05.06.2015 Views

Slides das 2 aulas teóricas sobre Reacções Redox nos Seres Vivos

Slides das 2 aulas teóricas sobre Reacções Redox nos Seres Vivos

Slides das 2 aulas teóricas sobre Reacções Redox nos Seres Vivos

SHOW MORE
SHOW LESS

You also want an ePaper? Increase the reach of your titles

YUMPU automatically turns print PDFs into web optimized ePapers that Google loves.

Reacções de redox <strong>nos</strong> seres vivos<br />

As reacções de oxi-redução costumam definir-se como reacções<br />

em que há transferência de electrões.<br />

nutrientes<br />

1<br />

Zn + Cu 2+<br />

Zn 2+ + Cu<br />

...mas também se podem definir como reacções em que há variação<br />

do número de oxidação em cada um dos pares redox envolvidos na reacção.<br />

Cu 2+ + 2 e -<br />

Zn Zn 2+ + 2 e -<br />

Cu<br />

Cu 2+<br />

Zn Zn 2+<br />

2 e -<br />

2 Cu<br />

Nas reacções de oxi-redução há variação no número de<br />

oxidação de um ou mais elementos dos reagentes.<br />

Para determinar o número de oxidação (n.o.) de um elemento:<br />

1- Atribuem-se os electrões envolvidos na ligação ao elemento mais electronegativo.<br />

2- Um determinado átomo terá um n.o. negativo se “recebe” electrões dos átomos vizinhos:<br />

o valor numérico corresponde ao número de electrões que “recebeu”; no caso inverso o<br />

n.o. é positivo...<br />

1- o C é mais electronegativo que o H ⇒<br />

atribuem-se os electrões envolvidos na<br />

ligação ao C.<br />

2- o C “recebe” 4 electrões ⇒<br />

n.o. do C = - 4.<br />

3- cada um dos átomos de H “perdeu” 1<br />

electrão para o C ⇒<br />

n.o. do H = +1.<br />

3<br />

No monóxido de carbono<br />

o n.o. do C é +2 e o<br />

do oxigénio –2.<br />

No dióxido de carbono<br />

o n.o. do C é +4 e o<br />

do oxigénio –2.<br />

O n.o. do carbono do formol (metanal) é zero:<br />

“perde” 2 electrões para o O mas<br />

“ganha” 2 dos H.<br />

4


Quando, na glicólise,<br />

a glicose se converte em ácido pirúvico,<br />

dizemos que a glicose se oxida...<br />

Regra simples<br />

para calcular, a partir da fórmula molecular,<br />

o número de oxidação médio dos carbo<strong>nos</strong><br />

da maioria dos compostos orgânicos<br />

n.o.= +1<br />

n.o.= 0<br />

n.o.= 0<br />

n.o.= 0<br />

n.o.= 0<br />

n.o.= -1<br />

n.o. médio = 0<br />

n.o.= +3<br />

n.o.= +2<br />

n.o.= -3<br />

n.o. médio = + 2/3<br />

5<br />

n.o. médio =<br />

Caso ácido pirúvico<br />

Caso ião piruvato<br />

(O X 2) + (N X 3) + (S X 2) – H + carga da molécula<br />

C 3 H 4 O 3<br />

n.o. médio = [3 X 2 –4]/3 = + 2/3<br />

C 3 H 3 O 3<br />

-<br />

n.o. médio = [3 X 2 –3 -1]/3 = + 2/3<br />

C<br />

carga negativa ⇒<br />

número negativo<br />

6<br />

As reacções de dissociação protónica (ácido-base) não são reacções<br />

de oxi-redução.<br />

ac. pirúvico<br />

piruvato + protão<br />

Pelo contrário, quando uma substância<br />

perde átomos de hidrogénio (os electrões e os protões)<br />

diz-se que se oxida...<br />

Os electrões dos H ligados ao carbono 1 do etanol<br />

“estavam atribuídos” a esse carbono.<br />

Quando esses hidrogénios saem formando-se o etanal, esses<br />

electrões “deixam de pertencer” a esse carbono.<br />

n.o. = -1<br />

n.o. = + 1<br />

No ácido pirúvico o electrão que “pertencia” ao hidrogénio já estava atribuído<br />

ao oxigénio onde se ligava.<br />

Quando o protão sai, o electrão que fica no anião piruvato continua atribuído<br />

ao oxigénio.<br />

7<br />

2 e - 2 H +<br />

8


Na reacção em que o etanal passa a ácido acético pode parecer<br />

que quem se oxida (perde os hidrogénios) é a água...<br />

...mas o n.o.<br />

dos átomos<br />

do O e do H<br />

não varia.<br />

As reacções de hidrólise também não são reacções de oxi-redução.<br />

n.o.= +2 n.o.= +1<br />

n.o. = +1<br />

2 e - 2 H + n.o. = + 3<br />

O<br />

elemento<br />

que sofre<br />

aumento<br />

no n.o. é o<br />

C1 do<br />

etanal<br />

n.o.= +2<br />

n.o.= +1<br />

9<br />

10<br />

A transformação 2-fosfoglicerato → fosfoenolpiruvato + H 2 O<br />

evidencia o carácter convencional da classificação <strong>das</strong> reacções.<br />

O C2 oxida-se (0 → +1) ⇒ haveria uma oxidação<br />

O C3 reduz-se (-1 → -2) ⇒ haveria uma redução<br />

O n.o. médio dos carbo<strong>nos</strong> (2/3) não varia ⇒ não é reacção redox<br />

n.o. = 0<br />

H 2 O<br />

n.o. = +1<br />

O 2<br />

n.o. = 0 O n.o. do oxigénio é<br />

e -<br />

zero no O 2 e<br />

-2 na maioria dos<br />

casos mas...<br />

O<br />

• -<br />

n.o. = - ½<br />

2<br />

e -<br />

H 2 O 2 n.o. = - 1<br />

e - n.o. = - 2<br />

OH •<br />

OH -<br />

n.o. = -1<br />

n.o. = -2<br />

11<br />

12


As enzimas que catalisam reacções de oxi-redução classificam-se<br />

como oxi-redútases:<br />

Embora a nomenclatura que se aplica às enzimas não siga normas<br />

rígi<strong>das</strong> algumas ideias podem ser úteis.<br />

Exemplos de nomes associados a oxi-redútases:<br />

1) As desidrogénases catalisam reacções do tipo:<br />

AH2 +<br />

NAD +<br />

NADP +<br />

FAD<br />

FMN<br />

desidrogénase de AH2<br />

A +<br />

NADH<br />

NADPH<br />

FADH2<br />

FMNH2<br />

Desidrogénases<br />

Redútases<br />

Oxí<strong>das</strong>es<br />

Oxigénases<br />

Peroxí<strong>das</strong>es<br />

Catálase<br />

Dismútases<br />

dinucleotídeos são substratos<br />

O 2 é o oxidante directo<br />

o H 2 O 2 é reduzido a água...<br />

catalisam reacções de dismutação<br />

13<br />

14<br />

Exemplo: desidrogénase da glicose-6-P<br />

n.o. = +1<br />

H +<br />

n.o. = +3<br />

Dissemos que,<br />

independentemente do sentido – directo ou inverso – em que a reacção<br />

ocorre, quando um composto orgânico (AH2) é oxidado pelo NAD +<br />

a enzima que catalisa a reacção chama-se desidrogénase do AH2.<br />

2 e -<br />

H +<br />

desidrogénase<br />

do lactato<br />

NADP +<br />

NADPH<br />

mas há uma excepção...<br />

NADH + Q<br />

NAD + + QH 2<br />

15<br />

Glicose-6-P + NADP + 6-fosfogliconolactona + NADPH + H + 16<br />

desidrogénase do NADH


2) A maioria <strong>das</strong> redútases<br />

catalisa reacções do mesmo tipo <strong>das</strong> desidrogénases<br />

mas o redutor é o NADPH...<br />

A +<br />

n.o. = -1<br />

NADH<br />

NADPH<br />

FADH2<br />

FMNH2<br />

redútase do A<br />

Exemplo: redútase do glutatião<br />

AH2 +<br />

NAD +<br />

NADP +<br />

FAD<br />

FMN<br />

NADPH NADP +<br />

2 e - H +<br />

H +<br />

n.o. = -2<br />

17<br />

3) As oxí<strong>das</strong>es catalisam reacções em que o O 2 é um dos<br />

reagentes que se reduz<br />

a H 2 O, a peróxido de hidrogénio (H 2 O 2 ) ou a superóxido (O 2<br />

• -<br />

).<br />

Em qualquer dos casos o n.o. do O 2 que era zero diminui...<br />

2 cyt. c (Fe 2+ )+½ O 2 2 cyt. c (Fe 3+ )+H 2 O<br />

oxí<strong>das</strong>e do citocromo c<br />

n.o. = -2<br />

protoporfirinogénio + O 2<br />

oxí<strong>das</strong>e do<br />

protoporfirina +H 2 O 2<br />

protoporfirinogénio<br />

n.o. = -1<br />

NADPH + 2 O 2 NADP + +2 O<br />

• -<br />

oxí<strong>das</strong>e da NADPH<br />

2<br />

n.o. = - ½<br />

18<br />

A oxí<strong>das</strong>e mais conhecida é a<br />

oxí<strong>das</strong>e do citocromo c,<br />

uma enzima da cadeia respiratória também<br />

conhecida como complexo IV.<br />

A oxí<strong>das</strong>e me<strong>nos</strong> conhecida<br />

é a luciférase do pirilampo.<br />

84%<br />

2 2 Fe 3+<br />

Fe 2+ 2 e - 2 H +<br />

½ O 2<br />

H 2 O<br />

16%<br />

n.o. = 0 n.o. = -2<br />

19<br />

Firefly luciferase produces H 2<br />

O 2<br />

as a coproduct in dehydroluciferyl-adenylate formation<br />

Hugo Fraga, Diogo Fernandes, Jiri Novotny, Rui Fontes and<br />

20<br />

Joaquim C.G. Esteves da Silva


4) As monooxigénases (também chama<strong>das</strong> oxigénases de<br />

função mista) catalisam reacções em que o O 2 é o oxidante<br />

directo, sendo que um dos átomos de oxigénio se vai incorporar<br />

num composto orgânico que é oxidado e o outro vai formar água.<br />

Exemplo: a hidroxílase da fenilalanina<br />

São frequentemente chama<strong>das</strong> hidroxílases;<br />

neste caso seria hidroxílase do VH<br />

O 2<br />

VH<br />

VOH<br />

H 2 O<br />

fenilalanina<br />

tirosina<br />

WH2<br />

W<br />

21<br />

tetrahidrobiopterina<br />

dihidrobiopterina<br />

22<br />

Em geral, as monooxigénases fazem parte de sistemas enzímicos<br />

em que uma redútase dependente do NADPH reduz W a WH2<br />

permitindo que muitas moléculas de VH sejam oxida<strong>das</strong>.<br />

VOH<br />

VH<br />

VH<br />

VH VH<br />

VH VH<br />

O 2<br />

VH<br />

WH2<br />

Monooxigénase<br />

NADP + Redútase do W<br />

VOH<br />

H 2 O<br />

W<br />

VOH<br />

VOH<br />

NADPH<br />

fenilalanina<br />

Hidroxílase da fenilalanina<br />

tirosina<br />

VOH<br />

VOH<br />

tetrahidrobiopterina<br />

dihidrobiopterina<br />

Redútase da dihidrobioperina<br />

NADP + NADPH<br />

Actividade do sistema enzímico “Hidroxílase da Fenilalanina”:<br />

23<br />

24<br />

Fenilalanina + NADPH + O 2<br />

Tirosina + NADP +


5) As peroxí<strong>das</strong>es catalisam reacções em que o H 2 O 2 é o<br />

agente oxidante directo de um composto orgânico.<br />

Exemplo: a peroxí<strong>das</strong>e do glutatião é a mais conhecida<br />

6) A catálase catalisa a dismutação do<br />

peróxido de hidrogénio: 2 H 2 O 2 → O 2 + 2 H 2 O<br />

H 2 O 2<br />

O 2<br />

n.o. = 0<br />

n.o. = - 1<br />

2 e -<br />

n.o. = -2<br />

n.o. = -1<br />

H 2 O 2<br />

2 H 2 O n.o. = - 2<br />

7) A dismútase do superóxido catalisa a dismutação do<br />

2 e - 2H +<br />

superóxido: 2 O 2<br />

• -<br />

→ O 2 +H 2 O 2<br />

O 2<br />

• -<br />

O 2<br />

n.o. = 0<br />

H 2 O 2<br />

2 H 2 O<br />

n.o. = - ½<br />

25<br />

26<br />

n.o. = -1 n.o. = -2<br />

O 2<br />

• -<br />

2H +<br />

e -<br />

H 2 O 2<br />

n.o. = - 1<br />

Nem to<strong>das</strong> as reacções de oxi-redução com interesse biológico<br />

são catalisa<strong>das</strong> por enzimas.<br />

A reacção de Fenton é uma reacção de oxi-redução<br />

não enzímica<br />

que se acredita ter importância na formação<br />

do radical hidroxilo<br />

<strong>nos</strong> seres vivos<br />

O radical hidroxilo pode, oxidando moléculas componentes dos seres<br />

vivos, originar radicais orgânicos muito reactivos...que estão na origem<br />

da formação de peróxidos orgânicos.<br />

OH •<br />

H 2 O<br />

n.o. = - 1<br />

H 2 O 2<br />

n.o. = - 2<br />

Fe 2+ Fe 3+<br />

e -<br />

OH -<br />

O 2<br />

OH •<br />

27<br />

28


O que os seres vivos sabem fazer melhor é…<br />

comer<br />

ingerir substâncias no estado reduzido que vão ser oxida<strong>das</strong> a CO 2<br />

e respirar<br />

inspirar O 2<br />

, o oxidante último dos nutrientes e<br />

expirar o produto da oxidação dos nutrientes<br />

A oxidação dos nutrientes é um<br />

processo que, embora ocorra por<br />

mecanismos distintos, assemelhase<br />

muito à oxidação da gasolina<br />

num automóvel.<br />

Em ambos os casos:<br />

um composto orgânico<br />

oxida-se a CO 2<br />

enquanto o O 2 se reduz<br />

a H 2 O.<br />

n.o. = 0 n.o. = -2<br />

C 6 H 12 O 6 + 6 O 2 → 6 CO 2 + 6 H 2 O<br />

29<br />

n.o. = 0<br />

n.o. = + 4<br />

30<br />

n.o. = 0 n.o. = -2<br />

C 6 H 12 O 6 + 6 O 2 → 6 CO 2 + 6 H 2 O<br />

n.o. = 0<br />

n.o. = + 4<br />

Semi-equação de oxidação:<br />

C 6 H 12 O 6 + 6 H 2 O → 6 CO 2 + 24 e - + 24 H +<br />

Semi-equação de redução:<br />

6 O 2 + 24 e - +24 H + → 12 H 2 O<br />

C 6 H 12 O 6 6 CO 2<br />

Semi-equação de<br />

redução<br />

O 2 / H 2 O<br />

+ 0,81 V<br />

2 H + +2 e- → H 2 H + / H 2<br />

0 V<br />

24 e -<br />

6 O 2<br />

+ 24 e - + 24 H + →<br />

12 H 2<br />

O<br />

6 CO 2<br />

+ 24 e - + 24 H + →<br />

glicose + 6 H 2<br />

O<br />

∆ Eº´= 0,059<br />

n<br />

par redox<br />

forma oxidada / forma reduzida<br />

log Keq<br />

CO 2 / glicose<br />

Equação de Nernst:<br />

⇔ log Keq =<br />

n ∆ Eº´<br />

0,059<br />

∆ Eº´= 1,24 V ⇔ Keq ≈ 10 500<br />

potencial redox<br />

padrão (Eº’)<br />

-0,43 V<br />

24 e - 31<br />

32<br />

6 O 2 12 H 2 O<br />

Apesar desta Keq a reacção de oxidação da glicose só ocorre <strong>nos</strong> seres<br />

vivos porque ... há oxi-redútases.


glicose<br />

Seguindo o trajecto dos electrões desde succinato até ao oxigénio...<br />

2 e - 2 e -<br />

succinato<br />

succinato<br />

33<br />

2e-<br />

36<br />

gliceraldeído-3-P<br />

gliceraldeído-3-P<br />

1,3-bisfosfoglicerato<br />

1,3-bisfosfoglicerato<br />

2 e - 2 e - piruvato<br />

piruvato<br />

2 e -<br />

2 e -<br />

acetil-CoA<br />

acetil-CoA<br />

oxalacetato<br />

oxalacetato<br />

2 e - isocitrato 2 e - isocitrato<br />

malato<br />

α-cetoglutarato<br />

2 e -<br />

malato<br />

α-cetoglutarato<br />

2 e -<br />

2e-<br />

fumarato<br />

succinil-CoA<br />

2 e -<br />

2 e -<br />

fumarato<br />

succinil-CoA<br />

2e-<br />

No processo intervêm 3 enzimas que se situam na membrana interna da mitocôndria:<br />

1º-Desidrogénase do succinato: oxida succinato reduzindo ubiquinona<br />

2º-Redútase do citocromo c: oxida ubiquinol reduzindo citocromo c<br />

3º-Oxí<strong>das</strong>e do citocromo c: oxida citocromo c reduzindo oxigénio<br />

1º- Acção catalítica da desidrogénase<br />

do succinato (ou complexo II)<br />

A transferência de 2 electrões entre o<br />

succinato e a ubiquinina dá-se<br />

em duas etapas:<br />

1ª etapa: oxidação do succinato a fumarato<br />

com redução do FAD a FADH 2 .<br />

n.o. = +2<br />

2 e - 2 H +<br />

n.o. = +1<br />

2 e - 2 H + 38<br />

37<br />

FAD FADH 2<br />

n.o. = +3 n.o. = +2<br />

forma oxidada = FAD forma reduzida = FADH 2


2ª etapa: oxidação do FADH 2 a FAD<br />

com redução da ubiquinona (Q) a ubiquinol (QH2).<br />

2º-Acção catalítica da redútase do citocromo c (ou complexo III)<br />

FADH 2<br />

2 e - 2 H +<br />

FAD<br />

QH 2<br />

2 e - 2 H +<br />

Q<br />

Forma oxidada = Q<br />

Forma reduzida = QH2<br />

2 Fe 3+<br />

2 Fe 2+<br />

Reacção global catalisada pela desidrogénase do succinato<br />

succinato + Q fumarato + QH 2<br />

39<br />

40<br />

... de facto, a redútase do citocromo c é, simultaneamente,<br />

uma enzima (uma oxi-redútase) e<br />

um transportador de protões que são bombeados para fora da mitocôndria:<br />

QH2 + 2Cyt c (Fe 3+ ) + 2 H + (dentro) → Q + 2 Cyt c (Fe 2+ ) + 4 H + (fora)<br />

3º-Acção catalítica da oxí<strong>das</strong>e do citocromo c (complexo IV)<br />

2 cyt. c (Fe 2+ )<br />

2 e - 2 H +<br />

2 cyt. c (Fe 3+ )<br />

½ O 2 H 2 O<br />

n.o. = 0 n.o. = -2<br />

41<br />

42


... de facto, a oxí<strong>das</strong>e do citocromo c é, simultaneamente,<br />

uma enzima (uma oxi-redútase) e<br />

um transportador de protões que são bombeados para fora da mitocôndria:<br />

O trajecto dos electrões desde succinato até ao oxigénio...<br />

somatório <strong>das</strong> reacções: succinato + ½ O 2 → fumarato + H 2 O<br />

2 Cyt c (Fe 2+ ) + ½ O 2 + 4 H + (dentro) → H 2 O + 2 Cyt c (Fe 3+ )+ 2 H + (fora)<br />

Semi-equação de<br />

redução<br />

½ O 2<br />

+ 2 e - +2 H + →<br />

H 2 O<br />

fumarato + 2 e - + 2 H + →<br />

succinato<br />

par redox<br />

forma oxidada / forma reduzida<br />

O 2 / H 2 O<br />

2 e -<br />

fumarato / succinato<br />

potencial redox<br />

padrão (Eº’)<br />

+ 0,81 V<br />

+0,03 V<br />

43<br />

∆ Eº´= 0,059<br />

n<br />

log Keq<br />

∆ Eº´= 0,78 V ⇔ Keq ≈ 10 26<br />

Keq =<br />

[fumarato]<br />

[succinato] (PO 2 ) 1/2<br />

44<br />

glicose<br />

A reacção catalisada pela desidrogénase do piruvato pode ser,<br />

conceptualmente, entendida como o somatório de 2 processos:<br />

(1a) Reacção de oxidação do piruvato a acetato + CO 2 :<br />

gliceraldeído-3-P<br />

2 e - 2 e - CO 2<br />

gliceraldeído-3-P<br />

2 e - 2 e -<br />

2 e -<br />

1,3-bisfosfoglicerato<br />

1,3-bisfosfoglicerato<br />

+<br />

piruvato<br />

piruvato<br />

2 e - CO 2<br />

2 e -<br />

2<br />

CO 2 2 e -<br />

CO 2<br />

fumarato<br />

succinil-CoA<br />

fumarato<br />

succinil-CoA<br />

2 e -<br />

acetil-CoA<br />

acetil-CoA<br />

n.o. = +2 n.o. = +3 n.o. = +3<br />

n.o. = +4<br />

oxalacetato<br />

oxalacetato<br />

2 e - isocitrato 2 e - isocitrato<br />

CO 2 e<br />

malato<br />

2<br />

-<br />

CO 2 e<br />

α-cetoglutarato malato<br />

2<br />

-<br />

α-cetoglutarato<br />

(2) Reacção inversa à de hidrólise do acetil-CoA:<br />

succinato<br />

succinato<br />

45<br />

46


O NAD + é o<br />

aceitador de<br />

electrões na<br />

reacção catalisada<br />

pela desidrogénase<br />

do piruvato.<br />

(1b) reacção de redução do NAD + a NADH<br />

piruvato acetato + CO 2<br />

2 e -<br />

Reacção catalisada pela desidrogénase do piruvato:<br />

(1b) NAD + + 2 e - +H + → NADH<br />

(1a) piruvato + H 2 O → acetato + CO 2 + 2 e - +2 H +<br />

(2) acetato + CoA → acetil-CoA + H 2 O<br />

piruvato + CoA + NAD + → acetil-CoA + CO 2 + NADH + H +<br />

2 e -<br />

O destino final dos electrões que reduziram o NAD + a NADH é o O 2 .<br />

Que caminho seguem esses electrões?<br />

NAD +<br />

NADH<br />

47<br />

48<br />

Seguindo o trajecto dos electrões desde NADH até ao oxigénio...<br />

No processo intervêm 3 enzimas que se situam na membrana interna da mitocôndria:<br />

2e-<br />

1º-Desidrogénase do NADH: oxida NADH reduzindo ubiquinona<br />

2e-<br />

2º-Redútase do citocromo c: oxida ubiquinol reduzindo citocromo c<br />

3º-Oxí<strong>das</strong>e do citocromo c: oxida citocromo c reduzindo<br />

2eoxigénio<br />

49<br />

(forma<br />

FMN<br />

NAD + + QH 2<br />

A desidrogénase do<br />

NADH (ou complexo I)<br />

contém como grupo<br />

prostético o FMN.<br />

NADH + Q<br />

oxidada)<br />

2 e -<br />

FMN<br />

FMNH 2<br />

NADH NAD + 2 e -<br />

Q<br />

QH 2<br />

50


... de facto, a desidrogénase do NADH é, simultaneamente,<br />

uma enzima (uma oxi-redútase) e<br />

um transportador de protões que são bombeados para fora da mitocôndria:<br />

NADH + H + + Q + 4 H + (dentro) → NAD + + QH2 + 4 H + (fora)<br />

No trajecto dos electrões entre NADH e o O 2<br />

intervêm os complexos da cadeia respiratória I, III e IV.<br />

somatório <strong>das</strong> reacções:<br />

NADH + ½ O 2 → NAD + + H 2 O<br />

Semi-equação de<br />

redução<br />

½ O 2<br />

+ 2 e - +2 H + →<br />

H 2 O<br />

NAD + + 2 e - + H + → NADH<br />

par redox<br />

forma oxidada / forma reduzida<br />

O 2 / H 2 O<br />

2 e -<br />

NAD + / NADH<br />

potencial redox<br />

padrão (Eº’)<br />

+ 0,81 V<br />

-0,32 V<br />

51<br />

∆ Eº´= 0,059<br />

2<br />

log Keq<br />

∆ Eº´=1,13 V ⇔ Keq ≈ 10 38 Keq =<br />

[NAD + ]<br />

52<br />

[NADH] (PO 2 ) 1/2<br />

Nem to<strong>das</strong> as reacções redox são fisiológicamente irreversíveis.<br />

O sentido em que uma reacção (qualquer reacção) evoluí é determinado<br />

pela razão Keq / QR.<br />

1- Uma reacção está em equilíbrio...<br />

Keq = QR ⇔ Keq/QR =1<br />

aA + bB ↔ pP + qQ<br />

Zn + Cu 2+<br />

Zn 2+ + Cu<br />

∆E = ∆Eº -<br />

∆E = 0,059 Keq<br />

log<br />

2 QR<br />

...se Keq = QR ⇒ ∆E = 0 V<br />

0,059<br />

2<br />

log [Zn2+ ]<br />

[Cu 2+ ]<br />

...se Keq > QR ⇒ ∆E > 0<br />

...se QR=1 ⇒ ∆E = ∆Eº<br />

Keq ≈ 10 37 1,1V<br />

2- A reacção evolui em sentido directo ... A + B → P + Q<br />

se Keq > QR ⇔ Keq/QR >1<br />

Zn<br />

3- e evolui em sentido inverso... P + Q → A + B<br />

se Keq < QR ⇔ Keq/QR


55 56<br />

Semi-equação de<br />

redução<br />

piruvato + 2 e - +2 H + →<br />

lactato<br />

NAD + + 2 e - + H + → NADH<br />

par redox<br />

forma oxidada / forma reduzida<br />

piruvato / lactato<br />

NAD + / NADH<br />

potencial redox<br />

padrão (Eº’)<br />

-0,19 V<br />

-0,32 V<br />

∆ Eº´=0,13 V ⇔ Keq ≈ 10 4,4 Keq =<br />

[NAD + ] [lactato]<br />

[NADH] [piruvato]<br />

Keq ≈ QR<br />

∆E’ = 0,059<br />

2<br />

log<br />

Keq<br />

QR<br />

... se QR>Keq ⇔ ∆E’

Hooray! Your file is uploaded and ready to be published.

Saved successfully!

Ooh no, something went wrong!