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Hidroclorotiazida - Farmanguinhos - Fiocruz

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HIDROCLOROTIAZIDA<br />

Nome Genérico: hidroclorotiazida<br />

Classe Química: derivado da sulfonamida<br />

Classe Terapêutica: diurético tiazídico; anti-hipertensivo<br />

Forma Farmacêutica e Apresentação: <strong>Hidroclorotiazida</strong> 25 mg, em<br />

blister com 10 ou 20 comprimidos; <strong>Hidroclorotiazida</strong> 50 mg, em envelope<br />

com 10 comprimidos<br />

INDICAÇÕES<br />

<strong>Hidroclorotiazida</strong> é indicada no tratamento do edema associado a<br />

insuficiência cardíaca congestiva, cirrose hepática, síndrome nefrótica,<br />

glomerulonefrite aguda e na terapêutica com corticosteróide e<br />

estrógenos.<br />

Indicada também na hipertensão arterial.<br />

• Outras indicações: nefrolitíase cálcica, prevenção de osteoporose,<br />

diabetes insípido.<br />

CONTRA-INDICAÇÕES<br />

• Anúria;<br />

• Insuficiência renal;<br />

• Hipersensibilidade à droga ou a outras do grupo das sulfonamidas.<br />

HIDROCLOROTIAZIDA • DIURÉTICO<br />

POSOLOGIA<br />

A dose usual de hidroclorotiazida em adultos é de 12,5—50 mg por dia, em<br />

dose única (máxima: 200 mg/dia).<br />

Não é recomendável utilizar-se doses acima de 50 mg/dia devido ao maior<br />

risco de desenvolver hipopotassemia e outros distúrbios hidroeletrolíticos.<br />

Para uso pediátrico preconiza-se 1—3,3 mg/kg/dia divididos em 12/12<br />

horas nas crianças abaixo de 6 meses e 2 mg/kg/dia de 12/12 horas em<br />

pacientes acima de 6 meses.<br />

No tratamento da hipertensão, a droga pode ser usada isoladamente ou em<br />

associação com outros anti-hipertensivos. As dosagens mais baixas (até 25<br />

mg/dia) trazem menor risco de efeitos indesejáveis, em especial os metabólicos,<br />

como hiperglicemia, hiperlipidemia e hipopotassemia, sem prejuízo dos<br />

efeitos hipotensores pela diminuição da resistência vascular periférica.<br />

Ao buscar atingir a meta de controle pressórico do paciente é recomendável<br />

utilizar doses menores de mais de uma classe de anti-hipertensivos em<br />

associação, do que esgotar as doses máximas toleradas de cada uma<br />

isoladamente. Desta forma, o efeito somatório de duas ou mais drogas em<br />

menores doses sobre a pressão arterial é mais eficaz e, ao mesmo tempo,<br />

mais tolerável, por ocasionar menos efeitos adversos.<br />

<strong>Farmanguinhos</strong>/<strong>Fiocruz</strong><br />

161<br />

Memento Terapêutico<br />

Miolo Memento14X21_2006_4.PMD 161<br />

29/6/2006, 15:17


HIDROCLOROTIAZIDA<br />

PRECAUÇÕES<br />

DIURÉTICO • HIDROCLOROTIAZIDA<br />

• Distúrbios hidroeletrolíticos (hipocalemia, hiponatremia, hipomagnesemia,<br />

hipercalcemia);<br />

• Doença renal;<br />

• Doença hepática;<br />

• Gota;<br />

• Doença pulmonar obstrutiva crônica;<br />

• Lúpus eritematoso;<br />

• Diabetes melito;<br />

• Hiperparatireoidismo;<br />

• Diarréia e vômitos;<br />

• Hipercolesterolemia e hipertrigliceridemia.<br />

GRAVIDEZ E LACTAÇÃO: “categoria B” do FDA (vide pág. 10)<br />

Uso no 1º trimestre pode ocasionar má-formação congênita; uso nos últimos<br />

trimestres não parece ter este risco.<br />

Não deve ser usada indiscriminadamente para edema durante a gravidez,<br />

apenas quando a causa é patológica (ex: edema pulmonar ou insuficiência<br />

cardíaca congestiva).<br />

É sabido que na gravidez o útero em expansão (causa mecânica) pode<br />

dificultar o retorno venoso, causando edema postural, o qual deve ser<br />

tratado apenas com a elevação dos membros inferiores.<br />

EFEITOS ADVERSOS / REAÇÕES COLATERAIS<br />

+ –<br />

Mais freqüentes menos freqüentes raros/muito raros<br />

SNC: astenia, vertigem, fadiga, febre, depressão, sonolência, cefaléia,<br />

parestesias.<br />

AC: hipotensão postural, arritmias, pulso irregular, depleção de volume,<br />

palpitações.<br />

AD: anorexia, diarréia, náusea, constipação, cólica abdominal, colecistite,<br />

insuficiência hepática, icterícia, pancreatite.<br />

AGU: polaciúria, impotência, elevação da uréia e creatinina.<br />

HEMAT: agranulocitose, trombocitopenia, anemia aplástica, leucopenia,<br />

anemia hemolítica, neutropenia.<br />

DERM: dermatite alérgica, pápulas, exantema.<br />

METAB: hiperglicemia, hiperuricemia, desequilíbrio hidroeletrolítico,<br />

alcalose hipoclorêmica, hipopotassemia, hiponatremia, fotossensibilidade,<br />

hipercalcemia, hipocloremia, hipomagnesemia, aumento dos triglicérides e<br />

LDL-colesterol, gota, visão turva.<br />

0<br />

<strong>Farmanguinhos</strong>/<strong>Fiocruz</strong><br />

162<br />

Memento Terapêutico<br />

Miolo Memento14X21_2006_4.PMD 162<br />

29/6/2006, 15:17


HIDROCLOROTIAZIDA<br />

INTERAÇÕES MEDICAMENTOSAS<br />

• 2-inibidores da enzima conversora da angiotensina (IECA): risco de<br />

hipotensão postural quando adicionados à terapêutica diurética em<br />

andamento; hipotensão da 1ª dose em pacientes hipovolêmicos ou com depleção<br />

de sódio e/ou restrição de sódio devido ao uso de diuréticos; resposta<br />

hipotensora transitória, evitar a dose de diurético no 1º dia de IECA.<br />

• 3-antiinflamatórios não esteróides (AINE): uso simultâneo pode reduzir<br />

os efeitos diuréticos e anti-hipertensivos.<br />

• 3-cálcio (em altas doses): risco da síndrome milk-alkali; monitorar<br />

hipercalcemia.<br />

• 3-colestiramina/colestipol: reduz as concentrações séricas dos tiazídicos.<br />

• 3-corticosteróides: terapia concomitante pode resultar em perda excessiva<br />

de potássio.<br />

• 3-diazóxido: hiperglicemia.<br />

• 3-digitálicos: hipopotassemia induzida pelos diuréticos aumenta o risco<br />

de intoxicação digitálica.<br />

• 3-hipoglicemiantes (inclusive insulina): os diuréticos tiazídicos tendem<br />

a fazer aumentar a glicemia, ocasionando necessidade de maiores dosagens<br />

dos agentes antidiabéticos.<br />

• 3-lítio: aumenta as concentrações séricas de lítio, podendo causar toxicidade.<br />

• 3-metotrexato: aumenta o risco de depressão da medula óssea.<br />

SUPERDOSAGEM<br />

Não há relato de óbitos por intoxicação com hidroclorotiazida (dose máxima<br />

relatada em seres humanos: 10,0 g).<br />

Os sinais e sintomas da intoxicação aguda incluem hipotensão, taquicardia,<br />

cefaléia e rubor generalizado. Pode haver complicações como isquemia<br />

coronariana e infarto agudo do miocárdio, arritmias e choque.<br />

Não há antídoto especifico. O tratamento é baseado em medidas de suporte<br />

cardiocirculatório, como uso de expansores plasmáticos. Deve-se evitar,<br />

dentro do possível, o uso de vasopressores, devido ao risco de precipitar ou<br />

agravar arritmias. A taquicardia pode ser tratada com β-bloqueadores. Pode<br />

ser necessário digitalizar o paciente. A função renal deve ser monitorada.<br />

HIDROCLOROTIAZIDA • DIURÉTICO<br />

FARMACOLOGIA CLÍNICA<br />

• Mecanismo de ação:<br />

Inibe a reabsorção de sódio e cloreto no ramo ascendente da alça de Henle<br />

e túbulos distais, aumentando a excreção urinária de sódio e cloretos; o<br />

radical sulfonamida proporciona certa atividade inibidora da anidrase<br />

carbônica; outras ações: aumenta a excreção de potássio e bicarbonato,<br />

diminui a excreção de cálcio, promove retenção de ácido úrico. Sua ação<br />

anti-hipertensiva é dependente da depleção do sódio, queda na resistência<br />

vascular periférica e redução do volume extracelular.<br />

• Farmacocinética:<br />

— início de ação: 2 horas<br />

— pico de ação: 4 horas<br />

— duração: 6 a 12 horas<br />

— meia-vida: 5,6 a 14,8 horas<br />

— excretada pela urina na forma inalterada. <strong>Hidroclorotiazida</strong> atravessa a<br />

barreira placentária e é distribuída no leite.<br />

<strong>Farmanguinhos</strong>/<strong>Fiocruz</strong><br />

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Memento Terapêutico<br />

Miolo Memento14X21_2006_4.PMD 163<br />

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