 I 63<br />
empresas<br />
250 maiores COMUNICAÇÃO EMPRESARIAL<br />
do<br />
distrito <strong>de</strong> <strong>Leiria</strong> Relação com a Imprensa<br />
“O impacto <strong>de</strong> uma má<br />
crítica leva muito tempo<br />
a apagar e por vezes é<br />
mesmo impossível<br />
reabilitar um produto<br />
ou marca que<br />
inicialmente foi mal<br />
avaliado e teve uma<br />
crítica que<br />
injustamente o<br />
<strong>de</strong>sfavoreceu”, António<br />
Ventura, enólogo<br />
O PODER DA CRÍTICA<br />
ALÉM DE NOTÍCIAS E PUBLICIDADE OS MEDIA VEICULAM TAMBÉM OPINIÕES. OPINIÕES DE ES-<br />
PECIALISTAS NESTA OU NAQUELA MATÉRIA, PESSOAS COM CONHECIMENTOS APROFUNDADOS,<br />
DE CREDIBILIDADE AFIRMADA, CAPACIDADE DE ANÁLISE E LEGITIMIDADE ADQUIRIDA. SÃO OS<br />
CHAMADOS OPINION MAKERS.<br />
O VINHO É TALVEZ DOIS PRODUTOS EM QUE A OPINIÃO DOS CRÍTICOS MAIS RELEVÂNCIA ASSUME.<br />
UMA NOTA POSITIVA DE UM CRÍTICO REPUTADO COMO RUI FALCÃO OU MARK SQUIRES PODE LAN-<br />
ÇAR UMA MARCA, NA MESMA PROPORÇÃO EM QUE UMA NOTA NEGATIVA PODE AFUNDÁ-LA.<br />
ANTÓNIO VENTURA, ENÓLOGO AO SERVIÇO DE ALGUMAS DAS MAIS IMPORTANTES MARCAS E<br />
CASAS VITIVINÍCOLAS NACIONAIS ADMITE MESMO QUE “EXISTEM MUITOS CASOS EM QUE ESTES<br />
“DEUSES” TÊM UM INCOMENSURÁVEL PODER E ISTO PODE SER MUITO PREOCUPANTE SE NÃO<br />
EXISTIR DA SUA PARTE UM GRANDE EQUILÍBRIO EMOCIONAL PARA A GESTÃO DESTE PODER, QUE<br />
PODE SER FATAL PARA UNS E GALVANIZADOR PARA OUTROS”.<br />
NO QUE RESPEITA A VINHOS, ANTÓNIO VENTURA DIZ QUE “HOJE EM DIA A CRÍTICA É CADA VEZ<br />
MAIS ESPECIALIZADA E CAPAZ”, SENDO QUE “QUANDO OPINA, FÁ-LO QUASE SEMPRE DE UMA<br />
FORMA CONSTRUTIVA E COM A PREOCUPAÇÃO DE ELUCIDAR O CONSUMIDOR FINAL SOBRE O EN-<br />
QUADRAMENTO DO PRODUTO. MESMO ASSIM, AS INJUSTIÇAS ACONTECEM.<br />
O ESPECIALISTA CONFIRMA QUE “O IMPACTO DE UMA MÁ CRÍTICA LEVA MUITO TEMPO A APAGAR<br />
E POR VEZES É MESMO IMPOSSÍVEL REABILITAR UM PRODUTO OU MARCA QUE INICIALMENTE<br />
FOI MAL AVALIADO E TEVE UMA CRÍTICA QUE INJUSTAMENTE O DESFAVORECEU”. O ENÓLOGO RE-<br />
VELA AINDA QUE “O QUE ACONTECE NA MAIOR PARTE DAS SITUAÇÕES É QUE OS DANOS SÃO IR-<br />
REPARÁVEIS E DIFICILMENTE RECUPERÁVEIS. EXCEPCIONALMENTE, ALGUNS SOBREVIVEM”.<br />
DR<br />
o feriado tiveram ainda mais trabalho que o habitual.<br />
Sobre isto veio <strong>de</strong>pois a administração do<br />
grupo dizer que esses funcionários foram pagos a<br />
quintuplicar pelo trabalho realizado nesse dia.<br />
Numa tentativa <strong>de</strong> afastar as acusações <strong>de</strong> exploração<br />
<strong>de</strong> mão-<strong>de</strong>-obra e a má imagem.<br />
Na gestão das crises o papel <strong>de</strong> um consultor<br />
<strong>de</strong> comunicação é fundamental. De acordo com<br />
Maria Miguel Ferreira um bom consultor saberá<br />
treinar os porta-vozes das organizações para evitarem<br />
essas crises, sempre que possível, mas<br />
também aconselhar na preparação <strong>de</strong> planos <strong>de</strong><br />
contingência e preparar estratégias para gerir a<br />
crise quando ela ocorre, seja através <strong>de</strong> mecanismos<br />
<strong>de</strong> difusão ou esvaziamento da crise, como<br />
sublinhar outro facto comunicável relacionado<br />
com o tema; <strong>de</strong> clarificação e pedido <strong>de</strong> <strong>de</strong>sculpa,<br />
se for o caso; ou <strong>de</strong> actuação sobre aquilo que<br />
gerou a crise, como retirar um produto do mercado”.<br />
Qualquer bom comunicador sabe que um antiquado<br />
"não comento" é frequentemente a forma<br />
mais rápida <strong>de</strong> quebrar a confiança com o público<br />
e <strong>de</strong> encorajar um jornalista a investigar mais e<br />
procurar outras fontes.<br />
Ainda sobre o alcance <strong>de</strong> uma boa e <strong>de</strong> uma<br />
má notícia, João Paulo Leonardo dá um exemplo:<br />
“Quando trabalhei com empresas cotadas do PSI<br />
20, uma “boa” informação, como o anúncio da melhoria<br />
dos resultados, reflectia-se na Bolsa <strong>de</strong> Valores<br />
logo no próprio dia, com a subida da cotação<br />
das acções. Ao contrário, uma “má” notícia, como<br />
a <strong>de</strong>slocalização para o exterior da unida<strong>de</strong> produtiva,<br />
tinha efeitos negativos nas respectivas<br />
acções.”<br />
Quanto ao impacto nas micro, pequenas e médias<br />
empresas, o jornalista da Invest diz que “uma<br />
boa ou uma má notícia reflecte-se naturalmente<br />
no seu quotidiano, na sua activida<strong>de</strong> comercial,<br />
po<strong>de</strong>ndo ajudar a ven<strong>de</strong>r mais ou, pelo contrário,<br />
a per<strong>de</strong>r quota <strong>de</strong> mercado”. ■<br />
Paula Lagoa<br />
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66 I 67<br />
empresas<br />
250 maiores COMUNICAÇÃO EMPRESARIAL<br />
do<br />
distrito <strong>de</strong> <strong>Leiria</strong> Análise<br />
Ascendi, concessionaria<br />
das rodovias<br />
do Pinhal Interior<br />
entrou directamente<br />
para o 2.º lugar da<br />
listagem das maiores<br />
empresas<br />
ALGUM CRESCIMENTO<br />
MAS MUITO BAIXA<br />
RENDIBILIDADE<br />
maior empresa do distrito <strong>de</strong> <strong>Leiria</strong> continua a ser<br />
a Lena – Engenharia e Construções SA com um volume<br />
<strong>de</strong> negócios (VN) <strong>de</strong> 214 milhões <strong>de</strong> euros<br />
(mais 29% do que em 2010) crescimento esse assente<br />
nos mercados externos (faturação para o exterior<br />
em 2011 <strong>de</strong> 88 milhões quando em 2010 tinha<br />
sido <strong>de</strong> 50 milhões).<br />
Entre as 10 maiores, as 2 primeiras são empresas<br />
do sector da construção, 5 da indústria e 3 do comércio.<br />
A primeira empresa <strong>de</strong> serviços é o Centro<br />
Hospitalar <strong>de</strong> <strong>Leiria</strong>-Pombal EPE (11º no ranking)<br />
aA<br />
com um VN <strong>de</strong> 58 milhões. De notar, contudo, que<br />
esse montante se refere ao período <strong>de</strong> Abril (data da<br />
RICARDO GRAÇA/ARQUIVO<br />
DISTRIBUIÇÃO POR SECTORES DE ACTIVIDADE<br />
DIVISÃO DESCRIÇÃO DE DIVISÃO Nº EMPRESAS N.º EMPREGADOS V. NEGÓCIOS 2011<br />
A Agricultura, produção animal, caça, floresta e pesca. 8 570 132.687.959<br />
B Indústrias extractivas. 3 189 46.841.928<br />
C Indústrias transformadoras. 87 10.913 1.744.203.394<br />
D Electricida<strong>de</strong>, gás, vapor, água quente e fria e ar frio. 1 0 16.647.000<br />
E Captação, tratamento e distribuição <strong>de</strong> água saneamento, gestão <strong>de</strong> resíduos e <strong>de</strong>spoluição. 4 258 58.796.032<br />
F Construção. 20 2.959 703.274.032<br />
G Comércio por grosso e a retalho reparação <strong>de</strong> veículos automóveis e motociclos. 106 5.022 1.757.098.616<br />
H Transportes e armazenagem. 9 1.140 114.136.452<br />
I Alojamento, restauração e similares. 1 149 8.046.689<br />
L Activida<strong>de</strong>s imobiliárias. 1 86 9.433.793<br />
M Activida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> consultoria, científicas, técnicas e similares. 1 28 16.346.089<br />
N Activida<strong>de</strong>s administrativas e dos serviços <strong>de</strong> apoio. 3 1.481 74.648.268<br />
Q Activida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> saú<strong>de</strong> humana e apoio social. 6 2.404 109.778.024<br />
TOTAIS 250 25.199 4.791.938.276
sua constituição) a Dezembro <strong>de</strong> 2011. Se adicionarmos<br />
os 20 milhões <strong>de</strong> VN <strong>de</strong> Janeiro a Março do<br />
Hospital <strong>de</strong> Santo André (<strong>Leiria</strong>) e do Hospital <strong>de</strong><br />
Pombal, entida<strong>de</strong>s integradas no Centro Hospitalar<br />
<strong>de</strong> <strong>Leiria</strong>-Pombal EPE em 1 <strong>de</strong> abril, o VN do ano<br />
seria <strong>de</strong> 78 milhões, o que faria subir essa EPE no<br />
ranking geral para 8º lugar.<br />
Em 2011 o crescimento do volume <strong>de</strong> negócios<br />
das 250 foi <strong>de</strong> 10% mas os lucros líquidos caíram<br />
59%; das 250 maiores temos 159 com aumento do<br />
volume <strong>de</strong> negócios e 87 com redução (há 4 empresas<br />
das quais não se conhece o VN do ano anterior);<br />
Entre as 250 há 8 que têm capital próprio negativo<br />
e 48 que tiveram prejuízo em 2011 (em 2010<br />
havia somente 25).<br />
Há 149 empresas que ven<strong>de</strong>m para mercados<br />
externos e <strong>de</strong>stas somente 46 obtêm mais <strong>de</strong> meta<strong>de</strong><br />
do seu VN em vendas para o exterior. Das exportações,<br />
73% são para o mercado comunitário e<br />
27% para mercados extra-comunitários.<br />
A rendibilida<strong>de</strong> média dos capitais investidos foi<br />
<strong>de</strong> 3,3%, valor que se apresenta como muito baixo<br />
face às remunerações passíveis <strong>de</strong> se obterem no<br />
mercado em aplicações sem risco (para as 250<br />
maiores <strong>de</strong> 2010 esse indicador era <strong>de</strong> 7%). Em 2011<br />
há 79 empresas com rendibilida<strong>de</strong> superior a 10%,<br />
53 com valores entre 5% e 10%, 70 com valores<br />
entre 0% e 5% e 48 apresentam rendibilida<strong>de</strong>s negativas.<br />
No ranking das 250 maiores temos a seguinte<br />
distribuição por sectores <strong>de</strong> activida<strong>de</strong>:<br />
Comparando os 3 setores com mais empresas<br />
constata-se que:<br />
- O crescimento do volume <strong>de</strong> negócios foi <strong>de</strong><br />
11% na indústria transformadora, 3% no comércio e<br />
26% na construção; para as 250 foi <strong>de</strong> 10%;<br />
- A construção emprega, em média, 148 trabalhadores<br />
por empresa, a indústria transformadora<br />
125 e o comércio 47;<br />
- O volume <strong>de</strong> negócios médio por empresa foi <strong>de</strong><br />
20 milhões na indústria transformadora, 35 milhões<br />
na construção e 17 milhões no comércio;<br />
- O retorno dos capitais investidos pelos sócios<br />
(ROE) é <strong>de</strong> 4,7% na indústria transformadora, 3,5%<br />
no comércio e negativa (-6%) na construção.<br />
- A produtivida<strong>de</strong> (VAB por trabalhador) foi <strong>de</strong><br />
36730 euros na indústria transformadora, 25103<br />
euros no comércio e 28 601 euros na construção;<br />
para as 250 foi <strong>de</strong> 31119 euros;<br />
- A autonomia financeira foi <strong>de</strong> 41% na indústria<br />
transformadora, 35% no comércio e 6% na construção;<br />
para as 250 foi <strong>de</strong> 28%;<br />
- A percentagem <strong>de</strong> faturação para o mercado externo<br />
foi <strong>de</strong> 40% na indústria transformadora, 10%<br />
no comércio e 14% na construção; para as 250 foi<br />
<strong>de</strong> 22%;<br />
Os dados evi<strong>de</strong>nciam que as empresas do sector<br />
da indústria estão mais direccionadas para os mercados<br />
externos, são mais produtivas, têm uma estrutura<br />
financeira mais sólida e melhores taxas <strong>de</strong><br />
rendibilida<strong>de</strong>. Apesar do crescimento significativo<br />
do seu volume <strong>de</strong> negócios as empresas <strong>de</strong> construção<br />
apresentam gran<strong>de</strong> <strong>de</strong>bilida<strong>de</strong> financeira e<br />
taxas <strong>de</strong> rendibilida<strong>de</strong> negativas. ■<br />
José Carreira<br />
PERFIL<br />
JOSÉ CARREIRA, SÓCIO FUNDADOR E ADMINISTRADOR<br />
DA SOCIEDADE DE REVISORES DE CONTAS LCA-LEAL,<br />
CARREIRA & ASSOCIADOS SROC, COORDENOU A EQUIPA<br />
RESPONSÁVEL PELA ANÁLISE DAS 250 MAIORES EM-<br />
PRESAS DO DISTRITO, CABENDO-LHE TAMBÉM A CONS-<br />
TRUÇÃO DO INDICADOR DE PERFORMANCE QUE DEU<br />
ORIGEM AO RANKING DAS 50 MELHORES EMPRESAS. LI-<br />
CENCIADO EM CONTABILIDADE E ADMINISTRAÇÃO PELO<br />
INSTITUTO SUPERIOR DE CONTABILIDADE E ADMINIS-<br />
TRAÇÃO DE COIMBRA, E EM ECONOMIA, PELA FACUL-<br />
DADE DE ECONOMIA DA UNIVERSIDADE DE COIMBRA,<br />
INICIOU A SUA ACTIVIDADE PROFISSIONAL COMO TÉC-<br />
NICO SUPERIOR NA ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA, NA ÁREA<br />
DA SAÚDE, EM 1977. A PARTIR DA DÉCADA DE 1980, PAS-<br />
SOU A COLABORAR COM DIVERSAS EMPRESAS EN-<br />
QUANTO CONSULTOR EM REGIME LIBERAL. É TAMBÉM DOCENTE NO INSTITUTO POLITÉCNICO<br />
DE LEIRIA, LECCIONANDO A DISCIPLINA DE CONTABILIDADE E AUDITORIA. JOSÉ CARREIRA TEM<br />
NA ESCRITA TAMBÉM UMA GRANDE PAIXÃO. A EMPRESA QUE FUNDOU EM 1990, COM SEDE EM<br />
LEIRIA E ESCRITÓRIO EM COIMBRA, CONTA COM QUATRO SÓCIOS REVISORES OFICIAIS DE CON-<br />
TAS (ROC), DISPONDO NO SEU QUADRO DE COLABORADORES DE MAIS DOIS ROC E12 LICEN-<br />
CIADOS NA ÁREA DA GESTÃO E CONTABILIDADE. ALÉM DO MERCADO NACIONAL, A SOCIEDADE<br />
TRABALHA TAMBÉM COM VÁRIAS EMPRESAS ESTRANGEIRAS, DEDICANDO-SE ESSENCIAL-<br />
MENTE À AUDITORIA E CONSULTADORIA.<br />
PUBLICIDADE<br />
LURDES TRINDADE
68 I 69<br />
empresas<br />
a<br />
250 maiores COMUNICAÇÃO EMPRESARIAL<br />
do<br />
distrito <strong>de</strong> <strong>Leiria</strong> Análise<br />
AS 50 MAIORES<br />
EXPORTADORAS<br />
Ao nível global das 250<br />
maiores é <strong>de</strong> salientar<br />
também o aumento das<br />
vendas para o exterior<br />
<strong>de</strong> 20% do volume <strong>de</strong><br />
negócios em 2010<br />
para 22% em 2011<br />
As 50 maiores exportadoras ven<strong>de</strong>ram para o exterior<br />
880 milhões <strong>de</strong> euros o que representa 84% das<br />
exportações totais (1.044 milhões <strong>de</strong> euros) das 250<br />
maiores do distrito.<br />
A Santos Barosa (fabricação <strong>de</strong> vidro <strong>de</strong> embalagem)<br />
surge em primeiro lugar exportando 101 milhões<br />
<strong>de</strong> euros (78% da sua produção), quase tudo para o<br />
mercado comunitário. Em contrapartida, a Lena Engenharia<br />
e Construções (2º lugar na lista) canaliza as<br />
suas exportações para mercados extra-comunitários<br />
(86 milhões dum total <strong>de</strong> 88 milhões <strong>de</strong> euros). A European<br />
Seafood (conservas <strong>de</strong> peixe <strong>de</strong> Peniche)<br />
ocupa o terceiro lugar do ranking exportando para o<br />
mercado comunitário 99% da sua produção. De entre<br />
as 10 maiores, a Cabopol (fabricação <strong>de</strong> compostos<br />
plásticos) é a segunda maior exportadora para mercados<br />
extra-comunitários. Das suas exportações totais<br />
– 34 milhões, 57% da sua faturação – ven<strong>de</strong> para<br />
mercados extra-comunitários 26 milhões <strong>de</strong> euros.<br />
É <strong>de</strong> salientar a importância do mercado comunitário<br />
ao absorver 73% das exportações <strong>de</strong>ssas 50<br />
maiores.<br />
Ao nível global das 250 maiores é <strong>de</strong> salientar também<br />
o aumento das vendas para o exterior <strong>de</strong> 20% do<br />
volume <strong>de</strong> negócios em 2010 para 22% em 2011.<br />
AS 10 MAIORES EM ALGUNS INDICADORES:<br />
Dos quadros <strong>de</strong> análise do ranking das 10 maiores<br />
empresas <strong>de</strong> acordo com alguns indicadores mais<br />
importantes constata-se que:<br />
Crescimento do VN: Os crescimentos da Ascendi,<br />
que praticamente iniciou a activida<strong>de</strong> em 2011 (VN<br />
em 2010 <strong>de</strong> 375 mil euros), e a Indupla, que em 2010<br />
só facturou 966 mil euros, são anormais. Entre as outras,<br />
temos a Leirimetal (VN <strong>de</strong> 22 milhões) a Ultrapolymers<br />
(VN <strong>de</strong> 30 milhões) e a Bel Network<br />
Solutions (VN <strong>de</strong> 22 milhões) que são empresas <strong>de</strong> dimensão<br />
assinalável e que tiveram taxas <strong>de</strong> crescimento<br />
muito elevadas.<br />
10 MAIORES VARIAÇÃO VOL. NEGÓGIOS<br />
Nº NOME VAR. VN (%)<br />
209 ASCENDI OPERADORA , S.A. 2.001,2<br />
119 INDUPLA PLÁSTICOS, LDA 1.145,3<br />
241 CONSTRUÇÕES GONÇALVES & CARRILHO, LDA 336,5<br />
143 LUSOPÊRA, LDA 328,9<br />
126 SAGREC - CONSTRUÇÕES, S.A. 236,3<br />
52 LEIRIMETAL - EQUIPAMENTOS METALÚRGICOS, S.A. 168,0<br />
127 GEMADOURO - PRODUTORES DE OVOS, S.A. 140,6<br />
181 CPF - CENTRO DE PRODUÇÃO E COM HORTOF., LDA 137,0<br />
40 ULTRAPOLYMERS PORTUGAL, S.A. 124,3<br />
54 BEL NETWORK SOLUTIONS - TECN. DE INFORMAÇÃO, LDA 120,6<br />
Maiores empregadoras: As 10 empresas empregam<br />
7.389 trabalhadores o que representa 29% do<br />
emprego total das 250. Surgem em primeiro lugar<br />
duas empresas <strong>de</strong> serviços, seguindo-se uma <strong>de</strong><br />
construção e seis industriais.<br />
10 MAIORES EMPREGADORAS<br />
Nº NOME EMPREGADOS<br />
11 CENTRO HOSP. LEIRIA-POMBAL, E.P.E. (CHLP, E.P.E.) 1573<br />
174 NOVA SERVIÇOS, LDA 1192<br />
1 LENA - ENGENHARIA E CONSTRUÇÕES, S.A. 856<br />
23 KEY PLASTICS PORTUGAL, S.A. 716<br />
10 EUROPEAN SEAFOOD INVESTMENTS PORTUGAL, S.A. 680<br />
3 SANTOS BAROSA - VIDROS, S.A. 557<br />
17 ROCA, S.A. 521<br />
25 IBER-OLEFF - COMPONENTES TÉCNICOS EM PLÁSTICO, S.A. 466<br />
128 SPAL - SOCIEDADE DE PORCELANAS DE ALCOBAÇA, S.A. 429<br />
82 CENTRO HOSPITALAR DE SÃO FRANCISCO, S.A. 399<br />
Maior valor acrescentado bruto: Com predomínio<br />
das empresas industriais a lista das 10 maiores<br />
quanto ao valor acrescentado representa 28% do VAB<br />
total.<br />
10 MAIORES VAB<br />
Nº NOME VAB (€)<br />
3 SANTOS BAROSA - VIDROS, S.A. 44.224.822<br />
11 C. HOSP. LEIRIA-POMBAL, E.P.E. (CHLP, E.P.E.) a) 31.190.730<br />
6 C.M.P. - CIMENTOS MACEIRA E PATAIAS, S.A. 22.779.651<br />
14 GALLOVIDRO, S.A. 21.778.839<br />
17 ROCA, S.A. 19.811.511<br />
23 KEY PLASTICS PORTUGAL, S.A. 16.834.446<br />
1 LENA - ENGENHARIA E CONSTRUÇÕES, S.A. 16.281.205<br />
25 IBER-OLEFF - COMP. TÉCNICOS EM PLÁSTICO, S.A. 16.100.187<br />
71 PECF - PARQUE EÓLICO DE CHÃO FALCÃO, LDA 13.921.959<br />
18 SCHAEFFLER PORTUGAL, S.A. 13.326.186<br />
a) A informação financeira do CHLP é referente a 9 meses (Abril a Dezembro), uma vez que esta EPE só iniciou<br />
a activda<strong>de</strong> em 1 <strong>de</strong> abril <strong>de</strong> 2011<br />
Maior lucro líquido: Apesar do seu lucro líquido<br />
ter caído <strong>de</strong> 9,8 milhões em 2010 para 6,9 milhões<br />
<strong>de</strong> euros em 2011 a CMP – Cimentos <strong>de</strong> Maceira e<br />
Pataias tem o maior lucro entre as 250 maiores. As<br />
10 maiores em resultados representam 87% da<br />
soma do resultado líquido das 250. Se excluirmos<br />
entre as 250 as que têm prejuízos, a percentagem<br />
das 10 maiores neste critério é <strong>de</strong> 39%. ■<br />
José Carreira<br />
10 MAIORES RESULTADO LÍQUIDO<br />
Nº NOME RESULTADO LÍQUIDO 2011 (€)<br />
6 C.M.P. - CIMENTOS MACEIRA E PATAIAS, S.A. 6.947.243<br />
3 SANTOS BAROSA - VIDROS, S.A. 5.720.039<br />
100 REN - ARMAZENAGEM, S.A. 5.414.725<br />
9 CABOPOL - POLYMER COMPOUNDS, S.A. 4.151.832<br />
10 EUROPEAN SEAFOOD INVESTMENTS PORT., S.A. 4.100.311<br />
14 GALLOVIDRO, S.A. 3.513.718<br />
28 OLIVEIRAS, S.A. 3.036.297<br />
136 EURODIAL - C.NEFROLOGIA DIÁLISE DE LEIRIA, S.A. 2.962.996<br />
71 PECF - PARQUE EÓLICO DE CHÃO FALCÃO, LDA 2.273.462<br />
44 EIB - EMPRESA INDUSTRIAL DE BORRACHA, S.A. 2.250.991
70 I 71<br />
empresas<br />
250 maiores COMUNICAÇÃO EMPRESARIAL<br />
do<br />
distrito <strong>de</strong> <strong>Leiria</strong> As 50 Maiores Exportadoras do Distrito <strong>de</strong> <strong>Leiria</strong><br />
RANKING<br />
N.º<br />
ORDEM<br />
2011<br />
NOME<br />
ACTIVIDADE<br />
1 3 SANTOS BAROSA - VIDROS, S.A. Fabricação <strong>de</strong> vidro <strong>de</strong> embalagem.<br />
2 1 LENA - ENGENHARIA E CONSTRUÇÕES, S.A. Construção <strong>de</strong> edifícios (resi<strong>de</strong>nciais e não resi<strong>de</strong>nciais).<br />
3 10 EUROPEAN SEAFOOD INVESTMENTS PORTUGAL, S.A. Conservação <strong>de</strong> prod. da pesca e da aquicultura em azeite e outros óleos vegetais<br />
4 8 METALMARINHA - COMÉRCIO INTERNACIONAL DE RESÍDUOS METÁLICOS, S.A. Comércio por grosso <strong>de</strong> sucatas e <strong>de</strong> <strong>de</strong>sperdícios metálicos.<br />
5 18 SCHAEFFLER PORTUGAL, S.A. Fabricação <strong>de</strong> rolamentos, <strong>de</strong> engrenagens e <strong>de</strong> outros órgãos <strong>de</strong> transmissão.<br />
6 9 CABOPOL - POLYMER COMPOUNDS, S.A. Fabricação <strong>de</strong> matérias plásticas sob formas primárias.<br />
7 34 BÖLLINGHAUS PORTUGAL - AÇOS ESPECIAIS, S.A. Si<strong>de</strong>rurgia e fabricação <strong>de</strong> ferro-ligas.<br />
8 17 ROCA, S.A. Fabricação <strong>de</strong> artigos cerâmicos para usos sanitários.<br />
9 23 KEY PLASTICS PORTUGAL, S.A. Fabricação <strong>de</strong> outros artigos <strong>de</strong> plástico, n.e.<br />
10 52 LEIRIMETAL - EQUIPAMENTOS METALÚRGICOS, S.A. Fabricação <strong>de</strong> máquinas para as indústrias <strong>de</strong> materiais <strong>de</strong> construção, cerâmica<br />
11 55 BOURBON AUTOMOTIVE PLASTICS MARINHA GRANDE, S.A. Fabricação <strong>de</strong> outros artigos <strong>de</strong> plástico, n.e.<br />
12 44 EIB - EMPRESA INDUSTRIAL DE BORRACHA, S.A. Fabricação <strong>de</strong> outros produtos <strong>de</strong> borracha, n.e.<br />
13 70 DIAMANTINO MALHO & CA., LDA Fabricação <strong>de</strong> resinosos e seus <strong>de</strong>rivados.<br />
14 25 IBER-OLEFF - COMPONENTES TÉCNICOS EM PLÁSTICO, S.A. Fabricação <strong>de</strong> outros artigos <strong>de</strong> plástico, n.e.<br />
15 73 MD MOLDES, MANUEL DOMINGUES, LDA Activida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> engenharia e técnicas afins.<br />
16 88 GRAMPERFIL, S.A. Perfilagem a frio.<br />
17 42 IBEROALPLA PORTUGAL - EMBALAGENS PLÁSTICAS, UNIPESSOAL, LDA Fabricação <strong>de</strong> embalagens <strong>de</strong> plástico.<br />
18 7 SOTRAPEX - TRANSP. RODOVIÁRIOS, EXP. IMPORTAÇÃO DE CEREAIS, LDA Com. por grosso <strong>de</strong> cereais, sementes, leguminosas, oleaginosas e out. matérias-<br />
19 87 PROMOL - INDÚSTRIA DE VELAS, S.A. Outras indústrias transformadoras diversas, n.e.<br />
20 117 TECMOLDE - CENTRO TÉCNICO DE MOLDES PARA PLÁSTICOS, LDA Fabricação <strong>de</strong> mol<strong>de</strong>s metálicos.<br />
21 116 MATCERÂMICA - FABRICO DE LOUÇA, S.A. Fabricação <strong>de</strong> artigos <strong>de</strong> uso doméstico <strong>de</strong> faiança, porcelana e grés fino.<br />
22 16 SOCIEDADE AGRÍCOLA DA QUINTA DA FREIRIA, S.A. Avicultura.<br />
23 35 DDO - DERIVADOS DE OVOS, LDA Comércio por grosso <strong>de</strong> leite, seus <strong>de</strong>rivados e ovos.<br />
24 135 ENERPELLETS - PRODUÇÃO, COMERCIALIZAÇÃO DE PELLETS DE MADEIRA, S.A. Serração <strong>de</strong> ma<strong>de</strong>ira.<br />
25 150 TJ MOLDES, S.A. Fabricação <strong>de</strong> mol<strong>de</strong>s metálicos.<br />
26 46 TRANSPORTES CENTRAL POMBALENSE, LDA Transportes rodoviários <strong>de</strong> mercadorias.<br />
27 148 E.I.P. - EQUIPAMENTOS INDUSTRIAIS POÇO, S.A. Fabricação <strong>de</strong> outras máquinas diversas <strong>de</strong> uso geral, n.e.<br />
28 113 ESTALEIROS NAVAIS DE PENICHE, S.A. Construção <strong>de</strong> embarcações metálicas e estruturas flutuantes, excepto <strong>de</strong> recreio<br />
29 68 TRANSPORTES MACHADO & BRITES, LDA Transportes rodoviários <strong>de</strong> mercadorias.<br />
30 122 PLIMAT - PLÁSTICOS INDUSTRIAIS MATOS, S.A. Fabricação <strong>de</strong> chapas, folhas, tubos e perfis <strong>de</strong> plástico.<br />
31 175 SIMPLASTIC - SOCIEDADE INDUSTRIAL DE MATERIAS PLASTICAS, LDA Fabricação <strong>de</strong> outros artigos <strong>de</strong> plástico, n.e.<br />
32 143 LUSOPÊRA - SOC. DE EXP. E COM. DE PRODUTOS HORTOFRUTÍCOLAS, LDA Comércio por grosso <strong>de</strong> fruta e <strong>de</strong> produtos hortícolas, excepto batata.<br />
33 163 SOCÉM - E.D. - FABRICAÇÃO, ENGENHARIA E DESENV. DE MOLDES, LDA Fabricação <strong>de</strong> mol<strong>de</strong>s metálicos.<br />
34 5 MIBEPA - IMPORTAÇÃO, COMÉRCIO E EXPORTAÇÃO, LDA Comércio por grosso <strong>de</strong> outros bens intermédios, n.e.<br />
35 188 JOMARPI - SOCIEDADE DE FABRICO E REPRESENTAÇÕES DE CALÇADO, LDA Fabricação <strong>de</strong> calçado.<br />
36 97 INTERMOLDE - MOLDES VIDREIROS INTERNACIONAIS, LDA Fabricação <strong>de</strong> mol<strong>de</strong>s metálicos.<br />
37 12 MOVICORTES - SERVIÇOS E GESTÃO, S.A. Outras activida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> serviços <strong>de</strong> apoio prestados às empresas, n.e.<br />
38 218 PERIFIVAL, LDA Comércio <strong>de</strong> outros veículos automóveis.<br />
39 129 GRANFER.COM - IMPORT. E EXP. DE PRODUTOS ALIMENTARES, LDA Comércio por grosso <strong>de</strong> fruta e <strong>de</strong> produtos hortícolas, excepto batata.<br />
40 21 SUINICOMÉRCIO - COMÉRCIO DE SUÍNOS, LDA Comércio por grosso <strong>de</strong> animais vivos.<br />
41 32 BLOCOTELHA - CONSTRUÇÕES METÁLICAS E AUTOPORTANTES, S.A. Fabricação <strong>de</strong> estruturas <strong>de</strong> construções metálicas.<br />
42 166 SETSA - SOCIEDADE DE ENGENHARIA E TRANSFORMAÇÃO, S.A. Fabricação <strong>de</strong> mol<strong>de</strong>s metálicos.<br />
43 204 MOLIPOREX - MOLDES PORTUGUESES, IMPORTAÇÃO E EXPORTAÇÃO, S.A. Fabricação <strong>de</strong> mol<strong>de</strong>s metálicos.<br />
44 214 GECO - GABINETE TECNICO E CONTROLO DE MOLDES EM FABRICAÇÃO, LDA Fabricação <strong>de</strong> mol<strong>de</strong>s metálicos.<br />
45 155 SIRPLASTE - SOCIEDADE INDUSTRIAL DE RECUPERADOS DE PLÁSTICO, S.A. Valorização <strong>de</strong> resíduos não metálicos.<br />
46 60 ASIBEL - CONSTRUÇÕES, S.A. Construção <strong>de</strong> outras obras <strong>de</strong> engenharia civil, n.e.<br />
47 231 TECFIL - TÉCNICA FABRICO DE FIOS, LDA Fabricação <strong>de</strong> cordoaria.<br />
48 123 NEORELVA - PLÁSTICOS, S.A. Fabricação <strong>de</strong> outros artigos <strong>de</strong> plástico, n.e.<br />
49 109 NIGEL - CONGELADORA JOSÉ NICOLAU, LDA Congelação <strong>de</strong> produtos da pesca e da aquicultura.<br />
50 236 CARFI - FÁBRICA DE PLÁSTICOS E MOLDES, S.A. Fabricação <strong>de</strong> outros artigos <strong>de</strong> plástico, n.e.
CONCELHO<br />
VOLULME DE<br />
NEGÓCIOS 2011<br />
(€)<br />
EXPORTAÇÕES<br />
COMUNITÁRIAS<br />
(€)<br />
EXPORTAÇÕES<br />
EXTRA-COMUNITÁRIAS<br />
(€)<br />
EXPORTAÇÕES<br />
TOTAL<br />
(€)<br />
EXPORTAÇÕES<br />
NO VN<br />
(%)<br />
MARINHA GRANDE 130.007.355 98.414.096 2.826.079 101.240.175 77,9<br />
LEIRIA 214.081.686 2.070.028 85.700.539 87.770.567 41,0<br />
is e outros molhos. PENICHE 58.924.119 57.843.433 777.091 58.620.524 99,5<br />
MARINHA GRANDE 71.891.077 50.547.287 89.611 50.636.898 70,4<br />
CALDAS DA RAINHA 44.562.018 43.375.384 949.662 44.325.047 99,5<br />
PORTO DE MÓS 59.895.704 7.717.648 26.404.305 34.121.953 57,0<br />
MARINHA GRANDE 31.870.250 17.967.008 13.091.381 31.058.389 97,5<br />
LEIRIA 44.606.058 23.981.858 1.426.817 25.408.676 57,0<br />
LEIRIA 41.505.345 24.462.605 830.860 25.293.465 60,9<br />
ca e vidro. LEIRIA 22.281.978 93.088 21.447.105 21.540.193 96,7<br />
MARINHA GRANDE 21.997.973 20.768.728 60.971 20.829.699 94,7<br />
MARINHA GRANDE 27.570.138 17.810.743 534.134 18.344.877 66,5<br />
POMBAL 16.779.112 15.797.019 686.380 16.483.398 98,2<br />
POMBAL 38.223.395 13.251.064 3.105.778 16.356.842 42,8<br />
LEIRIA 16.346.089 15.484.995 392.480 15.877.475 97,1<br />
POMBAL 14.643.267 14.098.196 419.126 14.517.322 99,1<br />
MARINHA GRANDE 28.353.531 13.475.718 506.638 13.982.357 49,3<br />
-primas agrícolas. CALDAS DA RAINHA 86.721.251 13.455.822 494.496 13.950.317 16,1<br />
CALDAS DA RAINHA 14.664.844 13.450.348 441 13.450.789 91,7<br />
MARINHA GRANDE 12.107.112 6.146.907 5.794.850 11.941.757 98,6<br />
BATALHA 12.112.563 8.803.141 3.113.685 11.916.826 98,4<br />
BOMBARRAL 46.772.665 11.336.135 0 11.336.135 24,2<br />
POMBAL 31.649.327 10.899.281 108.498 11.007.779 34,8<br />
PEDRÓGÃO GRANDE 11.043.649 10.775.369 0 10.775.369 97,6<br />
MARINHA GRANDE 10.113.553 9.685.670 0 9.685.670 95,8<br />
POMBAL 25.582.911 9.014.669 110.629 9.125.297 35,7<br />
MARINHA GRANDE 10.187.881 19.596 8.948.580 8.968.176 88,0<br />
eio e <strong>de</strong>sporto. PENICHE 12.335.929 16.331 8.750.495 8.766.826 71,1<br />
LEIRIA 17.034.563 2.496.237 6.226.409 8.722.646 51,2<br />
MARINHA GRANDE 11.757.276 6.974.976 1.667.557 8.642.534 73,5<br />
BATALHA 8.829.645 8.330.863 105.651 8.436.514 95,5<br />
BOMBARRAL 10.583.536 20.894 8.305.155 8.326.049 78,7<br />
ALCOBAÇA 9.267.257 7.569.883 590.751 8.160.634 88,1<br />
LEIRIA 92.006.642 7.887.154 263.178 8.150.333 8,9<br />
ALCOBAÇA 8.535.176 8.060.945 0 8.060.945 94,4<br />
MARINHA GRANDE 13.877.664 6.399.816 1.626.135 8.025.951 57,8<br />
LEIRIA 57.454.484 2.699.083 5.178.457 7.877.540 13,7<br />
CALDAS DA RAINHA 7.676.268 0 7.547.215 7.547.215 98,3<br />
ÓBIDOS 11.331.180 2.165.362 5.315.829 7.481.191 66,0<br />
LEIRIA 41.720.762 7.452.379 0 7.452.379 17,9<br />
PORTO DE MÓS 33.201.232 2.802.029 4.419.597 7.221.626 21,8<br />
MARINHA GRANDE 9.162.796 4.853.703 2.229.625 7.083.328 77,3<br />
MARINHA GRANDE 8.008.758 6.271.283 743.336 7.014.619 87,6<br />
LEIRIA 7.786.262 5.466.895 1.477.319 6.944.214 89,2<br />
PORTO DE MÓS 9.618.184 6.900.744 0 6.900.744 71,7<br />
BATALHA 20.821.287 0 6.531.668 6.531.668 31,4<br />
MARINHA GRANDE 7.206.638 6.480.936 1.301 6.482.237 89,9<br />
MARINHA GRANDE 11.706.285 6.010.202 15.008 6.025.210 51,5<br />
PENICHE 12.712.138 4.790.643 1.219.858 6.010.501 47,3<br />
MARINHA GRANDE 7.099.493 5.818.740 117.093 5.935.833 83,6
a<br />
AS 50 MELHORES<br />
72 I 73<br />
250 maiores<br />
empresas do<br />
distrito <strong>de</strong> <strong>Leiria</strong><br />
Ser maior não significa<br />
ter tido melhor<br />
<strong>de</strong>sempenho. De facto,<br />
<strong>de</strong> entre as 50 melhores<br />
só constam 8 das 50<br />
maiores e 27 das 50<br />
melhores situam-se<br />
na segunda meta<strong>de</strong> –<br />
abaixo da 125ª posição<br />
– da tabela das 250<br />
maiores<br />
COMUNICAÇÃO EMPRESARIAL<br />
Análise<br />
A lista das 50 melhores empresas do distrito foi<br />
construída com base num indicador <strong>de</strong> performance<br />
<strong>de</strong> acordo com uma metodologia que se<br />
apresenta em quadro próprio. Inclui indicadores relativos<br />
ao crescimento, à rendibilida<strong>de</strong>, ao equilíbrio<br />
financeiro e também a orientação para os<br />
mercados externos. De acordo com esse indicador<br />
o ser melhor significa ter tido <strong>de</strong>sempenhos elevados<br />
no ano 2011, ou seja, é uma qualificação que<br />
vale somente para o ano em análise.<br />
Em primeiro lugar da lista surge a Diamantino<br />
Malho & Cª Lda, empresa <strong>de</strong> Pombal que se <strong>de</strong>dica<br />
à fabricação <strong>de</strong> produtos resinosos e que ocupa a<br />
posição 70 na lista das 250 maiores. Para além <strong>de</strong><br />
ven<strong>de</strong>r quase toda a sua produção para o exterior,<br />
teve taxas <strong>de</strong> crescimento do volume <strong>de</strong> negócios<br />
e do valor acrescentado elevadas, sendo também<br />
muito altas as suas taxas <strong>de</strong> rendibilida<strong>de</strong> no ano.<br />
Ser maior não significa ter tido melhor <strong>de</strong>sempenho.<br />
De facto, <strong>de</strong> entre as 50 melhores só<br />
constam 8 das 50 maiores e 27 das 50 melhores<br />
situam-se na segunda meta<strong>de</strong> –<br />
abaixo da 125ª posição – da tabela das 250<br />
maiores.<br />
Salienta-se o facto <strong>de</strong> entre as 10 melhores<br />
constar uma empresa exportadora<br />
<strong>de</strong> produtos hortofrutícolas – A Lusopêra<br />
do Bombarral – e uma transformadora <strong>de</strong><br />
peixe – a European Seafood <strong>de</strong> Peniche.<br />
Terminamos esta análise salientando<br />
que os dados financeiros das 250 maiores<br />
empresas do distrito permitem concluir<br />
que apesar do esforço <strong>de</strong> crescimento ter<br />
sido notável em tempos <strong>de</strong> recessão -<br />
10% em média, em parte conseguido<br />
através do aumento das vendas para exportação<br />
– os lucros caíram fortemente –<br />
59% menos que em 2010 – o que <strong>de</strong>monstra<br />
que algum crescimento só foi<br />
conseguido com perdas <strong>de</strong> rendibilida<strong>de</strong><br />
e taxas <strong>de</strong> rendibilida<strong>de</strong> médias <strong>de</strong> 3,3%<br />
para os sócios são pouco incentivadoras<br />
para o empreen<strong>de</strong>dorismo. ■ José Carreira<br />
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INDICADORES UTILIZADOS<br />
VOLUME DE NEGÓCIOS (VN)<br />
Soma das vendas e prestações <strong>de</strong> serviços<br />
VALOR ACRESCENTADO BRUTO (VAB)<br />
Soma do volume <strong>de</strong> negócios, variação nos inventários da produção<br />
e outros rendimentos (trabalhos para a própria empresa, rendimentos<br />
suplementares e subsídios à exploração) <strong>de</strong>duzidos dos consumos<br />
intermédios <strong>de</strong> bens e serviços. Representa a riqueza global<br />
criada pela empresa.<br />
RENDIBILIDADE DO CAPITAL PROPRIO (Return on equity – ROE)<br />
Resultado líquido a dividir pelo capital próprio, em percentagem. Interessa<br />
principalmente aos sócios e me<strong>de</strong> o retorno do capital que<br />
têm investido na empresa.<br />
PRODUTIVIDADE<br />
Representa o VAB por empregado.<br />
AUTONOMIA FINANCEIRA<br />
Capital próprio a dividir pelo ativo líquido. Dá-nos a medida em percentagem<br />
do investimento total da empresa que é financiado com<br />
capitais provindos dos sócios ou gerados e retidos na empresa.<br />
RENDIBILIDADE DO INVESTIMENTO TOTAL<br />
(Return on investment – ROI)<br />
Resultado operacional a dividir pelo ativo líquido, em percentagem.<br />
Representa o retorno <strong>de</strong> todo o investimento da empresa in<strong>de</strong>pen<strong>de</strong>ntemente<br />
<strong>de</strong> ser financiado por capital próprio ou alheio.<br />
METODOLOGIA PARA CÁLCULO DO INDICADOR DE<br />
PERFORMANCE – 50 MELHORES<br />
O indicador geral <strong>de</strong> performance <strong>de</strong>pen<strong>de</strong> dos seguintes indicadores:<br />
- Crescimento do Volume <strong>de</strong> Negócios (face a 2009)<br />
- Crescimento do VAB (face a 2009)<br />
- Produtivida<strong>de</strong><br />
- Percentagem <strong>de</strong> Exportações<br />
- Rendibilida<strong>de</strong> do Investimento Total<br />
- Rendibilida<strong>de</strong> do Capital Próprio<br />
- Autonomia Financeira<br />
É um indicador compósito que avalia o <strong>de</strong>sempenho em função das<br />
taxas <strong>de</strong> crescimento – VN e VAB – da rendibilida<strong>de</strong> – ROE e ROI – da produtivida<strong>de</strong><br />
e do equilíbrio financeiro. Embora o <strong>de</strong>stino das vendas não seja<br />
geralmente fator importante a consi<strong>de</strong>rar na avaliação da performance da<br />
empresa, foi tido em conta também esse indicador pela importância que<br />
tem atualmente para a economia nacional o direcionamento das vendas<br />
para o exterior.<br />
O cálculo do indicador <strong>de</strong> performance foi feito da seguinte forma:<br />
- Foi atribuído o índice 100 à melhor empresa em cada um dos indicadores:<br />
produtivida<strong>de</strong>, % <strong>de</strong> exportações, rendibilida<strong>de</strong> do investimento<br />
total, rendibilida<strong>de</strong> do capital próprio e autonomia financeira. O índice das<br />
restantes foi calculado dividindo o valor do seu indicador pelo valor do indicador<br />
da melhor e multiplicando por 100.<br />
- No que se refere às taxas <strong>de</strong> crescimento – do volume <strong>de</strong> negócios e<br />
do valor acrescentado bruto – o indicador atribuído correspon<strong>de</strong> à taxa <strong>de</strong><br />
crescimento <strong>de</strong>ssas variáveis com o limite máximo <strong>de</strong> 100. Às empresas<br />
que tenham taxas <strong>de</strong> crescimento negativas foi atribuído o índice zero.<br />
- Foram excluídas as empresas que têm valor negativo em algum dos indicadores<br />
<strong>de</strong> <strong>de</strong>sempenho.<br />
- O indicador geral <strong>de</strong> performance foi calculado dividindo a soma dos<br />
índices por sete (n.º <strong>de</strong> critérios).
74 I 75<br />
empresas<br />
250 maiores LISTAGEM<br />
do<br />
distrito <strong>de</strong> <strong>Leiria</strong> As 50 Melhores Empresas do Distrito <strong>de</strong> <strong>Leiria</strong><br />
RANKING<br />
N.ORDEM<br />
2011<br />
NOME<br />
VARIAÇÃO<br />
DO VN (%)<br />
RENDIBILIDADE<br />
DO CAPITAL<br />
PRÓPRIO (%)<br />
PRODUTIVIDADE<br />
AUTONOMIA<br />
FINANCEIRA (%)<br />
1 70 DIAMANTINO MALHO & CA., LDA 42,7 66,3 165.163 28,0<br />
2 119 INDUPLA PLÁSTICOS, LDA 1.145,3 16,2 133.432 21,9<br />
3 44 EIB - EMPRESA INDUSTRIAL DE BORRACHA, S.A. 95,4 21,6 47.696 52,4<br />
4 52 LEIRIMETAL - EQUIPAMENTOS METALÚRGICOS, S.A. 168,0 103,9 107.810 1,2<br />
5 143 LUSOPÊRA - SOC.DE EXP. E COMERC. DE PROD. HORTOFRUTÍCOLAS, LDA 328,9 13,1 17.113 2,1<br />
6 10 EUROPEAN SEAFOOD INVESTMENTS PORTUGAL, S.A. 50,5 21,3 15.762 40,2<br />
7 73 MD MOLDES, MANUEL DOMINGUES, LDA 44,3 22,4 93.977 36,0<br />
8 204 MOLIPOREX - MOLDES PORTUGUESES, IMPORTAÇÃO E EXP., S.A. 51,1 17,3 47.749 28,1<br />
9 218 PERIFIVAL, LDA 80,9 4,0 53.500 21,1<br />
10 126 SAGREC - CONSTRUÇÕES, S.A. 236,3 5,8 38.846 15,1<br />
11 103 SODIGUIA - SUPERMERCADOS, LDA 30,4 56,5 23.631 33,6<br />
12 212 LABORATÓRIO MÉDICO DR.DAVID SANTOS PINTO, S.A. -7,2 45,7 47.503 73,7<br />
13 166 SETSA - SOCIEDADE DE ENGENHARIA E TRANSFORMAÇÃO, S.A. 26,1 17,0 47.334 16,7<br />
14 40 ULTRAPOLYMERS PORTUGAL, S.A. 124,3 13,2 83.294 74,6<br />
15 97 INTERMOLDE - MOLDES VIDREIROS INTERNACIONAIS, LDA 24,0 17,6 46.341 47,8<br />
16 247 CALEIRAETERNA - FAB. COM. DE COMP. E MÁQ. PARA CALEIRAS, S.A. 10,8 26,9 110.212 75,4<br />
17 157 SUPERVIEIRA - SUPERMERCADOS, LDA 28,6 73,1 23.973 27,7<br />
18 16 SOCIEDADE AGRÍCOLA DA QUINTA DA FREIRIA, S.A. 4,9 2,6 13.113 67,4<br />
19 236 CARFI - FÁBRICA DE PLÁSTICOS E MOLDES, S.A. 5,2 20,2 30.758 61,3<br />
20 250 TABAMOS - SOCIEDADE GROSSISTAS DE TABACOS, LDA 3,0 24,7 59.415 60,8<br />
21 231 TECFIL - TÉCNICA FABRICO DE FIOS, LDA 34,8 0,5 26.787 16,3<br />
22 34 BÖLLINGHAUS PORTUGAL - AÇOS ESPECIAIS, S.A. 26,2 7,7 39.933 29,3<br />
23 4 RACENTRO - FÁBRICA DE RAÇÕES DO CENTRO, S.A. 31,6 30,5 79.257 24,9<br />
24 25 IBER-OLEFF - COMPONENTES TÉCNICOS EM PLÁSTICO, S.A. 31,4 5,2 34.550 56,7<br />
25 88 GRAMPERFIL, S.A. -4,9 15,8 86.200 21,2<br />
26 191 MIGALHA QUENTE, LDA 42,8 107,8 18.481 7,3<br />
27 84 DISTRIGRANDE - SUPERMERCADOS, LDA 7,7 63,6 20.910 31,4<br />
28 152 TERMOCOMPO - INDÚSTRIA TERMOPLÁSTICA, LDA 40,6 22,8 87.727 41,2<br />
29 182 AGD POLÍMEROS, LDA 3,1 19,5 328.312 16,4<br />
30 162 SOCÉM - E.D. - FAB., ENG. E DESENVOLVIMENTO DE MOLDES, LDA 34,0 9,7 43.670 21,7<br />
31 9 CABOPOL - POLYMER COMPOUNDS, S.A. 17,0 18,5 109.912 47,8<br />
32 49 TABAQUEIRA BEL, LDA 116,0 9,1 49.711 12,7<br />
33 136 EURODIAL - CENTRO DE NEFROLOGIA E DIÁLISE DE LEIRIA, S.A. 3,1 24,7 106.832 84,2<br />
34 188 JOMARPI - SOC.DE FABRICO E REPRESENTAÇÕES DE CALÇADO, LDA 30,8 1,3 17.093 27,8<br />
35 206 DIP - DISTRIBUIDORA IBÉRICA DE POLÍMEROS, LDA 31,9 29,4 214.052 10,6<br />
36 151 LUSIFROTA - TRANSPORTES, S.A. 13,4 60,0 31.617 36,8<br />
37 57 LUBRIFUEL - COMBUSTÍVEIS E LUBRIFICANTES, LDA 69,2 32,9 46.765 16,0<br />
38 18 SCHAEFFLER PORTUGAL, S.A. 19,1 0,3 34.704 51,5<br />
39 100 REN - ARMAZENAGEM, S.A. 0,8 6,5 1.328.452 58,1<br />
40 150 TJ MOLDES, S.A. 2,8 17,1 46.934 40,9<br />
41 241 CONSTRUÇÕES GONÇALVES & CARRILHO, LDA 336,5 0,3 312.994 28,2<br />
42 55 BOURBON AUTOMOTIVE PLASTICS MARINHA GRANDE, S.A. 1,1 5,6 26.939 57,8<br />
43 127 GEMADOURO - PRODUTORES DE OVOS, S.A. 140,6 17,7 53.896 27,2<br />
44 165 H.B.C.II - PEÇAS AUTO, LDA 26,7 33,6 27.032 35,5<br />
45 167 DISTRIMARTINHO - SUPERMERCADOS, LDA 97,2 14,8 17.806 6,4<br />
46 200 DSP - DISTRIBUIÇÃO SPORTSWEAR PROMOCIONAL, S.A. 40,1 6,4 31.261 38,5<br />
47 122 PLIMAT - PLÁSTICOS INDUSTRIAIS MATOS, S.A. 12,1 13,2 46.613 37,9<br />
48 102 COMPOGAL - INDÚSTRIA DE POLÍMEROS, S.A. 19,5 13,5 67.784 90,7<br />
49 175 SIMPLASTIC - SOCIEDADE INDUSTRIAL DE MATERIAS PLASTICAS, LDA 3,4 5,7 16.896 48,2<br />
50 181 CPF - CENTRO DE PROD. E COMERC. HORTOFRUTÍCOLA, LDA 137,0 0,6 20.955 58,5
PUBLICIDADE<br />
RENDIBILIDADE DO<br />
INVEST. TOTAL (%)<br />
EXPORTAÇÕES<br />
(% VN)<br />
VARIAÇÃO DO VAB<br />
(%)<br />
INDICADOR DE<br />
PERFORMANCE<br />
25,4 98,2 170,5 57,07<br />
29,0 46,1 312,4 50,94<br />
16,2 66,5 72,3 49,78<br />
1,5 96,7 -303,0 43,73<br />
0,6 78,7 482,1 42,29<br />
11,8 99,5 41,1 40,05<br />
11,2 97,1 25,5 36,78<br />
4,9 87,6 52,3 35,93<br />
2,7 98,3 29,5 35,02<br />
3,6 2,7 160,9 33,52<br />
25,9 0,0 57,1 33,24<br />
46,8 0,0 -10,8 32,04<br />
5,3 77,3 69,6 31,68<br />
10,6 0,0 -14,5 31,49<br />
12,4 57,8 39,9 31,30<br />
27,7 24,2 4,9 30,35<br />
29,4 0,0 21,9 30,33<br />
2,6 24,2 109,4 29,95<br />
12,9 83,6 4,1 29,58<br />
21,1 0,0 64,4 29,19<br />
3,5 89,9 46,3 28,41<br />
4,7 97,5 23,2 28,39<br />
11,4 0,0 82,0 28,38<br />
6,3 42,8 42,8 28,33<br />
7,7 99,1 38,0 28,24<br />
11,8 0,0 18,0 27,87<br />
28,1 0,0 32,8 27,77<br />
12,4 15,1 40,4 27,74<br />
8,6 10,2 793,4 27,42<br />
4,8 88,1 21,6 27,09<br />
12,1 57,0 12,2 26,94<br />
2,5 0,0 57,3 26,92<br />
29,8 0,0 -0,4 26,75<br />
4,6 94,4 18,6 26,61<br />
17,5 25,0 36,2 26,46<br />
31,1 0,0 8,1 26,43<br />
8,6 0,0 45,4 26,29<br />
0,4 99,5 6,3 26,26<br />
5,7 0,0 1,3 25,99<br />
8,1 95,8 -4,6 25,62<br />
2,4 0,0 20,3 25,61<br />
4,2 94,7 4,5 25,50<br />
5,6 5,9 11,2 25,49<br />
13,9 15,2 34,6 25,31<br />
6,0 0,0 44,7 25,25<br />
5,8 47,3 25,8 25,00<br />
8,0 73,5 15,5 24,93<br />
15,6 0,2 5,4 24,64<br />
3,9 95,5 3,6 24,15<br />
1,3 0,0 -32,5 23,87
250 maiores LISTAGEM<br />
empresas do<br />
76 I 77 distrito <strong>de</strong> <strong>Leiria</strong> As melhores empresas<br />
DIAMANTINO MALHOn<br />
1º<br />
Ocupando o 70.º lugar<br />
na seriação por volume<br />
<strong>de</strong> negócios,<br />
a Diamantino Malho &<br />
Ciª. foi, segundo os<br />
critérios da equipa que<br />
analisou os diversos<br />
indicadores, a melhor<br />
empresa do distrito<br />
em 2011<br />
ATINGE EXCELÊNCIA<br />
COM “TRABALHO<br />
E DEDICAÇÃO”<br />
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DR<br />
No topo da lista das 50 empresas com o melhor <strong>de</strong>sempenho<br />
no distrito <strong>de</strong> <strong>Leiria</strong>, aparece, este ano, a<br />
Diamantino Malho & Ciª. Lda, <strong>de</strong> Albergaria dos Doze,<br />
Pombal, que alcançou os melhores resultados nos indicadores<br />
relativos ao crescimento, rendibilida<strong>de</strong>, equilíbrio<br />
financeiro e vocação para os mercados externos.<br />
Em 2011, a empresa, cujo lema é "trabalho e <strong>de</strong>dicação",<br />
registou uma taxa <strong>de</strong> crescimento <strong>de</strong> 42,7%,<br />
actuando maioritariamente nos mercados europeus,<br />
do Norte <strong>de</strong> África e do Médio Oriente.<br />
Dedicada ao fabrico <strong>de</strong> resinas, seus compostos e<br />
subprodutos que po<strong>de</strong>m ser aplicados nas áreas da<br />
cosmética, borrachas, a<strong>de</strong>sivos, marcação viária e<br />
produtos alimentares, a empresa foi criada nos anos<br />
30 do século passado por Diamantino Malho, pai do<br />
actual responsável.<br />
Depois <strong>de</strong>, nas primeiras quatro décadas <strong>de</strong> activida<strong>de</strong>,<br />
se ter <strong>de</strong>dicado à <strong>de</strong>stilação <strong>de</strong> gema do pinheiro,<br />
fabrico e comércio <strong>de</strong> colofónia e aguarrás, nos<br />
anos 70, com a criação <strong>de</strong> uma nova unida<strong>de</strong> industrial,<br />
a activida<strong>de</strong> sofreu um incremento na produção,<br />
através da adopção <strong>de</strong> técnicas <strong>de</strong> funcionamento<br />
mais mo<strong>de</strong>rnas.<br />
Anos <strong>de</strong>pois, em 1995, <strong>de</strong>monstrando uma cada<br />
vez maior sensibilida<strong>de</strong> ambiental e <strong>de</strong>senvolvimento
sustentável, a Diamantino Malho & Ciª. Lda investiu<br />
no alargamento da capacida<strong>de</strong> <strong>de</strong> produção e alargou<br />
a sua activida<strong>de</strong>. “Há 15 anos, passámos a produzir<br />
resinas <strong>de</strong>rivadas <strong>de</strong> colofónia, a fim <strong>de</strong><br />
acrescentar valor na ca<strong>de</strong>ia do produto”, explica o gerente,<br />
Diamantino Malho.<br />
Através da investigação e <strong>de</strong>senvolvimento próprio,<br />
a empresa ainda criou novas gamas <strong>de</strong> produto, em<br />
alguns casos, para a satisfação <strong>de</strong> necessida<strong>de</strong>s específicas<br />
dos seus clientes, tendo os esforços na área<br />
do ambiente garantido-lhe, em Janeiro <strong>de</strong> 2009, a certificação<br />
ambiental.<br />
A unida<strong>de</strong> laboratorial é, também, uma das maiores<br />
mais-valias da empresa, pois permite não apenas um<br />
controlo apertado da qualida<strong>de</strong>, mas também um<br />
processo contínuo <strong>de</strong> melhoramento nos processos e<br />
produtos. “A questão ambiental tem sido sempre um<br />
aspecto sensível da nossa activida<strong>de</strong>.<br />
Apesar <strong>de</strong> dispormos <strong>de</strong> Licença Ambiental, continuamos<br />
a ressentir-nos do excesso <strong>de</strong> burocracia e<br />
fundamentalismo que afecta a indústria química nacional”,<br />
refere o responsável.<br />
As empresas do sector, adianta, têm sofrido com a<br />
escassez <strong>de</strong> matéria-prima nacional - a resina do pinheiro<br />
-, o que obriga a importá-la da China e do Brasil<br />
e, por isso, a empresa investiu na extracção <strong>de</strong> resina<br />
noutras regiões, tendo criado uma empresa florestal<br />
na Turquia, em 2012.<br />
“Esta activida<strong>de</strong> industrial constitui um <strong>de</strong>safio aliciante.<br />
A estrutura da empresa confere-lhe uma flexibilida<strong>de</strong><br />
que permite ir ao encontro das necessida<strong>de</strong>s<br />
concretas dos clientes e a dinâmica tem-nos permitido<br />
competir num mercado dominado por multinacionais,<br />
atingindo as exportações 99% do nosso volume<br />
<strong>de</strong> vendas”. ■<br />
Jacinto Silva Duro<br />
BILHETE DE IDENTIDADE (DADOS 2011)<br />
NOME: DIAMANTINO MALHO & CIª LDA.<br />
LOCALIZAÇÃO: POMBAL<br />
DATA DE FUNDAÇÃO: ACTIVIDADE EM NOME INDIVIDUAL INI-<br />
CIADA EM 1930, SENDO CONSTITUÍDA EM 1984 EM SOCIE-<br />
DADE POR QUOTAS<br />
NÚMERO DE FUNCIONÁRIOS: 21<br />
VOLUME DE NEGÓCIO: 16,7 MILHÕES DE EUROS<br />
PERCENTAGEM DE EXPORTAÇÃO: 98,2%<br />
PRINCIPAIS MERCADOS: EUROPA OCIDENTAL E DE LESTE,<br />
NORTE DE ÁFRICA E MÉDIO ORIENTE<br />
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78 I 79<br />
empresas<br />
3º<br />
Pelo segundo ano<br />
consecutivo, a EIB integra<br />
o lote das 5 melhores<br />
empresas, tendo passado<br />
<strong>de</strong> 4.º para 3.º. A<br />
empresa da Marinha<br />
Gran<strong>de</strong> apresenta<br />
uma melhoria na<br />
generalida<strong>de</strong> dos rácios<br />
analisados<br />
250 maiores COMUNICAÇÃO EMPRESARIAL<br />
do<br />
distrito <strong>de</strong> <strong>Leiria</strong> As melhores empresas<br />
EIB PREPARA<br />
INVESTIMENTO<br />
DE 2 MILHÕES<br />
A EIB – Empresa Industrial <strong>de</strong> Borracha relança<br />
em 2013 um investimento que estava programado<br />
para 2012 e que “teve que ser adiado”, explica<br />
Tiago Coutinho, director comercial.<br />
Uma nova linha <strong>de</strong> mistura, que permitirá à<br />
empresa dar um passo importante na sua mo<strong>de</strong>rnização<br />
e aumentar a sua capacida<strong>de</strong> <strong>de</strong><br />
produção em cerca <strong>de</strong> 30%, continua nos horizontes<br />
da direcção. “A correr como esperado”,<br />
avança já no próximo ano.<br />
Trata-se <strong>de</strong> um investimento <strong>de</strong> cerca <strong>de</strong> 2<br />
milhões <strong>de</strong> euros que, “por questões <strong>de</strong> negociação<br />
e da conjuntura actual”, foi adiado. Ainda<br />
assim, a empresa da Marinha Gran<strong>de</strong>, cujo historial<br />
é marcado por apostas seguras e <strong>de</strong>terminantes<br />
do seu sucesso, cumpriu com o objectivo<br />
<strong>de</strong> duplicar o seu volume <strong>de</strong> negócio em 2011.<br />
Há um ano atrás, nesta mesma revista, Tiago<br />
Coutinho apontava os 27 milhões como objectivo,<br />
hoje os números mostram que não só cumpriu<br />
mas também superou o valor estimado,<br />
27.570 milhões.<br />
O director admite que a EIB “vai tentar apro-<br />
RICADO GRAÇA<br />
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veitar” o <strong>de</strong>sbloqueio <strong>de</strong> incentivos do Quadro <strong>de</strong><br />
Referência Estratégico (QREN) para a realização<br />
dos seus objectivos.<br />
A empresa <strong>de</strong> cariz exportador produz e comercializa<br />
compostos para a indústria <strong>de</strong> borracha,<br />
tem certificação <strong>de</strong> qualida<strong>de</strong>, ambiental e<br />
do produto, além <strong>de</strong> registo EMAS, uma normativa<br />
voluntária da União Europeia que reconhece<br />
as organizações adoptantes <strong>de</strong> sistema <strong>de</strong> gestão<br />
ambiental e <strong>de</strong> compromisso <strong>de</strong> melhoria<br />
contínua.<br />
Em 2009 a EIB encontrava-se entre as <strong>de</strong>z<br />
empresas do distrito com maior <strong>de</strong>scida <strong>de</strong> vendas<br />
e ocupava o 229º lugar do ranking das 250<br />
maiores. Em 2010 subia para a 81ª posição e figurava<br />
em 4º lugar do ranking das 50 melhores.<br />
Este ano, os números referentes a 2011 mostram<br />
uma ascensão assinalável. É a 3ª das melhores<br />
50 e ocupa o 44º lugar da tabela geral das<br />
250 maiores.<br />
Apesar da vitalida<strong>de</strong> e crescimento que os<br />
números <strong>de</strong>monstram, este ano a EIB passou<br />
por um momento marcante. O falecimento <strong>de</strong><br />
Luís Coutinho, fundador da empresa e suporte<br />
<strong>de</strong> toda a equipa, viria a marcar uma mudança.<br />
“Quando era preciso <strong>de</strong>cidir algo ele era o elemento<br />
<strong>de</strong> apoio. Sem ele todos tivemos que tornar-nos<br />
mais autónomos, sobretudo no que<br />
respeita à tomada <strong>de</strong> <strong>de</strong>cisões”, diz Tiago Coutinho,<br />
filho. ■<br />
Paula Lagoa<br />
BILHETE DE IDENTIDADE (DADOS 2011)<br />
NOME: EIB – EMPRESA INDUSTRIAL DE BORRACHA<br />
LOCALIZAÇÃO: MARINHA GRANDE<br />
DATA DE FUNDAÇÃO: 1989<br />
Nº DE FUNCIONÁRIOS: 145<br />
VOLUME DE NEGÓCIO: 27,5 MILHÕES<br />
PERCENTAGEM DE EXPORTAÇÃO: 66,5%<br />
PRINCIPAIS MERCADOS: ALEMANHA, INGLATERRA, FRANÇA,<br />
FINLÂNDIA<br />
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80 I 81<br />
250 maiores COMUNICAÇÃO EMPRESARIAL<br />
empresas do<br />
distrito <strong>de</strong> <strong>Leiria</strong> As melhores empresas<br />
4º<br />
Com um crescimento<br />
assinalável ao nível<br />
do volume <strong>de</strong> negócios<br />
e exportando<br />
praticamente toda a<br />
sua produção, esta<br />
empresa dos Pousos,<br />
<strong>Leiria</strong>, foi consi<strong>de</strong>rada<br />
a 4.ª melhor do distrito<br />
em 2011<br />
eLEIRIMETAL<br />
À CONQUISTA<br />
DO MUNDO<br />
Exporta mais <strong>de</strong> 95% do que produz e já marca<br />
presença em vários países, mas sonha ir mais<br />
longe. “Estamos a procurar o mundo”, diz José António<br />
Neves, fundador e presi<strong>de</strong>nte do Conselho <strong>de</strong><br />
Administração da Leirimetal, empresa que produz<br />
equipamentos para a indústria cerâmica, apostando<br />
na oferta <strong>de</strong> soluções chave na mão. “A Leirimetal<br />
quer crescer, ou pelo menos manter-se” e<br />
para isso precisa <strong>de</strong> novos clientes, que neste momento<br />
existem sobretudo nos países em <strong>de</strong>senvolvimento,<br />
que possuem recursos para sustentar<br />
o seu crescimento, diz o empresário.<br />
Actualmente a empresa está a trabalhar num<br />
projecto para a China. O empresário explica que a<br />
encomenda foi feita por investidores chineses que<br />
adquiriram uma cerâmica portuguesa. Com os<br />
equipamentos <strong>de</strong>sta unida<strong>de</strong>, que já tinham sido<br />
fabricados pela Leirimental, preten<strong>de</strong>m abrir duas<br />
fabricas na zona <strong>de</strong> Xangai, tendo agora encomendado<br />
novos equipamentos. A empresa <strong>de</strong> <strong>Leiria</strong><br />
está a produzir uma linha automática <strong>de</strong> <strong>de</strong>scarga<br />
e embalagem <strong>de</strong> tijolos, uma encomenda que vale<br />
500 mil euros. O empresário admite que existe<br />
“sempre algum receio” <strong>de</strong> fabricar para a China<br />
porque “sabemos que mais cedo ou mais tar<strong>de</strong> é<br />
tudo copiado”. Mas reconhece que po<strong>de</strong>rá <strong>de</strong>morar<br />
alguns anos até tal acontecer.<br />
A Venezuela é um dos mais importantes mercados<br />
da Leirimetal, cujo volume <strong>de</strong> negócios cresceu<br />
o ano passado 168% em relação ao ano<br />
anterior, muito graças a este país, para o qual está<br />
a fabricar equipamentos para a instalação <strong>de</strong> três<br />
fábricas <strong>de</strong> cerâmica. A primeira, <strong>de</strong> tijolos, já está<br />
concluída. Mais do que os equipamentos, a Leirimetal<br />
ficará responsável pela gestão das unida<strong>de</strong>s<br />
durante os primeiros anos, resultado <strong>de</strong> uma<br />
parceria com o governo venezuelano. “Uma fábrica<br />
po<strong>de</strong> ser muito boa, mas se não for bem gerida,<br />
muito bem acompanhada, não funciona”, diz o empresário,<br />
acrescentando que há uma série <strong>de</strong> aspectos<br />
no funcionamento <strong>de</strong> uma cerâmica a que<br />
é preciso dar atenção nos primeiros tempos <strong>de</strong><br />
funcionamento.<br />
França é outro mercado importante para a Leiri-<br />
RAQUEL DE SOUSA SILVA
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metal, que trabalha com duas multinacionais (Terreal<br />
e Imerys) que, no conjunto, “são <strong>de</strong>tentoras da<br />
maioria das cerâmicas existentes”. Em Agosto, a<br />
empresa <strong>de</strong> <strong>Leiria</strong> instalou equipamentos em<br />
ambos os grupos. Na Argélia fez uma das “maiores<br />
unida<strong>de</strong>s do país”, em Argel, e já tem em vista<br />
novos negócios.<br />
“A mais-valia da Leirimetal é o know how adquirido<br />
ao longo dos anos”, diz o fundador, acrescentando<br />
que a empresa está “plenamente à vonta<strong>de</strong>”<br />
para concorrer com outros fabricantes. A estratégia<br />
tem sido a especialização. “Uma empresa como<br />
a nossa não se po<strong>de</strong> permitir fazer tudo, não se<br />
justifica investir em <strong>de</strong>terminados equipamentos<br />
muito caros”, diz José António Neves, explicando<br />
que a Leirimetal subcontrata várias das componentes<br />
<strong>de</strong> um projecto, processo acompanhado<br />
por técnicos da empresa.<br />
O ano passado investiu dois milhões <strong>de</strong> euros<br />
nas instalações situadas nos Pousos, melhorando<br />
a parte administrativa e ampliando a unida<strong>de</strong> fabril,<br />
para respon<strong>de</strong>r aos <strong>de</strong>safios colocados por alguns<br />
projectos, nomeadamente os da Venezuela.<br />
Criou condições para montar os equipamentos<br />
antes <strong>de</strong> os enviar ao cliente, o que permite <strong>de</strong>tectar<br />
e corrigir todas as falhas. “Isto permite minimizar<br />
custos, porque ter pessoal <strong>de</strong>slocado é muito<br />
oneroso”, explica o empresário. Para já não estão<br />
previstos novos investimentos <strong>de</strong>sta monta. “Para<br />
investir temos <strong>de</strong> ter os pés bem assentes no chão,<br />
porque não há crédito. Mesmo que houvesse, tem<br />
<strong>de</strong> se pagar”.<br />
A Leirimetal (que vai absorver a Teclis) passou entretanto<br />
a Socieda<strong>de</strong> Anónima e aumentou significativamente<br />
o capital, um “passo natural” que vem<br />
no seguimento da sua evolução ao longo dos anos.<br />
Uma evolução que tem sido sustentada no crescimento,<br />
mas sempre com a consciência <strong>de</strong> que, mais<br />
do que ven<strong>de</strong>r, é preciso receber. “Em muitos países<br />
temos <strong>de</strong> trabalhar com a segurança máxima, com<br />
seguros ou cartas <strong>de</strong> crédito confirmadas pelos<br />
nosso bancos, para assegurar que recebemos. Caso<br />
contrário, estamos a cavar a nossa ruína, em vez <strong>de</strong><br />
crescermos”, diz José António Neves. ■<br />
Raquel <strong>de</strong> Sousa Silva<br />
BILHETE DE IDENTIDADE (DADOS 2011)<br />
NOME: LEIRIMETAL<br />
LOCALIZAÇÃO: POUSOS, LEIRIA<br />
DATA DE FUNDAÇÃO: 1981<br />
Nº DE FUNCIONÁRIOS: 54<br />
VOLUME DE NEGÓCIOS: 22,2 MILHÕES<br />
PERCENTAGEM DE EXPORTAÇÃO: 96,7%<br />
PRINCIPAIS MERCADOS: FRANÇA, VENEZUELA E ARGÉLIA
82 I 83<br />
250 maiores PUBLIREPORTAGEM<br />
empresas do<br />
distrito <strong>de</strong> <strong>Leiria</strong><br />
ENGINEERING<br />
& TOOLING<br />
CRIATIVIDADE, COMPETÊNCIA<br />
E INOVAÇÃO AO SERVIÇO<br />
DO MERCADO<br />
A indústria <strong>de</strong> Engineering & Tooling (Mol<strong>de</strong>s, Ferramentas<br />
Especiais e Plásticos), tem sido crescentemente<br />
referenciada como um caso exemplar <strong>de</strong> boas práticas,<br />
competência e <strong>de</strong> afirmação nos mercados internacionais,<br />
fruto da sua capacida<strong>de</strong> <strong>de</strong> oferta ajustada, competente,<br />
criativa e inovadora, a clientes globais.<br />
O “saber <strong>de</strong> experiência feito”, a mo<strong>de</strong>rnização tecnológica,<br />
e uma oferta alargada <strong>de</strong> serviços, <strong>de</strong>s<strong>de</strong> o <strong>de</strong>sign ao<br />
produto final, têm contribuído para o reforço competitivo<br />
<strong>de</strong>sta indústria.<br />
A indústria portuguesa <strong>de</strong> Engineering & Tooling está<br />
na base do <strong>de</strong>senvolvimento da generalida<strong>de</strong> dos produtos<br />
que conhecemos, trabalhando e fi<strong>de</strong>lizando clientes<br />
globais, apoiando na criação, no <strong>de</strong>senvolvimento e na industrialização<br />
<strong>de</strong> produtos multi-sectoriais (exemplo: telemóveis,<br />
LCD’s e plasmas, computadores e iPads,<br />
componentes múltiplos <strong>de</strong> bicicletas, motos, automóveis,<br />
comboios e aviões, etc).<br />
Será, pois, difícil i<strong>de</strong>ntificar um produto que não tenha<br />
a sua génese nesta indústria, razão pela qual este cluster<br />
integra uma indústria com passado, presente e futuro,<br />
on<strong>de</strong>, por exemplo, os micro-produtos e os novos materiais<br />
(“bio”,”eco” e “condutores”) representam já <strong>de</strong>safios <strong>de</strong><br />
gran<strong>de</strong> emergência, apelando a novas e renovadas qualificações<br />
técnicas e tecnológicas.<br />
Por tudo isto, po<strong>de</strong>mos referir que a indústria <strong>de</strong> Engineering<br />
& Tooling, merece o orgulho do nosso país pelo seu<br />
posicionamento infra-estruturante e <strong>de</strong> vanguarda, po<strong>de</strong>ndo,<br />
por isso, ser evi<strong>de</strong>nciada em todas as acções <strong>de</strong><br />
promoção <strong>de</strong> Portugal em especial nas <strong>de</strong> captação <strong>de</strong> investimento<br />
estrangeiro! ■<br />
Rui Tocha, Pólo <strong>de</strong> Competivida<strong>de</strong><br />
Engineering & Tooling<br />
REOPLOY<br />
AJUDA<br />
A CRIAR<br />
E INOVAR<br />
PUBLICIDADE<br />
Criar e inovar são características i<strong>de</strong>ntitárias humanas. Des<strong>de</strong> o início<br />
da nossa aventura temos criação e inovação, mas só há muito poucos<br />
milhares <strong>de</strong> anos, com a se<strong>de</strong>ntarização, alcançámos a<br />
especialização económica permitindo aumentos constantes <strong>de</strong> produtivida<strong>de</strong><br />
e bem estar. Criar, inovar e especializar exigem sempre cooperação<br />
em contextos concorrenciais.<br />
Tem sido assim que a humanida<strong>de</strong> tem vencido as adversida<strong>de</strong>s da<br />
natureza e é também assim que <strong>de</strong>terminados grupos conseguem vencer<br />
no contexto das socieda<strong>de</strong>s humanas.<br />
Criar e inovar só é possível cooperando. E no meio da grave tempesta<strong>de</strong><br />
económica que atravessamos, criar e inovar é uma necessida<strong>de</strong><br />
ainda mais premente num contexto concorrencial muito forte e <strong>de</strong> gran<strong>de</strong>s<br />
incertezas sobre o futuro.<br />
A Reopoly é uma empresa especializada em simulação da injeção <strong>de</strong><br />
plástico, processos imprescindíveis para quem quer criar e inovar em<br />
peças <strong>de</strong> plástico a custos muito baixos, com gran<strong>de</strong> rapi<strong>de</strong>z e fiabilida<strong>de</strong>,<br />
que tem construído frutuosas parcerias <strong>de</strong> cooperação com empresas<br />
<strong>de</strong> mol<strong>de</strong>s e <strong>de</strong> plásticos quer em Portugal quer no estrangeiro. ■<br />
Teresa Neves, sócia -gerente da Reoploy<br />
ZONA INDUSTRIAL DOS POUSOS<br />
2410-211 LEIRIA . PORTUGAL<br />
Tel. + 351 244 800 430 . Fax + 351 244 812 829<br />
E-mail: leirimetal@leirimetal.com<br />
Fabricante <strong>de</strong> Máquinas para as Indústrias<br />
<strong>de</strong> Materiais <strong>de</strong> Construção, Cerâmica e Vidro
84 I 85<br />
250 maiores PUBLIREPORTAGEM<br />
empresas do<br />
distrito <strong>de</strong> <strong>Leiria</strong><br />
ÓPTICA CENTRAL DE LEIRIA<br />
NO MERCADO HÁ MAIS<br />
DE 25 ANOS<br />
Marcos Santos<br />
e Pedro Santos<br />
assumiram, em 2003,<br />
a gestão da Óptica<br />
Central <strong>de</strong> <strong>Leiria</strong>,<br />
matendo os princípios<br />
da empresa<br />
quantos anos está a Óptica Central <strong>de</strong> <strong>Leiria</strong> no<br />
mercado?<br />
Estamos no mercado há mais <strong>de</strong> 25 anos, <strong>de</strong>dicados<br />
ao ramo da óptica, numa perspectiva <strong>de</strong> inovação e<br />
<strong>de</strong> dar continuida<strong>de</strong> às exigências do mercado. Estávamos<br />
no ano <strong>de</strong> 1985, quando Antenor Pires dos<br />
Santos, jovem empreen<strong>de</strong>dor <strong>de</strong> <strong>Leiria</strong>, <strong>de</strong>u forma ao<br />
projecto, abrindo as portas da sua óptica no largo 5 <strong>de</strong><br />
Outubro no nº28. Nasceu, assim, a Óptica Central <strong>de</strong><br />
<strong>Leiria</strong>, com a principal preocupação <strong>de</strong> cuidar da<br />
saú<strong>de</strong> ocular <strong>de</strong> todos os leirienses. Com o constante<br />
hHá<br />
crescimento, surgiu, mais tar<strong>de</strong>, a necessida<strong>de</strong> <strong>de</strong><br />
abrir um novo espaço, já no final dos anos 90, com a<br />
Loja 2, no Centro Comercial Maringá.<br />
Assistimos neste momento, a uma nova geração<br />
na gestão da Óptica Central<br />
Foi apenas um virar <strong>de</strong> página... quando o meu pai<br />
faleceu, em 2003, assumi, com o meu irmão, Pedro<br />
Santos, a continuida<strong>de</strong> do bom nome da empresa, e<br />
não fugimos à regra da casa: comprometemo-nos a<br />
dar a garantia <strong>de</strong> satisfação total aos nossos clientes,<br />
que neste momento ascen<strong>de</strong>m a 20.000 clientes, o<br />
que não será fruto do acaso.<br />
Recentemente foram feitos novos investimentos<br />
em imagem e, também, em novos projectos ...<br />
Sim, um pren<strong>de</strong>-se com a remo<strong>de</strong>lação da Loja 1,<br />
que era limitada a 10 m2 e alargou o seu espaço para<br />
100 m2. Permitiu-nos, <strong>de</strong>sta forma, expor uma mais<br />
vasta gama <strong>de</strong> produtos, <strong>de</strong>s<strong>de</strong> óculos <strong>de</strong> sol, armações,<br />
lentes <strong>de</strong> contacto e muitos outros. A segunda<br />
loja, no Maringá, com um investimento <strong>de</strong> 230 mil<br />
euros, sofreu obras <strong>de</strong> aperfeiçoamento do espaço,<br />
FOTOS: DR<br />
além da criação <strong>de</strong> um <strong>de</strong>sign único e eficaz, <strong>de</strong>monstrando<br />
o assumir da nossa presença no mercado<br />
para “garantia <strong>de</strong> satisfação total dos seus<br />
clientes”.<br />
Mantêm apenas as duas lojas, pelo que os rumores<br />
que dão conta da existência <strong>de</strong> outros estabelecimentos<br />
em <strong>Leiria</strong> não correspon<strong>de</strong>m, afinal, à<br />
verda<strong>de</strong>...<br />
Temos um só nome, somos a Óptica Central <strong>de</strong> <strong>Leiria</strong><br />
e, sim, dispomos apenas <strong>de</strong> duas lojas, no Largo 5<br />
<strong>de</strong> Outubro e outra no Centro Comercial Maringá.<br />
O que vos diferencia da concorrência?<br />
Somos uma óptica acreditada pela Associação<br />
Nacional <strong>de</strong> Ópticos (ANO) com o nº17 (actualmente<br />
são cerca <strong>de</strong> 2.000 associados) e procuramos dar resposta<br />
a todas as necessida<strong>de</strong>s dos nossos clientes.<br />
Temos um consultório com equipamento mo<strong>de</strong>rno e<br />
inovador, com as mais recentes tecnologias, que nos<br />
permite avaliar as funções visuais sem custos para o<br />
cliente.<br />
Os exames visuais são realizados por um Optometrista<br />
especializado, com mais <strong>de</strong> 15 anos <strong>de</strong> experiência<br />
e formação contínua nas diversas áreas <strong>de</strong><br />
optometria, contactologia e terapia visual. Procuramos<br />
que cada cliente seja acompanhado <strong>de</strong> forma rigorosa<br />
pelos nossos técnicos, com o apoio <strong>de</strong><br />
equipamento especializado para uma correcta avaliação<br />
da sua capacida<strong>de</strong> visual. Também nos <strong>de</strong>slocamos<br />
às empresas, com profissionais e/ou técnicos<br />
especializados para avaliar as necessida<strong>de</strong>s visuais<br />
dos colaboradores. Temos <strong>de</strong>senvolvido campanhas<br />
<strong>de</strong> rastreio ocular em várias empresas do distrito, juntas<br />
<strong>de</strong> freguesia, farmácias, escolas, entre outras entida<strong>de</strong>s.<br />
A nossa preocupação é que as pessoas<br />
vejam bem!<br />
Uma das vossas imagens <strong>de</strong> marca pren<strong>de</strong>-se<br />
com a qualida<strong>de</strong> dos vossos produtos. É essencial<br />
para uma boa visão?<br />
É imprescindível. A selecção dos produtos apresentados<br />
nas lojas requer uma análise rigorosa para<br />
satisfazer e garantir a máxima qualida<strong>de</strong> para o<br />
cliente e, por isso, trabalhamos somente com os lí<strong>de</strong>res<br />
mundiais na fabricação <strong>de</strong> lentes, com representantes<br />
das melhores marcas mundiais em todos os<br />
outros produtos. Temos a exclusivida<strong>de</strong> <strong>de</strong> algumas<br />
das melhores marcas como a Mykita e Lafont. Além<br />
<strong>de</strong> um atendimento personalizado, com qualida<strong>de</strong> e<br />
rigor, uma das nossas preocupações pren<strong>de</strong>-se também<br />
com o serviço pós-venda, essencial nesta activida<strong>de</strong><br />
e que nos tem dado a garantia da nossa<br />
qualida<strong>de</strong> e rigor. ■
VIVEMOS O MOMENTO<br />
IDEAL PARA A<br />
FUSÃO DE EMPRESAS<br />
A conjuntura económica actual não é a mais propícia<br />
para fusões e aquisições, dizem todos os especialistas.<br />
Com os bancos a <strong>de</strong>baterem-se pela<br />
saú<strong>de</strong> dos seus balanços não lhes resta espaço para<br />
financiar a aquisição <strong>de</strong> empresas e mesmo as<br />
oportunida<strong>de</strong>s que a crise tem criado através do enfraquecimento<br />
<strong>de</strong> muitas empresas nacionais, oportunida<strong>de</strong>s<br />
essas que têm sido aproveitadas<br />
essencialmente pelas empresas estrangeiras com<br />
interesse no nosso mercado, têm sido afastadas<br />
pela redução da confiança no país, resultado do<br />
clima económico que atravessamos.<br />
Mas, este po<strong>de</strong>rá ser o momento a<strong>de</strong>quado para<br />
as fusões no mercado nacional. Unir esforços no<br />
sentido <strong>de</strong> <strong>de</strong>senvolver áreas <strong>de</strong> mercado complementares,<br />
<strong>de</strong>senvolver novos produtos e beneficiar<br />
ainda da redução <strong>de</strong> custos po<strong>de</strong> ser a resposta<br />
certa para esta crise.<br />
Reforça esta i<strong>de</strong>ia o facto <strong>de</strong> as fusões necessitarem<br />
<strong>de</strong> pouco (ou nenhum) financiamento para<br />
serem executadas. Os acionistas e management <strong>de</strong><br />
ambas as empresas, ce<strong>de</strong>m o seu capital e interesses<br />
em benefício <strong>de</strong> uma nova instituição, reavaliada<br />
e reestruturada. O principal objectivo da fusão entre<br />
duas empresas é precisamente criar mais valor para<br />
os accionistas das empresas envolvidas através do<br />
aumento das receitas e/ou redução dos custos.<br />
A cedência do capital, por parte dos accionistas e<br />
dos interesses, por parte do management, é o factor<br />
crítico da fusão. É aqui que surge o conflito <strong>de</strong> interesses<br />
entre os intervenientes na operação. É pois,<br />
fundamental haver gran<strong>de</strong> sintonia entre os acionistas<br />
através da análise dos benefícios futuros resultantes<br />
da nova organização e uma comunicação<br />
a<strong>de</strong>quada com o management, fazendo-o participar<br />
na operação.<br />
Não po<strong>de</strong>mos esquecer que os factores culturais<br />
<strong>de</strong> cada organização, a selecção do novo management<br />
e a comunicação com os empregados, a par<br />
com a avaliação das sinergias e um plano <strong>de</strong> integração<br />
a<strong>de</strong>quado, são os fatores críticos <strong>de</strong> sucesso<br />
das fusões e aquisições.<br />
A análise cuidada da integração dos dois negócios<br />
<strong>de</strong>fine o interesse da operação, <strong>de</strong>vendo, pois,<br />
requerer a maior atenção e, eventualmente, o apoio<br />
<strong>de</strong> consultores externos que consigam olhar para<br />
ambos os negócios <strong>de</strong> forma <strong>de</strong>sapaixonada. Evitar<br />
a canibalização e perda <strong>de</strong> clientes, analisar a cobertura<br />
do mercado pela nova empresa, i<strong>de</strong>ntificar<br />
sinergias através <strong>de</strong> economias <strong>de</strong> escala e reter os<br />
melhores profissionais, são alguns dos factores a<br />
consi<strong>de</strong>rar na análise da operação.<br />
A fusão, quando executada com sucesso, po<strong>de</strong>,<br />
pois, ser consi<strong>de</strong>rada uma alternativa bastante<br />
eficaz para superar a crise. Os momentos difíceis<br />
que vivemos são frequentemente consi<strong>de</strong>rados<br />
adversos mas é nestas alturas que <strong>de</strong>vemos usar<br />
a criativida<strong>de</strong> e converter dificulda<strong>de</strong>s em oportunida<strong>de</strong>s.<br />
■<br />
Pedro Santos<br />
Partner da Área Económica Consultores e da<br />
Value Consulting<br />
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86 I 87<br />
empresas<br />
250 maiores LISTAGEM<br />
do<br />
distrito <strong>de</strong> <strong>Leiria</strong> 250 Maiores Empresas do Distrito <strong>de</strong> <strong>Leiria</strong><br />
Nº<br />
ORD<br />
2011<br />
Nº<br />
ORD<br />
2010<br />
NOME DESCRIÇÃO CAE CONCELHO TRAB. VOLUME<br />
DE NEGÓCIOS<br />
2011 (€)<br />
1 1 Construção <strong>de</strong> edifícios (resi<strong>de</strong>nciais e não resi<strong>de</strong>nciais). LEIRIA 856 214.081.686<br />
2 - ASCENDI PINHAL INTERIOR, EST. PINHAL INTERIOR, S.A. Construção <strong>de</strong> estradas e pistas <strong>de</strong> aeroportos. ANSIÃO 3 184.586.812<br />
3 - SANTOS BAROSA - VIDROS, S.A. Fabricação <strong>de</strong> vidro <strong>de</strong> embalagem. MARINHA GRANDE 557 130.007.355<br />
4 5 RACENTRO - FÁBRICA DE RAÇÕES DO CENTRO, S.A. Fabricação <strong>de</strong> alimentos para animais <strong>de</strong> criação (excepto para aquicultura). LEIRIA 44 100.591.411<br />
5 3 Comércio por grosso <strong>de</strong> outros bens intermédios, n.e. LEIRIA 10 92.006.642<br />
6 2 Fabricação <strong>de</strong> cimento. LEIRIA 291 90.799.270<br />
7 6 SOTRAPEX - TRANSP. ROD., EXP. IMP. CEREAIS, LDA Com. por grosso <strong>de</strong> cereais, sem., leg., oleaginosas e out. mat.-primas agrícolas. CALDAS DA RAINHA 61 86.721.251<br />
8 7 Comércio por grosso <strong>de</strong> sucatas e <strong>de</strong> <strong>de</strong>sperdícios metálicos. MARINHA GRANDE 23 71.891.077<br />
METALMARINHA<br />
9 - CABOPOL - POLYMER COMPOUNDS, S.A. Fabricação <strong>de</strong> matérias plásticas sob formas primárias. PORTO DE MÓS 75 59.895.704<br />
10 22 EUROPEAN SEAFOOD INVEST. PORTUGAL, S.A. Cons. prod. da pesca e da aquic. em azeite e out. óleos vegetais e outros molhos. PENICHE 680 58.924.119<br />
11 -<br />
Nota: O Centro Hospitalar <strong>de</strong> <strong>Leiria</strong>-Pombal foi<br />
formado no dia 1 <strong>de</strong> Abril, pelo que os dados se<br />
Activida<strong>de</strong>s dos estabelecimentos <strong>de</strong> saú<strong>de</strong> com internamento. LEIRIA 1573 58.117.677<br />
referem apenas aos três últimos trimestres do ano.<br />
O VN dos primeiro trimestre do Hospital<br />
<strong>de</strong> Santo André foi <strong>de</strong> 19.957.581€<br />
12 9 Comércio <strong>de</strong> equipamentos LEIRIA 180 57.454.484<br />
13 13 PROMOR - ABAST. DE PROD. AGRO-PECUÁRIOS, S.A. Fabricação <strong>de</strong> alimentos para animais <strong>de</strong> criação (excepto para aquicultura). LEIRIA 117 56.833.667<br />
14 12 GALLOVIDRO, S.A. Fabricação <strong>de</strong> vidro <strong>de</strong> embalagem. MARINHA GRANDE 301 52.092.328<br />
15 10 Comércio <strong>de</strong> veículos automóveis ligeiros. CALDAS DA RAINHA 64 51.614.461<br />
16 16 SOCIEDADE AGRÍCOLA DA QUINTA DA FREIRIA, S.A. Avicultura. BOMBARRAL 300 46.772.665<br />
17 11 ROCA, S.A. Fabricação <strong>de</strong> artigos cerâmicos para usos sanitários. LEIRIA 521 44.606.058<br />
18 24 SCHAEFFLER PORTUGAL, S.A. Fabricação <strong>de</strong> rolamentos, <strong>de</strong> engrenagens e <strong>de</strong> outros órgãos <strong>de</strong> transmissão. CALDAS DA RAINHA 384 44.562.018<br />
19 17 CRISAL - CRISTALARIA AUTOMÁTICA, S.A. Cristalaria. MARINHA GRANDE 374 43.727.758<br />
20 25 GUI - COMBUSTÍVEIS GUILHERMINOS, LDA Comércio por grosso <strong>de</strong> produtos petrolíferos. LEIRIA 10 42.466.188<br />
21 18 SUINICOMÉRCIO - COMÉRCIO DE SUÍNOS, LDA Comércio por grosso <strong>de</strong> animais vivos. LEIRIA 18 41.720.762<br />
22 - SAINT - GOBAIN WEBER PORTUGAL, S.A. Fabricação <strong>de</strong> argamassas. ANSIÃO 204 41.536.653<br />
23 20 KEY PLASTICS PORTUGAL, S.A. Fabricação <strong>de</strong> outros artigos <strong>de</strong> plástico, n.e. LEIRIA 716 41.505.345<br />
24 15 SOCIEDADE DE CONSTRUÇÕES JOSÉ COUTINHO, S.A. Construção <strong>de</strong> edifícios (resi<strong>de</strong>nciais e não resi<strong>de</strong>nciais). CALDAS DA RAINHA 161 40.658.960<br />
25 37 Fabricação <strong>de</strong> outros artigos <strong>de</strong> plástico, n.e. POMBAL 466 38.223.395<br />
26 19 Comércio por grosso <strong>de</strong> bebidas alcoólicas. LEIRIA 286 37.954.406<br />
27 14 Comércio <strong>de</strong> veículos automóveis ligeiros. LEIRIA 89 36.688.195<br />
28 32 OLIVEIRAS, S.A. Construção <strong>de</strong> re<strong>de</strong>s <strong>de</strong> transporte <strong>de</strong> águas, <strong>de</strong> esgotos e <strong>de</strong> outros fluídos. BATALHA 246 36.270.054<br />
29 21 Comércio por grosso <strong>de</strong> minérios e <strong>de</strong> metais. CALDAS DA RAINHA 121 33.936.089<br />
30 23 REDCATS PORTUGAL - VENDAS À DISTÂNCIA, S.A. Comércio a retalho por correspondência ou via Internet. LEIRIA 168 33.871.464<br />
31 38 Captação e tratamento <strong>de</strong> água. ÓBIDOS 137 33.734.658<br />
32 - BLOCOTELHA - CONST. MET.AUTOPORTANTES, S.A. Fabricação <strong>de</strong> estruturas <strong>de</strong> construções metálicas. PORTO DE MÓS 136 33.201.232<br />
33 36 Comércio por grosso <strong>de</strong> produtos petrolíferos. LEIRIA 27 32.658.359<br />
34 - Si<strong>de</strong>rurgia e fabricação <strong>de</strong> ferro-ligas. MARINHA GRANDE 122 31.870.250<br />
35 31 DDO - DERIVADOS DE OVOS, LDA Comércio por grosso <strong>de</strong> leite, seus <strong>de</strong>rivados e ovos. POMBAL 41 31.649.327<br />
36 34 Comércio por grosso <strong>de</strong> tabaco. LEIRIA 31 31.558.871<br />
37 29 Construção <strong>de</strong> estradas e pistas <strong>de</strong> aeroportos. LEIRIA 265 31.229.832<br />
38 30 DEROVO - DERIVADOS DE OVOS, S.A. Fabricação <strong>de</strong> outros produtos alimentares diversos, n.e. POMBAL 55 30.471.095<br />
39 33 Comércio por grosso <strong>de</strong> ma<strong>de</strong>ira em bruto e <strong>de</strong> produtos <strong>de</strong>rivados. ALCOBAÇA 177 30.075.876<br />
BALBINO E FAUSTINO
PATROCÍNIO<br />
www.brevis.pt<br />
VARIAÇÃO<br />
DO VN<br />
(%)<br />
RESULTADO<br />
LIQUIDO 2011<br />
(€)<br />
VAB<br />
(€)<br />
ACTIVO<br />
(€)<br />
CAPITAL<br />
PRÓPRIO<br />
(€)<br />
RENDIBILIDADE DO<br />
CAPITAL PRÓPRIO<br />
(%)<br />
PRODUTIVIDADE<br />
(€)<br />
AUTONOMIA<br />
FINANCEIRA<br />
(%)<br />
RENDIBILIDADE<br />
DO INVEST. TOTAL<br />
(%)<br />
EXPORTAÇÕES<br />
(% VN)<br />
29,4 -3.242.087 16.281.205 507.901.211 71.906.535 -4,5 19.020 14,2 1,5 41,0<br />
103,8 -6.199.772 -3.814.844 343.654.669 -112.796.509 (a) -1.271.615 (a) -1,3 0,0<br />
5,9 5.720.039 44.224.822 149.979.741 60.898.685 9,4 79.398 40,6 7,2 77,9<br />
31,6 1.599.346 3.487.297 21.092.193 5.251.277 30,5 79.257 24,9 11,4 0,0<br />
16,2 1.078.803 4.391.385 29.995.460 6.645.777 16,2 439.139 22,2 8,8 8,9<br />
-5,6 6.947.243 22.779.651 150.739.704 112.068.106 6,2 78.281 74,3 4,9 2,5<br />
35,8 217.876 2.117.775 14.577.950 2.025.608 10,8 34.718 13,9 5,8 16,1<br />
14,7 267.637 1.708.852 10.221.602 2.139.993 12,5 74.298 20,9 7,4 70,4<br />
17,0 4.151.832 8.243.427 46.824.993 22.404.942 18,5 109.912 47,8 12,1 57,0<br />
50,5 4.100.311 10.717.996 47.956.331 19.255.886 21,3 15.762 40,2 11,8 99,5<br />
- 609.858 31.190.730 71.321.177 46.442.144 1,3 19.829 65,1 0,6 0,0<br />
-4,1 1.596.533 9.215.567 66.471.827 30.619.676 5,2 51.198 46,1 4,3 13,7<br />
18,2 -3.054.885 6.959.521 49.207.011 18.441.472 -16,6 59.483 37,5 -3,8 0,0<br />
5,4 3.513.718 21.778.839 69.022.852 31.522.687 11,1 72.355 45,7 8,3 3,9<br />
-7,0 214.641 627.743 11.135.183 4.099.527 5,2 9.808 36,8 2,8 0,0<br />
4,9 757.887 3.934.020 44.022.313 29.651.632 2,6 13.113 67,4 2,6 24,2<br />
-14,9 -5.187.069 19.811.511 135.122.785 64.571.029 -8,0 38.026 47,8 -2,0 57,0<br />
19,1 47.256 13.326.186 32.732.473 16.850.405 0,3 34.704 51,5 0,4 99,5<br />
5,0 546.206 12.815.353 39.238.927 18.720.972 2,9 34.266 47,7 3,3 0,0<br />
15,8 265.296 773.234 10.600.064 1.721.548 15,4 77.323 16,2 4,7 0,0<br />
0,2 177.970 1.493.266 12.667.519 2.885.848 6,2 82.959 22,8 3,4 17,9<br />
-6,1 -118.830 13.034.501 37.879.789 17.610.260 -0,7 63.895 46,5 1,4 13,2<br />
1,7 700.348 16.834.446 27.302.614 8.351.968 8,4 23.512 30,6 4,9 60,9<br />
-11,8 55.756 8.103.806 81.789.712 10.733.459 0,5 50.334 13,1 4,0 0,0<br />
31,4 1.650.451 16.100.187 55.747.682 31.595.936 5,2 34.550 56,7 6,3 42,8<br />
-7,0 85.787 6.746.263 32.359.645 6.024.554 1,4 23.588 18,6 3,0 0,0<br />
-20,9 -406.570 1.881.998 10.760.802 1.205.716 -33,7 21.146 11,2 -1,3 0,0<br />
16,7 3.036.297 11.088.101 34.700.490 15.386.168 19,7 45.074 44,3 11,8 0,0<br />
-13,9 567.917 2.736.381 32.212.628 30.330.727 1,9 22.615 94,2 3,0 0,0<br />
-10,1 -1.996.994 -1.145.547 7.829.998 756.057 -264,1 -6.819 9,7 -23,8 4,2<br />
28,6 395.801 13.199.736 304.036.686 23.556.943 1,7 96.348 7,7 1,1 0,0<br />
41,1 731.127 5.594.755 37.371.174 15.344.285 4,8 41.138 41,1 4,1 21,8<br />
12,1 192.587 906.692 8.460.770 1.967.543 9,8 33.581 23,3 4,0 0,0<br />
26,2 371.566 4.871.832 16.533.683 4.842.631 7,7 39.933 29,3 4,7 97,5<br />
-0,7 91.484 1.608.670 14.330.441 1.059.965 8,6 39.236 7,4 2,7 34,8<br />
4,4 77.752 924.881 3.747.380 1.018.930 7,6 29.835 27,2 4,8 0,0<br />
-8,1 479.338 7.089.133 31.798.336 9.550.471 5,0 26.751 30,0 3,1 0,0<br />
-4,8 635.387 2.041.689 32.976.920 7.160.102 8,9 37.122 21,7 3,2 17,5<br />
-1,3 1.016.683 6.456.918 26.824.490 13.425.978 7,6 36.480 50,1 6,7 7,2
88 I 89<br />
empresas<br />
250 maiores LISTAGEM<br />
do<br />
distrito <strong>de</strong> <strong>Leiria</strong> 250 Maiores Empresas do Distrito <strong>de</strong> <strong>Leiria</strong><br />
Nº<br />
ORD<br />
2011<br />
Nº<br />
ORD<br />
2010<br />
NOME DESCRIÇÃO CAE CONCELHO TRAB. VOLUME<br />
DE NEGÓCIOS<br />
2011 (€)<br />
40 89 ULTRAPOLYMERS PORTUGAL, S.A. Comércio por grosso <strong>de</strong> produtos químicos. MARINHA GRANDE 7 30.064.679<br />
41 35 CONSTRUÇÕES PRAGOSA, S.A. Construção <strong>de</strong> estradas e pistas <strong>de</strong> aeroportos. BATALHA 231 30.018.782<br />
42 44 IBEROALPLA PORTUGAL - EMB. PLÁST., UNIP., LDA Fabricação <strong>de</strong> embalagens <strong>de</strong> plástico. MARINHA GRANDE 52 28.353.531<br />
43 54 COOPERATIVA AGRÍCOLA<br />
Fabricação <strong>de</strong> alimentos para animais <strong>de</strong> criação (excepto para aquicultura). ALCOBAÇA 56 27.789.194<br />
DA BENEDITA<br />
44 81 EIB - EMPRESA INDUSTRIAL DE BORRACHA, S.A. Fabricação <strong>de</strong> outros produtos <strong>de</strong> borracha, n.e. MARINHA GRANDE 145 27.570.138<br />
45 26 COSTA & CARVALHO, S.A. Construção <strong>de</strong> edifícios (resi<strong>de</strong>nciais e não resi<strong>de</strong>nciais). ALCOBAÇA 124 27.568.473<br />
46 40 TRANSPORTES CENTRAL POMBALENSE, LDA Transportes rodoviários <strong>de</strong> mercadorias. POMBAL 207 25.582.911<br />
47 42 DISTRIPOMBAL - SUPERMERCADOS, S.A. Comércio a retalho em supermercados e hipermercados. POMBAL 78 24.769.025<br />
48 58 EUREKA PLAST - COM. DE MATÉRIAS PLÁSTICAS, S.A. Comércio por grosso <strong>de</strong> outros bens intermédios, n.e. LEIRIA 7 24.219.427<br />
49 - TABAQUEIRA BEL, LDA Comércio por grosso <strong>de</strong> tabaco. CALDAS DA RAINHA 3 23.632.006<br />
50 27 PLURAL II - DISTRIBUIDORA FARMACÊUTICA, LDA Comércio por grosso <strong>de</strong> produtos farmacêuticos. CALDAS DA RAINHA 31 22.732.505<br />
51 28 A.BRÁS HELENO, S.A. Comércio <strong>de</strong> veículos automóveis ligeiros. LEIRIA 67 22.288.588<br />
52 179 Fabric. máq. para as indústrias <strong>de</strong> materiais <strong>de</strong> construção, cerâmica e vidro. LEIRIA 54 22.281.978<br />
53 94 F. V. RAÇÕES, LDA Fabricação <strong>de</strong> alimentos para animais <strong>de</strong> criação (excepto para aquicultura). ALCOBAÇA 9 22.110.823<br />
54 - BEL NETWORK SOLUTIONS - TEC. DE INF., LDA Comércio por grosso <strong>de</strong> tabaco. ALCOBAÇA 4 22.100.054<br />
55 47 Fabricação <strong>de</strong> outros artigos <strong>de</strong> plástico, n.e. MARINHA GRANDE 247 21.997.973<br />
56 49 LENA AGREGADOS - COM. AG.. (CAST.BRANCO), S.A. Extracção <strong>de</strong> saibro, areia e pedra britada. LEIRIA 50 21.881.440<br />
57 99 Comércio por grosso <strong>de</strong> produtos petrolíferos. LEIRIA 11 21.758.146<br />
58 41 Com. retalho <strong>de</strong> vestuário para adultos, em estabelecimentos especializados. BATALHA 354 21.516.195<br />
59 45 L.P.M. - COMÉRCIO AUTOMÓVEL, S.A. Comércio <strong>de</strong> veículos automóveis ligeiros. LEIRIA 66 21.500.991<br />
60 80 ASIBEL - CONSTRUÇÕES, S.A. Construção <strong>de</strong> outras obras <strong>de</strong> engenharia civil, n.e. BATALHA 225 20.821.287<br />
61 55 SOCIEDADE AUTO CENTRAL LEIRIENSE, LDA Comércio <strong>de</strong> veículos automóveis ligeiros. LEIRIA 58 19.623.775<br />
62 57 DISTRIGÂNDARA - SUPERMERCADOS, LDA Comércio a retalho em supermercados e hipermercados. LEIRIA 75 19.440.763<br />
63 59 CAÇADOR PECUÁRIA, LDA Suinicultura. LEIRIA 70 18.823.751<br />
64 100 CRIGADO - SOCIEDADE AGRO-PECUÁRIA, S.A. Suinicultura. ALCOBAÇA 53 18.082.352<br />
65 56 Comércio por grosso <strong>de</strong> electrodomésticos, aparelhos <strong>de</strong> rádio e <strong>de</strong> televisão. LEIRIA 83 17.616.789<br />
66 69 PLASTIDOM - PLÁST. IND. E DOMÉSTICOS, S.A. Fabricação <strong>de</strong> outros artigos <strong>de</strong> plástico, n.e. LEIRIA 106 17.432.236<br />
67 53 CS - COELHO DA SILVA, S.A. Fabricação <strong>de</strong> telhas. PORTO DE MÓS 234 17.080.529<br />
68 61 TRANSPORTES MACHADO & BRITES, LDA Transportes rodoviários <strong>de</strong> mercadorias. LEIRIA 298 17.034.563<br />
69 110 Panificação. LEIRIA 212 17.003.210<br />
70 118 Fabricação <strong>de</strong> resinosos e seus <strong>de</strong>rivados. POMBAL 20 16.779.112<br />
71 60 PECF - PARQUE EÓLICO DE CHÃO FALCÃO, LDA Produção <strong>de</strong> electricida<strong>de</strong> <strong>de</strong> origem eólica, geotérmica, solar e <strong>de</strong> origem, n.e. PORTO DE MÓS 0 16.647.000<br />
72 63 Comércio por grosso <strong>de</strong> leite, seus <strong>de</strong>rivados e ovos. LEIRIA 65 16.440.544<br />
73 123 MD MOLDES, MANUEL DOMINGUES, LDA Activida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> engenharia e técnicas afins. LEIRIA 28 16.346.089<br />
74 68 TIEL - TRANSPORTES E LOGÍSTICA, S.A. Transportes rodoviários <strong>de</strong> mercadorias. ALVAIÁZERE 211 16.001.914<br />
75 43 LIZAUTO, SOC. PORT. DE COM. REP. DE AUT., LDA Comércio <strong>de</strong> veículos automóveis ligeiros. LEIRIA 83 16.000.490<br />
76 87 Comércio por grosso <strong>de</strong> peixe, crustáceos e moluscos. NAZARÉ 30 15.935.035<br />
77 77 MEIGAL - ALIMENTAÇÃO, S.A. Comércio por grosso <strong>de</strong> carne e produtos à base <strong>de</strong> carne. LEIRIA 98 15.811.206<br />
78 71 PLANETA - PLÁSTICOS, S.A. Fabricação <strong>de</strong> calçado. LEIRIA 103 15.641.008<br />
79 73 EQUIMETRA - EQUIP., METAL. E TRANSPORTES, S.A. Construção <strong>de</strong> edifícios (resi<strong>de</strong>nciais e não resi<strong>de</strong>nciais). LEIRIA 159 15.491.757<br />
80 39 ANIBAL DE OLIVEIRA CRISTINA, LDA Construção <strong>de</strong> edifícios (resi<strong>de</strong>nciais e não resi<strong>de</strong>nciais). LEIRIA 101 15.472.908<br />
81 72 FÁBRICA LEIRIENSE DE PLÁSTICOS, S.A. Fabricação <strong>de</strong> chapas, folhas, tubos e perfis <strong>de</strong> plástico. LEIRIA 93 15.462.000<br />
82 74 CENTRO HOSPITALAR DE SÃO FRANCISCO, S.A. Activida<strong>de</strong>s dos estabelecimentos <strong>de</strong> saú<strong>de</strong> com internamento. LEIRIA 399 15.169.281<br />
83 64 HIPERCLIMA - CENT. DIST. TÉRM.DE PORTUGAL, S.A. Com. por grosso <strong>de</strong> ferragens, fer. manuais e art. p/ canalizações e aquecimento. LEIRIA 73 15.007.396<br />
84 84 DISTRIGRANDE - SUPERMERCADOS, LDA Comércio a retalho em supermercados e hipermercados. MARINHA GRANDE 67 14.950.802<br />
85 120 TRANSOGAS - SOC. TRANSP. OLEOS E COMB., LDA Comércio por grosso <strong>de</strong> produtos petrolíferos. MARINHA GRANDE 25 14.944.836<br />
86 115 NUTRIAVES - ABATE E TRANSF. DE AVES, LDA Abate <strong>de</strong> aves (produção <strong>de</strong> carne). ÓBIDOS 88 14.846.625<br />
87 103 PROMOL - INDÚSTRIA DE VELAS, S.A. Outras indústrias transformadoras diversas, n.e. CALDAS DA RAINHA 131 14.664.844
VARIAÇÃO<br />
DO VN<br />
(%)<br />
RESULTADO<br />
LIQUIDO 2011<br />
(€)<br />
VAB<br />
(€)<br />
ACTIVO<br />
(€)<br />
CAPITAL<br />
PRÓPRIO<br />
(€)<br />
RENDIBILIDADE DO<br />
CAPITAL PRÓPRIO<br />
(%)<br />
PRODUTIVIDADE<br />
(€)<br />
AUTONOMIA<br />
FINANCEIRA<br />
(%)<br />
RENDIBILIDADE<br />
DO INVEST. TOTAL<br />
(%)<br />
EXPORTAÇÕES<br />
(% VN)<br />
124,3 149.662 583.055 1.521.484 1.134.309 13,2 83.294 74,6 10,6 0,0<br />
2,7 1.726.024 10.168.334 48.763.633 23.409.763 7,4 44.019 48,0 5,4 0,0<br />
22,7 571.830 2.831.117 13.486.697 6.028.572 9,5 54.445 44,7 7,1 49,3<br />
41,0 95.685 1.853.895 9.028.940 3.606.313 2,7 33.105 39,9 1,2 0,0<br />
95,4 2.250.991 6.915.867 19.872.853 10.415.634 21,6 47.696 52,4 16,2 66,5<br />
-22,8 742.095 3.827.030 22.076.426 5.748.775 12,9 30.863 26,0 5,3 0,0<br />
1,3 143.288 5.466.767 21.566.085 8.172.977 1,8 26.410 37,9 1,9 35,7<br />
1,0 957.055 2.511.692 9.911.008 7.646.079 12,5 32.201 77,1 13,4 0,0<br />
31,5 129.779 1.131.020 9.997.058 1.505.057 8,6 161.574 15,1 5,1 10,6<br />
116,0 28.279 149.133 2.436.494 310.455 9,1 49.711 12,7 2,5 0,0<br />
-35,7 -408.320 1.131.515 12.159.735 7.307.108 -5,6 36.500 60,1 -3,2 0,0<br />
-35,8 -166.809 943.206 10.925.701 3.327.025 -5,0 14.078 30,5 -0,2 0,0<br />
168,0 605.961 5.821.713 48.714.058 583.232 103,9 107.810 1,2 1,5 96,7<br />
65,7 147.598 567.994 7.279.083 597.221 24,7 63.110 8,2 4,1 0,0<br />
120,6 27.840 201.161 1.599.166 243.437 11,4 50.290 15,2 5,5 0,0<br />
1,1 527.383 6.654.023 16.191.148 9.352.691 5,6 26.939 57,8 4,2 94,7<br />
2,1 452.597 3.797.750 24.219.423 5.444.458 8,3 75.955 22,5 4,7 3,8<br />
69,2 148.513 514.413 2.814.226 451.671 32,9 46.765 16,0 8,6 0,0<br />
-14,2 388.691 4.606.837 9.567.684 3.557.284 10,9 13.014 37,2 5,8 1,7<br />
-5,0 151.389 82.045 6.280.752 1.821.032 8,3 1.243 29,0 5,8 0,0<br />
45,3 133.480 5.283.869 17.897.452 3.590.294 3,7 23.484 20,1 4,2 31,4<br />
-0,3 -46.748 1.400.674 8.052.971 3.472.889 -1,3 24.150 43,1 0,4 0,0<br />
4,5 531.393 1.349.358 4.483.808 3.030.097 17,5 17.991 67,6 16,5 0,0<br />
2,3 -6.840.831 -1.409.976 12.683.705 -1.780.864 (a) -20.143 (a) -48,4 0,0<br />
42,0 -2.325.684 -51.768 16.332.118 3.813.790 -61,0 -977 23,4 -17,2 0,0<br />
-5,4 300.511 3.361.896 10.772.326 6.631.610 4,5 40.505 61,6 5,2 6,9<br />
12,4 362.821 4.789.534 19.756.679 6.692.610 5,4 45.184 33,9 2,9 33,8<br />
-14,1 1.286.755 7.474.438 34.285.264 18.422.460 7,0 31.942 53,7 4,6 13,7<br />
-5,1 -881.783 7.188.089 12.391.326 4.469.320 -19,7 24.121 36,1 -6,7 51,2<br />
37,5 1.092.303 6.087.855 15.186.210 3.333.089 32,8 28.716 21,9 8,2 3,4<br />
42,7 1.370.269 3.303.269 7.376.198 2.067.257 66,3 165.163 28,0 25,4 98,2<br />
-7,7 2.273.462 13.921.959 86.328.654 6.444.314 35,3 - 7,5 9,9 0,0<br />
-6,9 306.545 1.901.981 15.616.283 5.653.051 5,4 29.261 36,2 4,0 8,1<br />
44,3 1.078.260 2.631.357 13.373.678 4.815.916 22,4 93.977 36,0 11,2 97,1<br />
2,8 -58.480 4.603.272 18.088.766 3.978.459 -1,5 21.816 22,0 2,5 9,1<br />
-31,9 186.614 -38.910 6.386.152 3.435.224 5,4 -469 53,8 3,9 0,0<br />
18,4 491.786 1.478.344 4.932.560 3.775.500 13,0 49.278 76,5 13,1 5,9<br />
8,5 327.361 2.188.033 7.433.719 2.262.597 14,5 22.327 30,4 7,4 0,3<br />
2,3 893.214 1.808.353 7.022.130 3.313.948 27,0 17.557 47,2 17,5 0,2<br />
1,7 21.458 5.679.047 15.117.939 6.052.762 0,4 35.717 40,0 2,0 0,0<br />
-40,0 -968.444 1.952.353 18.808.920 9.694.540 -10,0 19.330 51,5 -6,3 11,2<br />
1,3 -117.113 2.609.908 13.481.568 4.397.042 -2,7 28.064 32,6 0,7 35,7<br />
0,7 113.060 4.735.530 17.384.656 6.042.316 1,9 11.868 34,8 2,7 0,0<br />
-12,2 697.007 3.290.873 10.313.398 6.366.635 10,9 45.080 61,7 9,7 0,5<br />
7,7 446.431 1.400.975 2.238.149 702.326 63,6 20.910 31,4 28,1 0,0<br />
28,0 -35.196 443.973 2.516.189 654.715 -5,4 17.759 26,0 0,0 0,0<br />
23,1 87.413 2.016.940 9.058.981 1.620.620 5,4 22.920 17,9 3,0 3,6<br />
16,5 -221.592 2.446.504 10.019.494 4.662.497 -4,8 18.676 46,5 0,9 91,7
90 I 91<br />
empresas<br />
250 maiores LISTAGEM<br />
do<br />
distrito <strong>de</strong> <strong>Leiria</strong> 250 Maiores Empresas do Distrito <strong>de</strong> <strong>Leiria</strong><br />
Nº Nº<br />
ORD ORD<br />
2011 2010<br />
NOME DESCRIÇÃO CAE CONCELHO TRAB. VOLUME<br />
DE NEGÓCIOS<br />
2011 (€)<br />
88 70 GRAMPERFIL, S.A. Perfilagem a frio. POMBAL 25 14.643.267<br />
89 46 AUTO TÉCNICA DE CALDAS, LDA Comércio <strong>de</strong> veículos automóveis ligeiros. CALDAS DA RAINHA 36 14.435.304<br />
90 62 FERRUS - MAT. SIDERÚRGICOS E DE CONST., S.A. Comércio por grosso <strong>de</strong> minérios e <strong>de</strong> metais. LEIRIA 47 14.426.443<br />
91 65 Comércio por grosso <strong>de</strong> fruta e <strong>de</strong> produtos hortícolas, excepto batata. PENICHE 108 14.301.530<br />
92 66 A.C. - MANUTENÇÃO E COMÉRCIO DE VEÍCULOS, S.A. Comércio <strong>de</strong> outros veículos automóveis. ALCOBAÇA 90 14.284.247<br />
93 75 PLASGAL - PLÁSTICOS DA GÂNDARA, LDA Fabricação <strong>de</strong> embalagens <strong>de</strong> plástico. LEIRIA 121 14.083.881<br />
94 88 FASSALUSA - PROD. E COM. DE MAT. DE CONST., LDA Fabricação <strong>de</strong> argamassas. BATALHA 52 13.997.547<br />
95 101 VALBOPAN - FIBRAS DE MADEIRA, S.A. Fabricação <strong>de</strong> painéis <strong>de</strong> fibras <strong>de</strong> ma<strong>de</strong>ira. NAZARÉ 67 13.968.255<br />
96 98 BERNARDINOS & CARVALHO, S.A. Comércio por grosso <strong>de</strong> bebidas alcoólicas. LEIRIA 15 13.911.493<br />
97 124 Fabricação <strong>de</strong> mol<strong>de</strong>s metálicos. MARINHA GRANDE 110 13.877.664<br />
98 50 Comércio <strong>de</strong> veículos automóveis ligeiros. LEIRIA 66 13.844.652<br />
99 104 RAÇÕES VERÍSSIMO, S.A. Fabricação <strong>de</strong> alimentos para animais <strong>de</strong> criação (excepto para aquicultura). LEIRIA 101 13.809.728<br />
100 85 REN - ARMAZENAGEM, S.A. Armazenagem não frigorífica. POMBAL 9 13.740.766<br />
101 76 DIMATUR - COMÉRCIO INTERNACIONAL, LDA Comércio por grosso <strong>de</strong> outros bens intermédios, n.e. ALCOBAÇA 81 13.540.209<br />
102 125 Fabricação <strong>de</strong> matérias plásticas sob formas primárias. LEIRIA 25 13.336.973<br />
103 141 SODIGUIA - SUPERMERCADOS, LDA Comércio a retalho em supermercados e hipermercados. POMBAL 43 13.199.736<br />
104 97 SORGILA - SOCIEDADE DE ARGILAS, S.A. Extracção <strong>de</strong> saibro, areia e pedra britada. LEIRIA 89 13.134.832<br />
105 111 Avicultura. LEIRIA 49 12.841.881<br />
106 112 PROPECUÁRIA - VETERINÁRIA E FARMACÊUTICA, LDA Comércio por grosso <strong>de</strong> produtos farmacêuticos. BATALHA 34 12.828.986<br />
107 136 APP - AGRUP. DE PRODUTORES PECUÁRIOS, S.A. Comércio por grosso <strong>de</strong> animais vivos. LEIRIA 6 12.779.546<br />
108 67 BENECAR - AUTOMÓVEIS, S.A. Comércio <strong>de</strong> veículos automóveis ligeiros. ALCOBAÇA 33 12.740.759<br />
109 86 NIGEL - CONGELADORA JOSÉ NICOLAU, LDA Congelação <strong>de</strong> produtos da pesca e da aquicultura. PENICHE 83 12.712.138<br />
110 66 Fabricação <strong>de</strong> telhas. POMBAL 140 12.702.679<br />
111 129 HUGSAN - COMERCIO DE COMBUSTIVEIS, LDA Com. a retalho <strong>de</strong> comb. p/ veíc. a motor, em estab. especializados. LEIRIA 23 12.571.269<br />
112 96 PERFITEC - REVEST. METÁLICOS E PERFILADOS, LDA Perfilagem a frio. LEIRIA 35 12.551.671<br />
113 109 ESTALEIROS NAVAIS DE PENICHE, S.A. Const. <strong>de</strong> embarcações met. e estrut.flutuantes, excepto <strong>de</strong> recreio e <strong>de</strong>sporto. PENICHE 169 12.335.929<br />
114 128 BALVERA - COMÉRCIO DE PERFUMARIAS, LDA Comércio por grosso <strong>de</strong> perfumes e <strong>de</strong> produtos <strong>de</strong> higiene. POMBAL 95 12.322.020<br />
115 113 BOM CALÇADO, S.A. Comércio a retalho <strong>de</strong> calçado, em estabelecimentos especializados. LEIRIA 209 12.269.470<br />
116 142 MATCERÂMICA - FABRICO DE LOUÇA, S.A. Fabricação <strong>de</strong> artigos <strong>de</strong> uso doméstico <strong>de</strong> faiança, porcelana e grés fino. BATALHA 208 12.112.563<br />
117 102 TECMOLDE - C. TÉC. MOLDES PA/ PLÁSTICOS, LDA Fabricação <strong>de</strong> mol<strong>de</strong>s metálicos. MARINHA GRANDE 40 12.107.112<br />
118 130 HUMBERTO POÇAS, S.A. Com. por grosso <strong>de</strong> mat. <strong>de</strong> construção (excepto ma<strong>de</strong>ira) e equip. sanitário. LEIRIA 25 12.078.336<br />
119 - INDUPLA PLÁSTICOS, LDA Fabricação <strong>de</strong> outros artigos <strong>de</strong> plástico, n.e. MARINHA GRANDE 4 12.030.771<br />
120 - TPB - TECN. EM PAVIMENTOS E CONSTRUÇÃO, S.A. Outras activida<strong>de</strong>s especializadas <strong>de</strong> construção diversas, n.e. LEIRIA 92 11.941.866<br />
121 114 JOSÉ ALDEIA LAGOA & FILHOS, S.A. Extracção <strong>de</strong> argilas e caulino. POMBAL 50 11.825.656<br />
122 138 PLIMAT - PLÁSTICOS INDUSTRIAIS MATOS, S.A. Fabricação <strong>de</strong> chapas, folhas, tubos e perfis <strong>de</strong> plástico. MARINHA GRANDE 84 11.757.276<br />
123 - NEORELVA - PLÁSTICOS, S.A. Fabricação <strong>de</strong> outros artigos <strong>de</strong> plástico, n.e. MARINHA GRANDE 80 11.706.285<br />
124 - CEMOPOL - CELULOSES MOLDADAS PORT., LDA Fabricação <strong>de</strong> outros artigos <strong>de</strong> pasta <strong>de</strong> papel, <strong>de</strong> papel e <strong>de</strong> cartão. POMBAL 48 11.553.142<br />
125 107 FIPOLEIRIA - SUPERMERCADOS, LDA Comércio a retalho em supermercados e hipermercados. LEIRIA 80 11.533.213<br />
126 - SAGREC - CONSTRUÇÕES, S.A. Construção <strong>de</strong> edifícios (resi<strong>de</strong>nciais e não resi<strong>de</strong>nciais). MARINHA GRANDE 52 11.498.874<br />
127 - GEMADOURO - PRODUTORES DE OVOS, S.A. Avicultura. POMBAL 12 11.474.567<br />
128 152 SPAL - SOC. DE PORCELANAS DE ALCOBAÇA, S.A. Fabricação <strong>de</strong> artigos <strong>de</strong> uso doméstico <strong>de</strong> faiança, porcelana e grés fino. NAZARÉ 429 11.438.247<br />
129 91 GRANFER.COM - IMPORT. E EXP. PROD. ALIM., LDA Comércio por grosso <strong>de</strong> fruta e <strong>de</strong> produtos hortícolas, excepto batata. ÓBIDOS 8 11.331.180<br />
130 - AVIOURÉM - ARMAZ. DE PROD. VETERINÁRIOS, LDA Comércio por grosso <strong>de</strong> produtos farmacêuticos. LEIRIA 20 11.257.900<br />
131 83 Com. por grosso <strong>de</strong> mat. <strong>de</strong> construção (excepto ma<strong>de</strong>ira) e equi. sanitário. LEIRIA 48 11.205.998<br />
132 139 FAMARI - FÁB. MARINHENSE DE CARTONAGEM, S.A. Fabricação <strong>de</strong> papel e <strong>de</strong> cartão canelados (inclui embalagens). MARINHA GRANDE 66 11.191.676<br />
133 148 SUPERMERCADO DO CENTRO, LDA Comércio a retalho em supermercados e hipermercados. POMBAL 66 11.168.142<br />
134 161 CONSTRUÇÕES JÚLIO LOPES, S.A. Construção <strong>de</strong> estradas e pistas <strong>de</strong> aeroportos. POMBAL 92 11.076.662<br />
135 108 ENERPELLETS - PROD., C. DE PELLETS MADEIRA, S.A. Serração <strong>de</strong> ma<strong>de</strong>ira. PEDRÓGÃO GRANDE 39 11.043.649<br />
136 133 EURODIAL - CENT. NEFROL. E DIÁLISE DE LEIRIA, S.A. Outras activida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> saú<strong>de</strong> humana, n.e. LEIRIA 45 11.016.217<br />
137 156 SOSI - COMBUSTIVEIS, LDA Com. a retalho <strong>de</strong> combustível p/ veíc. a motor, em estab. especializados. ALCOBAÇA 14 10.899.404<br />
138 157 ALIMAVE - ALIMENTAÇÃO PARA AVES, S.A. Fabricação <strong>de</strong> alimentos para animais <strong>de</strong> criação (excepto para aquicultura). LEIRIA 7 10.840.392
VARIAÇÃO<br />
DO VN<br />
(%)<br />
RESULTADO<br />
LIQUIDO 2011<br />
(€)<br />
VAB<br />
(€)<br />
ACTIVO<br />
(€)<br />
CAPITAL<br />
PRÓPRIO<br />
(€)<br />
RENDIBILIDADE DO<br />
CAPITAL PRÓPRIO<br />
(%)<br />
PRODUTIVIDADE<br />
(€)<br />
AUTONOMIA<br />
FINANCEIRA<br />
(%)<br />
RENDIBILIDADE<br />
DO INVEST. TOTAL<br />
(%)<br />
EXPORTAÇÕES<br />
(% VN)<br />
-4,9 479.990 2.155.007 14.311.972 3.036.472 15,8 86.200 21,2 7,7 99,1<br />
-33,9 -259.534 94.033 2.874.844 124.218 -208,9 2.612 4,3 -6,6 0,9<br />
-19,4 638.728 1.407.320 13.679.756 2.382.280 26,8 29.943 17,4 7,5 0,8<br />
-15,3 -477.824 2.167.751 12.352.950 4.137.788 -11,5 20.072 33,5 -4,9 9,5<br />
-12,6 5.609 2.118.791 17.045.311 3.008.326 0,2 23.542 17,6 2,5 3,9<br />
-4,1 -1.155.662 1.302.229 11.349.791 4.370.638 -26,4 10.762 38,5 -11,4 1,0<br />
4,3 65.422 3.416.719 30.268.057 23.971.888 0,3 65.706 79,2 0,5 8,9<br />
10,0 -1.108.268 1.421.217 13.178.156 964.462 -114,9 21.212 7,3 -7,8 0,0<br />
8,1 132.130 -189.454 20.473.405 4.384.220 3,0 -12.630 21,4 3,0 3,4<br />
24,0 1.086.687 5.097.497 12.908.524 6.175.805 17,6 46.341 47,8 12,4 57,8<br />
-33,8 89.694 1.221.245 9.244.414 3.523.367 2,5 18.504 38,1 3,4 0,1<br />
9,8 27.156 2.155.393 9.410.471 3.271.808 0,8 21.341 34,8 3,0 0,2<br />
0,8 5.414.725 11.956.064 144.199.682 83.793.348 6,5 1.328.452 58,1 5,7 0,0<br />
-7,6 1.958.060 4.445.508 15.495.732 12.995.115 15,1 54.883 83,9 16,3 0,7<br />
19,5 917.428 1.694.599 7.471.715 6.779.852 13,5 67.784 90,7 15,6 0,2<br />
30,4 307.148 1.016.141 1.619.308 543.433 56,5 23.631 33,6 25,9 0,0<br />
0,7 52.897 3.859.241 20.470.486 5.503.496 1,0 43.362 26,9 2,8 8,5<br />
4,2 -350.292 809.792 7.265.286 2.517.527 -13,9 16.526 34,7 -5,5 0,0<br />
4,9 1.369 1.543.694 6.696.328 1.063.503 0,1 45.403 15,9 3,0 0,0<br />
21,3 1.020 111.607 1.969.071 459.313 0,2 18.601 23,3 0,4 0,0<br />
-21,7 14.767 812.582 5.719.944 496.401 3,0 24.624 8,7 4,2 0,0<br />
-6,0 32.840 1.630.414 9.763.146 2.910.888 1,1 19.644 29,8 2,0 47,3<br />
-5,1 356.112 4.292.206 18.638.892 9.651.537 3,7 30.659 51,8 3,0 18,6<br />
14,2 12.311 255.527 1.487.514 395.727 3,1 11.110 26,6 4,7 0,0<br />
-4,9 115.838 2.004.982 21.813.448 7.430.789 1,6 57.285 34,1 1,8 14,9<br />
-0,6 -1.473.485 2.818.686 23.790.092 -401.828 (a) 16.679 (a) -5,7 71,1<br />
11,6 -38.009 1.493.463 7.216.172 2.350.061 -1,6 15.721 32,6 0,9 41,3<br />
0,4 168.900 3.772.506 10.095.696 2.960.732 5,7 18.050 29,3 3,0 0,0<br />
20,2 17.256 3.454.123 15.020.633 4.866.545 0,4 16.606 32,4 2,2 98,4<br />
-4,0 -532.112 1.669.092 16.930.930 -3.008.525 (a) 41.727 (a) 0,1 98,6<br />
10,4 72.516 1.757.861 13.435.103 3.767.482 1,9 70.314 28,0 3,0 1,4<br />
1.145,3 55.305 533.729 1.562.903 341.778 16,2 133.432 21,9 29,0 46,1<br />
-0,4 -188.706 3.536.565 8.943.280 3.548.641 -5,3 38.441 39,7 -2,1 19,5<br />
-2,7 207.569 3.400.717 35.467.902 14.094.608 1,5 68.014 39,7 1,2 31,3<br />
12,1 691.235 3.915.524 13.832.055 5.239.005 13,2 46.613 37,9 8,0 73,5<br />
10,5 -270.328 2.707.107 16.000.633 5.135.626 -5,3 33.839 32,1 1,8 51,5<br />
- 191.602 521.337 7.480.758 4.118.999 4,7 10.861 55,1 2,3 40,6<br />
-7,7 298.994 1.310.436 4.156.625 2.531.505 11,8 16.380 60,9 10,1 0,0<br />
236,3 39.770 2.019.989 4.571.622 689.534 5,8 38.846 15,1 3,6 2,7<br />
140,6 406.100 646.747 8.441.057 2.292.693 17,7 53.896 27,2 5,6 5,9<br />
16,5 -2.717.469 5.120.523 29.679.620 5.232.421 -51,9 11.936 17,6 -6,1 50,9<br />
-15,2 122.394 49.509 5.805.347 906.775 13,5 6.189 15,6 3,6 66,0<br />
-9,5 262.434 666.997 5.381.546 2.538.359 10,3 33.350 47,2 7,3 0,0<br />
-19,8 435.094 1.658.669 9.426.280 5.492.617 7,9 34.556 58,3 7,0 0,2<br />
7,8 76.513 1.191.318 5.978.876 2.060.848 3,7 18.050 34,5 2,7 1,3<br />
13,2 13.341 646.158 2.726.514 811.964 1,6 9.790 29,8 3,6 0,0<br />
21,2 245.853 2.910.435 19.975.133 11.055.352 2,2 31.635 55,3 2,5 0,0<br />
-11,2 161.433 1.521.467 15.440.229 5.975.070 2,7 39.012 38,7 2,5 97,6<br />
3,1 2.962.996 4.807.436 14.267.891 12.019.045 24,7 106.832 84,2 29,8 0,0<br />
13,9 30.527 359.890 2.460.481 357.434 8,5 25.706 14,5 3,7 0,0<br />
14,2 163.188 961.563 4.813.682 1.860.884 8,8 137.366 38,7 6,0 0,0
92 I 93<br />
empresas<br />
250 maiores LISTAGEM<br />
do<br />
distrito <strong>de</strong> <strong>Leiria</strong> 250 Maiores Empresas do Distrito <strong>de</strong> <strong>Leiria</strong><br />
Nº<br />
ORD<br />
2011<br />
Nº<br />
ORD<br />
2010<br />
NOME DESCRIÇÃO CAE CONCELHO TRAB. VOLUME<br />
DE NEGÓCIOS<br />
2011 (€)<br />
139 143 ANTÓNIO RAMOS & COSTA, S.A. Comércio por grosso <strong>de</strong> peixe, crustáceos e moluscos. PENICHE 89 10.817.811<br />
140 151 AUTO DELTA - COM. DE PEÇAS, ACES. E AUT., LDA Comércio por grosso <strong>de</strong> peças e acessórios para veículos automóveis. LEIRIA 41 10.781.060<br />
141 131 SUPERÓBIDOS - SUPERMERCADOS, LDA Comércio a retalho em supermercados e hipermercados. ÓBIDOS 46 10.770.298<br />
142 140 SUPERMACEIRA - SUPERMERCADOS, LDA Comércio a retalho em supermercados e hipermercados. LEIRIA 54 10.738.815<br />
143 - LUSOPÊRA - SOC. EXP. HORTOFRUTÍCOLAS, LDA Com. por gros.<strong>de</strong> fruta e <strong>de</strong> prod. hortícolas, excepto batata. BOMBARRAL 12 10.583.536<br />
144 181 SÉRGIO MARTINS - COM. PROD.AGRIC. E PEC., LDA Fabricação <strong>de</strong> alimentos para animais <strong>de</strong> criação (excepto para aquicultura). ALCOBAÇA 10 10.530.308<br />
145 170 BOLACHAS GULLON, SOCIEDADE UNIPESSOAL, LDA Comércio por grosso <strong>de</strong> chocolate e <strong>de</strong> produtos <strong>de</strong> confeitaria. POMBAL 8 10.479.828<br />
146 146 Fabricação <strong>de</strong> papel e <strong>de</strong> cartão canelados (inclui embalagens). MARINHA GRANDE 58 10.471.105<br />
147 - OMNIFISH, S.A. Preparação <strong>de</strong> produtos da pesca e da aquicultura. PENICHE 22 10.240.196<br />
148 52 E.I.P. - EQUIPAMENTOS INDUSTRIAIS POÇO, S.A. Fabricação <strong>de</strong> outras máquinas diversas <strong>de</strong> uso geral, n.e. MARINHA GRANDE 64 10.187.881<br />
149 205 MADEIRAS AFONSO, LDA Comércio por grosso <strong>de</strong> ma<strong>de</strong>ira em bruto e <strong>de</strong> produtos <strong>de</strong>rivados. LEIRIA 45 10.129.130<br />
150 150 TJ MOLDES, S.A. Fabricação <strong>de</strong> mol<strong>de</strong>s metálicos. MARINHA GRANDE 37 10.113.553<br />
151 169 LUSIFROTA - TRANSPORTES, S.A. Transportes rodoviários <strong>de</strong> mercadorias. LEIRIA 163 9.740.165<br />
152 248 TERMOCOMPO - INDÚSTRIA TERMOPLÁSTICA, LDA Fabricação <strong>de</strong> matérias plásticas sob formas primárias. LEIRIA 15 9.688.931<br />
153 106 LIZDRIVE, S.A. Comércio <strong>de</strong> veículos automóveis ligeiros. LEIRIA 28 9.656.483<br />
154 182 GASOGÁS - DISTRIB. DE ÓLEOS E COMB., LDA Transportes rodoviários <strong>de</strong> mercadorias. MARINHA GRANDE 95 9.627.363<br />
155 229 SIRPLASTE - S. INDUST. DE REC. DE PLÁSTICO, S.A. Valorização <strong>de</strong> resíduos não metálicos. PORTO DE MÓS 44 9.618.184<br />
156 164 RECAUCHUTAGEM 31, S.A. Reconstrução <strong>de</strong> pneus. ALCOBAÇA 105 9.556.352<br />
157 214 SUPERVIEIRA - SUPERMERCADOS, LDA Comércio a retalho em supermercados e hipermercados. MARINHA GRANDE 44 9.463.250<br />
158 119 VALOR HORIZONTAL - SOCIEDADE IMOBILIÁRIA, S.A. Compra e venda <strong>de</strong> bens imobiliários. LEIRIA 86 9.433.793<br />
159 158 TECLENA - AUT., ESTUDOS E REPRES., S.A. Comércio por grosso <strong>de</strong> máquinas-ferramentas. LEIRIA 50 9.385.286<br />
160 147 DISTRALCO - SUPERMERCADO, LDA Comércio a retalho em supermercados e hipermercados. ALCOBAÇA 57 9.366.170<br />
161 185 Comércio por grosso <strong>de</strong> outros produtos alimentares, n.e. NAZARÉ 21 9.302.125<br />
162 95 BECOSA - COM. E DISTRIBUIÇÃO DE BEBIDAS, S.A. Comércio por grosso <strong>de</strong> outros produtos alimentares, n.e. CALDAS DA RAINHA 14 9.280.804<br />
163 244 SOCÉM - E.D. - FAB., ENG. E DES. DE MOLDES, LDA Fabricação <strong>de</strong> mol<strong>de</strong>s metálicos. ALCOBAÇA 40 9.267.257<br />
164 163 PETROALVES - DISTRIB. DE COMB. E LUB., S.A. Com. a retalho <strong>de</strong> comb.para veíc. a motor, em estab. especializados. ALVAIÁZERE 20 9.248.649<br />
165 222 H.B.C.II - PEÇAS AUTO, LDA Comércio a retalho <strong>de</strong> peças e acessórios para veículos automóveis. BATALHA 70 9.226.613<br />
166 223 SETSA - SOC. DE ENG. E TRANSFORMAÇÃO, S.A. Fabricação <strong>de</strong> mol<strong>de</strong>s metálicos. MARINHA GRANDE 41 9.162.796<br />
167 - DISTRIMARTINHO - SUPERMERCADOS, LDA Comércio a retalho em supermercados e hipermercados. BOMBARRAL 44 9.158.729<br />
168 145 LABETO - CENTRO DE ANÁLISES BIOQUÍMICAS, S.A. Laboratórios <strong>de</strong> análises clínicas. ANSIÃO 138 9.104.237<br />
169 155 M.T.L.- MADEIRAS TRATADAS, LDA Impregnação <strong>de</strong> ma<strong>de</strong>ira. LEIRIA 76 9.104.106<br />
170 144 Construção <strong>de</strong> edifícios (resi<strong>de</strong>nciais e não resi<strong>de</strong>nciais). LEIRIA 47 9.071.785<br />
171 - Comércio por grosso <strong>de</strong> bebidas alcoólicas. ALCOBAÇA 27 9.044.646<br />
172 - SUIPEC - AGRO PECUÁRIA, LDA Suinicultura. ALCOBAÇA 34 8.988.683<br />
173 127 MARGON - MAT. E REVEST. MOD. P/ EDIF., S.A. Fabricação <strong>de</strong> telhas. PORTO DE MÓS 147 8.987.852<br />
174 105 NOVA SERVIÇOS, LDA Activida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> limpeza geral em edifícios. CALDAS DA RAINHA 1192 8.892.500<br />
175 172 SIMPLASTIC - SOC. INDUST. DE MAT. PLASTICAS, LDA Fabricação <strong>de</strong> outros artigos <strong>de</strong> plástico, n.e. BATALHA 110 8.829.645<br />
176 135 VALCO - MADEIRAS E DERIVADOS, S.A. Fabricação <strong>de</strong> outras obras <strong>de</strong> carpintaria para a construção. LEIRIA 154 8.784.173<br />
177 165 TRACTO-LENA - MÁQUINAS E CAMIÕES, S.A. Comércio <strong>de</strong> outros veículos automóveis. BATALHA 15 8.770.994<br />
178 122 Comércio <strong>de</strong> veículos automóveis ligeiros. LEIRIA 52 8.744.196<br />
179 166 LEAL, LEAL & INÊS, LDA Com. a retalho <strong>de</strong> comb. para veículos a motor, em estab.especializados. BOMBARRAL 13 8.725.354<br />
180 209 Fabricação <strong>de</strong> embalagens <strong>de</strong> plástico. LEIRIA 56 8.719.550<br />
181 - CPF - CENT. PROD. COM. HORTOFRUTÍCOLA, LDA Comércio por grosso <strong>de</strong> fruta e <strong>de</strong> produtos hortícolas, excepto batata. BOMBARRAL 13 8.650.207<br />
182 177 AGD POLÍMEROS, LDA Comércio por grosso <strong>de</strong> outros bens intermédios, n.e. LEIRIA 1 8.633.995<br />
183 242 PORVAL - AGROPECUÁRIA, S.A. Suinicultura. LEIRIA 46 8.627.556<br />
184 194 L.N. - MOLDES, LDA Fabricação <strong>de</strong> mol<strong>de</strong>s metálicos. LEIRIA 70 8.613.390<br />
185 176 FRANCO & FILHOS - COM. DE GADO POR GROSSO, LDA Comércio por grosso <strong>de</strong> animais vivos. CALDAS DA RAINHA 5 8.568.934<br />
186 - Activida<strong>de</strong>s dos estabelecimentos <strong>de</strong> saú<strong>de</strong> com internamento. CALDAS DA RAINHA 153 8.566.956<br />
187 - PRAGOSA BETÃO, S.A. Fabricação <strong>de</strong> betão pronto. PORTO DE MÓS 37 8.555.819<br />
188 - JOMARPI - SOC.DE FAB. E REP. DE CALÇADO, LDA Fabricação <strong>de</strong> calçado. ALCOBAÇA 127 8.535.176
VARIAÇÃO<br />
DO VN<br />
(%)<br />
RESULTADO<br />
LIQUIDO 2011<br />
(€)<br />
VAB<br />
(€)<br />
ACTIVO<br />
(€)<br />
CAPITAL<br />
PRÓPRIO<br />
(€)<br />
RENDIBILIDADE DO<br />
CAPITAL PRÓPRIO<br />
(%)<br />
PRODUTIVIDADE<br />
(€)<br />
AUTONOMIA<br />
FINANCEIRA<br />
(%)<br />
RENDIBILIDADE<br />
DO INVEST. TOTAL<br />
(%)<br />
EXPORTAÇÕES<br />
(% VN)<br />
7,8 -365.495 2.179.017 17.614.390 6.899.044 -5,3 24.483 39,2 0,2 31,6<br />
9,7 824.344 2.106.521 7.790.470 3.905.220 21,1 51.379 50,1 15,1 0,5<br />
0,6 29.576 764.739 2.109.996 330.481 8,9 16.625 15,7 3,7 0,0<br />
4,5 15 828.664 2.411.363 285.422 0,0 15.346 11,8 2,2 0,0<br />
328,9 18.358 205.356 6.614.171 139.659 13,1 17.113 2,1 0,6 78,7<br />
28,3 57.593 885.315 3.499.018 588.929 9,8 88.532 16,8 3,7 0,0<br />
22,3 197.554 808.974 5.230.025 2.338.857 8,4 101.122 44,7 5,4 0,0<br />
5,2 234.262 1.554.611 5.454.175 3.979.308 5,9 26.804 73,0 5,9 5,0<br />
- 266.995 883.735 2.373.874 502.679 53,1 40.170 21,2 12,5 2,5<br />
-49,6 247.316 3.106.165 23.297.194 5.916.230 4,2 48.534 25,4 4,7 88,0<br />
34,2 19 749.967 3.901.195 1.291.462 0,0 16.666 33,1 2,2 0,0<br />
2,8 1.163.535 1.736.543 16.636.181 6.807.675 17,1 46.934 40,9 8,1 95,8<br />
13,4 1.072.761 5.153.605 4.860.162 1.787.761 60,0 31.617 36,8 31,1 0,0<br />
40,6 507.517 1.315.912 5.401.810 2.226.467 22,8 87.727 41,2 12,4 15,1<br />
-22,8 -111.916 78.934 4.383.502 172.227 -65,0 2.819 3,9 -2,2 0,0<br />
17,8 20.799 2.952.587 6.084.443 1.315.793 1,6 31.080 21,6 3,2 51,6<br />
33,4 230.593 2.727.861 20.266.808 5.929.217 3,9 61.997 29,3 2,7 71,7<br />
9,2 122.525 2.638.431 7.156.464 3.407.829 3,6 25.128 47,6 3,2 61,0<br />
28,6 287.536 1.054.827 1.419.181 393.519 73,1 23.973 27,7 29,4 0,0<br />
-19,6 20.020 1.544.429 1.700.077 704.725 2,8 17.958 41,5 9,5 0,0<br />
0,3 209.485 1.675.628 6.816.704 3.472.766 6,0 33.513 50,9 4,5 0,4<br />
-5,3 24.507 948.929 2.481.978 211.464 11,6 16.648 8,5 4,2 0,0<br />
14,6 276.181 1.400.097 7.004.277 1.873.421 14,7 66.671 26,7 7,5 0,0<br />
-30,0 4.260 932.381 4.478.336 92.061 4,6 66.599 2,1 1,0 0,0<br />
34,0 240.135 1.746.806 11.423.849 2.479.905 9,7 43.670 21,7 4,8 88,1<br />
4,6 72.246 509.580 2.469.281 557.126 13,0 25.479 22,6 6,8 0,0<br />
26,7 822.331 1.892.263 6.903.583 2.448.739 33,6 27.032 35,5 13,9 15,2<br />
26,1 366.962 1.940.681 12.922.605 2.155.811 17,0 47.334 16,7 5,3 77,3<br />
97,2 18.519 783.475 1.943.106 125.222 14,8 17.806 6,4 6,0 0,0<br />
-9,0 443.546 4.848.244 22.152.814 9.821.143 4,5 35.132 44,3 6,1 0,0<br />
-5,3 4.367 2.303.037 9.099.358 3.732.959 0,1 30.303 41,0 1,9 0,0<br />
-9,3 211.841 1.905.357 11.059.145 1.513.911 14,0 40.540 13,7 6,5 0,5<br />
37,3 71.830 786.139 7.401.537 1.695.114 4,2 29.116 22,9 3,5 46,3<br />
53,1 119.945 -194.663 9.053.708 466.489 25,7 -5.725 5,2 2,3 0,0<br />
-19,1 -309.442 4.549.844 24.418.529 9.344.158 -3,3 30.951 38,3 0,9 21,6<br />
-29,2 -683.127 7.595.237 5.820.735 175.693 -388,8 6.372 3,0 -5,2 0,0<br />
3,4 181.440 1.858.600 6.576.033 3.168.178 5,7 16.896 48,2 3,9 95,5<br />
-17,1 31.280 3.208.009 11.712.008 7.635.934 0,4 20.831 65,2 1,1 13,8<br />
0,6 346.489 1.283.073 9.973.615 1.977.655 17,5 85.538 19,8 7,7 54,8<br />
-23,1 29.113 203.222 2.728.207 1.466.243 2,0 3.908 53,7 3,7 0,0<br />
0,3 9.879 244.924 341.424 141.466 7,0 18.840 41,4 4,7 0,0<br />
16,7 219.676 1.535.888 8.211.488 1.296.497 16,9 27.427 15,8 5,2 1,4<br />
137,0 20.790 272.419 6.087.049 3.563.767 0,6 20.955 58,5 1,3 0,0<br />
3,1 69.499 328.312 2.175.258 356.358 19,5 328.312 16,4 8,6 10,2<br />
23,2 -159.210 1.008.317 8.111.997 186.078 -85,6 21.920 2,3 0,6 0,0<br />
10,5 398.304 3.027.523 16.284.760 6.094.719 6,5 43.250 37,4 4,8 66,5<br />
2,1 -170.441 80.529 1.832.702 43.435 -392,4 16.106 2,4 -7,1 0,0<br />
53,9 719.535 2.597.009 11.029.235 4.089.009 17,6 16.974 37,1 6,7 0,0<br />
32,6 117.498 1.686.939 5.732.610 1.459.310 8,1 45.593 25,5 3,1 0,0<br />
30,8 35.311 2.170.823 9.618.457 2.671.859 1,3 17.093 27,8 4,6 94,4
94 I 95<br />
empresas<br />
250 maiores LISTAGEM<br />
do<br />
distrito <strong>de</strong> <strong>Leiria</strong> 250 Maiores Empresas do Distrito <strong>de</strong> <strong>Leiria</strong><br />
Nº<br />
ORD<br />
2011<br />
Nº<br />
ORD<br />
2010<br />
NOME DESCRIÇÃO CAE CONCELHO TRAB. VOLUME<br />
DE NEGÓCIOS<br />
2011 (€)<br />
189 78 Comércio <strong>de</strong> veículos automóveis ligeiros. LEIRIA 4 8.453.458<br />
190 159 EMPOBOR - EMPRESA PORT. DE BORRACHAS, LDA Fabricação <strong>de</strong> outros produtos <strong>de</strong> borracha, n.e. POMBAL 64 8.449.723<br />
191 - MIGALHA QUENTE, LDA Comé. a retalho <strong>de</strong> comb. para veíc. a motor, em estab. especializados. POMBAL 19 8.449.198<br />
192 184 PLASTIMAR - INDÚSTRIA DE MAT.PLÁSTICAS, S.A. Fabricação <strong>de</strong> embalagens <strong>de</strong> plástico. PENICHE 88 8.404.954<br />
193 82 LAMÁQUINA - COM. DE MÁQUINAS E VEÍCULOS, S.A. Com.por grosso <strong>de</strong> máq.para a indústria extractiva, const. e engenharia civil. BATALHA 38 8.385.281<br />
194 204 ORLINDO CRESPO PEDROSA, LDA Com. a retalho <strong>de</strong> comb. para veíc. a motor, em estab.especializados. POMBAL 12 8.307.140<br />
195 162 CARIANO, S.A. Aluguer <strong>de</strong> máquinas e equip.para a construção e engenharia civil. LEIRIA 109 8.301.284<br />
196 193 GIL SOMA - AUTOMÓVEIS E ACESSÓRIOS, LDA Comércio <strong>de</strong> veículos automóveis ligeiros. ALCOBAÇA 11 8.280.235<br />
197 191 FGP - FONSECA, GARCIA & PRAZERES, LDA Comércio por grosso <strong>de</strong> bebidas alcoólicas. BOMBARRAL 48 8.241.355<br />
198 195 GASOGÁSGEST - GESTÃO DE POSTOS DE ABA., LDA Com. a retalho <strong>de</strong> comb. para veículos a motor, em est.especializados. MARINHA GRANDE 10 8.232.952<br />
199 200 SUPERBENEDITA - SUPERMERCADOS, LDA Comércio a retalho em supermercados e hipermercados. ALCOBAÇA 36 8.228.073<br />
200 - DSP - DISTRIB. SPORTSWEAR PROMOCIONAL, S.A. Comércio por grosso <strong>de</strong> têxteis. POMBAL 42 8.220.769<br />
201 154 Fabricação <strong>de</strong> argamassas. LEIRIA 55 8.145.000<br />
202 246 CHURRASQUEIRAS REI DOS FRANGOS, LDA Confecção <strong>de</strong> refeições prontas a levar para casa. LEIRIA 149 8.046.689<br />
203 - PRACTIVAR - VIVA MELHOR SEMPRE, LDA Com. a retalho <strong>de</strong> prod.alim., naturais e diet., em estab. especializados. LEIRIA 0 8.039.995<br />
204 - MOLIPOREX - MOLDES PORT., IMPORT. E EXP. S.A. Fabricação <strong>de</strong> mol<strong>de</strong>s metálicos. MARINHA GRANDE 29 8.008.758<br />
205 228 COMPOSTOS LIZ - ALIM. COMP. PARA ANIMAIS, LDA Fabricação <strong>de</strong> alimentos para animais <strong>de</strong> criação (excepto para aquicultura). LEIRIA 21 8.003.507<br />
206 - DIP - DISTRIBUIDORA IBÉRICA DE POLÍMEROS, LDA Agentes do comércio por grosso misto sem predominância. LEIRIA 1 7.978.248<br />
207 160 NOVA POLÍMEROS, LDA Agentes do comércio por grosso misto sem predominância. LEIRIA 1 7.976.705<br />
208 - SIMLIS - SANEA. INTEG. DOS MUN.DO LIS, S.A. Tratamento <strong>de</strong> águas residuais. LEIRIA 48 7.923.515<br />
209 - ASCENDI OPERADORA PI, OPER. MANUT. ROD.A, S.A. Outras activida<strong>de</strong>s auxiliares dos transportes terrestres. ANSIÃO 16 7.889.482<br />
210 234 VIPEX - COMÉRCIO E INDÚSTRIA DE PLÁSTICOS, S.A. Fabricação <strong>de</strong> outros artigos <strong>de</strong> plástico, n.e. MARINHA GRANDE 61 7.860.846<br />
211 189 JOSÉ M.DA SILVA NOGUEIRA, LDA Com.a retalho <strong>de</strong> comb. para veíc.a motor, em estab. especializados. LEIRIA 11 7.831.118<br />
212 175 LABORATÓRIO MÉDICO DR.DAVID SANTOS PINTO, S.A. Laboratórios <strong>de</strong> análises clínicas. PENICHE 96 7.803.656<br />
213 - RAÇÕES SELECÇÃO, S.A. Fabricação <strong>de</strong> alimentos para animais <strong>de</strong> criação (excepto para aquicultura). LEIRIA 63 7.800.045<br />
214 126 Fabricação <strong>de</strong> mol<strong>de</strong>s metálicos. LEIRIA 73 7.786.262<br />
215 190 A.L. - FÁBRICA DE MATERIAL ELÉCTRICO, S.A. Fabricação <strong>de</strong> artigos <strong>de</strong> plástico para a construção. MARINHA GRANDE 129 7.760.854<br />
216 149 A B H - COMÉRCIO DE AUTOMÓVEIS, LDA Comércio <strong>de</strong> veículos automóveis ligeiros. LEIRIA 2 7.696.589<br />
217 - POLIGREEN ENGENHARIA, S.A. Construção <strong>de</strong> edifícios (resi<strong>de</strong>nciais e não resi<strong>de</strong>nciais). PORTO DE MÓS 30 7.689.522<br />
218 - PERIFIVAL, LDA Comércio <strong>de</strong> outros veículos automóveis. CALDAS DA RAINHA 10 7.676.268<br />
219 186 Instalação <strong>de</strong> climatização. LEIRIA 57 7.645.786<br />
220 178 MANUEL RODRIGUES FERREIRA, S.A. Comércio por grosso <strong>de</strong> mat. <strong>de</strong> const. (excepto ma<strong>de</strong>ira) e equip. sanitário. CALDAS DA RAINHA 29 7.526.660<br />
221 - RECIPRÉMIO, S.A. Desmantelamento <strong>de</strong> veículos automóveis, em fim <strong>de</strong> vida. CALDAS DA RAINHA 29 7.519.675<br />
222 188 NEOMÁQUINA SUPERMERCADOS, LDA Comércio a retalho em supermercados e hipermercados. POMBAL 76 7.441.901<br />
223 243 LIGAÇÃO VELOZ - TRANSPORTES, LDA Transportes rodoviários <strong>de</strong> mercadorias. BATALHA 74 7.413.865<br />
224 187 FERROLEIRIA - COM. DE MAT. SID. E DE CONST., S.A. Com. por gros. <strong>de</strong> mat. <strong>de</strong> const. (excepto ma<strong>de</strong>ira) e equipamento sanitário. LEIRIA 20 7.409.753<br />
225 219 FRIGOSTO - IND. TRANSF. P.DE PROD. CONG, LDA Preparação <strong>de</strong> produtos da pesca e da aquicultura. CALDAS DA RAINHA 67 7.396.034<br />
226 207 BARROS & MOREIRA, S.A. Com. por grosso <strong>de</strong> mat <strong>de</strong> const.(excepto ma<strong>de</strong>ira) e equipamento sanitário. ÓBIDOS 53 7.388.673<br />
227 249 TECTIL - PLASTICO RETRACTIL, LDA Fabricação <strong>de</strong> chapas, folhas, tubos e perfis <strong>de</strong> plástico. LEIRIA 23 7.335.378<br />
228 220 VULCAL - VULCANIZAÇÕES E LUBRIFICANTES, S.A. Comércio por grosso <strong>de</strong> peças e acessórios para veículos automóveis. POMBAL 36 7.283.098<br />
229 250 Fabricação <strong>de</strong> portas, janelas e elementos similares em metal. ANSIÃO 87 7.279.401<br />
230 183 VEPELIBERICA - IND. COM. MAT. DE CONST. CIVIL, LDA Com. por grosso <strong>de</strong> mat. <strong>de</strong> const. (excepto ma<strong>de</strong>ira) e equipamento sanitário. BOMBARRAL 60 7.267.491<br />
231 - TECFIL - TÉCNICA FABRICO DE FIOS, LDA Fabricação <strong>de</strong> cordoaria. MARINHA GRANDE 73 7.206.638<br />
232 132 LEIRIBÉRIA - COMÉRCIO DE AUTOMÓVEIS, S.A. Comércio <strong>de</strong> veículos automóveis ligeiros. LEIRIA 33 7.175.413<br />
233 210 SOCIEDADE AUTOMÓVEIS CRUZ DE CRISTO, LDA Com. a retalho <strong>de</strong> comb.p/ veículos a motor, em estab. especializados. ALCOBAÇA 25 7.166.967<br />
234 - SONIGATE LEIRITRÓNICA, LDA Com. por grosso <strong>de</strong> equip. electrónicos, <strong>de</strong> telecomunicações e suas partes. LEIRIA 44 7.122.501<br />
235 - TRANSPORTES SOUSA GOMES, LDA Transportes rodoviários <strong>de</strong> mercadorias. POMBAL 67 7.105.423<br />
236 - CARFI - FÁBRICA DE PLÁSTICOS E MOLDES, S.A. Fabricação <strong>de</strong> outros artigos <strong>de</strong> plástico, n.e. MARINHA GRANDE 99 7.099.493<br />
237 - MANUEL RODRIGUES FERREIRA & VENDA, LDA Suinicultura. LEIRIA 6 7.076.504<br />
238 171 Instalação <strong>de</strong> climatização. LEIRIA 44 7.062.262<br />
239 - VIAMARCA - PINTURAS DE VIAS RODOVIÁRIAS, S.A. Construção <strong>de</strong> estradas e pistas <strong>de</strong> aeroportos. LEIRIA 58 7.058.204<br />
240 236 SUINIGRUPO - RAÇÕES PARA ANIMAIS, LDA Fabricação <strong>de</strong> alimentos para animais <strong>de</strong> criação (excepto para aquicultura). LEIRIA 15 7.058.001
VARIAÇÃO<br />
DO VN<br />
(%)<br />
RESULTADO<br />
LIQUIDO 2011<br />
(€)<br />
VAB<br />
(€)<br />
ACTIVO<br />
(€)<br />
CAPITAL<br />
PRÓPRIO<br />
(€)<br />
RENDIBILIDADE DO<br />
CAPITAL PRÓPRIO<br />
(%)<br />
PRODUTIVIDADE<br />
(€)<br />
AUTONOMIA<br />
FINANCEIRA<br />
(%)<br />
RENDIBILIDADE<br />
DO INVEST. TOTAL<br />
(%)<br />
EXPORTAÇÕES<br />
(% VN)<br />
-41,8 49.285 -588.315 3.017.043 1.096.759 4,5 -147.079 36,4 4,0 0,0<br />
-9,2 5.480 1.653.221 11.012.950 4.020.680 0,1 25.832 36,5 2,1 19,8<br />
42,8 33.723 351.145 429.832 31.284 107,8 18.481 7,3 11,8 0,0<br />
3,3 -65.469 2.178.590 17.526.631 2.098.794 -3,1 24.757 12,0 2,2 11,2<br />
-40,5 -5.851.108 1.227.969 15.300.373 1.736.757 -336,9 32.315 11,4 -32,3 16,1<br />
9,0 -115.099 197.004 1.623.352 463.466 -24,8 16.417 28,5 -6,0 0,0<br />
-6,3 -4.172.686 2.494.314 29.264.977 -7.683.670 (a) 22.884 (a) -8,8 10,6<br />
5,7 61.308 193.983 5.418.423 1.220.263 5,0 17.635 22,5 3,8 0,0<br />
3,9 105.775 1.461.574 6.314.759 1.921.707 5,5 30.449 30,4 5,3 0,0<br />
5,9 5.667 134.689 356.094 35.166 16,1 13.469 9,9 6,1 0,0<br />
6,9 41.287 575.324 1.081.388 -73.042 (a) 15.981 (a) 7,4 0,0<br />
40,1 151.607 1.312.980 6.130.866 2.360.610 6,4 31.261 38,5 5,8 47,3<br />
-15,8 -573.372 1.603.619 22.796.776 11.609.358 -4,9 29.157 50,9 -2,5 1,6<br />
16,5 40.806 2.290.880 8.107.781 3.887.313 1,0 15.375 47,9 2,1 4,5<br />
78,1 397.077 547.188 1.360.350 489.027 81,2 - 35,9 39,6 1,5<br />
51,1 547.859 1.384.734 11.237.547 3.160.233 17,3 47.749 28,1 4,9 87,6<br />
11,0 10.627 369.587 4.713.098 1.792.955 0,6 17.599 38,0 2,4 0,0<br />
31,9 41.114 214.052 1.318.220 139.882 29,4 214.052 10,6 17,5 25,0<br />
-13,8 69.987 208.930 1.606.235 388.336 18,0 208.930 24,2 10,2 33,7<br />
44,1 335.719 5.609.403 101.915.424 -2.765.769 (a) 116.863 (a) 2,6 0,0<br />
2.001,2 -7.485 344.005 426.453 42.515 -17,6 21.500 10,0 -0,8 0,0<br />
9,8 140.410 2.288.963 6.519.228 2.235.033 6,3 37.524 34,3 3,7 62,0<br />
-1,9 -32.774 46.588 445.065 188.962 -17,3 4.235 42,5 -6,6 0,0<br />
-7,2 2.071.998 4.560.296 6.148.501 4.530.670 45,7 47.503 73,7 46,8 0,0<br />
18,4 -768.317 545.010 3.449.168 266.372 -288,4 8.651 7,7 -18,8 0,0<br />
-30,1 49.561 3.324.738 26.561.033 7.041.938 0,7 45.544 26,5 1,3 89,2<br />
-2,2 20.340 3.131.620 7.939.782 2.682.769 0,8 24.276 33,8 0,6 36,5<br />
-21,8 42.518 161.422 3.489.221 875.169 4,9 80.711 25,1 2,3 0,2<br />
21,7 364.217 888.167 6.077.665 1.695.607 21,5 29.606 27,9 8,2 0,0<br />
80,9 31.872 535.005 3.779.520 798.571 4,0 53.500 21,1 2,7 98,3<br />
-5,1 236.709 2.063.241 7.820.057 2.114.682 11,2 36.197 27,0 4,8 0,0<br />
-9,6 71.599 666.128 4.584.842 3.222.355 2,2 22.970 70,3 3,0 0,2<br />
31,2 40.042 339.884 1.714.513 205.002 19,5 11.720 12,0 4,3 0,0<br />
-7,5 -84.502 1.152.410 3.279.829 1.714.467 -4,9 15.163 52,3 -1,2 0,0<br />
6,8 7.720 2.076.112 4.038.101 169.520 4,6 28.056 4,2 5,5 0,5<br />
-7,9 59.683 427.639 6.861.884 2.324.955 2,6 21.382 33,9 5,0 0,1<br />
1,1 178.197 2.488.468 8.506.318 2.920.901 6,1 37.141 34,3 4,8 4,5<br />
-1,3 622.507 2.210.689 7.352.524 2.740.311 22,7 41.711 37,3 13,3 10,1<br />
7,4 101.120 1.067.883 5.284.482 1.434.346 7,0 46.430 27,1 3,4 4,1<br />
-0,4 381.742 1.704.596 10.760.614 5.537.564 6,9 47.350 51,5 6,1 39,7<br />
7,0 721.726 1.859.486 10.664.881 5.580.385 12,9 21.373 52,3 8,5 54,8<br />
-11,0 40.258 1.641.400 9.744.994 2.672.688 1,5 27.357 27,4 2,7 6,1<br />
34,8 8.964 1.955.472 10.967.290 1.787.224 0,5 26.787 16,3 3,5 89,9<br />
-32,9 -61.319 571.306 3.715.353 741.654 -8,3 17.312 20,0 1,0 1,8<br />
-4,0 60.594 642.063 1.961.465 803.723 7,5 25.683 41,0 4,9 0,0<br />
13,4 58.865 1.153.522 7.418.232 1.161.034 5,1 26.216 15,7 3,3 0,8<br />
17,6 63.519 2.470.004 3.386.333 735.843 8,6 36.866 21,7 4,9 69,0<br />
5,2 1.100.847 3.045.047 8.883.900 5.444.940 20,2 30.758 61,3 12,9 83,6<br />
- 64.780 305.495 2.037.110 467.397 13,9 50.916 22,9 5,6 0,0<br />
-17,5 268.704 2.353.923 6.690.188 1.514.394 17,7 53.498 22,6 6,1 0,0<br />
11,6 -2.067.981 79.503 7.981.235 741.498 -278,9 1.371 9,3 -21,1 30,2<br />
-0,4 64.223 1.263.258 2.445.495 1.514.153 4,2 84.217 61,9 3,6 0,0
96 I 97<br />
empresas<br />
250 maiores LISTAGEM<br />
do<br />
distrito <strong>de</strong> <strong>Leiria</strong> 250 Maiores Empresas do Distrito <strong>de</strong> <strong>Leiria</strong><br />
Nº<br />
ORD<br />
2011<br />
Nº<br />
ORD<br />
2010<br />
NOME DESCRIÇÃO CAE CONCELHO TRAB. VOLUME<br />
DE NEGÓCIOS<br />
2011 (€)<br />
241 - CONSTRUÇÕES GONÇALVES & CARRILHO, LDA Construção <strong>de</strong> edifícios (resi<strong>de</strong>nciais e não resi<strong>de</strong>nciais). POMBAL 4 7.046.199<br />
242 227 Comércio por grosso <strong>de</strong> ma<strong>de</strong>ira em bruto e <strong>de</strong> produtos <strong>de</strong>rivados. LEIRIA 25 7.003.900<br />
243 199 Instalação <strong>de</strong> máquinas e <strong>de</strong> equipamentos industriais. LEIRIA 30 6.983.109<br />
244 - SANTOS & CORDEIRO, S.A. Const. <strong>de</strong> re<strong>de</strong>s <strong>de</strong> transp.e distrib. <strong>de</strong> electric. e re<strong>de</strong>s <strong>de</strong> telecomunicações. POMBAL 112 6.982.322<br />
245 - SODIJUNCAL - SUPERMERCADOS, LDA Comércio a retalho em supermercados e hipermercados. PORTO DE MÓS 30 6.972.694<br />
246 - PRIMOFRUTA - SOCIEDADE HORTOFRUTICOLA, LDA Comércio por grosso <strong>de</strong> fruta e <strong>de</strong> produtos hortícolas, excepto batata. BOMBARRAL 15 6.928.612<br />
247 - CALEIRAETERNA - FAB. C. COMP. MÁQ. CALEIRAS, S.A. Fabricação <strong>de</strong> outras torneiras e válvulas. POMBAL 18 6.927.837<br />
248 174 MAPICENTRO , S.A. Abate <strong>de</strong> gado (produção <strong>de</strong> carne). LEIRIA 65 6.870.816<br />
249 241 ICEL - IND. DE CUTELARIAS DA ESTREMADURA, S.A. Fabricação <strong>de</strong> cutelaria. ALCOBAÇA 158 6.816.944<br />
250 - TABAMOS - SOC. GROSSISTAS DE TABACOS, LDA Comércio por grosso <strong>de</strong> tabaco. PORTO DE MÓS 4 6.790.599<br />
Nota: Por a informação dos indicadores da Canalcentro e da EST só ter sido disponibilizada <strong>de</strong>pois da Informa D&B ter finalizado e entregue a listagem,<br />
estas duas empresas não a integram. No entanto, como apresentam Volume <strong>de</strong> Negócios suficiente para constar na listagem, publicamos em baixo os seus indicadores<br />
- 137 Com. a retalho <strong>de</strong> mat. <strong>de</strong> bricolage, equip. sanitário, ladrilhos e mat.sim., LEIRIA 35 9.928.096<br />
- - Electricida<strong>de</strong> Industrial, autom. e sist, instrum., re<strong>de</strong>s estrut. <strong>de</strong> dados e climatização LEIRIA 136 9.811.233<br />
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VARIAÇÃO<br />
DO VN<br />
(%)<br />
RESULTADO<br />
LIQUIDO 2011<br />
(€)<br />
VAB<br />
(€)<br />
ACTIVO<br />
(€)<br />
CAPITAL<br />
PRÓPRIO<br />
(€)<br />
RENDIBILIDADE DO<br />
CAPITAL PRÓPRIO<br />
(%)<br />
PRODUTIVIDADE<br />
(€)<br />
AUTONOMIA<br />
FINANCEIRA<br />
(%)<br />
RENDIBILIDADE<br />
DO INVEST. TOTAL<br />
(%)<br />
EXPORTAÇÕES<br />
(% VN)<br />
336,5 43.440 1.251.977 46.305.460 13.059.495 0,3 312.994 28,2 2,4 0,0<br />
-2,9 169.942 979.178 8.221.825 6.071.450 2,8 39.167 73,8 3,6 5,7<br />
-9,2 1.065.705 2.513.422 9.382.657 1.877.469 56,8 83.781 20,0 14,1 0,4<br />
89,2 78.223 1.963.380 3.978.357 1.116.289 7,0 17.530 28,1 2,9 0,0<br />
88,3 -91.465 418.696 798.283 -323.629 (a) 13.957 (a) -7,4 0,0<br />
20,5 96.471 983.237 4.874.132 598.990 16,1 65.549 12,3 3,9 80,8<br />
10,8 1.057.652 1.983.816 5.218.820 3.935.067 26,9 110.212 75,4 27,7 24,2<br />
-18,6 -314.810 1.040.228 5.039.809 2.860.670 -11,0 16.004 56,8 -5,1 0,0<br />
-3,0 158.348 3.603.955 7.986.961 5.974.991 2,7 22.810 74,8 3,5 0,0<br />
3,0 102.593 237.659 684.794 416.106 24,7 59.415 60,8 21,1 0,0<br />
-5,36 268.342 1.461.469 6.695.022 3.285.787 8,17 41.756 49,08 6,95 1,8<br />
25 74.023 3.450.096 00000 1.967.865 3,76 25.368 - - 12<br />
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