Estudo da Atividade Empresarial
Estudo da Atividade Empresarial
Estudo da Atividade Empresarial
Create successful ePaper yourself
Turn your PDF publications into a flip-book with our unique Google optimized e-Paper software.
Sebrae/PE<br />
Enti<strong>da</strong>de civil sem fins lucrativos, constituí<strong>da</strong> como serviço social autônomo e cria<strong>da</strong> pela lei<br />
nº 8.029 de 13 de abril de 1990, manti<strong>da</strong> e administra<strong>da</strong> pela iniciativa priva<strong>da</strong> através do<br />
seu Conselho Deliberativo.<br />
Conselho Deliberativo<br />
Agência de Desenvolvimento do Nordeste<br />
Federação <strong>da</strong> Agricultura do Estado de Pernambuco<br />
Federação <strong>da</strong>s Indústrias do Estado de Pernambuco<br />
Federação <strong>da</strong>s Associações Comerciais do Estado de Pernambuco<br />
Banco do Nordeste<br />
Federação do Comércio Atacadista do Estado de Pernambuco<br />
Federação do Comércio do Estado de Pernambuco<br />
Sebrae Nacional<br />
Secretaria de Desenvolvimento Econômico, Turismo e Esportes do Estado de Pernambuco<br />
Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial<br />
Serviço Nacional de Aprendizagem Rural<br />
Serviço Social <strong>da</strong> Indústria<br />
Socie<strong>da</strong>de Auxiliadora <strong>da</strong> Agricultura de Pernambuco<br />
Presidente do Conselho Deliberativo<br />
Jorge Wicks Côrte Real<br />
Diretor-Superintendente<br />
Matheus Guimarães Antunes<br />
Diretor Técnico<br />
José Oswaldo de Barros Lima Ramos<br />
Diretor Administrativo-Financeiro<br />
Fernando Nunes de Souza<br />
VIDEOLOCADORA<br />
<strong>Estudo</strong> <strong>da</strong> Ativi<strong>da</strong>de <strong>Empresarial</strong><br />
Responsável<br />
Dante Freitas<br />
<strong>da</strong>ntefreitas@pe.sebrae.com.br<br />
Orientação técnica<br />
Sérgio Diniz<br />
Sebrae/SP<br />
Colaboração<br />
Conceição Moraes (Sebrae/PE), Milton Fumio e Manfredo Arkchimor (Sebrae/SP)<br />
Revisão<br />
Betânia Jerônimo<br />
Projeto Gráfico<br />
ZdiZain Comunicação<br />
Sebrae/PE<br />
Rua Tabaiares, 360 Ilha do Retiro CEP 50750-230 Recife/PE<br />
Tel: 81 3227 8400 Fax: 81 3227 8500<br />
www.pe.sebrae.com.br
Dante Gonçalves de Freitas<br />
Sebrae/PE<br />
Recife, 2004
1 Introdução<br />
2 Descrição <strong>da</strong> ativi<strong>da</strong>de<br />
2.1 Objeto de estudo<br />
2.2 A ativi<strong>da</strong>de<br />
2.2.1 A história do cinema<br />
2.2.2 Os gêneros dos filmes<br />
2.2.3 Cadeia cinematográfica<br />
2.2.4 Produtos e serviços<br />
2.2.5 Sobre o DVD<br />
2.2.6 Fornecedores e fabricantes<br />
2.3 Números do setor<br />
2.4 Tendências do mercado de homevideo<br />
2.5 Ameaças e oportuni<strong>da</strong>des<br />
2.6 Perfil do empresário<br />
2.7 Perfil <strong>da</strong>s empresas<br />
2.8 Perfil do consumidor<br />
2.9 Capacitação<br />
2.10 Legislação<br />
3 Indicadores e índices <strong>da</strong> ativi<strong>da</strong>de<br />
4 Considerações finais<br />
4.1 Principais problemas de gestão<br />
4.2 PAC - Plano de Ação Conjunta<br />
SUMÁRIO<br />
7<br />
9<br />
9<br />
10<br />
10<br />
11<br />
15<br />
16<br />
18<br />
33<br />
38<br />
40<br />
41<br />
44<br />
45<br />
46<br />
58<br />
59<br />
63<br />
83<br />
83<br />
84<br />
Videolocadora: estudo <strong>da</strong> ativi<strong>da</strong>de empresarial<br />
ANEXO<br />
85<br />
5
1<br />
INTRODUÇÃO<br />
Grande parte dos empreendedores que entram nessa grande aventura - iniciar o seu<br />
próprio negócio - não faz isso apenas pela sobrevivência ou circunstâncias. Eles<br />
são movidos pela necessi<strong>da</strong>de de realizarem seus sonhos. Se tentássemos definir<br />
seus sonhos, poderíamos mesclar o desejo <strong>da</strong> realização pessoal, do cumprimento<br />
de um papel social, de <strong>da</strong>r uma razão nobre à existência, de obter sucesso na vi<strong>da</strong><br />
e, finalmente, <strong>da</strong> satisfação de prover a família - eventualmente a dos funcionários e<br />
fornecedores, com o seu empreendimento.<br />
Videolocadora: estudo <strong>da</strong> ativi<strong>da</strong>de empresarial<br />
Refletir sobre isso nos confere uma nova responsabili<strong>da</strong>de, trazi<strong>da</strong> pela consciência<br />
de que aconselhando e orientando os atuais e os futuros empresários nas mais<br />
diversas áreas do conhecimento empresarial, estamos interferindo diretamente na<br />
quali<strong>da</strong>de de vi<strong>da</strong> e no destino <strong>da</strong>s pessoas. Esta reflexão dá origem à missão <strong>da</strong><br />
Uni<strong>da</strong>de de Orientação <strong>Empresarial</strong> do Sistema Sebrae:<br />
“Aju<strong>da</strong>r a pequena empresa a nascer bem, a viabilizar-se e a sustentar-se no mercado”.<br />
O <strong>Estudo</strong> <strong>da</strong> Ativi<strong>da</strong>de <strong>Empresarial</strong> é inspirado em fun<strong>da</strong>mentos próprios <strong>da</strong><br />
metodologia que foi desenvolvi<strong>da</strong> na Uni<strong>da</strong>de de Orientação <strong>Empresarial</strong> do Sebrae/<br />
SP pelo grupo de consultores de Administração Geral.<br />
O objetivo do estudo é buscar a viabilização e o desenvolvimento dos empreendimentos<br />
com aplicações de soluções de curto, médio e longo prazos. Além disso,<br />
identifica e analisa as causas dos problemas, e cria e aplica soluções específicas<br />
para ca<strong>da</strong> necessi<strong>da</strong>de - de gestão empresarial ou não, inclusive com produtos<br />
disponíveis do Sebrae para realizá-las. Ele não tem fins conclusivos ou acadêmicos,<br />
mas pragmáticos, buscando uma fotografia <strong>da</strong> ativi<strong>da</strong>de. Assim nasce o projeto<br />
“Saindo a Campo” do Sebrae Nacional.<br />
O <strong>Estudo</strong> <strong>da</strong> Ativi<strong>da</strong>de <strong>Empresarial</strong> Videolocadora surgiu <strong>da</strong> necessi<strong>da</strong>de de buscar<br />
constantemente a profissionalização do setor no mercado de homevideo<br />
pernambucano, especialmente na RMR - Região Metropolitana do Recife, área de<br />
atuação do estudo.<br />
7
Relatório Final - Sebrae/PE<br />
No <strong>Estudo</strong> <strong>da</strong> Ativi<strong>da</strong>de <strong>Empresarial</strong>, foram visita<strong>da</strong>s várias empresas do ramo na<br />
capital, incluindo alguns representantes <strong>da</strong>s produtoras de vídeo. Buscou-se trabalhar<br />
com os mais variados perfis de empresários do ramo, a fim de contribuir para<br />
uma melhor percepção do segmento na região estu<strong>da</strong><strong>da</strong>.<br />
Aproveito a oportuni<strong>da</strong>de para agradecer primeiramente a todos os empresários e<br />
representantes que contribuíram com dedicação, paciência, parte do seu precioso<br />
tempo e informações conti<strong>da</strong>s neste trabalho. Agradeço às revistas Jornal do Vídeo<br />
e Ver Vídeo pelas informações cedi<strong>da</strong>s e à SAJ - Assessoria <strong>Empresarial</strong>, na pessoa<br />
de Jonas Gonçalves. Agradeço ao Sebrae/PE pela oportuni<strong>da</strong>de e apoio incondicional<br />
(equipe de Orientação <strong>Empresarial</strong> em especial); ao Sebrae Nacional pelo grande<br />
apoio de Márcia Mattos, Francisco Cesarino e José Octávio; e à equipe de Orientação<br />
<strong>Empresarial</strong> do Sebrae/SP, em especial ao consultor Sérgio Diniz, o qual<br />
contribuiu com a orientação e o acompanhamento do estudo.<br />
8
2<br />
DESCRIÇÃO DA<br />
ATIVIDADE<br />
2.1 OBJETO DE ESTUDO<br />
A ativi<strong>da</strong>de empresarial videolocadora foi estu<strong>da</strong><strong>da</strong> em Recife, capital de<br />
Pernambuco, atualmente com 1.700.000 habitantes (IBGE, 2000). Os bairros<br />
enfocados foram Casa Amarela, Casa Forte, Ma<strong>da</strong>lena, Torre, Aflitos, Tamarineira,<br />
Espinheiro, Graças, Boa Vista, Boa Viagem, Pina e Pie<strong>da</strong>de, proporcionando uma<br />
riqueza de informações ao estudo devido à diversi<strong>da</strong>de <strong>da</strong>s características dos<br />
bairros e <strong>da</strong>s suas locali<strong>da</strong>des, refleti<strong>da</strong> nas videolocadoras. Apesar de se tratar <strong>da</strong><br />
mesma ativi<strong>da</strong>de, claramente podem ser percebi<strong>da</strong>s as várias formas dos empresários<br />
li<strong>da</strong>rem com o métier do negócio.<br />
O ramo de videolocadora tem demonstrado um mercado bastante promissor, principalmente<br />
devido às grandes oportuni<strong>da</strong>des ofereci<strong>da</strong>s pela indústria do entretenimento<br />
no mundo, porém bastante desafiador em função <strong>da</strong> intensa dinâmica deste<br />
mercado movido por constantes mu<strong>da</strong>nças e evoluções, exigindo um profissional<br />
empreendedor e bem preparado para gerir a ativi<strong>da</strong>de.<br />
Identificamos no mercado de videolocadora em Recife alguns tipos diferenciados <strong>da</strong><br />
ativi<strong>da</strong>de, tais como:<br />
• videolocadoras tradicionais, normalmente localiza<strong>da</strong>s em pontos<br />
independentes;<br />
• franquias e/ou grandes redes — por exemplo Blockbuster e Lok<br />
DVD;<br />
• videolocadoras de conveniência, as quais reúnem mais de um tipo<br />
de ativi<strong>da</strong>de — por exemplo papelaria, loja de conveniência,<br />
cafeteria, LAN Houses etc;<br />
• videolocadoras virtuais (express) funcionando apenas por telefone<br />
ou Internet (ou ain<strong>da</strong> por máquinas de auto-atendimento).<br />
9
2.2 A ATIVIDADE<br />
Relatório Final - Sebrae/PE<br />
No início dos anos 80, o mercado de homevideo começou a se desenvolver com a<br />
chega<strong>da</strong> dos grandes estúdios de cinema no Brasil e com o lançamento de um<br />
aparelho de vídeo nacional. Em 1987, já se consoli<strong>da</strong>va no país o mercado de fitas<br />
de vídeo produzi<strong>da</strong>s e grava<strong>da</strong>s no Brasil.<br />
2.2.1 A história do cinema<br />
A história do cinema é curta quando compara<strong>da</strong> a de outras artes, mas em seu<br />
primeiro centenário, comemorado em 1995, o cinema já produzira várias obrasprimas.<br />
Entre os inventos precursores do cinema cabe citar as sombras chinesas,<br />
silhuetas projeta<strong>da</strong>s sobre uma parede ou uma tela, surgi<strong>da</strong>s na China cinco mil<br />
anos antes de Cristo e difundi<strong>da</strong>s em Java e na Índia. Outra antecessora foi a lanterna<br />
mágica, caixa dota<strong>da</strong> de uma fonte de luz e de lentes para enviar à tela imagens<br />
amplia<strong>da</strong>s, inventa<strong>da</strong> pelo alemão Athanasius Kircher no século XVII.<br />
A invenção <strong>da</strong> fotografia, no século XIX, pelos franceses Joseph-Nicéphore Niépce<br />
e Louis-Jacques Daguerre, abriu caminho para o espetáculo do cinema, que também<br />
deve sua existência às pesquisas do inglês Peter Mark Roget e do belga Joseph-<br />
Antoine Plateau sobre a persistência <strong>da</strong> imagem na retina após ter sido vista.<br />
Em 1833, o britânico W. G. Horner idealizou o zootrópio, um jogo baseado na<br />
sucessão circular de imagens. Em 1877, o francês Émile Reynaud criou o teatro<br />
óptico, uma combinação <strong>da</strong> lanterna mágica e de espelhos para projetar filmes de<br />
desenhos numa tela. Já, então, Eadweard Muybridge, nos Estados Unidos, experimentava<br />
o zoopraxinoscópio, decompondo corri<strong>da</strong>s de cavalos em fotogramas. Por<br />
fim, outro americano, o prolífico inventor Thomas Edison, desenvolvia, com o auxílio<br />
do escocês William Kennedy Dickson, o filme de celulóide e um aparelho para a<br />
visão individual de filmes chamado cinetoscópio.<br />
Os irmãos franceses Louis e Auguste Lumière conseguiram projetar imagens amplia<strong>da</strong>s<br />
numa tela graças ao cinematógrafo, invento equipado com um mecanismo de<br />
“arrasto” para a película. Na apresentação pública de 28 de dezembro de 1895<br />
(lançamento histórico oficial do cinema) no Grand Café em Paris, o público viu, pela<br />
primeira vez, filmes como “La sortie des ouvriers de l’usine Lumière” (“A saí<strong>da</strong> dos<br />
operários <strong>da</strong> fábrica Lumière”) e “L’arrivée d’un train en gare” (“Chega<strong>da</strong> de um<br />
trem à estação”), breves testemunhos <strong>da</strong> vi<strong>da</strong> cotidiana.<br />
10
2.2.2 Os gêneros dos filmes*<br />
Documentário ou filme factual<br />
O objeto do filme documental é ser o reflexo mais ou menos fiel <strong>da</strong><br />
vi<strong>da</strong> real. Seus pioneiros foram os irmãos Lumière, com suas toma<strong>da</strong>s<br />
<strong>da</strong> vi<strong>da</strong> cotidiana, e Charles Pathé, com os noticiários. O americano<br />
Robert Flaherty foi seu principal representante, com “Nanook<br />
of the north” (1922; “Nanuk, o esquimó”). Na antiga União Soviética,<br />
destacou-se Dziga Vertov, com a “câmara-olho”. Também os<br />
ingleses foram pioneiros: John Grierson criou uma importante<br />
escola documentarista, mas enquanto enfatizava o caráter propagandístico<br />
do filme não-ficcional, outros ingleses como Raul Rotha e<br />
Basil Wright conceituavam o gênero como uma mensagem não só<br />
para a comuni<strong>da</strong>de atual, mas para a posteri<strong>da</strong>de.<br />
O filme não-ficcional inclui o documentário propriamente dito, o<br />
filme factual, o de viagens, o educativo, o de treinamento ou didático,<br />
os cinejornais ou noticiários - em desuso desde o aparecimento<br />
dos telejornais - e, para alguns, os desenhos animados.<br />
Videolocadora: estudo <strong>da</strong> ativi<strong>da</strong>de empresarial<br />
A tradição jornalística dos Estados Unidos consagrou<br />
documentaristas como Pare Lorentz e Paul Strand. O holandês<br />
Joris Ivens evoluiu desde a realização experimental até a denúncia<br />
social. A Alemanha teve em Walther Ruttman e depois em Leni<br />
Riefenstahl dois documentaristas de peso. O brasileiro Alberto<br />
Cavalcanti, que trabalhou na França e no grupo de Grierson, em<br />
Londres, foi mais documentarista que ficcionista. Outros brasileiros<br />
dedicados ao gênero foram Lima Barreto, Jurandir Passos<br />
Noronha, Jorge Iléli, Genil Vasconcelos, Rui Santos e, posteriormente,<br />
Vladimir Carvalho.<br />
Épico e aventura<br />
O filme épico e de aventura revela um mundo heróico de conflitos e<br />
combates, de grandes cenários nos quais predomina a ação. Os<br />
pioneiros do filme épico foram os italianos - no cinema mudo louvaram<br />
o passado do seu país - e os soviéticos, que lhe deram um<br />
impulso épico com temas revolucionários. O francês Abel Gance fez<br />
um monumental “Napoléon” (1926). No cinema sonoro, vale lembrar<br />
“The private life of Henry VIII” (1933 – “Os amores de<br />
Henrique VIII”), de Alexander Kor<strong>da</strong>; “Abraham Lincoln” (1930), de<br />
D. W. Griffith; “Cleópatra” (1934), de Cecil B. DeMille; “Scipione,<br />
l’africano” (1937 – “Cipião, o africano”), de Carmine Gallone; e “Ivan<br />
Grozny” (1944-1948 – “Ivan, o terrível”), de Serguei M. Eisenstein.<br />
11
Relatório Final - Sebrae/PE<br />
Guerra<br />
Em tom patriótico ou crítico, os filmes de guerra apelam para a<br />
violência como espetáculo. No cinema silencioso, o gênero foi<br />
realçado com “The birth of a nation”. As duas guerras mundiais<br />
inspiraram muitas produções, <strong>da</strong>s quais são importantes “The big<br />
parade” (1925 – “O grande desfile”), de King Vidor; “All quiet on the<br />
western front” (1930 – “Sem novi<strong>da</strong>de no front”), de Lewis<br />
Milestone; “Story of G. I. Joe” (1945 – “Também somos seres<br />
humanos”), de William Wellman; e “A walk in the sun” (1946 – “Um<br />
passeio ao sol”), de Lewis Milestone. A guerra do Vietnã também<br />
inspirou bons filmes nos Estados Unidos como “Apocalypse now”<br />
(1979), de Francis Ford Coppola, e “Platoon” (1986), de Oliver Stone.<br />
Terror<br />
A fantasia e o medo despertos por personagens monstruosos ou<br />
sobrenaturais - fantasmas, bruxas, demônios e vampiros - são os<br />
sentimentos aos quais apelam os filmes de terror. O gênero começou<br />
com o expressionismo alemão, do qual “Nosferatu”, de<br />
Friedrich Wilhelm Murnau, foi o modelo perfeito. Tornaram-se clássicos<br />
os filmes feitos em Hollywood na déca<strong>da</strong> de 30 – “Drácula”,<br />
“Frankenstein” e “King Kong”, de Merian C. Cooper e Ernest B.<br />
Schoedsack. Na déca<strong>da</strong> de 40, as produtoras R.K.O. e Universal, de<br />
Hollywood, e na de 60 a Hammer britânica, especializaram-se no<br />
tema. O gênero se tornou mais descritivo e violento e alcançou o<br />
auge com séries segui<strong>da</strong>s de monstros ressuscitados dos cemitérios,<br />
como na série “Poltergeist”, o primeiro deles de Tobe Hooper,<br />
filmado em 1982.<br />
Ficção científica<br />
As viagens interplanetárias, as experiências nucleares e as especulações<br />
sobre mundos futuros são os temas <strong>da</strong> ficção científica,<br />
gênero próximo ao terror e ao bélico. Suas obras-primas são<br />
“2001: a space odyssey” (1968 – “2001: uma odisséia no espaço”)<br />
e “Star wars” (1977 – “Guerra nas estrelas”), de George Lucas, nas<br />
quais os efeitos especiais superam a dramaturgia. Estilo muito<br />
pessoal mostrou o russo Andrei Tarkovski em “Solaris” (1972), mas<br />
o maior nome no gênero é o americano Steven Spielberg (“ET”,<br />
“Contatos imediatos do terceiro grau”).<br />
12<br />
Musical<br />
Chama-se musical o filme em que predominam as seqüências canta<strong>da</strong>s<br />
ou <strong>da</strong>nça<strong>da</strong>s. Nasceu com o cinema sonoro e se firmou nos<br />
Estados Unidos, com imitações em vários países, segundo o modelo<br />
dos espetáculos <strong>da</strong> Broadway. Entre os grandes criadores, os
diretores Busby Berkeley, Stanley Donen e Vincent Minnelli, os<br />
atores Fred Astaire, Dick Powell e Bing Crosby, as atrizes Ginger<br />
Rogers, Betty Grable e Cyd Charisse, o ator e diretor Gene Kelly, e o<br />
coreógrafo Bob Fosse.<br />
Comédia<br />
Baseia-se a comédia no enredo e nas situações bem-humora<strong>da</strong>s. A<br />
mímica, que predominou no filme silencioso, cedeu lugar às pia<strong>da</strong>s<br />
de duplo sentido que depois consagrariam os irmãos Marx, Stan<br />
Laurel e Oliver Hardy (“O Gordo e o Magro”), Red Skelton, Dean<br />
Martin e Jerry Lewis, além de diretores como Frank Capra, Ernst<br />
Lubitsch, Leo McCarey, William Wellman, George Cukor, Howard<br />
Hawks, Van Dyke, Gregory La Cava, Preston Sturges, Blake<br />
Edwards e Frank Tashlin. Na Europa triunfaram as comédias italianas<br />
e o francês Jacques Tati. Nos Estados Unidos, destacaram-se o<br />
ator Peter Sellers e o ator e diretor Woody Allen, autor de obrasprimas<br />
como “Annie Hall” (1977 – “Noivo neurótico, noiva nervosa”),<br />
“Zelig” (1983) e “The purple rose of Cairo” (1985 – “A rosa<br />
púrpura do Cairo”).<br />
Videolocadora: estudo <strong>da</strong> ativi<strong>da</strong>de empresarial<br />
Político<br />
A temática política explícita tem sido trata<strong>da</strong> com freqüência pelo<br />
cinema contemporâneo. Foram muitos os especialistas nesse tipo<br />
de abor<strong>da</strong>gem, tanto no documentário quanto na dramatização de<br />
episódios autênticos. Nas primeiras déca<strong>da</strong>s <strong>da</strong> história do cinema,<br />
seus principais representantes foram os soviéticos, especialmente<br />
Eisenstein, autor de “O encouraçado Potenkim” e “Strachka” (1924<br />
– “A greve”). Mais tarde, a partir <strong>da</strong> déca<strong>da</strong> de 60, cineastas italianos<br />
dedicaram boa parte <strong>da</strong>s suas carreiras às discussões políticas.<br />
São importantes neste gênero Gillo Pontecorvo, diretor de “Queima<strong>da</strong>”<br />
(1969), e Bernardo Bertolucci, com o épico “1900” (1976). O<br />
franco-grego Costa-Gravas, diretor de “Z” (1968) e “Missing” (1982 –<br />
“Desaparecido”), e o argentino Fernando Solanas, realizador de “La<br />
hora de los hornos” (1966-1968), têm lugar privilegiado neste gênero.<br />
Drama<br />
Os enredos de conotação social estiveram sempre presentes ao<br />
longo <strong>da</strong> evolução do cinema. Merecem destaque “Fury” (1936 –<br />
“Fúria”), de Fritz Lang; “The grapes of wrath” (1940 – “As vinhas <strong>da</strong><br />
ira”), de John Ford; “Ladri di biciclette” (1948) e “Umberto D”<br />
(1951), de Vittorio De Sica; “Nous sommes tous des assassins”<br />
(1952 – “Somos todos assassinos”), de André Cayatte; e “I want to<br />
live” (1959 – “Quero viver”), de Robert Wise.<br />
13
Relatório Final - Sebrae/PE<br />
Policial<br />
Os argumentos tradicionais do gênero policial envolvem crimes e<br />
criminosos, policiais e detetives particulares, gângsteres e ladrões. O<br />
tema preferido - o submundo - campeia a miséria econômica e moral.<br />
O diretor mais célebre deste tipo de filme foi Alfred Hitchcock, que<br />
usou o suspense para criar atmosferas de tensão e medo. Em mais de<br />
70 filmes, criou obras magistrais como “Vertigo” (1958 – “Um corpo<br />
que cai”) e “Rear window” (1954 – “Janela indiscreta”).<br />
Também obtiveram êxito filmes inspirados nos romances de Dashiell<br />
Hammett e Raymond Chandler, mestres <strong>da</strong>s tramas criminais amargas<br />
e violentas. Atores como James Cagney, Humphrey Bogart, Edward G.<br />
Robinson e George Raft alcançaram grande notorie<strong>da</strong>de, sobretudo no<br />
período inicial do cinema sonoro.<br />
Na longa relação dos clássicos do gênero não poderiam faltar<br />
“Underworld” (1927 – “Paixão e sangue”), de Josef von Sternberg;<br />
“City street” (1931 – “Ruas <strong>da</strong> ci<strong>da</strong>de”), de Rouben Mamoulian; “I am a<br />
fugitive from a Chain Gang” (1932 – “O fugitivo”), de Mervyn LeRoy;<br />
“G-Men” (1935 – “Contra o império do crime”), de William Keighley;<br />
“Dead end” (1937 – “Beco sem saí<strong>da</strong>”), de William Wyler; “Angels with<br />
dirty faces” (1938 – “Anjos de cara suja”), de Michael Curtiz, e muitos<br />
outros em Hollywood. Essencialmente americano, o filme policial<br />
também teve bons momentos na França e no Reino Unido.<br />
Melodrama<br />
Centrado nas paixões humanas, o melodrama realça o trágico e o<br />
dramático e desenvolve conflitos individuais. Nele destacaram-se W.<br />
F. Murnau, com “Sunrise” (1926 – “Aurora”); os austríacos Erich Von<br />
Stroheim e Josef von Sternberg; o italiano Luchino Visconti; o americano<br />
John M. Stahl; os japoneses Mikio Naruse e Yasujiro Ozu; e o<br />
francês François Truffaut.<br />
Propagan<strong>da</strong><br />
Os filmes de propagan<strong>da</strong> divulgam idéias sociais e políticas em<br />
defesa de determina<strong>da</strong>s ideologias. Os primeiros a usá-los foram os<br />
soviéticos. Na Itália fascista e na Alemanha nazista desenvolveu-se a<br />
propagan<strong>da</strong> política de exaltação racista e, depois <strong>da</strong> Segun<strong>da</strong><br />
Guerra, nos Estados Unidos, foram feitos filmes anticomunistas<br />
durante o período mais agudo <strong>da</strong> guerra fria.<br />
14<br />
Animação<br />
Os precursores do desenho animado foram os franceses Émile<br />
Reynaud e Émile Cohl. O maior impulso veio de Walt Disney e seus
seguidores nos Estados Unidos. Entre as principais escolas estão a<br />
tcheca, de Jiri Trnka, e a canadense, de Norman McLaren.<br />
* Fonte: www.cinemanet.com.br<br />
2.2.3 Cadeia cinematográfica<br />
A cadeia produtiva <strong>da</strong> indústria cinematográfica, levando em consideração as informações<br />
levanta<strong>da</strong>s no mercado com especialistas e empresários do ramo, tem a<br />
representação gráfica descrita na Figura 1.<br />
Videolocadora: estudo <strong>da</strong> ativi<strong>da</strong>de empresarial<br />
FIGURA 1 Modelo simplificado de funcionamento <strong>da</strong> indústria cinematográfica.<br />
As produtoras ou estúdios (1) são responsáveis pela produção dos filmes, a qual<br />
inclui as etapas de montagem ou edição (unir as diferentes cenas filma<strong>da</strong>s para<br />
obter uma ordem narrativa pré-estabeleci<strong>da</strong> no roteiro), e sonorização (pôr no filme<br />
diálogos, ruídos e música, gravados antes, durante ou após as toma<strong>da</strong>s de imagem).<br />
Concluído o negativo do filme, este é multicopiado e comercializado por uma companhia<br />
distribuidora (2), que pode pertencer ao mesmo grupo <strong>da</strong> produtora ou se<br />
dedicar exclusivamente à distribuição. Ela encarrega-se de alugar o produto, através<br />
de um representante comercial (3), para diversas salas de exibição (4), acompanhado<br />
do material publicitário, repartindo-se as ren<strong>da</strong>s entre produtor, distribuidor e<br />
exibidor, segundo conveniências e normas comerciais que variam em ca<strong>da</strong> país.<br />
Após a exibição nos cinemas, os representantes comerciais (5), agentes <strong>da</strong>s distribuidoras,<br />
realizam a comercialização para o mercado de homevideo (6). Este é<br />
composto por dois mercados: o primeiro é chamado de sell-thru, onde as ven<strong>da</strong>s<br />
são direciona<strong>da</strong>s para o varejo, ou seja, os filmes em VHS ou em DVD são<br />
comercializados para os magazines (hipermercados, lojas especializa<strong>da</strong>s etc) e<br />
disponibilizados para a ven<strong>da</strong> aos consumidores finais; o segundo mercado, objeto<br />
deste estudo, é direcionado para a locação – rental – e comercializado (geralmente<br />
antes <strong>da</strong> ven<strong>da</strong> para sell-thru) exclusivamente para as videolocadoras. Os pedidos de<br />
15
Relatório Final - Sebrae/PE<br />
compra realizados pelo mercado de homevideo são feitos aos representantes, os<br />
quais repassam para as distribuidoras, e assim são feitos os pedidos para o fabricante<br />
(7). Estes são responsáveis pela mídia, embalagem, gravação, replicação,<br />
masterização, tradução, colocação de legen<strong>da</strong>s, estampa e distribuição direta aos<br />
clientes. Atualmente, um dos principais fabricantes no país é a Videolar<br />
(www.videolar.com.br), segundo os empresários.<br />
A seguir, a Figura 2 representa o fluxo que uma megaprodução percorre.<br />
FIGURA 2 O caminho de uma megaprodução.<br />
Os filmes são lançados e exibidos nas salas de cinema, assim como alguns deles<br />
(megaproduções) também são lançados simultaneamente na versão em games.<br />
Após alguns meses (Janela 1 em média seis meses), o filme é comercializado para<br />
o mercado de homevideo (rental e sell-thru). A Janela 1 tende a sofrer uma redução<br />
ca<strong>da</strong> vez maior, ou seja, o tempo entre a exibição dos filmes nos cinemas e o seu<br />
lançamento no mercado de homevideo (item 2.4) tende a ser ca<strong>da</strong> vez menor. No<br />
Brasil, a comercialização para o mercado de homevideo é realiza<strong>da</strong> inicialmente e<br />
exclusiva para o mercado rental, depois (janela de três meses em média) o filme é<br />
comercializado para o consumidor final, através dos magazines (sell-thru) – dependerá<br />
<strong>da</strong>s políticas adota<strong>da</strong>s pelas produtoras. A Janela 2 é caracteriza<strong>da</strong> pelo período<br />
entre o lançamento dos filmes no mercado de homevideo e sua disponibilização<br />
em pay-per-view (opção disponível para os que possuem TVs por assinatura ou a<br />
cabo). Em segui<strong>da</strong>, o filme é disponibilizado para a TV paga (TV por assinatura ou a<br />
cabo), após a Janela 3. Por último, após a Janela 4 (normalmente com período<br />
superior a um ano ou mais), o filme é lançado em TV aberta.<br />
2.2.4 Produtos e serviços<br />
“(...) Quando uma pessoa sai de casa para alugar um filme, ela quer<br />
mais que uma fita para ver em casa. Quer manusear as caixinhas dos<br />
filmes, quer comprar uma pipoca, <strong>da</strong>r um balão para o filho. E tudo isso<br />
uma videolocadora reúne hoje. É esse o conceito de entretenimento<br />
moderno. Tudo, ao mesmo tempo, à disposição do cliente”.<br />
Nigel Travis (Blockbuster)<br />
16<br />
Ao longo do estudo, foi identifica<strong>da</strong> uma grande varie<strong>da</strong>de de produtos e serviços que<br />
podem ser oferecidos por uma videolocadora, além <strong>da</strong> locação de filmes. “A idéia é<br />
oferecer um lugar onde a escolha esteja disponível e que transforme uma permanência<br />
sem graça em casa numa coisa especial”. Poucos empresários <strong>da</strong> região estu<strong>da</strong><strong>da</strong><br />
estão explorando, parcialmente, o potencial que a ativi<strong>da</strong>de pode proporcionar na<br />
cadeia do entretenimento. Os produtos e serviços identificados são:
• Games ou jogos eletrônicos Utilizados para jogar no computador<br />
(PC) ou em videogames (consoles <strong>da</strong> Nintendo, Sony, Microsoft etc).<br />
Muitos produtores inspiram-se em videogames, histórias em quadrinhos,<br />
best sellers, ao criarem seus filmes (e vice-versa);<br />
• Brinquedos Assim como os games, são lançados também no mercado<br />
bonecos dos personagens dos filmes, jogos, o que atrai bastante o<br />
público infantil;<br />
• Peças colecionáveis Para os fãs dos filmes (cinéfilos), peças e<br />
objetos com imagens de personagens dos filmes em miniaturas, além<br />
de moe<strong>da</strong>s e selos comemorativos, atraindo tanto o público jovem<br />
quanto o adulto;<br />
•Cards Cartas para jogar e colecionar, com imagens de personagens<br />
dos filmes, mais utiliza<strong>da</strong>s pelo público infanto-juvenil;<br />
• Revistas e livros especializados Para uma boa parte dos filmes é<br />
encontrado o livro que lhe deu origem (e vice-versa), bem como edições<br />
especiais de revistas, guias de filmes, álbuns de figurinhas etc;<br />
Videolocadora: estudo <strong>da</strong> ativi<strong>da</strong>de empresarial<br />
• RPG (Role Playing Game) Livros-jogos em que os participantes criam<br />
personagens e o desfecho <strong>da</strong> história, baseados em um livro-mestre;<br />
• Roupas e acessórios Material escolar (canetas, cadernos, borrachas<br />
etc), adesivos, cartazes, bolsas, sapatos e bonés com os personagens<br />
dos filmes;<br />
• Roupas Camisetas, blusas, fantasias etc;<br />
• Música Trilha sonora dos filmes (CDs);<br />
• DVD Vendor Machine Durante a “DVD Trade Show 2003” foi lança<strong>da</strong><br />
a primeira máquina de auto-atendimento para a ven<strong>da</strong> de DVDs, a qual<br />
pode ser coloca<strong>da</strong> dentro <strong>da</strong>s videolocadoras;<br />
• Lanches Pipocas, refrigerantes, bombons e chocolates são uma boa<br />
companhia para assistir a um bom filme;<br />
• Serviços Sala de exibição (home theather) à disposição dos clientes<br />
que querem assistir a um DVD, mas que não possuem o aparelho em<br />
casa ou porque querem reunir sua turma; e exposições temáticas (por<br />
exemplo, uma exposição sobre a história do cinema);<br />
• LAN (Local Area Network) Houses Casas de games de computador,<br />
conectados em rede e jogados on-line, envolvendo vários jogadores<br />
simultaneamente. Neste caso, algumas videolocadoras instalaram,<br />
em uma parte <strong>da</strong>s suas áreas, uma LAN House;<br />
• Reven<strong>da</strong> de filmes novos e usados Algumas videolocadoras já<br />
agregaram à sua ativi<strong>da</strong>de a ven<strong>da</strong> de filmes DVD e VHS (novos e<br />
usados), como forma de increentar suas ven<strong>da</strong>s.<br />
17
2.2.5 Sobre o DVD *<br />
Relatório Final - Sebrae/PE<br />
Algumas informações e curiosi<strong>da</strong>des sobre esta nova tecnologia são fun<strong>da</strong>mentais e<br />
devem ser dissemina<strong>da</strong>s:<br />
• O que é ?<br />
“Quando foi lançado o primeiro aparelho de DVD no Brasil, em 24<br />
de agosto de 1997, inaugurou-se uma nova era que revolucionou a<br />
maneira de exibir filmes nos lares e, desde então, está encantando<br />
os compradores dessa nova revolução tecnológica. Afinal, quem não<br />
entrar agora na era digital certamente o fará num futuro bem próximo,<br />
pois o DVD veio para ficar, já faz sucesso nos países onde foi<br />
lançado e, nas próximas déca<strong>da</strong>s, será um dos canais para se ver<br />
filmes e ouvir música. O DVD fará parte <strong>da</strong> vi<strong>da</strong> <strong>da</strong>s pessoas assim<br />
como fazem hoje o rádio, a TV, o videocassete, o telefone, o celular...<br />
O DVD ou Disco de Vídeo Digital é uma nova e fantástica tecnologia<br />
que o setor de homevideo esperava desde o surgimento do VHS no<br />
final dos anos 70. Com quali<strong>da</strong>de de áudio e vídeo bastante superior<br />
às fitas de vídeo, o DVD é a grande sensação tecnológica do<br />
entretenimento mundial. É o formato dos sonhos que a indústria<br />
cinematográfica imaginava e que os consumidores esperavam há<br />
anos. Desde o lançamento do DVD, em dezembro de 1996 no Japão<br />
e em fevereiro de 1997 nos Estados Unidos, a história do mercado<br />
de homevideo começou a mu<strong>da</strong>r e as ven<strong>da</strong>s de filmes em DVD está<br />
crescendo ca<strong>da</strong> vez mais. O DVD é o produto eletrônico que teve<br />
aceitação e crescimento mais rápidos em todos os tempos.<br />
18<br />
O DVD é identificado em todo o mundo<br />
pelo logotipo aqui exposto, sendo a segun<strong>da</strong><br />
mídia de uso doméstico com total controle<br />
de “menu” pelo usuário – o primeiro<br />
modelo foi o CDI, desenvolvido pela Philips<br />
mas que não teve aceitação pelos consumidores. É projetado para<br />
conter áudio e vídeo de alta resolução, ver<strong>da</strong>deiramente digitais,<br />
além de oferecer uma série de recursos extras.<br />
Um disco de DVD é do mesmo tamanho de um CD de áudio, possui<br />
um sistema de “gravação” igual ao de um CD, porém as grandes<br />
diferenças são o tamanho e a distância dos “pitches”. Podemos<br />
dizer que o disco de DVD é um CD “condensado” que permite armazenar<br />
várias horas de áudio e vídeo de altíssima quali<strong>da</strong>de. Um<br />
disco de DVD tem capaci<strong>da</strong>de para reter até oito dublagens e 32<br />
legen<strong>da</strong>s de diferentes idiomas. Tem recurso de censura para pais<br />
que não desejam que os filhos assistam às cenas proibi<strong>da</strong>s para<br />
menores e a possibili<strong>da</strong>de de armazenar até nove ângulos diferen-
tes para uma mesma cena - desde que o diretor do filme inclua esse<br />
recurso”.<br />
• Quem inventou?<br />
Pela primeira vez na história, um poderoso grupo de empresas -<br />
entre elas Toshiba, Sony, Pioneer, Philips e Panasonic, em conjunto<br />
com os grandes estúdios de Hollywood, liderado pela Warner Bros<br />
- formou um consórcio para garantir suporte financeiro no desenvolvimento<br />
<strong>da</strong> tecnologia do DVD. Nos Estados Unidos, Europa e<br />
Japão os aparelhos já estão na quarta geração. Mas em países onde<br />
o mercado é menor, a grande novi<strong>da</strong>de está apenas começando.<br />
• Quando foram lançados os primeiros filmes no Brasil?<br />
Os lançamentos com legen<strong>da</strong> e áudio em português começaram em<br />
fevereiro de 1998, com a entrega do filme “Era uma vez na América”<br />
pela FlashStar. Somente em julho <strong>da</strong>quele ano, com a chega<strong>da</strong><br />
dos títulos <strong>da</strong> Columbia Pictures, o mercado recebeu o primeiro<br />
pacote com oito filmes e em agosto mais 12. A Warner Home Vídeo,<br />
quando lançou seus filmes em DVD, disponibilizou de uma só vez 60<br />
títulos, embora cerca de 12 no formato DVD-9 (com duas cama<strong>da</strong>s<br />
do mesmo lado) tenham chegado atrasados por problemas de produção.<br />
As distribuidoras estão ca<strong>da</strong> vez mais programando lançamentos<br />
simultâneos em VHS e DVD.<br />
Videolocadora: estudo <strong>da</strong> ativi<strong>da</strong>de empresarial<br />
• Quantos filmes já existem no Brasil?<br />
Até dezembro de 2002, por volta de 3580 títulos de filmes.<br />
• Um aparelho comprado no Brasil pode tocar discos dos Estados Unidos?<br />
Por pressão dos estúdios de cinema, os<br />
fabricantes de aparelhos de DVD são<br />
obrigados a vender seus equipamentos<br />
com um código regional para ca<strong>da</strong> continente.<br />
Uma regionalização cria<strong>da</strong> dividiu<br />
o mundo em seis zonas e o Brasil está na Região 4, junto com<br />
todos os países <strong>da</strong> América Latina, além de Austrália e Nova<br />
Zelândia. Os Estados Unidos estão na Região 1, juntamente com o<br />
Canadá. Os aparelhos de DVD vendidos por empresas instala<strong>da</strong>s no<br />
Brasil reproduzem os discos para a Região 4. Há discos de DVD<br />
sem codificação, ou seja, aqueles em que o estúdio ou o distribuidor<br />
19
local disponibiliza-os livre de códigos, para que possam ser reproduzidos<br />
em qualquer aparelho.<br />
Relatório Final - Sebrae/PE<br />
No Brasil, alguns fabricantes lançaram seus aparelhos de DVD<br />
codificados para reproduzirem discos também procedentes <strong>da</strong><br />
Região 1. Distribuidoras como FlashStar, Versátil, Europa e Paris,<br />
por serem independentes, lançam seus discos de DVD sem<br />
regionalização, diferentemente <strong>da</strong> Buena Vista Home Vídeo (Disney),<br />
Warner Home Vídeo (Warner Bros) e Columbia TriStar Home Vídeo<br />
(Columbia Pictures e Universal Studios). Os discos que vêm com o<br />
símbolo de um globo, no qual se lê a palavra inglesa all (todos),<br />
podem ser tocados em qualquer aparelho, não importando se o<br />
DVD foi comprado no Brasil ou procedente dos Estados Unidos.<br />
Mas é importante que os discos estejam em conformi<strong>da</strong>de com o<br />
padrão NTSC. Discos <strong>da</strong> Europa (Região 2 e padrão PAL-M) não<br />
irão tocar na maioria dos aparelhos existentes no Brasil.<br />
• Precisa trocar de TV para assistir aos filmes?<br />
Talvez. Você pode assistir aos filmes usando até uma TV pequena, de<br />
14” por exemplo. Só existe uma exigência: a TV deve ter entra<strong>da</strong>s de<br />
áudio e vídeo RCA. Caso não tenha, você deverá ligar o DVD a um<br />
videocassete ou então adquirir um modulador de RF. Porém, estas<br />
soluções normalmente apresentam problemas com o sistema de<br />
proteção de cópias Macrovision (veja mais adiante o que é Macrovision).<br />
O que se aconselha é que o DVD seja ligado em uma TV, de preferência<br />
com tela superior a 29”, e tenha uma boa quali<strong>da</strong>de de som - característica<br />
comum nos modelos atuais. Imagina-se que quem compra um<br />
aparelho de DVD não pode deixar de lado o tamanho <strong>da</strong> tela e a quali<strong>da</strong>de<br />
do áudio. To<strong>da</strong> TV em que vai ser acoplado um aparelho de DVD<br />
tem de ter uma entra<strong>da</strong> de áudio e vídeo e aceitar o padrão NTSC, hoje<br />
facilmente encontrado nos televisores acima de 20”.<br />
20<br />
• Que outros equipamentos devem ser comprados para assistir aos<br />
filmes em casa?<br />
Para assistir a um filme em DVD é suficiente ter um aparelho de<br />
DVD e uma televisão que reproduza sinais no sistema NTSC (todos<br />
os televisores brasileiros com menos de cinco anos fazem isso).<br />
Mas para se obter uma melhor quali<strong>da</strong>de no áudio, o usuário pode<br />
conectar o aparelho de DVD à entra<strong>da</strong> auxiliar do equipamento de<br />
som, ouvindo em estéreo ou em Dolby Surround com boa quali<strong>da</strong>de.<br />
Mas se o intuito for obter a mesma quali<strong>da</strong>de de uma moderna sala<br />
de cinema, o ideal é que o aparelho de DVD seja ligado a uma TV<br />
com entra<strong>da</strong> S-vídeo ou Composite, e a um amplificador ou receiver<br />
Dolby Digital AC-3. Desta forma é possível reproduzir em seis canais<br />
independentes. Isso transforma sua sala em um ver<strong>da</strong>deiro<br />
cinema, com o som beirando a perfeição.
• Que cui<strong>da</strong>dos devem ser tomados com um disco de DVD?<br />
Um disco de DVD requer os mesmos cui<strong>da</strong>dos que são tipicamente<br />
dispensados a um CD de áudio - nunca tocar sua superfície diretamente<br />
com os dedos (segurar pelas bor<strong>da</strong>s), mantê-lo sempre na<br />
própria embalagem e não submetê-lo a calor excessivo ou umi<strong>da</strong>de.<br />
• Um disco de DVD é muito frágil?<br />
Um disco de DVD tem uma densi<strong>da</strong>de de gravação muito maior do<br />
que a de um CD de áudio. Aparentemente a reprodução sofreria<br />
mais com sujeira e arranhões, porém os circuitos de correções de<br />
erros presentes nos aparelhos de DVD são mais avançados do que<br />
aqueles existentes nos aparelhos de CD. No caso de sujeira, o disco<br />
pode ser limpado com um pano de algodão macio e seco. A durabili<strong>da</strong>de<br />
dos discos de DVD é infinitamente maior do que a de uma<br />
fita de VHS. Caso necessário, sempre que for fazer uma limpeza,<br />
faça movimentos de dentro para fora (do furo central para a bor<strong>da</strong>)<br />
e nunca movimentos circulares.<br />
• Qual a diferença de imagem entre o VHS e o DVD?<br />
Desde a criação do videocassete, no final dos anos 70, nunca um<br />
sistema eletrônico de imagens, de uso doméstico, surgira até então.<br />
Veja a seguir a quanti<strong>da</strong>de de linhas de resolução <strong>da</strong>s mídias domésticas:<br />
Videolocadora: estudo <strong>da</strong> ativi<strong>da</strong>de empresarial<br />
TABELA 1 Diferença de imagem entre DVD e VHS.<br />
• Quanto tempo de gravação comporta um DVD?<br />
21<br />
TABELA 2 Tempo de gravação em DVDs.
Relatório Final - Sebrae/PE<br />
• Já existe DVD que grava?<br />
O gravador de DVD para uso doméstico foi lançado no Japão e está<br />
à ven<strong>da</strong> nas lojas dos Estados Unidos desde julho de 2000. Em<br />
2003, algumas empresas já lançaram seus aparelhos no Brasil.<br />
• O DVD vai substituir o videocassete?<br />
O aparelho de DVD foi lançado em agosto de 1997 e só agora suas<br />
ven<strong>da</strong>s começam a acontecer de ver<strong>da</strong>de. Há quem afirme que o DVD,<br />
por um longo período (pelo menos 10 anos), deverá caminhar junto<br />
com os aparelhos de videocassete. A explicação é de que muitas pessoas<br />
que não têm o hábito de assistir cinema em casa, demorem para<br />
substituir seu velho e ain<strong>da</strong> bom vídeo. Não é nenhuma nova<br />
tecnologia que vai fazer esse consumidor se interessar por filmes que<br />
podem muito bem ser assistidos quando passarem na TV. Não importa<br />
que isso possa demorar até dois anos. Por que então trocar por um<br />
DVD que toca filmes como o vídeo? Há também quem afirme que a<br />
substituição total só acontecerá dentro de 15 anos. Foi esse o tempo<br />
que levou o CD a substituir os velhos e estéreos discos de vinil. Nos<br />
países ricos a tendência é o DVD substituir o VHS mais rápido.<br />
• Posso tocar meus CDs de música no aparelho de DVD?<br />
Sim, todos os aparelhos de DVD reproduzem CDs. Alguns reproduzem<br />
vídeos e CDs - um sistema muito popular nos países <strong>da</strong> Ásia<br />
com a quali<strong>da</strong>de VHS.<br />
• O que é DVD Áudio?<br />
É mais uma <strong>da</strong>s variantes <strong>da</strong> tecnologia DVD. Depois de mais de<br />
dois anos de negociações para sua formatação por parte dos fabricantes,<br />
o DVD Áudio finalmente está para chegar ao mercado e<br />
certamente suas inovações irão mu<strong>da</strong>r o hábito de ouvir música de<br />
muitas pessoas.<br />
Com o DVD Áudio você poderá ouvir música estéreo em seis canais.<br />
Opcionalmente, poderá acessar menus, slides, partituras e textos<br />
sobre a obra musical. O aparelho também incorpora uma apura<strong>da</strong><br />
quali<strong>da</strong>de de reprodução de som, que beira a perfeição. Fazendo<br />
uma comparação simples, podemos dizer que um CD deve trabalhar<br />
com 44.1 kHz e 16 bits para tocar aquele som nítido; no DVD<br />
Áudio, com 192 kHz e 24 bits<br />
22<br />
• O que é anamórfico?<br />
Na etapa de transposição do filme<br />
em película para vídeo, o produtor<br />
pode optar pela digitalização do<br />
master widescreen com as barras<br />
pretas ou sem elas. Quando as<br />
barras estiverem presentes no<br />
master, elas ocuparão aproxima<strong>da</strong>-
mente 50% <strong>da</strong> resolução disponível de um filme. Portanto, o DVD<br />
criado com este master será não-anamórfico. Quando executado<br />
numa TV widescreen, terá uma quali<strong>da</strong>de bastante inferior de imagem,<br />
já que o filme utiliza apenas 50% <strong>da</strong> sua resolução. Os DVDs<br />
anamórficos utilizam to<strong>da</strong> a resolução disponível. Quando executados<br />
em uma TV 4:3, os aparelhos removem linhas alterna<strong>da</strong>s <strong>da</strong><br />
imagem do filme e inserem eletronicamente as barras pretas; numa<br />
TV widescreen são capazes de atingir a máxima resolução do formato.<br />
Portanto, os DVDs anamórficos são superiores aos nãoanamórficos.<br />
• O que é Full-Screen?<br />
É a técnica utiliza<strong>da</strong> para transferir<br />
filmes widescreen para o formato de<br />
vídeo padrão - 1.33:1 (tela cheia). Com<br />
isso, evitam-se as barras pretas do<br />
formato letterbox, porém até 50% <strong>da</strong><br />
imagem são perdidos, muitas vezes<br />
prejudicando a fotografia do filme.<br />
Videolocadora: estudo <strong>da</strong> ativi<strong>da</strong>de empresarial<br />
• O que é Letterbox?<br />
É o formato em que o filme é mostrado com barras pretas abaixo e<br />
acima <strong>da</strong> tela. A imagem é retangular e mais pareci<strong>da</strong> com a de<br />
cinema. Quando um filme letterbox é reproduzido numa TV não<br />
widescreen, muitos detalhes podem ser perdidos nas laterais <strong>da</strong> tela.<br />
• O que é 16x9?<br />
A relação de aspecto dos televisores<br />
com tela larga (widescreen) é de aproxima<strong>da</strong>mente<br />
1,77:1 ou 16x9 uni<strong>da</strong>des.<br />
DVDs otimizados para 16x9 usam<br />
um processo anamórfico para aumentar<br />
a resolução em televisores com tela<br />
larga e muitos aparelhos tiram proveito<br />
desta informação “extra” também em<br />
televisores convencionais (4:3).<br />
• O que é Open Matte?<br />
É realizado no formato 4x3 de uma televisão convencional e depois<br />
tem a imagem corta<strong>da</strong> em cima ou embaixo para que se encaixe no<br />
formato de tela de cinema - o que vai fazer com que a imagem de<br />
tela cheia contenha mais informações do que o formato widescreen.<br />
Nesses casos, o formato de tela cheia não estará cortando nenhuma<br />
parte <strong>da</strong> cena, mas mostrando muito mais.<br />
23
Relatório Final - Sebrae/PE<br />
• O que são MPEG e MPEG-2 (ou Moving Picture Experts Group)?<br />
São esquemas de codificação e decodificação de sinais digitais de<br />
vídeo, nos quais a compressão é utiliza<strong>da</strong> para aumentar a eficiência<br />
dos espaços disponíveis. O MPEG-2 é utilizado para o DVD e na TV de<br />
alta definição (HDTV) que está surgindo nos Estados Unidos e na Europa.<br />
• O que é Macrovision?<br />
É uma tecnologia desenvolvi<strong>da</strong> para proteger analogicamente os<br />
direitos de copyright dos proprietários dos filmes, tentando inibir a<br />
pirataria. Quando se pretende copiar de um disco de DVD um filme<br />
ou um programa, o Macrovision entra em ação causando interferência,<br />
distorções e luminância (variações entre claro e escuro na tela).<br />
• Existem discos ou aparelhos de DVD sem o Macrovision?<br />
Sim. O sistema de proteção do Macrovision pode ser “desabilitado”<br />
em alguns aparelhos. Existem também aparelhos externos que<br />
“cortam” o efeito do Macrovision. Este tipo de procedimento não só<br />
é ilegal como enfraquece o mercado e inibe o lançamento de bons<br />
títulos para aqueles que querem se divertir com a tecnologia de<br />
maneira legal. Pirataria no Brasil é crime e pode acabar em cadeia<br />
para os infratores.<br />
• O que é saí<strong>da</strong> digital?<br />
Todos os aparelhos de reprodução digital, assim como o DVD, possuem<br />
um conector digital que serve para passar o sinal para um gravador,<br />
processador ou conversor digital. Pode ser ótico ou coaxial.<br />
• O que é Sinal Analógico (Analog Signal)?<br />
É o sinal originalmente produzido por um equipamento não-digital<br />
de gravação, mesmo que o produto acabado possa ser um disco<br />
digital de áudio ou um sinal de vídeo comprimido digitalmente.<br />
• O que é Cama<strong>da</strong> Dupla (Dual Layer)?<br />
É a técnica de gravação em DVD que elimina a necessi<strong>da</strong>de de utilização<br />
dos dois lados do disco para filmes ou programas superiores a<br />
133 minutos de duração. Quando o feixe de laser do aparelho de DVD<br />
toca o final <strong>da</strong> primeira cama<strong>da</strong>, automaticamente seleciona a segun<strong>da</strong><br />
cama<strong>da</strong> e continua tocando praticamente sem interrupções. Neste<br />
caso, ca<strong>da</strong> disco pode vir com até 240 minutos de gravação.<br />
24<br />
• O que são capítulos?<br />
São as divisões encontra<strong>da</strong>s no CD e no DVD, geralmente subdividi<strong>da</strong>s<br />
em cenas que podem ser acessa<strong>da</strong>s diretamente pelo usuário.<br />
No CD os capítulos são chamados de tracks.<br />
• O que é Close Caption?<br />
É uma legen<strong>da</strong>gem completa para aju<strong>da</strong>r os usuários deficientes<br />
auditivos. É codifica<strong>da</strong> no vídeo e decodifica<strong>da</strong> nos televisores. É
obrigatória nos Estados Unidos. Nos aparelhos de DVD, apesar de<br />
não ser obrigatório, é normal encontrá-la, sendo facilmente<br />
identifica<strong>da</strong> com o logotipo CC.<br />
• O que é saí<strong>da</strong> componente?<br />
É um tipo de conexão de vídeo que proporciona uma maior nitidez<br />
<strong>da</strong> imagem que vem nos televisores mais sofisticados e nos aparelhos<br />
de DVD, principalmente nos fabricados após fevereiro de 1999.<br />
A saí<strong>da</strong> componente separa o sinal de vídeo em três e é uma evolução<br />
do conector S-Vídeo.<br />
• O que é compressão de sinal?<br />
É o método de redução do volume de <strong>da</strong>dos, com per<strong>da</strong>s ou não,<br />
que permite que grandes quanti<strong>da</strong>des de informação trafeguem por<br />
canais limitados ou sejam armazenados em mídias com menor<br />
capaci<strong>da</strong>de.<br />
• Qual a diferença entre os discos de DVD e CD?<br />
No tamanho, nenhuma, mas no armazenamento de informações<br />
a dispari<strong>da</strong>de é muito grande. Confira no quadro ilustrativo:<br />
Videolocadora: estudo <strong>da</strong> ativi<strong>da</strong>de empresarial<br />
TABELA 3 Diferenças entre DVD e CD.<br />
• Quantas legen<strong>da</strong>s cabem num filme de DVD?<br />
A maioria dos DVDs lançados no Brasil apresenta versões em português,<br />
inglês e espanhol. A Universal, que tem seus filmes em DVD<br />
distribuídos no Brasil pela Columbia, está lançando seus discos<br />
com seis legen<strong>da</strong>s: português, espanhol, inglês, chinês, coreano e<br />
tailandês. Acreditamos que num futuro bem próximo os discos de<br />
DVD virão com até 32 legen<strong>da</strong>s, pois é essa a capaci<strong>da</strong>de de<br />
25
Relatório Final - Sebrae/PE<br />
armazenamento que o formato permite. É bom lembrar que o custo<br />
de tradução e legen<strong>da</strong>gem fica em torno de mil reais por idioma e<br />
que o acréscimo de mais legen<strong>da</strong>s pode influir no preço final dos<br />
discos de DVD.<br />
• Quantas dublagens cabem num disco de DVD?<br />
Até oito dublagens. Quando o filme é lançado em DVD e VHS, as<br />
distribuidoras estão colocando a mesma dublagem em português (a<br />
original) e no máximo em mais um idioma (o espanhol). Está crescendo<br />
o número de filmes que estão vindo também com o francês.<br />
• O que é autoração?<br />
É o processo no qual as mídias (vídeo, áudio, tela gráfica, imagem e<br />
animação) são trata<strong>da</strong>s, codifica<strong>da</strong>s e integra<strong>da</strong>s através de uma<br />
programação para gerar o pré-master, que é utilizado para replicar<br />
os discos de DVD.<br />
26<br />
• O que é região?<br />
O Region Coding foi motivo<br />
de grande polêmica quando<br />
do lançamento <strong>da</strong><br />
tecnologia do DVD, pois os<br />
fabricantes de aparelhos<br />
se recusavam a aceitar as<br />
exigências dos estúdios<br />
cinematográficos. Estes,<br />
por outro lado, não queriam<br />
liberar seus filmes no<br />
novo formato se o Region<br />
Coding não fosse implantado<br />
na fabricação dos aparelhos e na replicação dos discos. O<br />
grande temor dos estúdios americanos era que devido à perfeição<br />
do DVD a pirataria copiasse filmes para Betacam e <strong>da</strong>í para<br />
VHS, colocando no mercado de homevideo filmes que ain<strong>da</strong> não<br />
estivessem nos cinemas e nas locadoras. Outro fator prejudicial<br />
para os estúdios é a importação de filmes em DVD dos Estados<br />
Unidos, prejudicando o acordo de distribuição local por empresas<br />
independentes ou representa<strong>da</strong>s. O Region Coding protege,<br />
em parte, os cronogramas de exibições cinematográficas internacionais.<br />
A distribuição do DVD sem autorização local pode<br />
prejudicar o lucro <strong>da</strong>s salas de cinema; por isso os estúdios<br />
pediram que o mundo fosse dividido em regiões - e assim títulos<br />
de uma região só reproduzem discos de DVD em aparelhos fabricados<br />
para aquela região. A codificação regional protege ain<strong>da</strong><br />
outros interesses econômicos. A empresa que detém os direitos<br />
de comercialização de um filme nos EUA pode não ter os direi-
tos de comercialização no resto do mundo. O “Titanic” foi um<br />
bom exemplo dessa situação de co-produção entre a Paramount<br />
e a Fox - enquanto uma tinha os direitos de exibição nos cinemas<br />
e de comercialização em homevideo nos EUA, a outra<br />
comercializava o filme no resto do mundo. É bom lembrar que<br />
muitos títulos, principalmente de empresas independentes, saem<br />
sem Region Coding, sendo também chamados de Região 0 (zero)<br />
ou All. Isto contraria totalmente as exigências dos estúdios. O<br />
Region Coding criou seis regiões representa<strong>da</strong>s no mapa em<br />
questão. É importante salientar que os discos com o Region<br />
Coding All podem ser reproduzidos em qualquer aparelho, sejam<br />
eles <strong>da</strong> Região 1 (Estados Unidos) ou <strong>da</strong> Região 4 (América<br />
Latina, Austrália e Nova Zelândia).<br />
• Por que usar o termo replicar e não copiar DVD?<br />
Quando o DVD foi desenvolvido, o homem conseguiu unir, num<br />
pequeno disco, a arte, a ciência e a tecnologia. Os discos de<br />
DVD depois de prontos possuem a mesma quali<strong>da</strong>de de som e<br />
imagem que a matriz usa<strong>da</strong> para a sua fabricação. Daí os especialistas<br />
afirmarem que no DVD não existem cópias e sim réplicas.<br />
Foi devido a esta perfeição que os estúdios de cinema ficaram<br />
preocupados com a pirataria. Está aqui a origem do Region<br />
Coding<br />
Videolocadora: estudo <strong>da</strong> ativi<strong>da</strong>de empresarial<br />
• O que é Parental Guide ou Movie Rating System<br />
É um guia criado pela MPAA - Motion<br />
Pictures Association of America, enti<strong>da</strong>de<br />
que reúne os grandes estúdios<br />
de Hollywood. O símbolo do Parental<br />
Guide é facilmente reconhecido em<br />
to<strong>da</strong>s as embalagens de DVD, principalmente<br />
dos grandes estúdios, orientando<br />
os pais sobre a faixa etária<br />
recomen<strong>da</strong><strong>da</strong> para assistir aos filmes.<br />
No Brasil, o Ministério <strong>da</strong> Justiça<br />
pretende adotar um controle mais<br />
rígido, exigindo que as distribuidoras<br />
de cinema e vídeo sejam mais rigorosas<br />
na qualificação <strong>da</strong> faixa etária dos<br />
filmes. Com a chega<strong>da</strong> do DVD, a primeira distribuidora a adotar<br />
o Parental Guide <strong>da</strong> MPAA foi a Warner Home Vídeo (veja tabela).<br />
A Versátil Home Vídeo adotou um modelo mais rígido, inspirado<br />
nos países conservadores <strong>da</strong> Europa, indicando na embalagem<br />
detalhes como, por exemplo, se o filme contém cenas de sexo,<br />
racismo e uso de drogas.<br />
27
Relatório Final - Sebrae/PE<br />
TABELA 4 Classificação de acordo com o Parental Guide<br />
• Quais são os estúdios e os fabricantes que desenvolveram a<br />
tecnologia do DVD?<br />
A Warner Bros foi o grande estúdio de cinema que assumiu a<br />
defesa de uma nova tecnologia a ser cria<strong>da</strong> para substituir o<br />
VHS. O presidente <strong>da</strong> Warner Home Vídeo, Warren Liebenfarb, é<br />
conhecido como “o pai do DVD,” pois foi ele quem enfrentou<br />
sozinho a resistência por parte dos outros estúdios que, inicialmente,<br />
rejeitavam o DVD. Da parte dos fabricantes de aparelhos,<br />
a Toshiba teve sua tecnologia e seus argumentos reconhecidos<br />
pelas outras empresas.<br />
• Quem são os pioneiros do DVD no Brasil?<br />
No Brasil, a primeira empresa a lançar um aparelho de DVD foi a<br />
Gradiente, em 24 de agosto de 1997, poucos meses depois dele<br />
ter sido lançado nos Estados Unidos. O DVD-5000 era importado<br />
<strong>da</strong> Coréia e reproduzia discos de to<strong>da</strong>s as regiões. A Visom,<br />
do Rio de Janeiro, fez a primeira autoração para o uso<br />
promocional <strong>da</strong> série “A vi<strong>da</strong> como ela é”, de Nelson Rodrigues,<br />
que a Rede Globo exibiu no programa Fantástico. A Microservice<br />
foi responsável pela replicação. O primeiro filme lançado foi “Era<br />
uma vez na América”, de Sérgio Leone, pela FlashSTar. A<br />
CareWare Multimídia foi responsável pela pré-masterização e<br />
autoração.<br />
28<br />
• Por que no processo de produção de DVD existem a prémasterização<br />
e a masterização?<br />
To<strong>da</strong> a cadeia de produção de DVD é extremamente complexa e<br />
envolve sistemas de alta tecnologia. A pré-masterização é um
processo no qual é grava<strong>da</strong> uma fita de <strong>da</strong>dos com a imagem<br />
final do DVD, gera<strong>da</strong> pela empresa de autoração. Já a<br />
masterização é um processo industrial feito pela empresa que<br />
faz a replicação, na qual são gerados os stampers ou moldes<br />
onde são injetados os discos.<br />
• Quais são os sistemas de vídeo?<br />
O DVD possui o mesmo problema NTSC x PAL-M, comum nas<br />
fitas VHS e nos CDs. O vídeo em MPEG é armazenado no DVD<br />
em formato digital, mas é formatado para um dos dois sistemas<br />
que são incompatíveis: 525/60 (NTSC) ou 625/50 (PAL-M/SE-<br />
CAM). Há três diferenças entre estes formatos de vídeo:<br />
1- Resolução <strong>da</strong> tela (720x480 vs. 720x576);<br />
2- Quadros por segundos (29,97 vs. 25);<br />
3- Áudio (Dolby Digital vs. MPEG).<br />
Os filmes de cinema são produzidos a 24 fotogramas por segundo,<br />
mas são pré-formatados para um dos dois formatos (29,97<br />
ou 25). Filmes formatados para o sistema PAL-M, normalmente<br />
são 4% mais rápidos por causa <strong>da</strong> alteração dos quadros por<br />
segundo; portanto, o áudio também deve ser alterado antes <strong>da</strong><br />
codificação para não ficar fora de sincronismo. Alguns aparelhos<br />
podem tocar discos em NTSC, outros podem somente tocar em<br />
PAL-M e poucos permitem ambos. Todos os aparelhos vendidos<br />
nos países que usam o sistema PAL-M tocam ambos. Estes aparelhos<br />
multisistemas convertem parcialmente o NTSC para um<br />
sinal de 60hz PAL (4.43 NTSC), mas isso requer uma TV que<br />
possa trabalhar com esta freqüência. Neste caso, o aparelho usa<br />
a codificação de cor do PAL 4.43, mas mantém a taxa de varredura<br />
de 525/60 NTSC. A maioria <strong>da</strong>s TVs modernas pode trabalhar<br />
com este tipo de sinal. Alguns aparelhos multisistemas possuem<br />
uma saí<strong>da</strong> real de 3.58 NTSC (525/60 NTSC), a qual irá<br />
requerer uma TV NTSC ou um transcoder NTSC-PAL. Em 1999, a<br />
Sansung e outros fabricantes lançaram aparelhos que convertem<br />
de 525/60 NTSC para PAL-M. Há uma per<strong>da</strong> na quali<strong>da</strong>de <strong>da</strong><br />
imagem quando se mu<strong>da</strong> de um sistema para outro. Apenas um<br />
pequeno número de aparelhos de DVD NTSC pode tocar discos<br />
no formato PAL-M. A maioria dos aparelhos para computador<br />
pode tocar ambos os formatos de vídeo e de áudio, sendo<br />
chaveados via software. Às vezes, consegue-se ver a imagem apenas<br />
na tela do micro (quando se chaveia para a TV, a imagem pode<br />
perder a cor ou ficar ro<strong>da</strong>ndo).<br />
Os formatos de DVD em termos de capaci<strong>da</strong>de de armazenamento<br />
são os seguintes:<br />
Videolocadora: estudo <strong>da</strong> ativi<strong>da</strong>de empresarial<br />
29
Relatório Final - Sebrae/PE<br />
30<br />
TABELA 5 Formatos de DVD em termos de capaci<strong>da</strong>de de armazenamento
• O que é Dolby Digital 5.1?<br />
O Dolby Digital é um sistema de compressão<br />
de áudio que permite a<br />
codificação de até seis canais independentes<br />
de áudio. Anteriormente era<br />
chamado de Dolby AC-3. Com o desenvolvimento<br />
do DVD, o Dolby Digital ficou<br />
mais conhecido, tornando-se uma mania<br />
entre as pessoas que possuem home<br />
theather. Apesar de existirem discos com seis canais (5.1, dois<br />
frontais, um central, dois traseiros e um de baixa freqüência), também<br />
existem discos 5.0, 4.0, 3.0, 2.0 e 1.0. Isso quer dizer que nem<br />
todos os discos de DVD vêm com o 5.1, mas gravados em apenas<br />
dois canais Dolby Digital 2.0, que podem ser estéreo ou Surround.<br />
• O que é Dolby Digital - Surround EX?<br />
Videolocadora: estudo <strong>da</strong> ativi<strong>da</strong>de empresarial<br />
A atual geração de som Dolby para salas de cinema adicionou um<br />
canal traseiro central Surround, simplificando um canal diretamente<br />
atrás do telespectador. Este sistema foi inaugurado com “Star<br />
wars” - Episódio 1 (“A ameaça fantasma”), em maio de 1999, e em<br />
segui<strong>da</strong> com o filme “Austin Powers”. No futuro, o Surround EX,<br />
também conhecido como Dolby EX ou DD 6.1, poderá substituir o<br />
Dolby Digital.<br />
• O que é Dolby Pro-Logic?<br />
Antecessor do Dolby Digital, é um sistema de processamento<br />
analógico que utiliza dois canais para gravação e, através <strong>da</strong><br />
decodificação de matrizes, reproduz até quatro canais de áudio:<br />
dois frontais, um central e um traseiro. Muitos filmes distribuídos<br />
em VHS no Brasil apresentam o Dolby-ProLogic.<br />
• O que é Dolby Surround?<br />
É um sistema de áudio com quatro canais muito utilizado nos cinemas,<br />
que proporciona um efeito de três dimensões. O equivalente<br />
no uso doméstico é o Dolby Pro-Logic.<br />
• O que é Dolby Laboratories?<br />
São empresas de altíssima tecnologia na área de áudio, com sedes<br />
em Londres e São Francisco, na Califórnia. Desde 1965, trabalham<br />
31
Relatório Final - Sebrae/PE<br />
no aperfeiçoamento de áudio, a exemplo do sistema de redução de<br />
ruídos usado para diminuir a interferência em tapes. Todo bom tocafitas<br />
de carro (tape deck, walkman etc) vem com um dispositivo para<br />
ser acionado e eliminar ruídos. A Dolby é a líder em som para filmes<br />
há várias déca<strong>da</strong>s e o seu código de áudio Dolby Digital é<br />
padrão mundial para DVD e outras novas tecnologias que estão<br />
surgindo - por exemplo, a HDTV (High Definition Television).<br />
TABELA 6 Comparação entre Dolby Digital e Dolby Pro Logic<br />
32<br />
• O que é THX (Tomlinson Holman Experience)?<br />
É uma certificação de quali<strong>da</strong>de para salas<br />
de cinema e equipamentos sofisticados como<br />
o DVD. Para uma sala ou equipamento de<br />
DVD estampar a logomarca ao lado, é preciso<br />
estar em conformi<strong>da</strong>de com os<br />
parâmetros estabelecidos pela Lucasfilm,<br />
empresa do diretor George Lucas, do filme<br />
“Guerra nas estrelas”, para sua utilização comercial. O objetivo é<br />
manter a consistência na quali<strong>da</strong>de sonora desde a gravação até a<br />
reprodução, de tal maneira que o ouvinte tenha as sensações de<br />
som e efeitos que realmente foram projeta<strong>da</strong>s pelos realizadores do<br />
filme ou programa. Para se ter uma idéia, só no ano passado é que<br />
foi inaugura<strong>da</strong> no Brasil, na ci<strong>da</strong>dede Guarulhos, a primeira sala de<br />
cinema com THX. Alguns DVDs de várias distribuidoras lançados<br />
nos Estados Unidos já trazem este certificado de excelência e<br />
perfeição de imagem e som.
• O que é DTS (Digital Theather System)?<br />
Bancado pela Universal Studios, identifica<br />
a empresa norte-americana que criou o<br />
sistema de processamento. O DTS é hoje o<br />
principal competidor do Dolby Digital.<br />
Projetado inicialmente para uso em salas<br />
de cinema, o DTS proporciona uma menor<br />
compressão de <strong>da</strong>dos, o que significa<br />
mais informação de áudio e vídeo. Muitos<br />
filmes em DVD <strong>da</strong> Universal trazem, além<br />
do Dolby Digital, o DTS.<br />
* Texto de Oceano Oliveira, extraído do site www.dvd.com.br<br />
2.2.6 Fornecedores e fabricantes<br />
As principais fontes de compra dos filmes identifica<strong>da</strong>s no estudo foram:<br />
Videolocadora: estudo <strong>da</strong> ativi<strong>da</strong>de empresarial<br />
• Representantes (distribuidoras);<br />
• Revendedores;<br />
• Internet;<br />
• Outras videolocadoras, atuando como revendedoras.<br />
As ven<strong>da</strong>s de filmes em VHS e DVD para as videolocadoras são realiza<strong>da</strong>s diretamente<br />
através de representantes comerciais, agentes <strong>da</strong>s produtoras, distribuidores,<br />
bem como de revendedores. Os primeiros constituem o principal canal de<br />
comercialização do mercado de homevideo e possuem escritórios de representação<br />
em Recife, atuando em todo o Estado de Pernambuco.<br />
O processo de comercialização é realizado através de visitas às videolocadoras,<br />
numa periodici<strong>da</strong>de mensal, em que os representantes apresentam aos empresários<br />
o portfólio (catálogo de filmes) de lançamentos de filmes do mês seguinte, pois as<br />
ven<strong>da</strong>s são antecipa<strong>da</strong>s seguindo o cronograma de lançamento <strong>da</strong>s produtoras. Na<br />
maioria <strong>da</strong>s vezes, a ven<strong>da</strong> de filmes pelos representantes é realiza<strong>da</strong> através de<br />
pacotes, ou seja, faz-se uma ven<strong>da</strong> casa<strong>da</strong> e normalmente há um desconto de acordo<br />
com a quanti<strong>da</strong>de de cópias compra<strong>da</strong>s. Por uni<strong>da</strong>de, a compra pode ser desvantajosa,<br />
considerando o preço e o prazo de pagamento. Por outro lado, para as<br />
videolocadoras que compram filmes em quanti<strong>da</strong>de, este canal é mais vantajoso<br />
pela exclusivi<strong>da</strong>de de receber o filme antecipa<strong>da</strong>mente e ter um atendimento personalizado.<br />
A compra realiza<strong>da</strong> nos revendedores é uma opção onde os empresários têm de<br />
adquirir a uni<strong>da</strong>de do filme por um preço que varia de 2% a 5% mais caro em<br />
relação aos comercializados pelos representantes; porém, neste caso, a vantagem é<br />
33
Relatório Final - Sebrae/PE<br />
a flexibili<strong>da</strong>de na escolha dos filmes (canal bastante utilizado pelas videolocadoras<br />
para compras avulsas). Em Pernambuco, um dos principais revendedores é a Aky<br />
Vídeo, localiza<strong>da</strong> na tradicional Rua Imperial, segundo os empresários do ramo.<br />
Outras alternativas também estão sendo, gradualmente, utiliza<strong>da</strong>s pelos empresários,<br />
como as compras pela Internet em sites especializados. Alguns deles fazem as<br />
compras de DVD também nos grandes magazines (Lojas Americanas, Carrefour,<br />
Bompreço etc), dos filmes considerados catálogo, já que a ven<strong>da</strong> em sell-thru é<br />
realiza<strong>da</strong> após a ven<strong>da</strong> para o mercado rental. O custo do filme no representante é<br />
de R$ 85,00, na média geral).<br />
Algumas videolocadoras também atuam na comercialização de filmes como um<br />
serviço agregado ao negócio.<br />
Os empresários devem ficar atentos ao prazo de efetivação dos pedidos de compra<br />
aos representantes, pois este sendo ultrapassado, o produto (filme) chegará com<br />
atraso, não desfrutando do período de “pico” de locação (três meses iniciais),<br />
assim como não atendendo às expectativas <strong>da</strong> clientela. Porém, caso o empresário<br />
perca o prazo do pedido, a compra poderá ser feita no revendedor. Os representantes<br />
são o principal canal de comunicação deste mercado, de acordo com os empresários.<br />
Lista de Produtoras<br />
A seguir, estão listados endereços e telefones de to<strong>da</strong>s as produtoras e distribuidoras<br />
para facilitar o contato com as mesmas. Através desta lista, podem ser localizados<br />
os representantes locais.<br />
• Alpha Filmes<br />
Rua Dr. Costa Júnior, 230 - Água Branca<br />
CEP: 05002-000 - São Paulo - SP<br />
Fone: (0xx11) 3872-3933<br />
Fax: (0xx11) 3672-3587<br />
alpha@uol.com.br<br />
• Grupo Paris Filmes<br />
Av. Pacaembu, 1682/1702 - Pacaembu<br />
CEP: 01234-000 - São Paulo - SP<br />
Fone: (0xx11) 3872-4404<br />
Fax: (0xx11) 3864-4877<br />
parisfilmes@uol.com.br<br />
34<br />
• Buena Vista Home Entertainment<br />
Av. <strong>da</strong>s Nações Uni<strong>da</strong>s, 12551/10º and - Brooklin Novo<br />
CEP: 04578-000 - São Paulo - SP<br />
Fone: (0xx11) 5504-9400<br />
Fax: (0xx11) 5504-9544
• China Vídeo / Canyon Vídeo<br />
Rua Cunha, 74 - Vila Clementino<br />
CEP: 04037-030 - São Paulo - SP<br />
Fone: (0xx11) 5572-7688<br />
Fax: (0xx11) 5572-6029<br />
• Paramount Home Entertainment<br />
Av. Tamboré, 25/4º and - Alphaville<br />
CEP: 06460-916 - Barueri - SP<br />
Fone: 0800-169300<br />
Fax: (0xx11) 4166-2295<br />
• Columbia TriStar Home Entertainment<br />
Av. <strong>da</strong>s Nações Uni<strong>da</strong>s, 12995/30º and - Brooklin Novo<br />
CEP: 04578-000 - São Paulo - SP<br />
Fone: (0xx11) 5503-9898/9899<br />
Fax: (0xx11) 5505-5741<br />
www.columbiadvdvideo.com.br<br />
• Europa Filmes (selos Europa, Filmark, Cannes)<br />
Al. Itapecuru, 320 - Alphaville<br />
CEP: 06454-080 - São Paulo - SP<br />
Fone: (0xx11) 4195-7020<br />
Fax: (0xx11) 4195-7990<br />
ven<strong>da</strong>s@europafilmes.com.br<br />
Videolocadora: estudo <strong>da</strong> ativi<strong>da</strong>de empresarial<br />
• FlashStar Home Vídeo<br />
Al. Araguaia, 122/conj. 01 - Alphaville<br />
CEP: 06455-000 - São Paulo - SP<br />
Fone: (0xx11) 4195-8456<br />
Fax: (0xx11) 4195-5370<br />
ven<strong>da</strong>s@flashstar.com.br<br />
• Grupo Estação<br />
Rua Voluntários <strong>da</strong> Pátria, 97 - Botafogo<br />
CEP: 22270-000 - Rio de Janeiro - RJ<br />
Fone: (0xx21) 2539-1505/2537-9222<br />
Fax: (0xx21) 2537-1247<br />
• Grupo Fernandes (selos Califórnia e Live)<br />
Av. Redenção, 466 - Jd. do Mar<br />
CEP: 09725-680 - São Bernardo do Campo - SP<br />
Fone: (0xx11) 4122-5800<br />
Fax: (0xx11) 4122-5855<br />
fastfilms@uol.com.br<br />
35
Relatório Final - Sebrae/PE<br />
• Grupo PlayArte<br />
Av. Rep. Líbano, 2155 - Ibirapuera<br />
CEP: 04503-003 - São Paulo - SP<br />
Fone: (0xx11) 5051-6996<br />
Fax: (0xx11) 5051-8897<br />
ven<strong>da</strong>s@playarte.com.br<br />
• Imagem Filmes<br />
Av. Brigadeiro Faria Lima, 1461/conj. 91<br />
CEP: 01451-000 - São Paulo - SP<br />
Fone: (0xx11) 3097-2500<br />
Fax: (0xx11) 3097-2511<br />
imagem_filmes@uol.com.br<br />
• LK-Tel Vídeo<br />
Rua Ministro Rocha Azevedo, 1077/conj. 32<br />
São Paulo - SP - CEP: 01410-002<br />
Fone: (0xx11) 3088-3300<br />
Fax: (0xx11) 3088-4388<br />
ven<strong>da</strong>s@lktel.com.br<br />
• Opção Continental (selos Wonder Multimídia, Gold Western)<br />
Av. Brigadeiro Luís Antônio, 1404/conj. 21 - Bela Vista<br />
CEP: 01318-900 - São Paulo - SP<br />
Fone: (0xx11) 5052-6311<br />
• Penta Vídeo<br />
Calça<strong>da</strong> <strong>da</strong>s Violetas, 100 - Alphaville<br />
CEP: 06453-000 - São Paulo - SP<br />
Fone/Fax: (0xx11) 4689-7000<br />
atendimento@privatebrasil.com.br<br />
• Rio Filme<br />
Pça. Floriano, 19/14º and - Centro<br />
CEP: 20031-050 - Rio de Janeiro - RJ<br />
Fone: (0xx21) 220-7090<br />
riofilme@riofilme.com.br<br />
36<br />
• ST2<br />
Rua Conselheiro Brotero, 1086 - Santa Cecília<br />
CEP: 01232-906 - São Paulo - SP<br />
Fone: (0xx11) 3662-1225<br />
Fax: (0xx11) 3668-7079<br />
www.st2.com.br
• Sagres<br />
Rua <strong>da</strong> Quitan<strong>da</strong>, 187/8º and - Centro<br />
CEP: 20091-000 - Rio de Janeiro - RJ<br />
Fone: (0xx21) 253-4750<br />
Fax: (0xx21) 253-4782<br />
sagres@arras.com.br<br />
• Som Livre<br />
Av. Eng. Luiz Carlos Berrini, 1253/7º and - Brooklin Novo<br />
CEP: 04571-010 - São Paulo - SP<br />
Fone: (0xx11) 5505-0504<br />
Fax: (0xx11) 5533-0863<br />
• Top Tape<br />
Av. Olegário Maciel,135 - Barra <strong>da</strong> Tijuca<br />
CEP: 22621-200 - Rio de Janeiro - RJ<br />
Fone: (0xx21) 2493-4457<br />
Fax: (0xx21) 2493-4444<br />
toptape@domain.com.br<br />
Videolocadora: estudo <strong>da</strong> ativi<strong>da</strong>de empresarial<br />
• 20th Century Fox Home Entertainment<br />
Rua Dr. Eduardo de Souza Aranha, 387/5º and - Vila Olímpia<br />
CEP: 04543-121 - São Paulo - SP<br />
Fone: (0xx11) 3365-5200<br />
www.foxvideobrasil.com.br<br />
• Universal Pictures Brasil<br />
Av. Tamboré, 25 - Alphaville<br />
CEP: 06460-000 - São Paulo - SP<br />
Fones: (0xx11) 4689-8786/4689-8787<br />
• Versátil Home Vídeo<br />
Rua Itapicuru, 369/conj. 405 - Perdizes<br />
CEP: 05006-000 - São Paulo - SP<br />
Fones: (0xx11) 3673-7401<br />
Fax: (0xx11) 3673-7784<br />
dvdversatil@uol.com.br<br />
• Warner Home Vídeo<br />
Av. Pres. Juscelino Kubitschek,1830/2º and - Vila Nova Conceição<br />
CEP: 04543-000 - São Paulo - SP<br />
Fone: (0xx11) 3016-2900<br />
Fax: (0xx11) 3168-7292<br />
www.warner.com.br<br />
37
2.3 Números do setor<br />
Relatório Final - Sebrae/PE<br />
“US$ 700 bilhões é a estimativa referente a todo o dinheiro movimentado<br />
em um ano pela indústria de cinema, vídeo e games, até revistas e<br />
Internet, no mundo inteiro. O mercado de entretenimento (cinema) nos<br />
EUA movimenta por ano mais do que os setores de saúde e vestuário”.<br />
Revista Veja (19/06/2002)<br />
2.3.1 Mercado mundial<br />
Em 2001, o mercado de homevideo representou 52% do faturamento internacional<br />
dos estúdios, ou seja, quase US$ 13,2 bilhões. Em termos de comparação, o cinema<br />
representou 24% (US$ 6,2 bilhões). O DVD sozinho foi responsável por US$ 6<br />
bilhões (Jornal do Vídeo, setembro/2002).<br />
2.3.2 Mercado nacional<br />
É o sétimo maior mercado do mundo em arreca<strong>da</strong>ção com as ven<strong>da</strong>s de DVD e<br />
VHS, totalizando, para este ano, R$ 350 milhões (quase 270% a mais do que os R$<br />
180 milhões em 1997). O Brasil fica atrás apenas de Estados Unidos, Reino Unido,<br />
França, Alemanha, Japão e Austrália (O Estado de S. Paulo, 08/09/2002).<br />
A seguir, a evolução do número de videolocadoras em ativi<strong>da</strong>de no país de 1994 a<br />
2002:<br />
Fonte: SAJ Assessoria <strong>Empresarial</strong>.<br />
FIGURA 3 Evolução do número de videolocadoras em ativi<strong>da</strong>de no país (1994-2002).<br />
38<br />
Em 1997 e 1998 ocorreu uma evasão dos clientes <strong>da</strong>s videolocadoras (reduzindo o<br />
número de empresas de 16.000 para 11.032), empolgados com as facili<strong>da</strong>des<br />
ofereci<strong>da</strong>s pela TV por assinatura.
Já as ven<strong>da</strong>s industriais de equipamentos no país, podem ser avalia<strong>da</strong>s segundo o<br />
gráfico a seguir:<br />
Videolocadora: estudo <strong>da</strong> ativi<strong>da</strong>de empresarial<br />
Fonte: Eletros (Associação Nacional de Fabricantes de Produtos Eletroeletrônicos).<br />
FIGURA 4 Ven<strong>da</strong>s industriais de equipamentos no país (2002).<br />
2.3.3 Mercado local (Pernambuco)<br />
Atualmente, Pernambuco é o sétimo maior mercado do Brasil em número de<br />
videolocadoras ativas (269). A seguir, o ranking dos Estados brasileiros:<br />
Fonte: SAJ Assessoria <strong>Empresarial</strong>.<br />
FIGURA 5 Número de videolocadoras ativas por Estado (2003).<br />
39
2.4 TENDÊNCIAS DO MERCADO DE HOMEVIDEO<br />
Relatório Final - Sebrae/PE<br />
De acordo com especialistas e profissionais do mercado de vídeo, bem como empresários<br />
do setor, foram identifica<strong>da</strong>s as seguintes tendências:<br />
• Valorização do entretenimento em casa O hábito de reunir a<br />
família e os amigos em casa para assistir a um filme vem se fortalecendo<br />
devido a vários fatores, que vão dos atrativos que a tecnologia<br />
do DVD trouxe ao segmento - como a quali<strong>da</strong>de do som e <strong>da</strong><br />
imagem, até a questão do aumento <strong>da</strong> violência urbana;<br />
• Presença <strong>da</strong>s videolocadoras na Internet Serviço com grande<br />
potencial de crescimento devido à disseminação desta ferramenta<br />
como meio de comunicação no país;<br />
• Atuação <strong>da</strong>s videolocadoras em rede Objetivando um ganho de<br />
competitivi<strong>da</strong>de no mercado, especialmente frente às grandes redes<br />
do ramo - Esta tem sido uma <strong>da</strong>s principais formas encontra<strong>da</strong>s<br />
pelas empresas do setor em busca de benefícios e vantagens <strong>da</strong><br />
atuação em rede. Elas podem estar organiza<strong>da</strong>s através de associações<br />
e cooperativas, desfrutando de vantagens como troca de experiências,<br />
realização de pesquisas de mercado, eventos com custos<br />
reduzidos, negociações em conjunto, bem como pleiteando benefícios<br />
com o Estado - legislações, apoio etc. Vale destacar que numa<br />
associação ou cooperativa, as individuali<strong>da</strong>des <strong>da</strong>s empresas são e<br />
devem ser preserva<strong>da</strong>s, havendo uma potencialização <strong>da</strong>s ações<br />
conjuntas de mercado;<br />
• Diversificação do mix de produtos e serviços oferecidos pelas<br />
videolocadoras Alinha<strong>da</strong> com o conceito de entretenimento, reunir<br />
várias opções num mesmo lugar tem sido uma estratégia adota<strong>da</strong><br />
por empresas do setor para fidelizar seus clientes, aumentando<br />
o seu tempo de permanência na loja e, assim, suas ven<strong>da</strong>s. A busca<br />
do empresário em agregar novos serviços e produtos à sua ativi<strong>da</strong>de<br />
é também uma questão de sustentação do negócio no mercado,<br />
ou seja, representa um ganho de competitivi<strong>da</strong>de. Outros serviços<br />
oferecidos além <strong>da</strong> locação de filmes são lanchonete, papelaria,<br />
sorveteria, ven<strong>da</strong> de revistas e cartazes de filmes, cafeteria, games<br />
etc, descritos no item 2.2.4;<br />
40<br />
• Consoli<strong>da</strong>ção do DVD no mercado Os atrativos que o DVD agrega<br />
com os extras (bastidores, cenas corta<strong>da</strong>s, entrevistas com o<br />
diretor do filme etc), bem como a quali<strong>da</strong>de <strong>da</strong> imagem e do som,<br />
são algumas <strong>da</strong>s características ofereci<strong>da</strong>s por esta nova<br />
tecnologia, o que vem fortalecer o DVD no mercado. As ven<strong>da</strong>s dos
aparelhos de DVD e dos próprios DVDs já representam mais de<br />
70% do mercado (eletroeletrônico e de homevideo, consecutivamente);<br />
• Resgate do hábito de colecionar filmes em casa Este hábito<br />
tem sido resgatado tanto pelos atributos que o DVD oferece, citados<br />
no item anterior, como na sofisticação <strong>da</strong>s embalagens e no lançamento<br />
de edições especiais dos filmes atraindo uma legião de<br />
cinéfilos;<br />
• Compra de filmes on-line (via download) na Internet Hábito já<br />
presente no mercado, fortalecido com a disponibili<strong>da</strong>de <strong>da</strong> rede de<br />
ban<strong>da</strong> larga. No Brasil há 1,5 milhão de residências com ban<strong>da</strong><br />
larga (Folha de S. Paulo, 2002). Nos EUA, cinco empresas de<br />
Hollywood pretendem distribuir filmes on-line, através de um site<br />
onde as pessoas podem locar os filmes e depois do download vêlos<br />
no computador por apenas 24 horas;<br />
• Redução do tempo de exibição dos filmes no cinema 2/3 <strong>da</strong><br />
ren<strong>da</strong> mundial <strong>da</strong>s produtoras de uma megaprodução estão atualmente<br />
concentrados no mercado de ven<strong>da</strong> de DVD e televisão (Folha<br />
de S. Paulo, 2003). A tendência do cinema ser uma grande<br />
vitrine de divulgação dos filmes, aumentando inclusive a quanti<strong>da</strong>de<br />
de lançamentos e a sua exibição nos cinemas, é estu<strong>da</strong><strong>da</strong> pela<br />
indústria cinematográfica. Por outro lado, cabe destacar que o<br />
tempo que um filme fica em cartaz é definido pela ren<strong>da</strong> que ele faz;<br />
Videolocadora: estudo <strong>da</strong> ativi<strong>da</strong>de empresarial<br />
• Valorização do cinema nacional Crescimento do lançamento de<br />
filmes nacionais, evolução na quali<strong>da</strong>de <strong>da</strong>s produções, políticas de<br />
incentivo ao cinema nacional etc. A videolocadora pode explorar<br />
melhor estas tendências;<br />
•Valorização de musicais, grandes clássicos e filmes de arte O DVD<br />
resgatou e acelerou o lançamento de shows de artistas nacionais e internacionais,<br />
de espetáculos etc;<br />
•Tecnologias de exibição digital O uso de computadores no lugar dos<br />
rolos de filmes em salas de cinema favorecerá a quali<strong>da</strong>de <strong>da</strong> imagem,<br />
sofisticando ca<strong>da</strong> vez mais o mercado (Folha de S. Paulo, 25/02/2004).<br />
2.5 AMEAÇAS E OPORTUNIDADES<br />
Do ponto de vista dos empresários do ramo, segundo levantamento no estudo, as<br />
principais dificul<strong>da</strong>des vivencia<strong>da</strong>s no dia-a-dia do mercado estão demonstra<strong>da</strong>s no<br />
gráfico a seguir:<br />
41
Relatório Final - Sebrae/PE<br />
FIGURA 6 Principais dificul<strong>da</strong>des do mercado.<br />
Outras dificul<strong>da</strong>des elenca<strong>da</strong>s pelos empresários:<br />
• ca<strong>da</strong>stro de clientes (segurança com relação à procedência);<br />
• não tem como assistir ao filme antes <strong>da</strong> compra (falta do “filme de<br />
serviço”);<br />
• falta de apoio e de poder de barganha para negociar;<br />
• pirataria influenciando no preço <strong>da</strong> locação;<br />
• mão-de-obra não qualifica<strong>da</strong> (alta rotativi<strong>da</strong>de) dos funcionários;<br />
• alto custo do filme (incompatibili<strong>da</strong>de com o preço de locação);<br />
• acesso aos representantes;<br />
• falta de capital suficiente para expansão;<br />
• clientes não aceitam pagar relocação;<br />
• mercado não oferece capacitação específica para funcionários;<br />
• elevado grau de dependência do empresário com os representantes;<br />
• fragili<strong>da</strong>de física dos DVDs;<br />
• falta de clientes (baixa deman<strong>da</strong>);<br />
• falta de capital de giro (compras, publici<strong>da</strong>de etc);<br />
• falta de profissionalismo;<br />
• baixo poder aquisitivo dos consumidores;<br />
• inadimplência de clientes (pagamento de multas).<br />
42<br />
Já as ameaças, vistas como fatores externos que podem interferir negativamente no<br />
negócio, estão lista<strong>da</strong>s a seguir:
FIGURA 7 Ameaças externas.<br />
Outras ameaças identifica<strong>da</strong>s no estudo:<br />
• políticas e estratégias de mercado (formas de comercialização) <strong>da</strong>s<br />
produtoras, buscando novas formas de incrementar seus<br />
faturamentos, especialmente com o DVD. Nesse período de transição<br />
e consoli<strong>da</strong>ção do DVD no mercado de homevideo, as produtoras<br />
estão realizando testes estratégicos de atuação nos mercados<br />
rental e sell-thru (redução, extinção e aumento de janelas; aumento e<br />
redução nos preços etc);<br />
Videolocadora: estudo <strong>da</strong> ativi<strong>da</strong>de empresarial<br />
• inovações tecnológicas quando não enxerga<strong>da</strong>s como oportuni<strong>da</strong>de,<br />
podem representar uma ameaça ao negócio (video on demand,<br />
Internet etc);<br />
• variação cambial interferindo no custo do filme para o empresário.<br />
De acordo com especialistas e profissionais do mercado, entrevistados na DVD<br />
Trade Show (2002 e 2003), evento realizado em São Paulo reunindo principais<br />
produtoras, fornecedores de equipamentos e fabricantes voltados para o mercado<br />
de homevideo, as principais dificul<strong>da</strong>des vivencia<strong>da</strong>s pelas videolocadoras são:<br />
• falta de profissionalismo desvalorizando a ativi<strong>da</strong>de;<br />
• baixo preço <strong>da</strong>s locações;<br />
• concorrência desleal ocasiona<strong>da</strong> pela pirataria;<br />
• que<strong>da</strong> no poder aquisitivo <strong>da</strong> população;<br />
• falta de legislação específica para o ramo;<br />
• elevado custo dos filmes (rental).<br />
43
Por outro lado, várias oportuni<strong>da</strong>des de mercado (fatores externos que podem contribuir<br />
positivamente para o negócio) estão sendo cria<strong>da</strong>s com o crescimento do DVD:<br />
Relatório Final - Sebrae/PE<br />
• inovações tecnológicas desde o lançamento de novas tecnologias -<br />
aparelhos para home theather, aparelhos de gravação em DVD etc,<br />
até o aperfeiçoamento <strong>da</strong>s existentes com o surgimento de novas<br />
funções nos aparelhos (MP3, fotos, karaokê etc);<br />
• consoli<strong>da</strong>ção do DVD;<br />
• valorização do cinema nacional;<br />
• valorização de musicais, grandes clássicos e filmes de arte.<br />
2.6 PERFIL DO EMPRESÁRIO<br />
De acordo com o estudo realizado, identificou-se o perfil dos empresários do setor<br />
na região estu<strong>da</strong><strong>da</strong>:<br />
• 68% dos empresários que atuam no ramo são homens;<br />
• 32% dos empresários do ramo são mulheres;<br />
• a i<strong>da</strong>de média dos empresários é de 34 anos;<br />
• 56% dos empresários atuantes têm a escolari<strong>da</strong>de superior;<br />
• na média geral, os empresários atuam há sete anos na ativi<strong>da</strong>de;<br />
• 40% dos empresários iniciaram o negócio com recursos financiados;<br />
• 30% dos empresários já atuaram na ativi<strong>da</strong>de, antes de montarem<br />
seu próprio negócio, como funcionários, representantes e<br />
revendedores;<br />
• 60% dos empresários investiram na ativi<strong>da</strong>de por perceberem uma<br />
oportuni<strong>da</strong>de de mercado (bairro);<br />
• 20% dos empresários dizem que investiram apenas por gostar de<br />
filmes;<br />
• 15% dos empresários não sabiam em que investir e por terem<br />
recebido uma indenização, investiram no ramo;<br />
• 47% dos empresários têm uma segun<strong>da</strong> ativi<strong>da</strong>de;<br />
44<br />
• 66% dos empresários possuem um plano de expansão e/ou modernização;<br />
• 58% dos empresários afirmam ser o bom atendimento seu ponto<br />
forte em relação à concorrência;
• 37,5% dos empresários acreditam que sua ausência na loja é o<br />
principal ponto fraco <strong>da</strong> empresa em relação ao concorrente;<br />
• 57% dos empresários adotaram procedimentos formais de trabalho<br />
na loja (horários, funções, tarefas de rotina etc);<br />
• 75% dos empresários optaram pelo lucro presumido em vez do<br />
lucro real;<br />
• 57% dos empresários acham que o preço ideal de locação dos<br />
lançamentos seria de R$ 5,00, enquanto 43% deles optam por R$<br />
6,00;<br />
• 100% dos empresários determinam seu preço de locação pelo<br />
preço praticado no mercado (não calculado);<br />
• 15% dos empresários não sabem qual é o lucro <strong>da</strong> empresa;<br />
• 72,5% dos empresários consideram um filme como “lançamento”<br />
até o terceiro ou quarto mês (vi<strong>da</strong> útil) - após este período ele passa<br />
a ser classificado como “catálogo”;<br />
Videolocadora: estudo <strong>da</strong> ativi<strong>da</strong>de empresarial<br />
• 58% dos empresários recrutam seus funcionários através de indicações.<br />
2.7 PERFIL DAS EMPRESAS<br />
De acordo com o estudo realizado, identificou-se o perfil <strong>da</strong>s empresas do setor:<br />
• 80% <strong>da</strong>s videolocadoras trabalham com VHS e DVD;<br />
• 20% delas trabalham apenas com DVD;<br />
• o investimento médio total realizado na implantação do negócio é<br />
de R$ 66.000,00;<br />
• 60% do investimento total foram utilizados na compra de filmes<br />
(VHS e DVD);<br />
• o acervo médio de filmes inclui 2.730 VHS e 847 DVDs;<br />
• o volume médio de fitas (VHS e DVD) loca<strong>da</strong>s mensalmente totaliza<br />
2.738 filmes;<br />
• 51% <strong>da</strong>s locações realiza<strong>da</strong>s por mês são de DVD;<br />
• 60% <strong>da</strong>s locações realiza<strong>da</strong>s por mês são de filmes considerados<br />
lançamentos;<br />
• a área média total de uma videolocadora é de 84m²;<br />
45<br />
• 75% <strong>da</strong> área total estão voltados para o espaço de ven<strong>da</strong>s (circulação<br />
de clientes);
• os 25% restantes são reservados para o acervo e o escritório;<br />
• a receita bruta média (apenas com locações) é de R$ 10.952,00;<br />
Relatório Final - Sebrae/PE<br />
• considerando a receita média advin<strong>da</strong> do descarte mensal dos<br />
filmes (ven<strong>da</strong> para revendedores, consumidores), o incremento na<br />
receita bruta média é de R$ 1.475,00;<br />
• no mês de julho (férias escolares), o incremento na receita bruta<br />
média chega a atingir 30%;<br />
• 64% <strong>da</strong>s videolocadoras estão registra<strong>da</strong>s como “Socie<strong>da</strong>de Lt<strong>da</strong>”<br />
e têm geralmente dois sócios;<br />
• os 36% restantes estão como “Firma Individual”;<br />
• 60% <strong>da</strong>s videolocadoras não trabalham com serviços de entrega e<br />
busca em domicílio;<br />
• 58% não possuem site na Internet;<br />
• o preço médio dos filmes (VHS e DVD) praticado no mercado é de<br />
R$ 4,00 para os lançamentos e de R$ 3,00 para os de catálogo;<br />
• 76% <strong>da</strong>s videolocadoras estão localiza<strong>da</strong>s em prédios ou casas<br />
alugados, enquanto 24% delas estão em local próprio;<br />
• o valor médio do aluguel é de R$ 920,00.<br />
2.8 PERFIL DO CONSUMIDOR<br />
“Se você produz lazer sob medi<strong>da</strong>, há poucas possibili<strong>da</strong>des de não<br />
agra<strong>da</strong>r”.<br />
Nigel Travis (Blockbuster)<br />
Esta pesquisa foi realiza<strong>da</strong> pelo Sebrae/PE com 400 usuários de videolocadoras<br />
localiza<strong>da</strong>s no Recife e na RMR, como parte integrante do <strong>Estudo</strong> <strong>da</strong> Ativi<strong>da</strong>de<br />
<strong>Empresarial</strong> Videolocadora, através de son<strong>da</strong>gem direta - questionários, concluí<strong>da</strong><br />
em janeiro de 2003:<br />
1 Perfil<br />
46<br />
Entre os freqüentadores de locadoras de fitas VHS e DVD, verificouse<br />
que 63,7% deles são do sexo masculino, casados (49,6%), com<br />
i<strong>da</strong>de entre 21 e 30 anos (30,3%), nível superior (64,4%) e ren<strong>da</strong><br />
familiar variando entre seis e 10 salários mínimos (22,6%).
FIGURA 8 Sexo dos pesquisados.<br />
FIGURA 9 I<strong>da</strong>de dos pesquisados.<br />
Videolocadora: estudo <strong>da</strong> ativi<strong>da</strong>de empresarial<br />
FIGURA 10 Ren<strong>da</strong> familiar.<br />
FIGURA 11 Estado civil.<br />
FIGURA 12 Grau de instrução.<br />
47
2 Dependentes<br />
Relatório Final - Sebrae/PE<br />
Constatou-se que 41,7% dos usuários de videolocadoras não possuem<br />
filhos dependentes. Já 24,4% deles têm dois filhos; 20,5%<br />
um filho; 11,7% três filhos; 1,4% quatro filhos e apenas 0,4% mais<br />
de quatro filhos dependentes.<br />
FIGURA 13<br />
Quanti<strong>da</strong>de de filhos<br />
dependentes.<br />
3 Dias <strong>da</strong> semana segundo turnos de preferência para a<br />
locação de fitas<br />
Quando se verificou o dia <strong>da</strong> semana preferido para locar filmes,<br />
constatou-se que 40,7% dos freqüentadores de videolocadoras<br />
preferem o sábado para realizar a locação. Destes, 48,7% locam<br />
seus filmes no turno <strong>da</strong> tarde; 37,9% no turno <strong>da</strong> noite e 13,4% no<br />
turno <strong>da</strong> manhã.<br />
FIGURA 14<br />
Dias <strong>da</strong> semana preferidos<br />
para freqüentar uma<br />
videolocadora.<br />
48<br />
FIGURA 15 Turnos preferidos para freqüentar uma videolocadora.
4 Temas preferidos, quanti<strong>da</strong>de de fitas loca<strong>da</strong>s e gasto médio<br />
mensal<br />
Entre os diversos temas de filmes, constatou-se que as fitas mais<br />
loca<strong>da</strong>s são as de comédia (15,7%) segui<strong>da</strong>s <strong>da</strong>s fitas de suspense<br />
(14%), onde ca<strong>da</strong> usuário loca aproxima<strong>da</strong>mente 11 fitas mensais<br />
em ambos os temas.<br />
De acordo com os <strong>da</strong>dos, os usuários do sexo masculino preferem<br />
o policial e o faroeste; já no sexo feminino a preferência recai sobre<br />
o romance e o musical.<br />
Numa visão por sexo dos usuários de videolocadora, verificou-se a<br />
quanti<strong>da</strong>de de fitas loca<strong>da</strong>s mensalmente por homens (11,4%) e<br />
mulheres (9,98%), o que significa dizer que os homens locam 10%<br />
a mais que as mulheres.<br />
Fazendo algumas considerações sobre a arreca<strong>da</strong>ção <strong>da</strong>s<br />
videolocadoras por número de fitas loca<strong>da</strong>s, tomando por base os<br />
<strong>da</strong>dos apresentados na pesquisa onde 284 usuários (71% dos<br />
entrevistados) informaram gastar em média com locação mensal o<br />
valor de R$ 43,18 (homens) e R$ 35,23 (mulheres), teremos um<br />
montante arreca<strong>da</strong>do por locadora de R$ 11.990,48.<br />
Videolocadora: estudo <strong>da</strong> ativi<strong>da</strong>de empresarial<br />
49<br />
FIGURA 16 Temas preferidos segundo a quanti<strong>da</strong>de média de locações.
Relatório Final - Sebrae/PE<br />
FIGURA 17 Temas preferidos segundo o sexo.<br />
Entre os vários temas informados, verificaram-se outros segmentos<br />
(5%) subdivididos a seguir :<br />
50<br />
• religiosos (4,6%);<br />
• épicos (1,5%);<br />
• culturais (10,8%);
• políticos (1,5%);<br />
• documentários (21,5%);<br />
• artes marciais (4,6%);<br />
• ação/guerra (29,2%);<br />
• eróticos (4,6%);<br />
• biográficos (1,5%);<br />
• jogos (3,1%);<br />
• artes (15,4%).<br />
5 Avaliação geral<br />
No geral, todos os aspectos foram avaliados como bons, principalmente<br />
quando foram questiona<strong>da</strong>s as instalações e a diversificação<br />
dos filmes (respectivamente 68,6% e 50,5%).<br />
Videolocadora: estudo <strong>da</strong> ativi<strong>da</strong>de empresarial<br />
51<br />
FIGURA 18 Avaliação geral.
6 Serviços em domicílio<br />
Relatório Final - Sebrae/PE<br />
De acordo com a pesquisa, 74% <strong>da</strong>s videolocadoras não oferecem<br />
os serviços de entrega e busca de filmes (apenas 26% oferecem<br />
este tipo de serviço).<br />
Nas videolocadoras que oferecem os serviços de entrega e busca<br />
de filmes (26%), verificou-se que 84,7% dos seus freqüentadores<br />
utilizam os serviços oferecidos (15,3% não o utilizam).<br />
Videolocadoras que oferecem<br />
serviço de entrega<br />
Videolocadoras que oferecem<br />
serviço de busca<br />
FIGURAS 19 e 20 Serviços em domicílio.<br />
52<br />
FIGURA 21 Utilização dos serviços de busca e<br />
entrega em domicílio.
7 Motivos <strong>da</strong> escolha por uma videolocadora<br />
Quando foram questionados os motivos <strong>da</strong> escolha por uma determina<strong>da</strong><br />
videolocadora, constatou-se que o acervo de filmes (lançamentos)<br />
tem uma grande importância na hora <strong>da</strong> escolha, seguido<br />
<strong>da</strong> proximi<strong>da</strong>de com a residência e do atendimento prestado.<br />
Videolocadora: estudo <strong>da</strong> ativi<strong>da</strong>de empresarial<br />
FIGURA 22 Motivos <strong>da</strong> escolha por uma videolocadora.<br />
8 Serviços<br />
De acordo com os freqüentadores <strong>da</strong>s videolocadoras, verificou-se<br />
que o serviço “pacote de locação” é considerado essencial<br />
(33,1%); em segundo lugar vem o serviço informatizado (26,8%),<br />
que torna o processo de locação mais ágil e eficaz, possibilitando<br />
ao usuário ter informações, por exemplo, sobre a disponibili<strong>da</strong>de de<br />
um determinado filme e a <strong>da</strong>ta <strong>da</strong> sua devolução, as últimas fitas<br />
loca<strong>da</strong>s por ele, as <strong>da</strong>tas, os temas e até mesmo se aquele filme<br />
específico já foi visto. Existem outros serviços também importantes<br />
listados a seguir:<br />
53
Relatório Final - Sebrae/PE<br />
FIGURA 23 Serviços.<br />
Quando se verificou qual o serviço considerado essencial em uma<br />
locadora, os homens responderam a ven<strong>da</strong> de produtos e as mulheres<br />
consideraram o lanche oferecido.<br />
FIGURA 24<br />
Serviços preferidos<br />
segundo o sexo.<br />
54<br />
Segundo a pesquisa, 6% dos usuários de locadoras consideram<br />
essencial a ven<strong>da</strong> de produtos, destacando-os:<br />
• acessórios para DVD;<br />
• caixas de disco para CD;
• revistas sobre filmes;<br />
• lanches;<br />
• acessórios para manutenção;<br />
• decodificador de DVD;<br />
• livros e cartazes de filmes;<br />
• ven<strong>da</strong> de filmes (DVD).<br />
Outros serviços considerados essenciais para 3,5% dos usuários<br />
de videolocadoras:<br />
• dias com preços promocionais;<br />
• pacotes promocionais;<br />
• reservas de filmes;<br />
• gratui<strong>da</strong>de no aniversário dos clientes;<br />
Videolocadora: estudo <strong>da</strong> ativi<strong>da</strong>de empresarial<br />
• informativos;<br />
• catálogos de consulta;<br />
• cortesias varia<strong>da</strong>s;<br />
• sorteios para os clientes fiéis;<br />
• delivery de filmes eróticos;<br />
• café e água de cortesia;<br />
• ven<strong>da</strong> de filmes comumente encontrados em bancas<br />
de revista.<br />
9 Equipamentos<br />
O equipamento VHS é bastante comum - cerca de 95,6% dos<br />
freqüentadores <strong>da</strong>s videolocadoras possuem o equipamento; já o DVD<br />
é possuído por 84,2% deles<br />
55<br />
FIGURA 25 Possui equipamentos VHS. FIGURA 26 Possui DVD.
10 Acesso à Internet<br />
Relatório Final - Sebrae/PE<br />
O acesso à Internet é utilizado por 80,9% dos freqüentadores <strong>da</strong>s<br />
videolocadoras e não utilizado por 19,1% deles.<br />
FIGURA 27 Acesso à Internet.<br />
11 Serviços via Internet<br />
Entre os freqüentadores <strong>da</strong>s videolocadoras com acesso à Internet<br />
(80,9%), verificou-se que 66,7% deles utilizariam serviços via<br />
Internet.<br />
Já 33,3% não utilizariam este serviço pois locam poucas fitas e<br />
preferem ir às locadoras para ter mais informações e opções sobre<br />
as fitas, ou simplesmente porque o ato de locar é muito prático.<br />
33,3% 66,7%<br />
Sim<br />
Não<br />
FIGURA 28 Serviços via Internet.<br />
12 Internet<br />
Cerca de 80,8% dos freqüentadores <strong>da</strong>s videolocadoras não deixam<br />
de locar fitas para disporem de mais tempo na Internet; já<br />
19,2% deles deixam de locar para navegarem na Internet.<br />
56<br />
FIGURA 29 Internet.
13 TV a cabo<br />
Cerca de 80,8% dos freqüentadores <strong>da</strong>s videolocadoras não deixam<br />
de locar fitas para disporem de mais tempo na Internet; já<br />
19,2% deles deixam de locar para navegarem na Internet.<br />
FIGURA 30 TV a cabo. FIGURA 31 Redução de locações por conta<br />
<strong>da</strong> TV a cabo.<br />
14 Cinema<br />
Constatou-se que uma grande parte dos freqüentadores <strong>da</strong>s<br />
videolocadoras costuma ir ao cinema (82,1%). Cerca de 49% deles<br />
vão ao cinema duas vezes por mês.<br />
Videolocadora: estudo <strong>da</strong> ativi<strong>da</strong>de empresarial<br />
FIGURA 32 Cinema.<br />
15 Comentários gerais<br />
Alguns comentários foram feitos, ao longo <strong>da</strong> pesquisa, pelos entrevistados,<br />
e estão relacionados a seguir:<br />
• “Os lançamentos demoram a chegar nas videolocadoras”.<br />
• “Sinopse pela Internet é muito legal”.<br />
• “Os preços dos cinemas nos motivam a locar filmes”.<br />
• “Seria bom o recebimento de catálogos (publicação) atualizados”.<br />
57<br />
• “Assistir aos filmes em casa é conveniente e seguro”.<br />
• “As videolocadoras devem oferecer o delivery”.
• “Os filmes culturais merecem mais atenção”.<br />
• “A locação de DVD é cara”.<br />
Relatório Final - Sebrae/PE<br />
• “Pago muita multa por não entregar no prazo. Seria bom buscar a<br />
fita ou o DVD em nossa residência”.<br />
• “As multas são altas”.<br />
• “Internet é só para estudo e comunicação”.<br />
• “Deveriam melhorar os pacotes de locação”.<br />
• “Reservar é muito importante para quem já é cliente preferencial”.<br />
• “Faltam lançamentos infantis em DVD”.<br />
• “Para utilizarmos a Internet, eles teriam que estar sempre atualizando<br />
as informações”.<br />
• “Os lançamentos são muito concorridos”.<br />
• “Ter catálogos sobre as críticas dos filmes”.<br />
• “As videolocadoras deveriam oferecer um cafezinho”.<br />
• “Temos que chegar cedo se quisermos bons filmes”.<br />
• “O prazo para devolver lançamentos tem que ser de 48 horas”.<br />
• “Falta área para estacionar”.<br />
• “Um bom espaço é fun<strong>da</strong>mental numa videolocadora”.<br />
• “Existem poucas promoções de incentivo e estímulo para quem<br />
loca. Algumas locadoras fazem sorteios de aparelhos de DVD”.<br />
• “Fazer promoções estimulam as locações”.<br />
• “Faltam filmes nacionais antigos em DVD”.<br />
• “O acervo cultural geralmente é pequeno”.<br />
• “Uma boa iluminação é essencial. Falta um diferencial”.<br />
2.9 CAPACITAÇÃO<br />
58<br />
Identificamos no mercado de homevideo uma grande carência de capacitação específica<br />
volta<strong>da</strong> para a ativi<strong>da</strong>de. As necessi<strong>da</strong>des de capacitação aponta<strong>da</strong>s pelos<br />
empresários foram atendimento ao cliente e gestão <strong>da</strong> videolocadora, porém outras<br />
foram aponta<strong>da</strong>s como fun<strong>da</strong>mentais - ven<strong>da</strong>s, conhecimentos gerais de cinema,<br />
arranjo físico e layout de loja.
Estas carências estão sendo supri<strong>da</strong>s atualmente com os treinamentos desenvolvidos<br />
e ministrados pelo próprio empresário. Alguns dos empresários chegaram a<br />
disponibilizar a capacitação para outras videolocadoras.<br />
Outro aspecto levantado nas empresas foi sobre a quanti<strong>da</strong>de de horas de treinamento<br />
dos funcionários nos últimos 12 meses. De acordo com o levantamento,<br />
40% deles receberam mais de 10 horas de treinamento, enquanto 20% receberam<br />
entre cinco e 10 horas. Os 40% restantes não receberam nenhum treinamento no<br />
mesmo período.<br />
Vale destacar que a carência de treinamento refletirá na eficiência e na eficácia do<br />
atendimento aos clientes, contribuindo negativamente no desempenho <strong>da</strong> empresa.<br />
Sob outro ponto de vista, esta carência representa uma lacuna no mercado de<br />
homevideo, sendo uma oportuni<strong>da</strong>de no ramo <strong>da</strong> prestação de serviços.<br />
2.10 LEGISLAÇÃO<br />
Videolocadora: estudo <strong>da</strong> ativi<strong>da</strong>de empresarial<br />
O conhecimento <strong>da</strong>s leis e dos órgãos que regulamentam esta ativi<strong>da</strong>de é de fun<strong>da</strong>mental<br />
importância para os empreendedores que pretendem atuar no ramo, bem<br />
como para os empresários atuantes. Este tópico objetiva sintetizar alguns desses<br />
pontos.<br />
Órgãos<br />
• Ancine (www.ancine.gov.br)<br />
A Ancine - Agência Nacional do Cinema - foi cria<strong>da</strong> pelo presidente<br />
Fernando Henrique Cardoso dentro <strong>da</strong> Política Nacional do Cinema,<br />
estabeleci<strong>da</strong> na MP 2228-1, de 6 de setembro de 2001. É um órgão<br />
de fomento, regulação e fiscalização <strong>da</strong> indústria cinematográfica e<br />
videofonográfica, dotado de autonomia administrativa e financeira.<br />
Entre outros, seus objetivos são estimular o desenvolvimento desta<br />
indústria; promover a integração <strong>da</strong>s ativi<strong>da</strong>des governamentais a<br />
ela relaciona<strong>da</strong>s; aumentar a competitivi<strong>da</strong>de, promover a autosustentabili<strong>da</strong>de<br />
e a articulação dos vários elos <strong>da</strong> sua cadeia produtiva;<br />
estimular a universalização do acesso às obras cinematográficas<br />
e videofonográficas, especialmente nacionais, e garantir a<br />
participação diversifica<strong>da</strong> <strong>da</strong>s obras estrangeiras no mercado brasileiro.<br />
• UBV (www.ubvideo.com.br)<br />
A UBV - União Brasileira de Vídeo - atua junto à indústria<br />
audiovisual nacional desde 12 de agosto de 1983. É uma associação<br />
que reúne as principais empresas de home entertainment res-<br />
59
Relatório Final - Sebrae/PE<br />
ponsáveis por 90% <strong>da</strong>s fitas (VHS) e dos DVDs lançados no mercado<br />
brasileiro. Fazem parte <strong>da</strong>s suas atribuições representar o setor<br />
junto ao Governo Federal, elaborar leis mais eficientes de proteção<br />
ao mercado e zelar pelo cumprimento <strong>da</strong>s mesmas.<br />
Leis Federais<br />
• Lei Nº 6.533, de 24 de maio de 1978<br />
Dispõe sobre a regulamentação <strong>da</strong>s profissões de artista e técnico em<br />
espetáculos e diversões.<br />
• Decreto Nº 82.385, de 5 de outubro de 1978<br />
Regulamenta a Lei Nº 6.533, de 24 de maio de 1978, que dispõe sobre<br />
as profissões de artista e técnico em espetáculos e diversões.<br />
• Lei Nº 8.401, de 8 de janeiro de 1992 (revoga<strong>da</strong> - vide abaixo Lei<br />
Nº 10.454)<br />
Dispõe sobre o controle de autentici<strong>da</strong>de de cópias de obras<br />
audiovisuais.<br />
• Lei Nº 10.454, de 13 de maio de 2002<br />
Dispõe sobre a remissão <strong>da</strong> Condecine - Contribuição para o Desenvolvimento<br />
<strong>da</strong> Indústria Cinematográfica, de que trata a Medi<strong>da</strong> Provisória<br />
2.228-1, de 6 de setembro de 2001, e dá outras providências.<br />
• Decreto Nº 567, de 11 de junho de 1992<br />
Regulamenta a Lei nº 8.401, de 8 de janeiro de 1992, que dispõe sobre<br />
o controle <strong>da</strong> autentici<strong>da</strong>de de cópias de obras audiovisuais em<br />
videograma postas em comércio.<br />
• Lei Nº 8.685, de 20 de julho de 1993<br />
Cria mecanismos de fomento à ativi<strong>da</strong>de audiovisual.<br />
• Decreto Nº 974, de 8 de novembro de 1993<br />
Regulamenta a Lei nº 8.685, de 20 de julho de 1993, que cria mecanismos<br />
de fomento à ativi<strong>da</strong>de audiovisual e dá outras providências.<br />
• Lei dos Direitos Autorais (Lei Nº 9.610, de 19 de fevereiro de 1998)<br />
Altera, atualiza e consoli<strong>da</strong> a legislação sobre direitos autorais.<br />
• Portaria Nº 35, de 18 de janeiro de 1994<br />
Fixa as alíquotas incidentes sobre o registro de emissão de certificados<br />
de investimento em empreendimentos audiovisuais.<br />
60<br />
• Portaria Nº 113, de 24 de maio de 1994<br />
O ministro <strong>da</strong> Cultura, tendo em vista o disposto na Lei nº 8.685, de 20<br />
de julho de 1993, e o Decreto nº 974, de 8 de novembro de 1993,<br />
resolve:
• Lei Estadual 12.137 (19.12.2001) - Pernambuco<br />
Diz respeito às ativi<strong>da</strong>des de lazer, em geral, como cinemas, bares, teatros<br />
etc. O pagamento <strong>da</strong> taxa anual é realizado através do formulário DAE 20,<br />
adquirido nas livrarias ou na própria Delegacia de Costumes (órgão responsável<br />
por sua fiscalização).<br />
Os valores <strong>da</strong>s taxas (2003) são:<br />
- capital: R$ 264,01;<br />
- RMR: R$ 217,42;<br />
- interior: R$ 170,83.<br />
O contato com a Delegacia de Costumes pode ser feito através do telefone<br />
(81) 3424-2554 ou na sede, localiza<strong>da</strong> na Rua Alfredo Lisboa,<br />
539/2ºan<strong>da</strong>r, Bairro do Recife. O horário de funcionamento é <strong>da</strong>s 8 às<br />
18 horas, sem intervalo para almoço.<br />
Forma Jurídica<br />
As videolocadoras podem ser registra<strong>da</strong>s como Socie<strong>da</strong>de Empresária,<br />
pelo Novo Código Civil, antes chama<strong>da</strong> de firma individual, ou<br />
como Socie<strong>da</strong>de Empresária (com dois ou mais sócios), antes<br />
chama<strong>da</strong> Socie<strong>da</strong>de Lt<strong>da</strong>. As empresas que não realizaram a alteração<br />
para adequação ao novo Código Civil, devem fazê-la na Jucepe -<br />
Junta Comercial de Pernambuco, a fim de regularizarem a ativi<strong>da</strong>de.<br />
Videolocadora: estudo <strong>da</strong> ativi<strong>da</strong>de empresarial<br />
61
3<br />
INDICADORES<br />
E ÍNDICES DA<br />
ATIVIDADE<br />
Os indicadores identificados ao longo do estudo estão relacionados a seguir:<br />
Lógica do negócio e exploração <strong>da</strong>s oportuni<strong>da</strong>des<br />
Este indicador, considerado essencial para o negócio, refere-se à<br />
concretização <strong>da</strong> oportuni<strong>da</strong>de percebi<strong>da</strong> e à manutenção do negócio,<br />
com base na viabilização e no aproveitamento contínuo <strong>da</strong>s oportuni<strong>da</strong>des<br />
identifica<strong>da</strong>s. Em uma videolocadora, consideramos como<br />
fatores estratégicos para a viabilização do negócio no mercado:<br />
Videolocadora: estudo <strong>da</strong> ativi<strong>da</strong>de empresarial<br />
• A escolha do ponto comercial O ponto onde se localiza o empreendimento<br />
pode definir o sucesso ou o insucesso do negócio.<br />
Identificamos ao longo do estudo, videolocadoras localiza<strong>da</strong>s em<br />
pontos independentes (52%), galerias comerciais (33%), postos de<br />
gasolina (7%), hipermercados (4%) e shopping centers (4%). Neste<br />
caso, o custo de manutenção do negócio geralmente é mais elevado<br />
devido aos custos adicionais cobrados pela administradora do local<br />
(por exemplo, o 13º aluguel). Essa informação depende do porte e<br />
<strong>da</strong> reputação (potencial de ven<strong>da</strong>s) do shopping, entre outros fatores<br />
que precisam ser avaliados antes <strong>da</strong> implantação do negócio.<br />
No caso <strong>da</strong>s videolocadoras, algumas conveniências que um<br />
shopping reúne são grandes alia<strong>da</strong>s <strong>da</strong> ativi<strong>da</strong>de, sendo considera<strong>da</strong>s<br />
uma vitrine em função <strong>da</strong> sua visibili<strong>da</strong>de:<br />
Localização - Mais de 60% <strong>da</strong>s videolocadoras<br />
estão localiza<strong>da</strong>s em bairros residenciais, com<br />
predominância de prédios e casas, onde este fator<br />
é uma <strong>da</strong>s principais preocupações dos empresários<br />
ao instalar suas lojas. De acordo com um estudo<br />
realizado pelo Sebrae/SP, uma característica <strong>da</strong>s<br />
lojas de vizinhança é que aproxima<strong>da</strong>mente 80%<br />
dos clientes estão localizados no raio de um quilômetro<br />
<strong>da</strong> empresa;<br />
63
Relatório Final - Sebrae/PE<br />
Fluxo de pessoas e carros - Mais de 80% dos empresários<br />
levaram em consideração, na escolha do<br />
local, o fluxo de pessoas e carros que circulam nas<br />
proximi<strong>da</strong>des <strong>da</strong> empresa. Os empresários observaram<br />
também que o fluxo no sentido trabalho-casa<br />
deve ser priorizado, ou seja, os potenciais consumidores<br />
tendem a locar seus filmes quando estão<br />
retornando do trabalho, exceto nos meses de férias<br />
- janeiro e julho;<br />
Zona de influência - Também fun<strong>da</strong>mental na escolha<br />
do ponto é conhecer o perfil dos clientes que freqüentam<br />
a videolocadora, assim como as classes<br />
sociais, os hábitos de consumo, o nível de escolari<strong>da</strong>de<br />
etc. To<strong>da</strong>s essas variáveis podem direcionar<br />
os investimentos <strong>da</strong> empresa, bem como as compras<br />
dos filmes, as promoções etc.<br />
• O estacionamento Este fator é considerado determinante na<br />
escolha de uma videolocadora, especialmente nas empresas localiza<strong>da</strong>s<br />
em aveni<strong>da</strong>s e ruas com intenso fluxo de veículos. Um bom<br />
estacionamento (acesso, disponibili<strong>da</strong>de e facili<strong>da</strong>de de estacionar)<br />
vem agregar os serviços decisivos na escolha <strong>da</strong> videolocadora<br />
pelos clientes. Verificou-se que 85,7% <strong>da</strong>s empresas possuem<br />
estacionamento próprio (considerando o estacionamento <strong>da</strong>s galerias<br />
onde se localizam algumas empresas);<br />
• A dedicação ao negócio O empresário deve estar à frente na<br />
gestão do negócio. Durante a realização deste estudo, foi observado<br />
que o nível de conhecimento dos empresários que se dedicam<br />
diariamente ao atendimento no balcão é consideravelmente maior<br />
do que <strong>da</strong>queles que não têm esta atitude. Isso se reflete diretamente<br />
nas atitudes dos funcionários, na aparência <strong>da</strong>s videolocadoras,<br />
no nível de controle gerencial, na satisfação dos clientes. As informações<br />
gera<strong>da</strong>s no atendimento aos clientes são primordiais para a<br />
manutenção do negócio, de forma inovadora e competitiva, pois são<br />
transforma<strong>da</strong>s em conhecimento, quando trata<strong>da</strong>s, e geram ações<br />
positivas para o negócio. Dos empresários entrevistados, 53% têm<br />
dedicação exclusiva à ativi<strong>da</strong>de, enquanto 47% possuem uma segun<strong>da</strong><br />
ativi<strong>da</strong>de;<br />
64<br />
• A compra de títulos Um acervo atualizado permanentemente é<br />
dever do empresário de videolocadora, pois é a essência do negócio.<br />
Além disso, estar com os filmes disponíveis para locação pode<br />
definir a fideli<strong>da</strong>de do cliente para com a videolocadora. Todos os<br />
empresários (100%) realizam compras mensalmente;
• A acompanhamento do mercado cinematográfico Todo empresário<br />
do ramo, que busca a quali<strong>da</strong>de do seu negócio através <strong>da</strong><br />
atualização de informações do setor, necessita acompanhar as<br />
evoluções e as mu<strong>da</strong>nças do mercado cinematográfico. Muitas<br />
delas podem afetar direta ou indiretamente o seu negócio (políticas<br />
de preço, políticas de distribuição etc). Além disso, é necessário<br />
conhecer os atores, os gêneros dos filmes, os grandes clássicos,<br />
as novi<strong>da</strong>des, a história do cinema, as <strong>da</strong>tas comemorativas, entre<br />
outros aspectos fun<strong>da</strong>mentais para o desenvolvimento e o crescimento<br />
<strong>da</strong> ativi<strong>da</strong>de, agregando substancialmente o atendimento<br />
numa videolocadora, ou seja, todo empresário precisa tornar-se um<br />
especialista no ramo. Várias fontes de consulta estão disponíveis<br />
no mercado. De acordo com os empresários, as principais são:<br />
Jornal do Vídeo - Revista especializa<strong>da</strong> no mercado<br />
de homevideo, trazendo mensalmente inúmeras<br />
novi<strong>da</strong>des. Sua assinatura pode ser realiza<strong>da</strong> através<br />
de www.videopage.com.br, (11) 3093-2558 ou<br />
assinaturas@videopage.com.br;<br />
Videolocadora: estudo <strong>da</strong> ativi<strong>da</strong>de empresarial<br />
Revista Ver Vídeo - Também especializa<strong>da</strong> no ramo,<br />
trazendo mensalmente as novi<strong>da</strong>des do mercado<br />
de homevideo. Sua versão rental é gratuita para as<br />
videolocadoras (pessoa jurídica) e pode ser assina<strong>da</strong><br />
através de um ca<strong>da</strong>stro feito pelos telefones<br />
(11) 3038-1368 e (81) 3038-1367 ou pelo email<br />
assinatura@nboeditora.com.br. Ambas são indispensáveis<br />
aos empresários de videolocadora;<br />
Representantes - Foram apontados como uma fonte<br />
fun<strong>da</strong>mental de consulta e atualização. Os empresários<br />
destacaram a importância do perfil consultivo<br />
dos representantes, além do vendedor;<br />
Outras fontes - Revista SET, guias de DVD, cinema,<br />
Internet, participação em eventos etc.<br />
• A reserva de capital Para empreendedores que desejarem investir<br />
na ativi<strong>da</strong>de, bem como para empresários no início do negócio,<br />
que necessitam calcular e ter disponível uma reserva de capital a<br />
fim de “bancar” a empresa, num período de pelo menos três a seis<br />
meses do início do negócio (despesas fixas, compra de filmes etc);<br />
• O ca<strong>da</strong>stro do cliente É essencial tanto para agilizar o atendimento,<br />
quanto para gerar o perfil do cliente, com a finali<strong>da</strong>de de<br />
atendê-lo melhor (oferecendo promoções direciona<strong>da</strong>s etc), além<br />
<strong>da</strong> questão <strong>da</strong> segurança <strong>da</strong> empresa (procedência <strong>da</strong>s pessoas).<br />
No estudo, identificou-se que este ca<strong>da</strong>stro ain<strong>da</strong> é subutilizado<br />
65
Relatório Final - Sebrae/PE<br />
pela maioria <strong>da</strong>s empresas, focando bastante a questão <strong>da</strong> segurança,<br />
ou seja, as informações de ca<strong>da</strong>stro não são utiliza<strong>da</strong>s para fins<br />
de ações de melhoria empresarial. A troca de informações de ca<strong>da</strong>stro<br />
entre as videolocadoras é uma prática de mercado volta<strong>da</strong> para<br />
reduzir a possibili<strong>da</strong>de de furtos etc;<br />
• O perfil do público <strong>da</strong> sua locali<strong>da</strong>de É essencial conhecer hábitos<br />
e comportamentos, assim como acompanhar suas mu<strong>da</strong>nças, para<br />
direcionar os rumos <strong>da</strong> empresa (investimentos, promoções etc).<br />
Verificou-se, por exemplo, que os filmes dublados de ação (80%) são<br />
os preferidos pelos consumidores <strong>da</strong>s videolocadoras localiza<strong>da</strong>s nos<br />
bairros considerados mais populares. Os empresários (94%) afirmam<br />
conhecer o perfil do cliente apenas por impressão pessoal.<br />
Competência e valores<br />
Este indicador diz respeito aos atributos natos e/ou adquiridos ao<br />
longo do tempo pelo empresário. As competências são identifica<strong>da</strong>s<br />
a partir <strong>da</strong> oferta de produtos e serviços, conforme a natureza do<br />
negócio em termos de quanti<strong>da</strong>de, quali<strong>da</strong>de, preço e agili<strong>da</strong>de,<br />
satisfazendo às necessi<strong>da</strong>des do cliente. Já os valores são identificados<br />
na forma de operar do empresário, respeitando e<br />
enaltecendo atributos específicos de relacionamento com clientes,<br />
fornecedores, funcionários, instituições de classe e governo:<br />
• O atendimento ao cliente pelo empresário Esta atitude demonstra<br />
o valor que o empresário tem pelo negócio. Essa valorização do<br />
negócio é percebi<strong>da</strong> tanto pelos clientes, quanto pelos funcionários.<br />
Além disso, considerando que o cliente é uma <strong>da</strong>s fontes preciosas<br />
geradoras de informações necessárias para a sustentação do negócio,<br />
é importante que a videolocadora possa ofertar produtos e serviços<br />
adequados às necessi<strong>da</strong>des do seu público;<br />
66<br />
• O planejamento de compras Com o elevado volume de lançamentos<br />
por parte <strong>da</strong>s produtoras de filmes (em torno de 60 filmes<br />
por mês), os empresários precisam saber o que, como e quanto<br />
comprar, pois o investimento é alto (cerca de R$ 85,00 o preço<br />
médio de um lançamento), especialmente para as videolocadoras<br />
que trabalham com VHS e DVD, as quais precisam adquirir ambos. 1<br />
Caso o planejamento não aconteça de forma sistemática, os empresários<br />
correrão o risco de investir em filmes não compatíveis com o<br />
perfil dos seus clientes e/ou deixar de adquirir filmes importantes<br />
para o seu acervo. Conseqüentemente, deixam de locar - essência<br />
<strong>da</strong> ativi<strong>da</strong>de. Sem planejamento, o capital de giro <strong>da</strong> empresa estará<br />
sendo utilizado de forma inadequa<strong>da</strong>;<br />
1 O investimento <strong>da</strong>s videolocadoras que trabalham com VHS e DVD é geralmente maior do que <strong>da</strong>quelas que trabalham apenas com um<br />
dos tipos, uma vez que é necessário adquirir um mesmo título tanto em DVD quanto VHS.
• O respeito ao cliente Muitas empresas demonstraram, através de<br />
ações e fatos, os valores dos empresários (com o bem-estar do cliente<br />
e sua satisfação, por exemplo), entre os quais disponibilização de<br />
banheiros, água e café; preocupação em realizar sorteios de aparelhos<br />
de DVD de boa quali<strong>da</strong>de, mesmo custando mais caro; associação à<br />
UBV — União Brasileira de Vídeo (www.ubvideo.com.br) — no combate<br />
à pirataria, deixando visível aos clientes seu selo de associado e até<br />
mesmo o telefone para denunciá-la (0800113941); salas reserva<strong>da</strong>s<br />
para filmes eróticos; cantinho reservado para crianças etc. Alguns<br />
desses itens podem ser aqui visualizados:<br />
Videolocadora: estudo <strong>da</strong> ativi<strong>da</strong>de empresarial<br />
Salinha de estar para o cliente<br />
Sala reserva<strong>da</strong> para filmes eróticos<br />
Cantinho reservado para o público infantil<br />
Banheiro para o cliente<br />
Máquina de café para os clientes<br />
67
Relatório Final - Sebrae/PE<br />
• A entrega e a busca<br />
em domicílio Este<br />
serviço opcional para o<br />
cliente é essencial para<br />
o negócio. Como uma<br />
ativi<strong>da</strong>de que proporciona<br />
o entretenimento em<br />
casa, o atendimento em<br />
domicílio passa a ser<br />
um item fun<strong>da</strong>mental do<br />
mix de serviços disponíveis<br />
numa<br />
videolocadora. A comodi<strong>da</strong>de foi um item destacado pelos clientes,<br />
que afirmaram ser a proximi<strong>da</strong>de <strong>da</strong> videolocadora com sua residência<br />
um fator determinante na escolha <strong>da</strong> mesma. Das videolocadoras estu<strong>da</strong><strong>da</strong>s,<br />
60% não oferecem este tipo de serviço. Para os 40% que trabalham<br />
com o serviço, a taxa média cobra<strong>da</strong> de entrega é de R$ 1,50;<br />
• A presença na Internet A Internet vem despontando como um dos<br />
grandes meios de comunicação. No ramo de videolocadora, estar<br />
presente na Internet é, no mínimo, uma forma de levar a imagem <strong>da</strong><br />
empresa aos clientes, além de informações de utili<strong>da</strong>de para sua<br />
consulta. Das videolocadoras que estão na Internet, 42% utilizam o<br />
site como uma fonte de atualização dos clientes (uma extensão <strong>da</strong><br />
empresa), com informações sobre os filmes, os lançamentos, as<br />
campanhas promocionais etc. Com relação aos serviços oferecidos,<br />
apenas a reserva dos filmes pode ser feita pela Internet (6%). Para<br />
exemplificar, relacionamos sites de algumas videolocadoras <strong>da</strong> região<br />
estu<strong>da</strong><strong>da</strong> (www.halugfilmes.com.br / www.locpointonline.com.br /<br />
www.gamecdvideo.com.br / www.smsvideo.com.br);<br />
• A segurança física e patrimonial Voltado para a preservação de<br />
clientes, funcionários e empresários, bem como de bens<br />
patrimoniais (seguros, sistemas eletrônicos etc), o investimento em<br />
segurança na contratação de um vigilante ou mesmo na instalação<br />
de um sistema informatizado, além de fortalecer a percepção dos<br />
clientes em estar num ambiente seguro onde eles possam ficar<br />
tranqüilos e aproveitar mais o momento de lazer proporcionado<br />
pela ativi<strong>da</strong>de (valorização <strong>da</strong> imagem <strong>da</strong> empresa), preservará a<br />
segurança física e patrimonial de todos;<br />
68<br />
• A higiene e a limpeza Um quesito fun<strong>da</strong>mental de valorização do<br />
negócio é manter os produtos e o seu ambiente conservados com<br />
limpeza periódica. Esta ação causa uma boa percepção do público.<br />
Os empresários (85%) avaliaram como bom o quesito de higiene e<br />
limpeza na loja, enquanto 15% deles acharam regular;
Poeira nas<br />
prateleiras causa<br />
má impressão,<br />
além de <strong>da</strong>nificar o<br />
produto<br />
Videolocadora: estudo <strong>da</strong> ativi<strong>da</strong>de empresarial<br />
Funcionários em<br />
ação: manter os<br />
produtos limpos e<br />
conservados é dever<br />
dos empresários<br />
• O treinamento Com a carência de treinamentos específicos para<br />
a ativi<strong>da</strong>de, o empresário precisa ter habili<strong>da</strong>de e competência para<br />
orientar e treinar seus funcionários, de forma a torná-los capazes<br />
de li<strong>da</strong>r com as situações do dia-a-dia, especialmente nas relações<br />
com os clientes externos. Mais de 60% dos empresários afirmam ser<br />
responsáveis por ministrar os treinamentos aos seus funcionários,<br />
porém apenas 6,67% deles possuem uma metodologia desenvolvi<strong>da</strong>;<br />
• A uniformização e os crachás Além de facilitar o atendimento<br />
aos clientes (identificação, agili<strong>da</strong>de), este indicador demonstra uma<br />
ação de valorização <strong>da</strong> imagem <strong>da</strong> empresa (como a empresa se<br />
apresenta ao público externo). Das videolocadoras, 83% adotaram<br />
uniformes (ver figuras a seguir);<br />
69
Relatório Final - Sebrae/PE<br />
• A legislação Mais do que uma obrigação empresarial, estar com o<br />
funcionamento <strong>da</strong> ativi<strong>da</strong>de regularizado, bem como atender às leis<br />
exerci<strong>da</strong>s sob a ativi<strong>da</strong>de, são atitudes éticas e de responsabili<strong>da</strong>de<br />
social que repercutem na imagem <strong>da</strong> empresa. Os empresários<br />
precisam estar atentos às mu<strong>da</strong>nças nas leis federais, estaduais e<br />
municipais.<br />
Competitivi<strong>da</strong>de<br />
Este indicador demonstra a posição em que a empresa está em<br />
relação ao seu mercado, identifica<strong>da</strong> a partir <strong>da</strong> avaliação <strong>da</strong>s suas<br />
ações e resultados em comparação com os concorrentes, ou em<br />
relação aos padrões de excelência <strong>da</strong> ativi<strong>da</strong>de:<br />
70<br />
• O atendimento ao cliente pelo empresário Segundo Philip<br />
Kotler, “as informações que uma empresa possui podem ser sua<br />
principal vantagem competitiva”. O atendimento ao cliente, por<br />
ser uma <strong>da</strong>s principais fontes de informações para o negócio,<br />
contribui para aumentar o conhecimento <strong>da</strong> empresa sobre o<br />
mercado, o qual deve gerar ações de melhoria empresarial. O<br />
empresário que compromete parte <strong>da</strong> sua rotina no atendimento<br />
aos clientes, além de sentir a repercussão <strong>da</strong>s suas ações no<br />
dia-a-dia do negócio (espécie de termômetro), será beneficiado<br />
diretamente com as informações gera<strong>da</strong>s (preferências, sugestões<br />
e reclamações dos clientes etc);
• A disponibili<strong>da</strong>de de títulos É um fator determinante na escolha <strong>da</strong><br />
videolocadora pelo cliente. Além de disponibilizar os filmes de lançamento<br />
e considerar as preferências dos clientes, a quanti<strong>da</strong>de de<br />
cópias por título é um indicador que tem grande influência na<br />
lucrativi<strong>da</strong>de <strong>da</strong> loja, pois é o principal serviço <strong>da</strong> ativi<strong>da</strong>de (locação).<br />
Mais de 80% dos empresários fazem parcialmente ou não fazem uso<br />
do ca<strong>da</strong>stro de clientes, não acompanhando o número de clientes<br />
ativos ca<strong>da</strong>strados (os que freqüentaram a videolocadora pelo menos<br />
nos últimos três meses), de forma que não é relaciona<strong>da</strong> a quanti<strong>da</strong>de<br />
de cópias por título disponível por cliente ativo (número de cópias<br />
muito aquém do número de clientes ativos), mas apenas por sua<br />
disponibili<strong>da</strong>de financeira, potencial de locação do filme. Vale destacar<br />
que a quanti<strong>da</strong>de de cópias por cliente ativo deve ser utiliza<strong>da</strong>, especialmente,<br />
para os grandes lançamentos (com destaque para os filmes<br />
exibidos no cinema - a grande vitrine), o que garante um bom nível de<br />
satisfação dos clientes e possibili<strong>da</strong>des de maior retorno financeiro<br />
para o negócio;<br />
• A proximi<strong>da</strong>de com o cliente Uma característica marcante <strong>da</strong>s<br />
videolocadoras estu<strong>da</strong><strong>da</strong>s é a proximi<strong>da</strong>de do relacionamento de<br />
empresários e funcionários com seus clientes. Este relacionamento,<br />
na maioria <strong>da</strong>s vezes informal, costuma criar um ambiente mais<br />
descontraído, bem familiar. A proximi<strong>da</strong>de com o cliente é valoriza<strong>da</strong><br />
pelos empresários do ramo e considera<strong>da</strong> uma vantagem competitiva.<br />
Por outro lado, não se deve confundi-la com a falta de<br />
profissionalismo, uma vez que há uma linha tênue a ser conheci<strong>da</strong><br />
pelo empresário e seus funcionários. Normalmente é uma prática<br />
utiliza<strong>da</strong> quando o próprio empresário está no atendimento;<br />
Videolocadora: estudo <strong>da</strong> ativi<strong>da</strong>de empresarial<br />
• As formas de pagamento São também fun<strong>da</strong>mentais tanto para<br />
a manutenção dos clientes já ca<strong>da</strong>strados, quanto para conquistar<br />
os mais novos. Mais de 80% dos pagamentos recebidos são realizados<br />
à vista (dinheiro ou cheque). Atualmente, o cartão de crédito é<br />
um dos principais meios de pagamento utilizados pelos consumidores.<br />
O empresário precisa avaliar e considerar sua implantação<br />
(mais opção para o cliente escolher);<br />
• A criativi<strong>da</strong>de<br />
Em promoções - A exploração <strong>da</strong>s <strong>da</strong>tas comemorativas<br />
(5 de novembro é dia do cinema brasileiro, 19<br />
de junho é o Dia Nacional do Cinema etc), os pacotes<br />
promocionais, os dias com preços<br />
promocionais, os sorteios de aparelhos de DVD e<br />
os brindes são exemplos de práticas criativas de<br />
ven<strong>da</strong> no mercado;<br />
71
Relatório Final - Sebrae/PE<br />
Exemplos de promoções para os clientes<br />
Em ven<strong>da</strong>s - O uso do cheque-locação proporcionando<br />
um prazo médio de 30 dias para pagá-lo,<br />
com direito a 30 locações (em média) e um valor<br />
de locação abaixo <strong>da</strong> locação avulsa (tradicional); a<br />
utilização de uniformes e crachás; a segmentação<br />
de preço por hora de locação - faixas de preços<br />
diferencia<strong>da</strong>s de acordo com o tempo de locação<br />
(seis, oito ou 12 horas); a escolha do cliente e o<br />
valor <strong>da</strong> relocação (multa) diferenciado do valor <strong>da</strong><br />
locação (mais barata);<br />
Em agregar produtos e serviços - Serviços de entrega<br />
e busca em domicílio, ven<strong>da</strong> de DVDs, lanches<br />
etc;<br />
No relacionamento com o cliente - Cheque-locação,<br />
reserva de filmes realiza<strong>da</strong> pessoalmente ou por<br />
telefone etc.<br />
72<br />
• A disponibili<strong>da</strong>de de terminal de consulta multimídia Consiste<br />
em ganhar competitivi<strong>da</strong>de ofertando ao cliente um terminal de<br />
acesso (computador), onde o mesmo poderá consultar os lançamentos,<br />
os traillers, as sinopses dos filmes, os comentários etc.<br />
Normalmente, deve ficar localizado em pontos visíveis <strong>da</strong> loja;
• O mix de produtos e serviços Procura agregar produtos e serviços<br />
que fazem parte do contexto do negócio (entretenimento -<br />
lanches, revistas especializa<strong>da</strong>s etc). Para as videolocadoras que<br />
pretendem comercializar produtos, será necessário possuir a inscrição<br />
estadual obti<strong>da</strong> na Secretaria <strong>da</strong> Fazen<strong>da</strong> e, caso necessário (se<br />
não foi prevista a comercialização de produtos no ato de registro<br />
<strong>da</strong> empresa), fazer a alteração do objeto social <strong>da</strong> empresa na<br />
Jucepe;<br />
Videolocadora: estudo <strong>da</strong> ativi<strong>da</strong>de empresarial<br />
• O acervo A renovação de filmes é realiza<strong>da</strong> tanto através <strong>da</strong> compra<br />
periódica dos lançamentos, quanto através do descarte (mensal,<br />
em média) <strong>da</strong>s cópias de filmes que tenham deixado de serem<br />
locados ou que estejam com taxa de locação baixa (em média o<br />
preço de um título “seminovo” VHS ou DVD para descarte é de R$<br />
30,00). Os filmes podem ser comercializados em feirões, como os<br />
realizados na Aky Vídeo para os consumidores finais. Outro ponto<br />
importante é montar o acervo por gênero de filmes, de uma forma<br />
organiza<strong>da</strong> e visível;<br />
73
Relatório Final - Sebrae/PE<br />
• O arranjo físico (formato <strong>da</strong> loja) Espaços bem definidos que<br />
permitem, ao longo do trajeto, uma completa exploração dos produtos<br />
<strong>da</strong> loja pelo cliente. Itens como posicionamento do balcão de<br />
atendimento, <strong>da</strong>s prateleiras, dos lançamentos e catálogos, dos<br />
produtos, <strong>da</strong>s vitrines, devem fazer parte do check list do empresário<br />
- 57% dos empresários avaliaram como bom o espaço para<br />
trânsito na loja e 28% como regular;<br />
Balcão de atendimento bem posicionado<br />
Padronização do ambiente<br />
Padronização do ambiente<br />
Espaço amplo para trânsito dos clientes<br />
na loja<br />
Vitrines de exposição de produtos que<br />
estão à ven<strong>da</strong>, posiciona<strong>da</strong>s na entra<strong>da</strong><br />
<strong>da</strong> loja<br />
74
• A disposição dos filmes na prateleira A seguir, algumas fotos<br />
para exemplificar a posição dos filmes quando expostos na prateleira<br />
e a facili<strong>da</strong>de na hora <strong>da</strong> escolha;<br />
A disposição dos filmes nessa posição<br />
facilita a escolha, porém falta sinalização<br />
por gênero dos filmes<br />
Videolocadora: estudo <strong>da</strong> ativi<strong>da</strong>de empresarial<br />
Dificul<strong>da</strong>de na escolha dos filmes<br />
Boa sinalização dos filmes (por gênero)<br />
• A valorização dos filmes “catálogo” Geralmente os filmes considerados<br />
de catálogo encontram-se no final <strong>da</strong> loja, muitas vezes<br />
amontoados e esquecidos nas prateleiras, de forma que não despertam<br />
o interesse dos clientes, assim como dificultam sua escolha.<br />
Existem diversas formas de valorizar os filmes “catálogo”, desde as<br />
sugestões dos bons filmes (mais locados, ganhadores do Oscar etc)<br />
reserva<strong>da</strong>s num local de destaque <strong>da</strong> loja, até sua disposição nas<br />
prateleiras em locais estratégicos, podendo impulsionar as locações<br />
de uma videolocadora, visto que os catálogos geralmente têm uma<br />
margem de lucro maior que os lançamentos recém-adquiridos pela<br />
empresa, por já terem sido pagos e o investimento retornado - mais<br />
de 50% <strong>da</strong>s videolocadoras colocam seus filmes de catálogo em<br />
prateleiras no final <strong>da</strong> loja; 36% <strong>da</strong>s videolocadoras distribuem<br />
seus filmes de catálogo entre os lançamentos; 14% <strong>da</strong>s videolocadoras<br />
colocam os filmes “catalógo” na linha de frente <strong>da</strong> loja;<br />
75
Relatório Final - Sebrae/PE<br />
Destaque especial para os filmes “catálogo”<br />
(fácil acesso e boa visibili<strong>da</strong>de)<br />
• A visibili<strong>da</strong>de (fator de atrativi<strong>da</strong>de) É obti<strong>da</strong> através de facha<strong>da</strong>s<br />
e totens;<br />
Facha<strong>da</strong>s bem ilumina<strong>da</strong>s, com cores<br />
bem defini<strong>da</strong>s, convi<strong>da</strong>m o público-alvo<br />
para entrar<br />
76<br />
Cui<strong>da</strong>do na colocação em excesso de<br />
cartazes na vitrine para não gerar<br />
poluição visual<br />
Visibili<strong>da</strong>de na marca <strong>da</strong> empresa
• A iluminação É volta<strong>da</strong> para valorizar o produto, bem como o ambiente;<br />
• A comunicação visual Deve fazer uso de uma sinalização adequa<strong>da</strong><br />
na empresa, tanto interna (indicação dos gêneros, informes,<br />
banheiros etc) quanto externa (totem, banners etc), além de facilitar<br />
bastante a “vi<strong>da</strong> do cliente”, é um fator de atrativi<strong>da</strong>de. Poucos<br />
empresários trabalham suas marcas e não fazem delas uma griffe<br />
<strong>da</strong> empresa. As carteirinhas de sócio (em forma de cartão), as<br />
camisas com a marca <strong>da</strong> empresa e o patrocínio <strong>da</strong> empresa em<br />
eventos são formas de trabalhar a marca. De acordo com o estudo,<br />
a divulgação <strong>da</strong> empresa é realiza<strong>da</strong> através de: 10,5% rádio; 5,2%<br />
revistas; 15,8% panfletos; 31,6% carros de som; 15,8% sorteios;<br />
10,5% boca-a-boca; 21% brindes; 10,5% agências de propagan<strong>da</strong>;<br />
10,5% Internet;<br />
• O horário de funcionamento de domingo a domingo É uma forte<br />
característica <strong>da</strong> ativi<strong>da</strong>de, especialmente em feriados. Porém, o empresário<br />
deve avaliar o horário de funcionamento mais adequado,<br />
considerando a freqüência dos clientes. O horário praticado no mercado,<br />
em média geral, é de segun<strong>da</strong> a sábado, <strong>da</strong>s 10h00 às 22h00<br />
(55% <strong>da</strong>s videolocadoras), e nos domingos e feriados, <strong>da</strong>s 10h00 às<br />
20h00 (63% delas). Já os meses de maior pico <strong>da</strong> ativi<strong>da</strong>de são janeiro<br />
e julho (férias escolares), e o turno mais freqüentado pelos clientes<br />
é a tarde (46,8%), seguido <strong>da</strong> noite, com 40,7% (ver Figura 13);<br />
Videolocadora: estudo <strong>da</strong> ativi<strong>da</strong>de empresarial<br />
• O cantinho reservado para as crianças (filmes infantis) Tem o<br />
objetivo de entreter as crianças, enquanto os pais ficam mais à vontade<br />
para escolher os filmes de sua preferência.<br />
77
Estruturação<br />
Relatório Final - Sebrae/PE<br />
Ca<strong>da</strong> negócio requer uma estrutura administrativa e operacional<br />
necessária e compatível com o sistema de execução <strong>da</strong>s suas<br />
operações volta<strong>da</strong>s para o consumidor. A necessi<strong>da</strong>de está na<br />
capaci<strong>da</strong>de de executar as funções exigi<strong>da</strong>s pela natureza do<br />
negócio, conforme a competência requeri<strong>da</strong>. A compatibili<strong>da</strong>de<br />
reside na capaci<strong>da</strong>de do negócio em pagar os custos decorrentes,<br />
sem perder a competitivi<strong>da</strong>de.<br />
• O canal de comunicação com o cliente Há uma necessi<strong>da</strong>de<br />
de dispor de linha telefônica como canal disponível para os<br />
clientes (reservas, informações, reclamações etc), no sentido de<br />
adotar procedimentos de atendimento;<br />
• A informatização Um software de gestão vem a ser uma poderosa<br />
ferramenta geradora de informações que vão dos controles<br />
básicos até o perfil dos clientes. Dos empresários, 40% utilizam<br />
softwares personalizados (feitos sob medi<strong>da</strong>) e estão satisfeitos<br />
com o desempenho;<br />
• Os recursos materiais necessários (investimento fixo) Arcondicionado,<br />
computador, impressora fiscal, impressora, prateleiras,<br />
balcão e filmes (acervo inicial);<br />
• Os recursos humanos As videolocadoras geralmente possuem<br />
como estrutura funcional dois atendentes (com funções de caixa)<br />
e uma pessoa para serviços gerais. Os empresários (42%) exercem<br />
a função de atendentes. As videolocadoras que oferecem<br />
serviços de entrega e busca em domicílio possuem um<br />
entregador, que também exerce a função de serviços gerais na<br />
empresa;<br />
• A segurança física e patrimonial O empresário precisa avaliar<br />
qual o sistema que atende às necessi<strong>da</strong>des <strong>da</strong> empresa para<br />
evitar roubos, assaltos etc - 9,5% <strong>da</strong>s empresas não possuem<br />
nenhum sistema de segurança; 48% adotaram sistema de segurança<br />
eletrônica; 33% sistema de vigilância; e 43% ambos os<br />
sistemas;<br />
78<br />
• A sala reserva<strong>da</strong> para filmes eróticos Trata-se de um local<br />
reservado e discreto para a disposição deste gênero de filme.<br />
Das empresas estu<strong>da</strong><strong>da</strong>s, 34% possuem um local reservado para<br />
os filmes eróticos, enquanto 66% utilizam um catálogo disponível<br />
no balcão para consulta dos filmes eróticos (não expõem os<br />
filmes na prateleira);
Sistema anti-furto<br />
• O sistema antifurto 75,8% <strong>da</strong>s empresas adotam sistemas<br />
antifurtos (caixas com mecanismos de travamento ou cavaletes<br />
eletrônicos localizados na saí<strong>da</strong> <strong>da</strong> loja);<br />
Videolocadora: estudo <strong>da</strong> ativi<strong>da</strong>de empresarial<br />
• Os procedimentos de registro de ca<strong>da</strong>stro 10,3% <strong>da</strong>s empresas<br />
cobram uma taxa de ca<strong>da</strong>stro (em média R$ 4,00), como forma<br />
de selecionar o cliente. Mais de 80% <strong>da</strong>s empresas possuem o<br />
ca<strong>da</strong>stro informatizado, bem como consultam o SPC ou pedem<br />
referências a outros empresários ou pessoas próximas (trabalho,<br />
família), além de solicitarem os documentos usuais (RG, CPF e<br />
comprovante de residência atual).<br />
Controles operacionais<br />
Um controle adequado e eficaz de compra dos filmes VHS ou<br />
DVD - é fun<strong>da</strong>mental para a gestão do negócio, e será determinante<br />
em ações do dia-a-dia <strong>da</strong> empresa. Alguns índices são prazo de<br />
compra, disponibili<strong>da</strong>de de capital de giro, quanti<strong>da</strong>de de filmes em<br />
VHS e/ou DVD, quanti<strong>da</strong>de de filmes dublados e legen<strong>da</strong>dos, e<br />
quanti<strong>da</strong>de de cópias dos títulos. Os empresários (80%) possuem o<br />
controle <strong>da</strong>s suas compras, dos quais aproxima<strong>da</strong>mente 50% têm o<br />
sistema informatizado.<br />
O prazo médio de pagamento <strong>da</strong>s compras quando os filmes<br />
são comprados através dos representantes, é de 45/60 dias.<br />
Em relação ao prazo médio de ven<strong>da</strong>s (locação) 80% <strong>da</strong>s<br />
locações são realiza<strong>da</strong>s à vista (dinheiro ou cheque). Por outro lado,<br />
as videolocadoras que utilizam o cheque-locação trabalham com o<br />
prazo de 30 a 45 dias. As ven<strong>da</strong>s em cartão de crédito e débito nas<br />
79
videolocadoras ain<strong>da</strong> são poucos utiliza<strong>da</strong>s, especialmente nas<br />
videolocadoras localiza<strong>da</strong>s em bairros mais populares (representa<br />
menos de 20% <strong>da</strong>s locações).<br />
Relatório Final - Sebrae/PE<br />
As despesas<br />
Médias (mensais)<br />
-Aluguel (R$ 920,00)<br />
-Energia elétrica (R$ 302,92)<br />
-Pró-labore (R$ 1.477,78)<br />
-Salários e encargos (42%) (R$ 1.594,78)<br />
-Contador (R$ 240,00)<br />
-Segurança (R$ 64,80)<br />
-Telefone (R$ 134,00)<br />
-Água (R$ 78,00)<br />
-Manutenção (R$ 80,00)<br />
-Higiene e limpeza (R$ 45,00)<br />
-Material de consumo (R$ 120,00)<br />
-Combustível (R$ 230,00)<br />
-Propagan<strong>da</strong> (R$ 100,00)<br />
-IPTU e seguro (R$ 100,00)<br />
-Simples (R$ 621,35)<br />
Variáveis<br />
-Filmes (R$ 1.800,00)<br />
-Embalagens (R$ 80,00)<br />
-ISS (R$ 621,35)<br />
Total (R$ 8.609,98)<br />
Quanto à receita bruta mensal as locações representam nas<br />
videolocadoras, em média, 90% do faturamento bruto mensal. A<br />
receita bruta mensal apura<strong>da</strong> no estudo foi de R$ 9.856,80,00 (locações),<br />
considerando a receita média advin<strong>da</strong> do descarte mensal<br />
dos filmes, o incremento na receita bruta média é de R$ 1.475,00,<br />
totalizando R$ 11.331,80.<br />
O PE - Ponto de Equilíbrio (média) determina o nível do valor de<br />
faturamento bruto que a empresa precisa manter para cobrir todos os<br />
seus custos operacionais fixos e variáveis. O PE mensal, apurado no<br />
estudo, corresponde a R$ 7.838,99, e o diário R$ 261,30.<br />
A folha de pagamento em média, representa 14,07% do<br />
faturamento bruto médio mensal.<br />
80<br />
A margem de contribuição indica o valor e a percentagem de ca<strong>da</strong><br />
real do faturamento, que restou após a empresa pagar suas mercadorias.<br />
O valor (média) é de R$ 8.830,45 e o percentual de 77,93%.
Produtivi<strong>da</strong>de<br />
Ven<strong>da</strong>/Área de ven<strong>da</strong> (R$ 179,87 por metro quadrado)<br />
Ven<strong>da</strong> por funcionário (considerando que uma videolocadora<br />
possui em média dois atendentes, a ven<strong>da</strong> por funcionário é de R$<br />
4.928,40, incluindo a receita bruta com as locações)<br />
Taxa de locação de lançamentos por dia (54,76)<br />
Taxa de locação de filmes de catálogo por dia (36,51)<br />
Representação do DVD no faturamento (51%)<br />
Representação do VHS no faturamento (49%)<br />
Representação dos filmes legen<strong>da</strong>dos (VHS) no faturamento (76%)<br />
Representação dos filmes dublados (VHS) no faturamento (24%)<br />
Faturamento diário só com locações (R$ 328,56)<br />
Clientes ca<strong>da</strong>strados (2.844 em média)<br />
Clientes ativos (1.052 em média)<br />
Clientes ativos por clientes ca<strong>da</strong>strados (37% dos clientes ca<strong>da</strong>strados<br />
são ativos, ou seja, realizaram locações no últimos três meses)<br />
Número de clientes atendidos por dia e mês (45,64 por dia e<br />
1.369 por mês)<br />
Domínio do negócio<br />
O acompanhamento sistemático dos resultados é fun<strong>da</strong>mental e<br />
deve ser desempenhado pelo empresário. O mesmo está relacionado<br />
com o controle que o empresário tem em relação a algumas<br />
variáveis. A tabela, a seguir, ilustra quantos empresários têm o con-<br />
81<br />
TABELA 8 - Controle <strong>da</strong>s variáveis.
trole <strong>da</strong>s variáveis - e se este é informatizado, levando em consideração:<br />
Relatório Final - Sebrae/PE<br />
• lucrativi<strong>da</strong>de (30,72%);<br />
• rentabili<strong>da</strong>de (8%);<br />
• retorno do investimento (de 12 a 24 meses. A média encontra<strong>da</strong><br />
no estudo foi de 17 meses);<br />
• despesas fixas/ven<strong>da</strong>s (49%);<br />
• despesas variáveis/ven<strong>da</strong>s (20%);<br />
• ponto de equilíbrio (R$ 7.838,99 / mês);<br />
• margem de contribuição (R$ 8.830,45 ou 77,93 %);<br />
Como o primeiro destino do lucro deve ser utilizado na conservação,<br />
manutenção e/ou expansão do negócio, 80% do lucro, em<br />
média, são reinvestidos na empresa através <strong>da</strong> compra de filmes.<br />
82
4<br />
CONSIDERAÇÕES<br />
FINAIS<br />
4.1. PRINCIPAIS PROBLEMAS DE GESTÃO<br />
• Baixa qualificação <strong>da</strong> mão-de-obra, devido à carência de treinamentos<br />
específicos voltados para a ativi<strong>da</strong>de, bem como ao baixo investimento<br />
na qualificação dos funcionários - aproxima<strong>da</strong>mente 40%<br />
dos funcionários <strong>da</strong>s empresas não receberam qualquer<br />
capacitação no último ano.<br />
• Falta de atualização dos empresários (baixo comprometimento) e<br />
baixa participação em eventos do setor.<br />
• Baixa proativi<strong>da</strong>de na manutenção, prospecção e conquista de<br />
novos clientes.<br />
• Desconhecimento <strong>da</strong> legislação (Delegacia de Costumes,<br />
enquadramento fiscal, Novo Código Civil).<br />
• Pouca interação entre os empresários (ca<strong>da</strong>stro, ações conjuntas).<br />
• Baixo aproveitamento/exploração do potencial que a ativi<strong>da</strong>de pode<br />
proporcionar.<br />
• Não valorização dos produtos, especialmente dos filmes “catálogo”.<br />
• Nível baixo de controles operacionais e falta de acompanhamento<br />
sistemático.<br />
• Software de gestão inadequado e/ou subutilizado.<br />
83
4.2 PAC - PLANO DE AÇÃO CONJUNTA<br />
Relatório Final - Sebrae/PE<br />
• Devido à carência de treinamentos específicos para a ativi<strong>da</strong>de, o<br />
empresário assume um papel fun<strong>da</strong>mental de educador e líder no<br />
processo de construção e disseminação do conhecimento na empresa.<br />
Para os funcionários, capacitações de posturas no atendimento<br />
ao cliente e ven<strong>da</strong>s são essenciais. O empresário e seus<br />
funcionários devem manter um canal aberto de comunicação para a<br />
troca de experiências adquiri<strong>da</strong>s no dia-a-dia do atendimento. As<br />
capacitações recomen<strong>da</strong><strong>da</strong>s são: “Como Vender Mais e Melhor (1, 2<br />
e 3)”, para os empresários e “Atendimento ao Cliente e Técnicas de<br />
Ven<strong>da</strong>s para os funcionários”.<br />
• Participação em eventos – Sugestão: Home Eletronics & DVD Show<br />
- 3ª Feira Internacional Home Theater, Entretenimento e Mídia<br />
Digital a ser realiza<strong>da</strong> no período de 27 a 30/05/2004 (mais informações<br />
www.homeeletronics.com.br).<br />
• Criação <strong>da</strong> Associação <strong>da</strong>s Videolocadoras de Recife, com palestras<br />
e cursos de sensibilização oferecidos pelo Sebrae/PE.<br />
• Legislação específica para o setor (longo prazo), a partir <strong>da</strong> conquista<br />
<strong>da</strong> isenção do ISS, já que o Supremo Tribunal Federal declarou<br />
ser inconstitucional a expressão “locação de bens móveis”,<br />
constante do item 79 <strong>da</strong> lista de serviços a que se refere o Decreto-<br />
Lei nº 406/68, na re<strong>da</strong>ção <strong>da</strong><strong>da</strong> pela lei complementar nº56/87.<br />
• Aperfeiçoamento <strong>da</strong>s formas de comercialização dos serviços e de<br />
valorização dos produtos (vitrines de lojas e layouts), em parceria<br />
com o Senac/PE.<br />
84
A<br />
ANEXO<br />
SITES RECOMENDADOS (FOLHA DE S. PAULO, 25/02/2004)<br />
• Adoro Cinema Brasileiro (sinopse de filmes nacionais)<br />
www.adorocinemabrasileiro.com.br<br />
Videolocadora: estudo <strong>da</strong> ativi<strong>da</strong>de empresarial<br />
• Allreviews (resenhas e análises dos resultados de bilheteria)<br />
www.allreviews.com<br />
• Backstage.com (notícias sobre os bastidores <strong>da</strong> produção de filmes)<br />
www.backstage.com<br />
• Brazil Films (apresentação em inglês do cinema nacional)<br />
www.brazilfilms.com<br />
• Celebrity Wonder (informações sobre a arreca<strong>da</strong>ção dos filmes)<br />
www.celebritywonder.com<br />
• Cineclick (portal com notícias e resenhas de filmes)<br />
www.cineclick.virgula.terra.com.br<br />
• Cinéfilos On-line (blog destinado aos fãs <strong>da</strong> Sétima Arte)<br />
www.cinefilosonline.blogger.com.br<br />
• Cinema em Casa (traillers e fotos dos lançamentos do cinema)<br />
www.cinemaemcasa.com.br<br />
• Cinemando (informações sobre o cinema nacional)<br />
www.cinemando.com.br<br />
85<br />
• Cinemanow (fichas de filmes dividi<strong>da</strong>s por género)<br />
www.cinemanow.com
• Cineminha (críticas de internautas)<br />
ww.cineminha.com.br<br />
Relatório Final - Sebrae/PE<br />
• Coisa de Cinema (reportagens e resenhas)<br />
www.coisadecinema.com.br<br />
• Earlycinema (curiosi<strong>da</strong>des sobre filmes antigos)<br />
www.earlycinema.com<br />
• e-Pipoca (programação <strong>da</strong>s salas de cinema de várias ci<strong>da</strong>des)<br />
www.e-pipocas.ci<strong>da</strong>deinternet.com.br<br />
• Film Guardian (entrevistas com personali<strong>da</strong>des do mundo do cinema)<br />
www.film.guardian.co.uk<br />
• Folha On-line (galeria de fotos e notícias atualiza<strong>da</strong>s sobre a<br />
premiação)<br />
www.folha.uol.com.br/folha/especial/2004/oscar<br />
• Hollywood.com (lançamento e bastidores do cinema americano)<br />
www.hollywood.com<br />
• IMDb (arquivo com <strong>da</strong>dos de filmes, atores e diretores)<br />
www.imdb.com<br />
• Jovem Nerd (dicas de filme de ficção científica e aventura)<br />
www.jovemnerd.com.br<br />
• Loucos por Cinema (ranking <strong>da</strong>s bilheterias no Brasil e EUA)<br />
www.loucosporcinema.com.br<br />
• Technicolor (blog com resenhas de filmes clássicos)<br />
www.technicolor.blogger.com.br<br />
• Mnemocine (banco de teses sobre cinema e links)<br />
www.mnemocine.com.br<br />
• Moviething (cartões virtuais com fotos de celebri<strong>da</strong>de do cinema)<br />
www.moviething.com<br />
86<br />
• Omelete (lançamentos e resenhas dos filmes em cartaz)<br />
www.omelete.com.br<br />
• Revista de Cinema (versão on-line especializa<strong>da</strong>)<br />
www.uol.com.br/revistadecinema
• Rotten Tomatoes (críticas sobre os lançamentos de Hollywood)<br />
www.rottentomatoes.com<br />
• SET On-line (site de revista especializa<strong>da</strong> em cinema)<br />
www.uol.com.br/setonline<br />
• UOL Cinema (notícias sobre cinema e seção especial sobre o Oscar<br />
2004)<br />
www1.uol.com.br/oscar/index.shi<br />
• Yahoo! Oscar Watch (boletim diário sobre a premiação do Oscar 2004)<br />
www.movies.yahoo.com/oscars<br />
• Filme B (informações atualiza<strong>da</strong>s sobre a indústria do cinema no<br />
Brasil)<br />
www.filmeb.com.br<br />
• Variety.com (boletins dos festivais e premiações do cinema internacional)<br />
www.variety.com<br />
Videolocadora: estudo <strong>da</strong> ativi<strong>da</strong>de empresarial<br />
• Oscar Race (previsões para a premiação)<br />
www.oscarrace.com<br />
• Film Lounge (apostas sobre os vencedores)<br />
www.jigsawlounge.com.uk/film<br />
• All Movie Guide (banco de <strong>da</strong>dos com sistema de busca de informações<br />
sobre filmes e atores)<br />
www.allmovie.com<br />
• Always Celebrity (informações pessoais de celebri<strong>da</strong>des do cinema)<br />
www.alwayscelebrity.com<br />
• Archivo di Film (site sobre as tradições do cinema argentino)<br />
www.archivodifilm.com<br />
• Asian Movie Database (banco de <strong>da</strong>dos com sistema de busca de<br />
filmes e atores asiáticos)<br />
www.asiandb.com<br />
• Baú de Filmes (blog simples com muitos filmes resenhados)<br />
www.baudefilmes.blogger.com.br<br />
87
• Celebrity Palace (informações interessantes sobre os astros do cinema)<br />
www.celebritypalace.com<br />
Relatório Final - Sebrae/PE<br />
• Cinéfila de Plantão (blog dedicado às resenhas dos filmes)<br />
www.cinefiladeplantao.blogger.com.br<br />
• Cinema Latino (blog com resenhas de filmes brasileiros e latinos)<br />
www.pipocalatina.blogger.com.br<br />
• Cinemateca Brasileira (detalhes sobre o acervo e a programação)<br />
www.cinemateca.com.br<br />
• CineTV (lista com os filmes mais vistos)<br />
www.cinetv.com.br<br />
• E! On-line (site do canal E! Entertainment Television, especializado em<br />
celebri<strong>da</strong>des de Hollywood)<br />
www.eonline.com<br />
• Falha Nossa (erros de filmagens de filmes famosos)<br />
www.falhanossa.com/cinema.htm<br />
• Foreign Films (tudo sobre filmes e documentários estrangeiros)<br />
www.foreignfilms.com<br />
• Gallery of Celebrities (fotos <strong>da</strong>s estrelas de Hollywood)<br />
www.galleryofcelebrities.com<br />
• Movieeye (loja virtual com produtos relacionados a filmes e personagens<br />
famosos)<br />
www.movieeye.com<br />
• Movies and Much More (blog com arquivos de resenhas e de críticas<br />
relaciona<strong>da</strong>s a filmes famosos)<br />
www.moviesandmore.blogger.com.br<br />
• Movies.com (resenhas dos lançamentos norte-americanos)<br />
www.movies.go.com<br />
88<br />
• MovieWeb (resenhas dos lançamentos de cinema e DVD, fórum de<br />
discussão e notícias)<br />
www.movieweb.com
• Museu del Cinema (versão virtual do museu espanhol)<br />
www.museudelcinema.org<br />
• Sitnema (diretório que organiza por ordem alfabética filmes, atores e<br />
detalhes sobre produções de cinema)<br />
www.sitnema.com<br />
• The Movie Times (detalhes financeiros dos sucessos do cinema americano)<br />
www.the-movie-times.com<br />
• Universo Filmes (filmografia de atores brasileiros e estrangeiros)<br />
www.universofilmes.hpg.com.br<br />
• World of Movies (informações sobre atores, diretores e filmes)<br />
www.world-of-movies.com<br />
Videolocadora: estudo <strong>da</strong> ativi<strong>da</strong>de empresarial<br />
89