Tudo azul

Revista oficial do Voleibol Brasileiro
Edição 008 | Abril/15
Tudo azul
Principal força do voleibol brasileiro nos últimos
anos, Sada Cruzeiro conquista o tricampeonato
da Superliga Masculina
Doce rotina
Com parceria mais vitoriosa do
vôlei nacional retomada, Ricardo e
Emanuel são campeões do CBVP
Open 2014/15

Foto: Paulo Frank/CBV
Parabéns
Ricardo e Emanuel,
campeões do Circuito Brasileiro de Vôlei de Praia Open 2014/15

Sumário
Foto: Alexandre Arruda/CBV
Projeto VivaVôlei, presente em 18 estados brasileiros, chega ao
município de Belford Roxo, no estado do Rio de Janeiro. Mais de 50
crianças que serão beneficiadas no 79º núcleo ativo do programa,
com aulas pela manhã e à tarde, e ainda o contato com o esporte
mais vitorioso do país, já estão inscritas nas atividades.
4 Palavra do Presidente
13 VivaVôlei
21 Superliga B masculina
5 Gestão
14 CBS infanto-juvenil feminino
22 Superliga masculina
6 Assembléia Geral Ordinária
8 CBVP Open - 9ª Etapa Salvador
15 CBS juvenil feminino
25 Superliga feminina
11 CBBVP Nacional
16 Federações: Região Norte
26 Confira a agenda do voleibol
nacional
12 Circuito Sul-Americano
20 Superliga B feminina
28 Especial: O Legado do Esporte

PALAVRA DO PRESIDENTE
A busca pela
excelência esportiva
passa por todos nós
»»
Um dos pilares para o esporte brasileiro desenvolver seu imenso potencial e, enfim
se tornar uma verdadeira força olímpica, é unir esforços para implementar uma cultura
esportiva e de oportunidades. É bem verdade que algumas medidas competem exclusivamente
aos três poderes, como o investimento em infraestrutura aos esportes olímpicos,
mas a comunidade do voleibol, com as ferramentas que dispõe, sempre se fez
presente neste processo.
No mês de abril, o programa VivaVôlei beira a marca de 80 núcleos ativos em 18
estados do território nacional. Com o apoio de nossos parceiros, a iniciativa proporciona
atendimento a mais de 10 mil crianças e adolescentes atualmente, e outras 200 mil já
passaram pelo projeto. Ainda no quarto mês do ano, iniciamos as disputas do Campeonato
Brasileiro de Seleções 2015, reconhecido celeiro formador de novos talentos, no
Centro de Desenvolvimento do Voleibol (CDV), em Saquarema (RJ).
Temos orgulho de organizar a principal competição de quadra do calendário nacional.
O alto nível técnico e tático de jogo apresentado na atual edição da Superliga masculina,
vencida pelo tricampeão Sada Cruzeiro, a credencia como uma das competições de
Temos orgulho de organizar a principal
competição de quadra do calendário
nacional”.
Walter Pitombo Larangeiras
Revista oficial do Voleibol Brasileiro
Realização
Confederação Brasileira de Voleibol
Presidente
Walter Pitombo Larangeiras
Vice-Presidente
Neuri Barbieri
Conselho Diretor
Conselheiro Secretário
Dante Klaser
Conselheiro Financeiro
Carlos Barroso
Conselheiro de Relações Exteriores
Renato Pera
Conselheiro de Relações Públicas
Edivaldo Biguá
Conselheiro de Desenvolvimento
Carlos Antônio Rios
Conselheiro Técnico
Marco Túllio Teixeira
Conselheiro Social
Bianor Paes
Superintendência Geral
Ricardo Trade
Diretorias:
Hans van Deursen – Administrativo Financeiro
Douglas Z. Jorge – Comercial
Fulvio Danilas – Competições de Praia
Radamés Lattari – Competições de Quadra
Renato D’Avila – Desenvolvimento
Paulo Márcio Nunes da Costa – Seleções
Renan Dal Zotto - Técnica
Coordenação de marketing e equipe
Flavia Cattapan, Fabiola Padula, Mônica
Leonides, Paula Paradellas e Regiane Malta
Coordenação de comunicação e equipe
Jandrey Vicentin, Clarissa Laurence,
Renan Rodrigues, Michelle Sterenberg,
Rogério Lauback, Vicente Condorelli
Projeto gráfico e edição
InfinityBP
Jornalista responsável
Rafael Nascimento - MTB 8921/PR
Reportagem
Thiago Pereira - MTB 8923/PR
Diagramação
Multiplicity Comunicação e Design
Ilustração
Amais 3D
Revisão
Carolina Facchina
Impressão
Midiograf
Fotos
Acervo CBV/CSV/FIVB/Alexandre Arruda/
Paulo Frank e Estadão Conteúdo
APOIO GOVERNAMENTAL
PATROCINADORES
MINISTÉRIO DO
ESPORTE

GESTÃO
Foto: Divulgação/CBV
Gestor do voleibol brasileiro desde março de 2014, o presidente da
Confederação Brasileira de Voleibol, Walter Pitombo Larangeiras,
delineou um trabalho em várias frentes para resgatar a excelência
administrativa da entidade
Casa em ordem
Mudanças administrativas implementadas recentemente
pela Confederação Brasileira de Voleibol asseguram
transparência e controle na gestão do vôlei brasileiro
»»
Com a finalização do processo de modernização da governança
da Confederação Brasileira de Voleibol (CBV) indicado pelo
estudo da Fundação Getúlio Vargas (FGV), a entidade implantou
várias mudanças administrativas e ferramentas que possibilitam
o controle e a transparência.
Para democratizar as decisões importantes da entidade, a
CBV instituiu o Comitê de Apoio ao Conselho Diretor, formado
por Emanuel e Talita, representantes do vôlei de praia, André Heller
e Fofão, que representam o vôlei de quadra, o representante
dos técnicos Talmo de Oliveira, treinador do Sesi-SP, e ainda Luiz
Gustavo Lage, do Minas Tênis Clube, que representa os clubes
Ainda devem complementar o comitê um representante da imprensa
e um técnico do vôlei de praia.
Outra grande novidade é a implementação da Ouvidoria da
CBV, ferramenta de reclamação, sugestão, denúncia e acompanhamento
de processos dentro da entidade. A Ouvidoria possui
canal de interação com o público através de espaço no site da
CBV e sua função é direcionar as reclamações para resolução
interna.
Para quem vende ou presta serviços para a CBV a notícia
também é animadora. Com a proposta de oferecer as mesmas
condições para os fornecedores, a CBV abriu uma página para o
cadastro dos fornecedores, abrindo o leque de opções e a consequente
economia que pode ser gerada. Todas as medidas

ASSEMBLEIA GERAL
ORDINÁRIA
Principais lideranças do voleibol brasileiros
reunidas na Assembleia Geral Ordinária,
realizada em Foz do Iguaçu (PR)
Foto: Divulgação/CBV
Voleibol
em pauta
Confederação Brasileira de Voleibol realiza Assembleia Geral Ordinária em
Foz do Iguaçu (PR) para, entre outros assuntos, traçar o desenvolvimento do
vôlei nacional
Anualmente realizada, a Assembleia Geral Ordinária da
Confederação Brasileira de Voleibol em 2015 reuniu em Foz do
Iguaçu, no Paraná, entre 18.03 e 20.03 representantes das 27
entidades filiadas para cumprir o papel estatutário de analisar
as contas da entidade relativa ao exercício de 2014 e discutir o
desenvolvimento do voleibol brasileiro.
Na reunião, foi apresentado o relatório de atividades referentes
ao ano passado, constando todas as áreas da CBV, principais ações
de gestão, seleções, competições e conquistas de medalhas,
bem como dados do Centro de Desenvolvimento de Voleibol
(CDV), do VivaVôlei e ainda as principais alterações nas ações de
comunicação da entidade. Entre os presidentes, o da federação
do Acre, João Petrolitano, destacou a nova fase vivida pela CBV.
“Tivemos um ano difícil de ser dirigido, mas juntos, os presidentes
das federações estaduais deram total apoio ao novo modelo de
gestão, valorizando as federações sem prejudicar os resultados,
sempre importantes para o voleibol brasileiro”, disse o dirigente.
Os presidentes das federações filiadas apreciaram o relatório
financeiro da CBV em 2014 e aprovaram sem ressalvas o parecer
do Conselho Fiscal e da Auditoria sobre o balaço patrimonial e
demonstrações financeiras. Na oportunidade, o presidente Walter
Pitombo Larangeiras (Toroca) fez questão de enfatizar que os
novos procedimentos adotados desde sua assunção à presidência
foram implementados para resgatar a credibilidade da governança.
“Desde que assumimos, nossa proposta era de ser transparentes e
justos com o destino dos recursos do voleibol brasileiro. Adotamos

medidas de controle e racionalidade dos investimentos, sem
nunca prejudicar os resultados expressivos obtidos ao longo dos
anos pelo Brasil”, ressaltou o presidente.
Os dirigentes apreciaram ainda as adaptações do estatuto para
atender às exigências do Banco do Brasil, em razão do relatório
da Controladoria Geral da União. Item a item, aprovaram todos
por compreender que o patrocinador importante na alavancada
do sucesso do voleibol no Brasil apenas ajustou parâmetros já
defendidos pela Assembleia, tais como transparência e controle.
A Assembleia da CBV é composta pelos 27 presidentes de
federações, além dos membros natos e representantes dos atletas.
Ainda sem representação oficial na Assembleia por não estarem
organizados, a CBV convidou dois atletas para participarem da
AGO para se familiarizarem com o ambiente político que envolve
o voleibol. Os campeões olímpicos Emanuel Rego e André Heller
tiveram assento à mesa e puderam acompanhar os procedimentos
que regem o voleibol nacional. Já afastado das quadras, André
Heller fez questão de expressar o sentimento de respeito que a
nova gestão demonstra para com os atletas. “Acredito ser a primeira
vez que atletas participam da Assembleia da CBV. Eu me sinto
prestigiado por fazer parte com os presidentes das federações.
Nós, atletas, não imaginamos como é organizado o todo, como
funciona a engrenagem
que move o voleibol. Fiquei
extremamente feliz de
participar e satisfeito com
os resultados”, afirmou o
ex-atleta. Um pouco mais
experiente em plenárias,
por ser representante dos
Ricardo Trade, novo diretor-geral da CBV
atletas do Comitê Olímpico
do Brasil (COB), Emanuel
Rego completou. “Já participei de assembleias no COB, com todas
as modalidades olímpicas. Mas aqui é minha casa. Fiquei contente
com o convite da CBV, e isso mostra que o momento é de respeito
com o atleta”, definiu o multicampeão.
Sob nova direção
A CBV precisa encantar com organização dentro
das quadras, competições fortes, seleções
com condições de conquistar medalhas e uma
governança responsável. Isso o presidente
determinou, e vamos cumprir”.
Durante a Assembleia em Foz do Iguaçu, o vice-presidente
e superintendente geral da CBV, Neuri Barbieri, anunciou sua
saída do cargo executivo da entidade. Segundo Barbieri, a CBV
necessitava de um gestor político para ajustar a situação em
2014, mas que a partir de 2015 um gestor administrativo e de
negócios era essencial para a entidade. “Sei que cumpri meu papel
neste momento delicado do voleibol brasileiro. Fui duro quando
precisava ser duro, maleável quando era possível ser maleável,
sempre visando o melhor para o voleibol brasileiro. Minha
proximidade com o presidente foi importantíssima para que
tivéssemos decisões acertadas, fortalecendo a CBV, valorizando
as federações e resgatando a imagem positiva que nosso esporte
tem no país”, apontou Neuri.
O presidente Walter Pitombo Larangeiras destacou a
dobradinha com Neuri, enaltecendo sua passagem pela
superintendência geral no momento mais conturbado do voleibol,
e aproveitou para apresentar aos presidentes o novo diretor-geral
da CBV. “Neuri fez um excelente trabalho na sua passagem, resolveu
os problemas políticos da entidade e ajudou salvar a CBV. Agora,
precisamos olhar pra frente e trouxemos o Ricardo Trade, o Baka,
que tem experiência de sobra para fazer da CBV uma entidade de
excelência em promover eventos de qualidade, criar um ambiente
favorável para a conquista de medalhas olímpicas e gerir recursos
com responsabilidade e transparência”, afirmou o presidente.
Na assembleia, ainda como assessor da Presidência em razão
de ocupar cargo no Ministério do Esporte, Ricardo Trade contou
sua trajetória no esporte, iniciando como atleta de handebol,
depois atuando como preparador físico no voleibol, chegando
às seleções brasileiras no final da década de 1980, quando virou
gestor de eventos, promovendo o vôlei de praia, o futebol de
areia, atuando na organização dos Jogos Pan-Americanos Rio
2007 e recentemente na Copa do Mundo de Futebol. “Quero que
o brilho nos olhos do torcedor, do amante do voleibol, do atleta,
do jornalista, do técnico, do
patrocinador, do presidente
da federação, volte a ser
evidente. A CBV precisa
encantar com organização
dentro das quadras,
competições fortes,
seleções com condições de
conquistar medalhas e uma
governança responsável.
Isso o presidente determinou, e vamos cumprir”, enfatizou o novo
CEO da CBV, anunciado oficialmente no dia 04.04, data em que se
desligou do Ministério do Esporte.

SUPERLIGA MASCULINA
2014/15
Da Superliga para
o mundo
Temporada 2014/15 da
Superliga masculina teve a
presença maciça do publico
Foto: Thomás Santos/Futura Press/Estadão Conteúdo
Atual edição da Superliga masculina, vencida pelo Sada Cruzeiro (MG),
conta com atletas que compõem a base da seleção masculina
»»
A 21ª edição da Superliga masculina foi à altura da tradição da
principal competição de clubes do país. Ao longo dos meses de
disputa, a alta competitividade das partidas atesta isso. Em quadra,
estiveram vários dos melhores jogadores brasileiros e estrangeiros
em atividade. Além do campeão Sada Cruzeiro (MG), diversas
equipes investiram pesado no planejamento e contratação de reforços
– inclusive repatriando atletas que atuavam no voleibol do
exterior -, e acumularam boas campanhas.
A cada rodada da Superliga, torcidas e comunidade do vôlei
em geral se depararam com verdadeiros clássicos, disputados
SUPERLIGA MASCULINA 2014/15
CLASSIFICAÇÃO FINAL
OS MELHORES DO CAMPEONATO
Último Ato
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Com o fim da participação do Vôlei Canoas
na Superliga masculina 2014/15, o
1º lugar – Sada Cruzeiro
2º lugar – Sesi-SP
3º lugar – Taubaté/Funvic
4º lugar – Minas Tênis Clube
5º lugar – Vôlei Brasil Kirin
6º lugar – Ziober Maringá Vôlei
7º lugar – Vôlei Canoas
8º lugar – Montes Claros Vôlei
9º lugar – UFJF
10º lugar – Voleisul/Paquetá Esportes
11º lugar – São José dos Campos
12º lugar – São Bernardo do Campo
Ataque
Wallace (Sada Cruzeiro)
2014/15
Defesa
Serginho (Sada Cruzeiro)
2014/15
Levantamento
William (Sada Cruzeiro)
Bloqueio
Riad (Sesi-SP)
Recepção
Bruno Canuto
(Minas Tênis Clube)
central Gustavo Endres, de 37 anos, tomou
uma decisão difícil na vida de qualquer
atleta de alto nível: a hora de deixar as
quadras. Considerado um dos melhores
bloqueadores do mundo, Gustavo foi figura
marcante de uma das gerações mais
vitorias do voleibol mundial, e ajudou o
Brasil a conquistar duas medalhas olímpi-
Saque
Lipe (Taubaté/Funvic)
Maior pontuador
Escobar
(Minas Tênis Clube)
cas, duas Copas do Mundo, dois Campeonatos
Mundiais, além de quatro medalhas

SUPERLIGA FEMININA
2014/15
Fotos: João Neto/Fotojump
Pentacampeão, Molico/Nestlé (SP) vibra
com mais uma vaga para a decisão da
Superliga feminina
Duelo de gigantes
Rexona-Ades (RJ) e Molico/Nestlé (SP), responsáveis pela
conquista de 14 dos 20 títulos da história da Superliga
feminina, são os finalistas da temporada 2014/15
»»
A finalíssima da Superliga feminina 2014/15 reserva fortes
emoções aos amantes do voleibol. Além da técnica e tática apurada
de Rexona-Ades (RJ) e Molico/Nestlé (SP), a partida única
que será disputada dia 26.04 na Arena da Barra, no Rio de Janeiro,
perpetua uma rivalidade histórica. Em quadra, estarão duas das
camisas mais pesadas de toda história do vôlei nacional, e que
juntas conquistaram 14 títulos, entre as 20 edições até aqui da
Superliga feminina: nove taças do Rexona-Ades, atual campeão,
contra cinco conquistas do Molico/Nestlé.
Será a décima vez em onze anos que os dois times se enfrentam
em uma decisão da principal competição do país, com vantagem da
equipe carioca nos embates – são seis vitórias (2005/06, 2006/07,
2007/08, 2008/09, 2010,11 e 2012/13) contra três das paulistas
(2004/05, 2009/10 e 2011/12).
No caminho dos playoffs, Rexona-Ades (RJ) fechou em 2x0 a série
contra o São Cristóvão Saúde/São Caetano (SP) nas quartas-de-final,
mesmo placar aplicado no confronto contra o Camponesa/Minas (MG),
válido pela semifinal. “Essa é a 11ª final consecutiva da nossa equipe na
decisão, um número incrível. Cada Superliga está mais difícil e nós conseguimos
nos manter entre os melhores. Parabéns a comissão técnica
e as meninas por mais uma final de Superliga”, comemorou a líbero Fabi.
Já o Molico/Nestlé (SP) alcançou a decisão após vencer os dois jogos
contra a equipe do Pinheiros (SP), nas quartas, e diante do Sesi-SP, na
semifinal. “É maravilhoso estar em mais uma final. O time teve altos e
Melhor time da fase classificatória,
baixos na competição e sofremos muito com as contusões. Esse foi um
Rexona-Ades (RJ) luta pelo 10º título
da competição
ano de superação para a nossa equipe. Espero manter o bom momen-

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