Download da Edição em PDF - Folha Ribeirão Pires

Download da Edição em PDF - Folha Ribeirão Pires Download da Edição em PDF - Folha Ribeirão Pires

folharibeiraopires.com.br
from folharibeiraopires.com.br More from this publisher
04.06.2015 Views

6 Folha Cidade Terça-feira, 07 de Maio de 2013 Lentidão de semáforos vira alvo de reclamação de motoristas na Estância Condutores questionam faróis do centro de Ribeirão. Demora, intermitência a noite e falta de conexão entre eles são os problemas Farol na avenida Brasil demora 95 segundos para abrir e fica 19 no verde TV Folha Ribeirão Pires tem hoje 26 semáforos espalhados pela cidade. Três deles estão instalados no centro, de acordo com a própria Prefeitura de Ribeirão Pires. E são eles o alvo de reclamação de diversos motoristas. O problema, de acordo com os condutores, seria a demora e a falta de comunicação entre os dispositivos. Segundo matéria da revista Mundo Estranho, não há estatísticas nacionais de trânsito para que se possa dizer, por exemplo, qual o semáforo que mais demora para passar do vermelho para o verde. Mas, a reportagem diz que um dos líderes com certeza fica na cidade de São Paulo. A Radial Leste, que liga os dois lados da capital do estado e dá acesso a avenida dos Bandeirantes e estradas do litoral, o tempo total de um semáforo chega a 180 segundos. Ou seja, três minutos na fila. Em Ribeirão Pires, é claro que não há nada parecido, mas dadas as proporções, a comparação é inevitável. No cruzamento da avenida Brasil com a Miguel Prisco, no centro da Estância, por exemplo, a demora para quem está no sentido centro leva pelo menos 95 segundos. O contraste, no entanto, pode ser medido quando se compara com outras cidades, como Curitiba, por exemplo. A capital do Paraná tem quase dois milhões de habitantes e o semáforo mais lento do município leva 90 segundos para abrir, mais rápido que Ribeirão Pires. No volante, os motoristas declaram a insatisfação com a demora. O caminhoneiro Moisés Wagner de Paula, que passa na avenida Brasil com frequência, é uma das vozes do coro. “É complicado, tem que ter um agente de trânsito para liberar mais rápido aqui. A fila deve estar lá trás, bem longe, então não tem condições”, reclama o caminhoneiro, enquanto gesticula com as mãos que o tempo é curto e ele já está atrasado. Já a motorista de um veículo de passeio Karen Onofre é outra que não concorda com a demora. “Demora demais e isso dificulta pra nós, que as vezes vive na pressa, perde muito tempo em uma fila de carro”, diz ela. A condutora ainda afirma que o problema continua nos faróis seguintes, onde continua parando. Do outro lado do centro da cidade, na avenida Humberto de Campos, o caminhoneiro Valter da Silva também questiona as obras nas vias. “O trânsito aqui já é ruim por causa do sinal, ainda com essa obra do Rodoanel, aí para tudo mesmo”, diz ele. Prefeitura promete estudar plano de avaliação e faróis inteligentes Questionada pela reportagem sobre as reclamações dos motoristas quanto aos semáforos, a Prefeitura da Estância Turística de Ribeirão Pires afirmou que tem planos para contornar o problema. De acordo com nota enviada pela assessoria de imprensa da Administração, o secretário de Transporte e Trânsito, Rubens de Almeida Sousa, o Sousa do Proerd, afirmou que já pensa na problemática. “Já estamos realizando estudos para identificação, avaliação e correção de alguns pontos onde foram identificadas necessidades de mudança, para aperfeiçoar o serviço”, respondeu o secretário. Já sobre o funcionamento dos dispositivos, o secretário explica como esses faróis funcionam na cidade. “Em Ribeirão Pires trabalhamos com semáforos em sistema de fases programados com tempo específico para cada via onde estão instalados os equipamentos”, afirmou ele. Além disso, ele ainda fala sobre novos projetos. “Há planejamento para instalação de novos semáforos até Gabriel Mazzo/PMETRP Sousa, secretário de Transporte e Trânsito, responde sobre a questão 2015, data limite para que todos sejam equipados com lâmpada de led, seguindo determinação de lei, e existe previsão, com essas mudanças, da instalação de semáforos inteligentes em vias específicas, de acordo com avaliação e estudo de necessidade realizado “Nosso foco, desde o começo desta gestão, é a manutenção de semáforos, sinalização de solo e placas. Além disso, já consta no orçamento da Secretaria cursos e palestras para novos agentes de trânsito e capacitação para os antigos. Tudo isso com a intenção pela Secretaria”, prometeu de melhorar o tráfego de Sousa. Ribeirão Pires”, finaliza o secretário O secretário ainda promete Transporte e Trânsito, outras mudanças para a questão. Rubens de Almeida Sousa.

Terça-feira, 07 de Maio de 2013 Cidade Folha Fábrica de Sal de Ribeirão Pires se transforma em terra de ninguém Criado para ser um complexo educacional e cultural, o espaço foi tomado por usuários de drogas e local para prática de sexo Enfeites natalinos e muito entulho estão espalhados pelo prédio O edifício Dom Helder Câmara, antiga Fábrica de Sal, localizada no centro alto de Ribeirão Pires, originalmente criado para abrigar um centro educacional e cultural, hoje é utilizado para prática de sexo, consumo de bebidas e drogas. O espaço, interditado em 2009 com problemas em sua estrutura, funcionava como anfiteatro e possui salas para exposições, localizado no Centro Educacional Ibrahim Alves de Lima. Atualmente o prédio está abandonado e serve apenas como depósito de material da Prefeitura, como a decoração de Natal. Hoje, Papai Noel e sua família residem no local, do mais, os únicos visitantes do prédio são homens e mulheres que encontraram no espaço a tranquilidade de utilizar bebidas, entorpecentes e prática de sexo. O número de preservativos nos boxes onde seriam os sanitários, impressionam quem entra no prédio. Garrafas de bebidas e cápsulas utilizadas para armazenar cocaína também estão espalhadas. “O espaço está abandonado, de dia e de noite é um entra e sai de adolescentes que consomem drogas e praticam sexo. Todos sabem disso, os professores da escola, e até mesmo os guardas (GCM)”, diz Angela Silva, moradora dos arredores. O consumo de drogas no local Sanitários e salas foram destruídos pelos visitantes indesejáveis Wagner Lima/Folha Preservativos jogados pelo chão Garrafas de bebidas também é evidenciado por um funcionário da Prefeitura. “Faz anos que levamos o problema para Prefeitura. Desde a época do outro prefeito, mas nada é feito. Antes mesmo das 17 horas eles já começam a rondar o local. A noite quem quiser ver o que é isso aqui, basta ficar na entrada do Complexo. É na cara dura”, denuncia o funcionário. Mas os problemas da Fábrica de Sal vão além do relatado. Na última sexta-feira um princípio de incêndio dentro do prédio assustou pais e alunos da Escola Municipal Lavínia Figueiredo Arnoni que fica ao lado no prédio. Segundo a Administração da Estância, na data da ocorrência moradores em situação de rua entraram no prédio da Fábrica de Sal, e durante preparo de alimentos provocaram um pequeno incêndio, rapidamente controlado. Ainda segundo o Governo, além das rondas que já são feitas permanentemente, a Guarda Civil Municipal irá intensificar as ações e acompanhamento na Fábrica de Sal e arredores e disponibilizará profissional para segurança noturna. Paralelamente a isso, a Secretaria de Promoção Social também intensificará o atendimento aos moradores em situação de rua que porventura busquem abrigo em espaços públicos, como foi o caso da Fábrica de Sal. Um Complexo em cima de uma estrutura de sal O Centro Educacional Ibrahim Alves de Lima foi projetado na administração da ex-prefeita Maria Inês Soares (PT). Sua construção foi feita sobre os restos de uma refinaria de sal, conhecida como Fábrica de Sal Cotolessa, o que contaminou de certa forma toda a área com cloreto de sódio. O problema é antigo e vem desde sua reforma, entre os anos de 2002 e 2003. Estima-se que a área toda tem mais de 12 mil metros quadrados e antes da interdição era utilizada para eventos culturais e aulas da Escola de Música. O sal é cloreto de sódio, quando aquecido, evapora e quando evapora destrói tudo. Então nada funciona naquele local. Em 2009, técnicos do Instituto de Pesquisas Tecnológicas da USP (IPT), vistoriaram o local, e em 2011, o então prefeito Clóvis Volpi 7 (PV) anunciou um plano de reforma, o que não se concretizou. A atual administração diz que para promover o restauro no local serão necessários R$ 6,9 milhões, que deverão ser solicitados à Secretaria Nacional de Desenvolvimento de Programas e Turismo, departamento ligado ao governo federal, contudo o prefeito Saulo Benevides (PMDB), durante entrevista de aniversário de Ribeirão Pires, não descartou que o prédio pode vir a ser demolido. “A Fábrica de Sal foi uma perda muito significativa, ela tinha uma história na cidade, só que infelizmente está contaminada. Existe a possibilidade de haver outros projetos naquele espaço, é uma coisa que temos que discutir. Penso que ela pode vir ao chão, porque já foi investido muito na época do PT, do PV e não adiantou”.

Terça-feira, 07 de Maio de 2013 Ci<strong>da</strong>de <strong>Folha</strong><br />

Fábrica de Sal de <strong>Ribeirão</strong> <strong>Pires</strong><br />

se transforma <strong>em</strong> terra de ninguém<br />

Criado para ser um complexo educacional e cultural, o espaço foi tomado por usuários de drogas e local para prática de sexo<br />

Enfeites natalinos e muito entulho estão espalhados pelo prédio<br />

O edifício Dom Helder Câmara,<br />

antiga Fábrica de Sal, localiza<strong>da</strong> no<br />

centro alto de <strong>Ribeirão</strong> <strong>Pires</strong>, originalmente<br />

criado para abrigar um<br />

centro educacional e cultural, hoje<br />

é utilizado para prática de sexo,<br />

consumo de bebi<strong>da</strong>s e drogas. O<br />

espaço, interditado <strong>em</strong> 2009 com<br />

probl<strong>em</strong>as <strong>em</strong> sua estrutura, funcionava<br />

como anfiteatro e possui<br />

salas para exposições, localizado<br />

no Centro Educacional Ibrahim<br />

Alves de Lima.<br />

Atualmente o prédio está abandonado<br />

e serve apenas como depósito<br />

de material <strong>da</strong> Prefeitura, como<br />

a decoração de Natal. Hoje, Papai<br />

Noel e sua família resid<strong>em</strong> no<br />

local, do mais, os únicos visitantes<br />

do prédio são homens e mulheres<br />

que encontraram no espaço a tranquili<strong>da</strong>de<br />

de utilizar bebi<strong>da</strong>s, entorpecentes<br />

e prática de sexo. O<br />

número de preservativos nos boxes<br />

onde seriam os sanitários, impressionam<br />

qu<strong>em</strong> entra no prédio.<br />

Garrafas de bebi<strong>da</strong>s e cápsulas utiliza<strong>da</strong>s<br />

para armazenar cocaína<br />

também estão espalha<strong>da</strong>s.<br />

“O espaço está abandonado, de<br />

dia e de noite é um entra e sai de<br />

adolescentes que consom<strong>em</strong> drogas<br />

e praticam sexo. Todos sab<strong>em</strong><br />

disso, os professores <strong>da</strong> escola, e<br />

até mesmo os guar<strong>da</strong>s (GCM)”, diz<br />

Angela Silva, moradora dos arredores.<br />

O consumo de drogas no local<br />

Sanitários e salas foram destruídos pelos visitantes indesejáveis<br />

Wagner Lima/<strong>Folha</strong><br />

Preservativos jogados pelo chão<br />

Garrafas de bebi<strong>da</strong>s<br />

também é evidenciado por um funcionário<br />

<strong>da</strong> Prefeitura.<br />

“Faz anos que levamos o probl<strong>em</strong>a<br />

para Prefeitura. Desde a<br />

época do outro prefeito, mas na<strong>da</strong> é<br />

feito. Antes mesmo <strong>da</strong>s 17 horas<br />

eles já começam a ron<strong>da</strong>r o local. A<br />

noite qu<strong>em</strong> quiser ver o que é isso<br />

aqui, basta ficar na entra<strong>da</strong> do<br />

Complexo. É na cara dura”, denuncia<br />

o funcionário.<br />

Mas os probl<strong>em</strong>as <strong>da</strong> Fábrica de<br />

Sal vão além do relatado. Na última<br />

sexta-feira um princípio de<br />

incêndio dentro do prédio assustou<br />

pais e alunos <strong>da</strong> Escola Municipal<br />

Lavínia Figueiredo Arnoni que fica<br />

ao lado no prédio.<br />

Segundo a Administração <strong>da</strong><br />

Estância, na <strong>da</strong>ta <strong>da</strong> ocorrência<br />

moradores <strong>em</strong> situação de rua<br />

entraram no prédio <strong>da</strong> Fábrica de<br />

Sal, e durante preparo de alimentos<br />

provocaram um pequeno incêndio,<br />

rapi<strong>da</strong>mente controlado.<br />

Ain<strong>da</strong> segundo o Governo,<br />

além <strong>da</strong>s ron<strong>da</strong>s que já são feitas<br />

permanent<strong>em</strong>ente, a Guar<strong>da</strong> Civil<br />

Municipal irá intensificar as ações<br />

e acompanhamento na Fábrica de<br />

Sal e arredores e disponibilizará<br />

profissional para segurança noturna.<br />

Paralelamente a isso, a<br />

Secretaria de Promoção Social<br />

também intensificará o atendimento<br />

aos moradores <strong>em</strong> situação de<br />

rua que porventura busqu<strong>em</strong> abrigo<br />

<strong>em</strong> espaços públicos, como foi<br />

o caso <strong>da</strong> Fábrica de Sal.<br />

Um Complexo <strong>em</strong> cima<br />

de uma estrutura de sal<br />

O Centro Educacional Ibrahim<br />

Alves de Lima foi projetado na<br />

administração <strong>da</strong> ex-prefeita Maria<br />

Inês Soares (PT). Sua construção<br />

foi feita sobre os restos de uma refinaria<br />

de sal, conheci<strong>da</strong> como<br />

Fábrica de Sal Cotolessa, o que<br />

contaminou de certa forma to<strong>da</strong> a<br />

área com cloreto de sódio.<br />

O probl<strong>em</strong>a é antigo e v<strong>em</strong><br />

desde sua reforma, entre os anos de<br />

2002 e 2003. Estima-se que a área<br />

to<strong>da</strong> t<strong>em</strong> mais de 12 mil metros<br />

quadrados e antes <strong>da</strong> interdição era<br />

utiliza<strong>da</strong> para eventos culturais e<br />

aulas <strong>da</strong> Escola de Música.<br />

O sal é cloreto de sódio, quando<br />

aquecido, evapora e quando evapora<br />

destrói tudo. Então na<strong>da</strong> funciona<br />

naquele local.<br />

Em 2009, técnicos do Instituto<br />

de Pesquisas Tecnológicas <strong>da</strong> USP<br />

(IPT), vistoriaram o local, e <strong>em</strong><br />

2011, o então prefeito Clóvis Volpi<br />

7<br />

(PV) anunciou um plano de reforma,<br />

o que não se concretizou.<br />

A atual administração diz que<br />

para promover o restauro no local<br />

serão necessários R$ 6,9 milhões,<br />

que deverão ser solicitados à<br />

Secretaria Nacional de<br />

Desenvolvimento de Programas e<br />

Turismo, departamento ligado ao<br />

governo federal, contudo o prefeito<br />

Saulo Benevides (PMDB), durante<br />

entrevista de aniversário de<br />

<strong>Ribeirão</strong> <strong>Pires</strong>, não descartou que o<br />

prédio pode vir a ser d<strong>em</strong>olido.<br />

“A Fábrica de Sal foi uma per<strong>da</strong><br />

muito significativa, ela tinha uma<br />

história na ci<strong>da</strong>de, só que infelizmente<br />

está contamina<strong>da</strong>. Existe a<br />

possibili<strong>da</strong>de de haver outros projetos<br />

naquele espaço, é uma coisa que<br />

t<strong>em</strong>os que discutir. Penso que ela<br />

pode vir ao chão, porque já foi<br />

investido muito na época do PT, do<br />

PV e não adiantou”.

Hooray! Your file is uploaded and ready to be published.

Saved successfully!

Ooh no, something went wrong!