05.05.2015 Views

Estudo da Atividade Empresarial

Estudo da Atividade Empresarial

Estudo da Atividade Empresarial

SHOW MORE
SHOW LESS

Create successful ePaper yourself

Turn your PDF publications into a flip-book with our unique Google optimized e-Paper software.

Sebrae/PE<br />

Enti<strong>da</strong>de civil sem fins lucrativos, constituí<strong>da</strong> como serviço social autônomo e cria<strong>da</strong> pela lei<br />

nº 8.029 de 13 de abril de 1990, manti<strong>da</strong> e administra<strong>da</strong> pela iniciativa priva<strong>da</strong> através do<br />

seu Conselho Deliberativo.<br />

Conselho Deliberativo<br />

Agência de Desenvolvimento do Nordeste<br />

Federação <strong>da</strong> Agricultura do Estado de Pernambuco<br />

Federação <strong>da</strong>s Indústrias do Estado de Pernambuco<br />

Federação <strong>da</strong>s Associações Comerciais do Estado de Pernambuco<br />

Banco do Nordeste<br />

Federação do Comércio Atacadista do Estado de Pernambuco<br />

Federação do Comércio do Estado de Pernambuco<br />

Sebrae Nacional<br />

Secretaria de Desenvolvimento Econômico, Turismo e Esportes do Estado de Pernambuco<br />

Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial<br />

Serviço Nacional de Aprendizagem Rural<br />

Serviço Social <strong>da</strong> Indústria<br />

Socie<strong>da</strong>de Auxiliadora <strong>da</strong> Agricultura de Pernambuco<br />

Presidente do Conselho Deliberativo<br />

Jorge Wicks Côrte Real<br />

Diretor-Superintendente<br />

Matheus Guimarães Antunes<br />

Diretor Técnico<br />

José Oswaldo de Barros Lima Ramos<br />

Diretor Administrativo-Financeiro<br />

Fernando Nunes de Souza<br />

VIDEOLOCADORA<br />

<strong>Estudo</strong> <strong>da</strong> Ativi<strong>da</strong>de <strong>Empresarial</strong><br />

Responsável<br />

Dante Freitas<br />

<strong>da</strong>ntefreitas@pe.sebrae.com.br<br />

Orientação técnica<br />

Sérgio Diniz<br />

Sebrae/SP<br />

Colaboração<br />

Conceição Moraes (Sebrae/PE), Milton Fumio e Manfredo Arkchimor (Sebrae/SP)<br />

Revisão<br />

Betânia Jerônimo<br />

Projeto Gráfico<br />

ZdiZain Comunicação<br />

Sebrae/PE<br />

Rua Tabaiares, 360 Ilha do Retiro CEP 50750-230 Recife/PE<br />

Tel: 81 3227 8400 Fax: 81 3227 8500<br />

www.pe.sebrae.com.br


Dante Gonçalves de Freitas<br />

Sebrae/PE<br />

Recife, 2004


1 Introdução<br />

2 Descrição <strong>da</strong> ativi<strong>da</strong>de<br />

2.1 Objeto de estudo<br />

2.2 A ativi<strong>da</strong>de<br />

2.2.1 A história do cinema<br />

2.2.2 Os gêneros dos filmes<br />

2.2.3 Cadeia cinematográfica<br />

2.2.4 Produtos e serviços<br />

2.2.5 Sobre o DVD<br />

2.2.6 Fornecedores e fabricantes<br />

2.3 Números do setor<br />

2.4 Tendências do mercado de homevideo<br />

2.5 Ameaças e oportuni<strong>da</strong>des<br />

2.6 Perfil do empresário<br />

2.7 Perfil <strong>da</strong>s empresas<br />

2.8 Perfil do consumidor<br />

2.9 Capacitação<br />

2.10 Legislação<br />

3 Indicadores e índices <strong>da</strong> ativi<strong>da</strong>de<br />

4 Considerações finais<br />

4.1 Principais problemas de gestão<br />

4.2 PAC - Plano de Ação Conjunta<br />

SUMÁRIO<br />

7<br />

9<br />

9<br />

10<br />

10<br />

11<br />

15<br />

16<br />

18<br />

33<br />

38<br />

40<br />

41<br />

44<br />

45<br />

46<br />

58<br />

59<br />

63<br />

83<br />

83<br />

84<br />

Videolocadora: estudo <strong>da</strong> ativi<strong>da</strong>de empresarial<br />

ANEXO<br />

85<br />

5


1<br />

INTRODUÇÃO<br />

Grande parte dos empreendedores que entram nessa grande aventura - iniciar o seu<br />

próprio negócio - não faz isso apenas pela sobrevivência ou circunstâncias. Eles<br />

são movidos pela necessi<strong>da</strong>de de realizarem seus sonhos. Se tentássemos definir<br />

seus sonhos, poderíamos mesclar o desejo <strong>da</strong> realização pessoal, do cumprimento<br />

de um papel social, de <strong>da</strong>r uma razão nobre à existência, de obter sucesso na vi<strong>da</strong><br />

e, finalmente, <strong>da</strong> satisfação de prover a família - eventualmente a dos funcionários e<br />

fornecedores, com o seu empreendimento.<br />

Videolocadora: estudo <strong>da</strong> ativi<strong>da</strong>de empresarial<br />

Refletir sobre isso nos confere uma nova responsabili<strong>da</strong>de, trazi<strong>da</strong> pela consciência<br />

de que aconselhando e orientando os atuais e os futuros empresários nas mais<br />

diversas áreas do conhecimento empresarial, estamos interferindo diretamente na<br />

quali<strong>da</strong>de de vi<strong>da</strong> e no destino <strong>da</strong>s pessoas. Esta reflexão dá origem à missão <strong>da</strong><br />

Uni<strong>da</strong>de de Orientação <strong>Empresarial</strong> do Sistema Sebrae:<br />

“Aju<strong>da</strong>r a pequena empresa a nascer bem, a viabilizar-se e a sustentar-se no mercado”.<br />

O <strong>Estudo</strong> <strong>da</strong> Ativi<strong>da</strong>de <strong>Empresarial</strong> é inspirado em fun<strong>da</strong>mentos próprios <strong>da</strong><br />

metodologia que foi desenvolvi<strong>da</strong> na Uni<strong>da</strong>de de Orientação <strong>Empresarial</strong> do Sebrae/<br />

SP pelo grupo de consultores de Administração Geral.<br />

O objetivo do estudo é buscar a viabilização e o desenvolvimento dos empreendimentos<br />

com aplicações de soluções de curto, médio e longo prazos. Além disso,<br />

identifica e analisa as causas dos problemas, e cria e aplica soluções específicas<br />

para ca<strong>da</strong> necessi<strong>da</strong>de - de gestão empresarial ou não, inclusive com produtos<br />

disponíveis do Sebrae para realizá-las. Ele não tem fins conclusivos ou acadêmicos,<br />

mas pragmáticos, buscando uma fotografia <strong>da</strong> ativi<strong>da</strong>de. Assim nasce o projeto<br />

“Saindo a Campo” do Sebrae Nacional.<br />

O <strong>Estudo</strong> <strong>da</strong> Ativi<strong>da</strong>de <strong>Empresarial</strong> Videolocadora surgiu <strong>da</strong> necessi<strong>da</strong>de de buscar<br />

constantemente a profissionalização do setor no mercado de homevideo<br />

pernambucano, especialmente na RMR - Região Metropolitana do Recife, área de<br />

atuação do estudo.<br />

7


Relatório Final - Sebrae/PE<br />

No <strong>Estudo</strong> <strong>da</strong> Ativi<strong>da</strong>de <strong>Empresarial</strong>, foram visita<strong>da</strong>s várias empresas do ramo na<br />

capital, incluindo alguns representantes <strong>da</strong>s produtoras de vídeo. Buscou-se trabalhar<br />

com os mais variados perfis de empresários do ramo, a fim de contribuir para<br />

uma melhor percepção do segmento na região estu<strong>da</strong><strong>da</strong>.<br />

Aproveito a oportuni<strong>da</strong>de para agradecer primeiramente a todos os empresários e<br />

representantes que contribuíram com dedicação, paciência, parte do seu precioso<br />

tempo e informações conti<strong>da</strong>s neste trabalho. Agradeço às revistas Jornal do Vídeo<br />

e Ver Vídeo pelas informações cedi<strong>da</strong>s e à SAJ - Assessoria <strong>Empresarial</strong>, na pessoa<br />

de Jonas Gonçalves. Agradeço ao Sebrae/PE pela oportuni<strong>da</strong>de e apoio incondicional<br />

(equipe de Orientação <strong>Empresarial</strong> em especial); ao Sebrae Nacional pelo grande<br />

apoio de Márcia Mattos, Francisco Cesarino e José Octávio; e à equipe de Orientação<br />

<strong>Empresarial</strong> do Sebrae/SP, em especial ao consultor Sérgio Diniz, o qual<br />

contribuiu com a orientação e o acompanhamento do estudo.<br />

8


2<br />

DESCRIÇÃO DA<br />

ATIVIDADE<br />

2.1 OBJETO DE ESTUDO<br />

A ativi<strong>da</strong>de empresarial videolocadora foi estu<strong>da</strong><strong>da</strong> em Recife, capital de<br />

Pernambuco, atualmente com 1.700.000 habitantes (IBGE, 2000). Os bairros<br />

enfocados foram Casa Amarela, Casa Forte, Ma<strong>da</strong>lena, Torre, Aflitos, Tamarineira,<br />

Espinheiro, Graças, Boa Vista, Boa Viagem, Pina e Pie<strong>da</strong>de, proporcionando uma<br />

riqueza de informações ao estudo devido à diversi<strong>da</strong>de <strong>da</strong>s características dos<br />

bairros e <strong>da</strong>s suas locali<strong>da</strong>des, refleti<strong>da</strong> nas videolocadoras. Apesar de se tratar <strong>da</strong><br />

mesma ativi<strong>da</strong>de, claramente podem ser percebi<strong>da</strong>s as várias formas dos empresários<br />

li<strong>da</strong>rem com o métier do negócio.<br />

O ramo de videolocadora tem demonstrado um mercado bastante promissor, principalmente<br />

devido às grandes oportuni<strong>da</strong>des ofereci<strong>da</strong>s pela indústria do entretenimento<br />

no mundo, porém bastante desafiador em função <strong>da</strong> intensa dinâmica deste<br />

mercado movido por constantes mu<strong>da</strong>nças e evoluções, exigindo um profissional<br />

empreendedor e bem preparado para gerir a ativi<strong>da</strong>de.<br />

Identificamos no mercado de videolocadora em Recife alguns tipos diferenciados <strong>da</strong><br />

ativi<strong>da</strong>de, tais como:<br />

• videolocadoras tradicionais, normalmente localiza<strong>da</strong>s em pontos<br />

independentes;<br />

• franquias e/ou grandes redes — por exemplo Blockbuster e Lok<br />

DVD;<br />

• videolocadoras de conveniência, as quais reúnem mais de um tipo<br />

de ativi<strong>da</strong>de — por exemplo papelaria, loja de conveniência,<br />

cafeteria, LAN Houses etc;<br />

• videolocadoras virtuais (express) funcionando apenas por telefone<br />

ou Internet (ou ain<strong>da</strong> por máquinas de auto-atendimento).<br />

9


2.2 A ATIVIDADE<br />

Relatório Final - Sebrae/PE<br />

No início dos anos 80, o mercado de homevideo começou a se desenvolver com a<br />

chega<strong>da</strong> dos grandes estúdios de cinema no Brasil e com o lançamento de um<br />

aparelho de vídeo nacional. Em 1987, já se consoli<strong>da</strong>va no país o mercado de fitas<br />

de vídeo produzi<strong>da</strong>s e grava<strong>da</strong>s no Brasil.<br />

2.2.1 A história do cinema<br />

A história do cinema é curta quando compara<strong>da</strong> a de outras artes, mas em seu<br />

primeiro centenário, comemorado em 1995, o cinema já produzira várias obrasprimas.<br />

Entre os inventos precursores do cinema cabe citar as sombras chinesas,<br />

silhuetas projeta<strong>da</strong>s sobre uma parede ou uma tela, surgi<strong>da</strong>s na China cinco mil<br />

anos antes de Cristo e difundi<strong>da</strong>s em Java e na Índia. Outra antecessora foi a lanterna<br />

mágica, caixa dota<strong>da</strong> de uma fonte de luz e de lentes para enviar à tela imagens<br />

amplia<strong>da</strong>s, inventa<strong>da</strong> pelo alemão Athanasius Kircher no século XVII.<br />

A invenção <strong>da</strong> fotografia, no século XIX, pelos franceses Joseph-Nicéphore Niépce<br />

e Louis-Jacques Daguerre, abriu caminho para o espetáculo do cinema, que também<br />

deve sua existência às pesquisas do inglês Peter Mark Roget e do belga Joseph-<br />

Antoine Plateau sobre a persistência <strong>da</strong> imagem na retina após ter sido vista.<br />

Em 1833, o britânico W. G. Horner idealizou o zootrópio, um jogo baseado na<br />

sucessão circular de imagens. Em 1877, o francês Émile Reynaud criou o teatro<br />

óptico, uma combinação <strong>da</strong> lanterna mágica e de espelhos para projetar filmes de<br />

desenhos numa tela. Já, então, Eadweard Muybridge, nos Estados Unidos, experimentava<br />

o zoopraxinoscópio, decompondo corri<strong>da</strong>s de cavalos em fotogramas. Por<br />

fim, outro americano, o prolífico inventor Thomas Edison, desenvolvia, com o auxílio<br />

do escocês William Kennedy Dickson, o filme de celulóide e um aparelho para a<br />

visão individual de filmes chamado cinetoscópio.<br />

Os irmãos franceses Louis e Auguste Lumière conseguiram projetar imagens amplia<strong>da</strong>s<br />

numa tela graças ao cinematógrafo, invento equipado com um mecanismo de<br />

“arrasto” para a película. Na apresentação pública de 28 de dezembro de 1895<br />

(lançamento histórico oficial do cinema) no Grand Café em Paris, o público viu, pela<br />

primeira vez, filmes como “La sortie des ouvriers de l’usine Lumière” (“A saí<strong>da</strong> dos<br />

operários <strong>da</strong> fábrica Lumière”) e “L’arrivée d’un train en gare” (“Chega<strong>da</strong> de um<br />

trem à estação”), breves testemunhos <strong>da</strong> vi<strong>da</strong> cotidiana.<br />

10


2.2.2 Os gêneros dos filmes*<br />

Documentário ou filme factual<br />

O objeto do filme documental é ser o reflexo mais ou menos fiel <strong>da</strong><br />

vi<strong>da</strong> real. Seus pioneiros foram os irmãos Lumière, com suas toma<strong>da</strong>s<br />

<strong>da</strong> vi<strong>da</strong> cotidiana, e Charles Pathé, com os noticiários. O americano<br />

Robert Flaherty foi seu principal representante, com “Nanook<br />

of the north” (1922; “Nanuk, o esquimó”). Na antiga União Soviética,<br />

destacou-se Dziga Vertov, com a “câmara-olho”. Também os<br />

ingleses foram pioneiros: John Grierson criou uma importante<br />

escola documentarista, mas enquanto enfatizava o caráter propagandístico<br />

do filme não-ficcional, outros ingleses como Raul Rotha e<br />

Basil Wright conceituavam o gênero como uma mensagem não só<br />

para a comuni<strong>da</strong>de atual, mas para a posteri<strong>da</strong>de.<br />

O filme não-ficcional inclui o documentário propriamente dito, o<br />

filme factual, o de viagens, o educativo, o de treinamento ou didático,<br />

os cinejornais ou noticiários - em desuso desde o aparecimento<br />

dos telejornais - e, para alguns, os desenhos animados.<br />

Videolocadora: estudo <strong>da</strong> ativi<strong>da</strong>de empresarial<br />

A tradição jornalística dos Estados Unidos consagrou<br />

documentaristas como Pare Lorentz e Paul Strand. O holandês<br />

Joris Ivens evoluiu desde a realização experimental até a denúncia<br />

social. A Alemanha teve em Walther Ruttman e depois em Leni<br />

Riefenstahl dois documentaristas de peso. O brasileiro Alberto<br />

Cavalcanti, que trabalhou na França e no grupo de Grierson, em<br />

Londres, foi mais documentarista que ficcionista. Outros brasileiros<br />

dedicados ao gênero foram Lima Barreto, Jurandir Passos<br />

Noronha, Jorge Iléli, Genil Vasconcelos, Rui Santos e, posteriormente,<br />

Vladimir Carvalho.<br />

Épico e aventura<br />

O filme épico e de aventura revela um mundo heróico de conflitos e<br />

combates, de grandes cenários nos quais predomina a ação. Os<br />

pioneiros do filme épico foram os italianos - no cinema mudo louvaram<br />

o passado do seu país - e os soviéticos, que lhe deram um<br />

impulso épico com temas revolucionários. O francês Abel Gance fez<br />

um monumental “Napoléon” (1926). No cinema sonoro, vale lembrar<br />

“The private life of Henry VIII” (1933 – “Os amores de<br />

Henrique VIII”), de Alexander Kor<strong>da</strong>; “Abraham Lincoln” (1930), de<br />

D. W. Griffith; “Cleópatra” (1934), de Cecil B. DeMille; “Scipione,<br />

l’africano” (1937 – “Cipião, o africano”), de Carmine Gallone; e “Ivan<br />

Grozny” (1944-1948 – “Ivan, o terrível”), de Serguei M. Eisenstein.<br />

11


Relatório Final - Sebrae/PE<br />

Guerra<br />

Em tom patriótico ou crítico, os filmes de guerra apelam para a<br />

violência como espetáculo. No cinema silencioso, o gênero foi<br />

realçado com “The birth of a nation”. As duas guerras mundiais<br />

inspiraram muitas produções, <strong>da</strong>s quais são importantes “The big<br />

parade” (1925 – “O grande desfile”), de King Vidor; “All quiet on the<br />

western front” (1930 – “Sem novi<strong>da</strong>de no front”), de Lewis<br />

Milestone; “Story of G. I. Joe” (1945 – “Também somos seres<br />

humanos”), de William Wellman; e “A walk in the sun” (1946 – “Um<br />

passeio ao sol”), de Lewis Milestone. A guerra do Vietnã também<br />

inspirou bons filmes nos Estados Unidos como “Apocalypse now”<br />

(1979), de Francis Ford Coppola, e “Platoon” (1986), de Oliver Stone.<br />

Terror<br />

A fantasia e o medo despertos por personagens monstruosos ou<br />

sobrenaturais - fantasmas, bruxas, demônios e vampiros - são os<br />

sentimentos aos quais apelam os filmes de terror. O gênero começou<br />

com o expressionismo alemão, do qual “Nosferatu”, de<br />

Friedrich Wilhelm Murnau, foi o modelo perfeito. Tornaram-se clássicos<br />

os filmes feitos em Hollywood na déca<strong>da</strong> de 30 – “Drácula”,<br />

“Frankenstein” e “King Kong”, de Merian C. Cooper e Ernest B.<br />

Schoedsack. Na déca<strong>da</strong> de 40, as produtoras R.K.O. e Universal, de<br />

Hollywood, e na de 60 a Hammer britânica, especializaram-se no<br />

tema. O gênero se tornou mais descritivo e violento e alcançou o<br />

auge com séries segui<strong>da</strong>s de monstros ressuscitados dos cemitérios,<br />

como na série “Poltergeist”, o primeiro deles de Tobe Hooper,<br />

filmado em 1982.<br />

Ficção científica<br />

As viagens interplanetárias, as experiências nucleares e as especulações<br />

sobre mundos futuros são os temas <strong>da</strong> ficção científica,<br />

gênero próximo ao terror e ao bélico. Suas obras-primas são<br />

“2001: a space odyssey” (1968 – “2001: uma odisséia no espaço”)<br />

e “Star wars” (1977 – “Guerra nas estrelas”), de George Lucas, nas<br />

quais os efeitos especiais superam a dramaturgia. Estilo muito<br />

pessoal mostrou o russo Andrei Tarkovski em “Solaris” (1972), mas<br />

o maior nome no gênero é o americano Steven Spielberg (“ET”,<br />

“Contatos imediatos do terceiro grau”).<br />

12<br />

Musical<br />

Chama-se musical o filme em que predominam as seqüências canta<strong>da</strong>s<br />

ou <strong>da</strong>nça<strong>da</strong>s. Nasceu com o cinema sonoro e se firmou nos<br />

Estados Unidos, com imitações em vários países, segundo o modelo<br />

dos espetáculos <strong>da</strong> Broadway. Entre os grandes criadores, os


diretores Busby Berkeley, Stanley Donen e Vincent Minnelli, os<br />

atores Fred Astaire, Dick Powell e Bing Crosby, as atrizes Ginger<br />

Rogers, Betty Grable e Cyd Charisse, o ator e diretor Gene Kelly, e o<br />

coreógrafo Bob Fosse.<br />

Comédia<br />

Baseia-se a comédia no enredo e nas situações bem-humora<strong>da</strong>s. A<br />

mímica, que predominou no filme silencioso, cedeu lugar às pia<strong>da</strong>s<br />

de duplo sentido que depois consagrariam os irmãos Marx, Stan<br />

Laurel e Oliver Hardy (“O Gordo e o Magro”), Red Skelton, Dean<br />

Martin e Jerry Lewis, além de diretores como Frank Capra, Ernst<br />

Lubitsch, Leo McCarey, William Wellman, George Cukor, Howard<br />

Hawks, Van Dyke, Gregory La Cava, Preston Sturges, Blake<br />

Edwards e Frank Tashlin. Na Europa triunfaram as comédias italianas<br />

e o francês Jacques Tati. Nos Estados Unidos, destacaram-se o<br />

ator Peter Sellers e o ator e diretor Woody Allen, autor de obrasprimas<br />

como “Annie Hall” (1977 – “Noivo neurótico, noiva nervosa”),<br />

“Zelig” (1983) e “The purple rose of Cairo” (1985 – “A rosa<br />

púrpura do Cairo”).<br />

Videolocadora: estudo <strong>da</strong> ativi<strong>da</strong>de empresarial<br />

Político<br />

A temática política explícita tem sido trata<strong>da</strong> com freqüência pelo<br />

cinema contemporâneo. Foram muitos os especialistas nesse tipo<br />

de abor<strong>da</strong>gem, tanto no documentário quanto na dramatização de<br />

episódios autênticos. Nas primeiras déca<strong>da</strong>s <strong>da</strong> história do cinema,<br />

seus principais representantes foram os soviéticos, especialmente<br />

Eisenstein, autor de “O encouraçado Potenkim” e “Strachka” (1924<br />

– “A greve”). Mais tarde, a partir <strong>da</strong> déca<strong>da</strong> de 60, cineastas italianos<br />

dedicaram boa parte <strong>da</strong>s suas carreiras às discussões políticas.<br />

São importantes neste gênero Gillo Pontecorvo, diretor de “Queima<strong>da</strong>”<br />

(1969), e Bernardo Bertolucci, com o épico “1900” (1976). O<br />

franco-grego Costa-Gravas, diretor de “Z” (1968) e “Missing” (1982 –<br />

“Desaparecido”), e o argentino Fernando Solanas, realizador de “La<br />

hora de los hornos” (1966-1968), têm lugar privilegiado neste gênero.<br />

Drama<br />

Os enredos de conotação social estiveram sempre presentes ao<br />

longo <strong>da</strong> evolução do cinema. Merecem destaque “Fury” (1936 –<br />

“Fúria”), de Fritz Lang; “The grapes of wrath” (1940 – “As vinhas <strong>da</strong><br />

ira”), de John Ford; “Ladri di biciclette” (1948) e “Umberto D”<br />

(1951), de Vittorio De Sica; “Nous sommes tous des assassins”<br />

(1952 – “Somos todos assassinos”), de André Cayatte; e “I want to<br />

live” (1959 – “Quero viver”), de Robert Wise.<br />

13


Relatório Final - Sebrae/PE<br />

Policial<br />

Os argumentos tradicionais do gênero policial envolvem crimes e<br />

criminosos, policiais e detetives particulares, gângsteres e ladrões. O<br />

tema preferido - o submundo - campeia a miséria econômica e moral.<br />

O diretor mais célebre deste tipo de filme foi Alfred Hitchcock, que<br />

usou o suspense para criar atmosferas de tensão e medo. Em mais de<br />

70 filmes, criou obras magistrais como “Vertigo” (1958 – “Um corpo<br />

que cai”) e “Rear window” (1954 – “Janela indiscreta”).<br />

Também obtiveram êxito filmes inspirados nos romances de Dashiell<br />

Hammett e Raymond Chandler, mestres <strong>da</strong>s tramas criminais amargas<br />

e violentas. Atores como James Cagney, Humphrey Bogart, Edward G.<br />

Robinson e George Raft alcançaram grande notorie<strong>da</strong>de, sobretudo no<br />

período inicial do cinema sonoro.<br />

Na longa relação dos clássicos do gênero não poderiam faltar<br />

“Underworld” (1927 – “Paixão e sangue”), de Josef von Sternberg;<br />

“City street” (1931 – “Ruas <strong>da</strong> ci<strong>da</strong>de”), de Rouben Mamoulian; “I am a<br />

fugitive from a Chain Gang” (1932 – “O fugitivo”), de Mervyn LeRoy;<br />

“G-Men” (1935 – “Contra o império do crime”), de William Keighley;<br />

“Dead end” (1937 – “Beco sem saí<strong>da</strong>”), de William Wyler; “Angels with<br />

dirty faces” (1938 – “Anjos de cara suja”), de Michael Curtiz, e muitos<br />

outros em Hollywood. Essencialmente americano, o filme policial<br />

também teve bons momentos na França e no Reino Unido.<br />

Melodrama<br />

Centrado nas paixões humanas, o melodrama realça o trágico e o<br />

dramático e desenvolve conflitos individuais. Nele destacaram-se W.<br />

F. Murnau, com “Sunrise” (1926 – “Aurora”); os austríacos Erich Von<br />

Stroheim e Josef von Sternberg; o italiano Luchino Visconti; o americano<br />

John M. Stahl; os japoneses Mikio Naruse e Yasujiro Ozu; e o<br />

francês François Truffaut.<br />

Propagan<strong>da</strong><br />

Os filmes de propagan<strong>da</strong> divulgam idéias sociais e políticas em<br />

defesa de determina<strong>da</strong>s ideologias. Os primeiros a usá-los foram os<br />

soviéticos. Na Itália fascista e na Alemanha nazista desenvolveu-se a<br />

propagan<strong>da</strong> política de exaltação racista e, depois <strong>da</strong> Segun<strong>da</strong><br />

Guerra, nos Estados Unidos, foram feitos filmes anticomunistas<br />

durante o período mais agudo <strong>da</strong> guerra fria.<br />

14<br />

Animação<br />

Os precursores do desenho animado foram os franceses Émile<br />

Reynaud e Émile Cohl. O maior impulso veio de Walt Disney e seus


seguidores nos Estados Unidos. Entre as principais escolas estão a<br />

tcheca, de Jiri Trnka, e a canadense, de Norman McLaren.<br />

* Fonte: www.cinemanet.com.br<br />

2.2.3 Cadeia cinematográfica<br />

A cadeia produtiva <strong>da</strong> indústria cinematográfica, levando em consideração as informações<br />

levanta<strong>da</strong>s no mercado com especialistas e empresários do ramo, tem a<br />

representação gráfica descrita na Figura 1.<br />

Videolocadora: estudo <strong>da</strong> ativi<strong>da</strong>de empresarial<br />

FIGURA 1 Modelo simplificado de funcionamento <strong>da</strong> indústria cinematográfica.<br />

As produtoras ou estúdios (1) são responsáveis pela produção dos filmes, a qual<br />

inclui as etapas de montagem ou edição (unir as diferentes cenas filma<strong>da</strong>s para<br />

obter uma ordem narrativa pré-estabeleci<strong>da</strong> no roteiro), e sonorização (pôr no filme<br />

diálogos, ruídos e música, gravados antes, durante ou após as toma<strong>da</strong>s de imagem).<br />

Concluído o negativo do filme, este é multicopiado e comercializado por uma companhia<br />

distribuidora (2), que pode pertencer ao mesmo grupo <strong>da</strong> produtora ou se<br />

dedicar exclusivamente à distribuição. Ela encarrega-se de alugar o produto, através<br />

de um representante comercial (3), para diversas salas de exibição (4), acompanhado<br />

do material publicitário, repartindo-se as ren<strong>da</strong>s entre produtor, distribuidor e<br />

exibidor, segundo conveniências e normas comerciais que variam em ca<strong>da</strong> país.<br />

Após a exibição nos cinemas, os representantes comerciais (5), agentes <strong>da</strong>s distribuidoras,<br />

realizam a comercialização para o mercado de homevideo (6). Este é<br />

composto por dois mercados: o primeiro é chamado de sell-thru, onde as ven<strong>da</strong>s<br />

são direciona<strong>da</strong>s para o varejo, ou seja, os filmes em VHS ou em DVD são<br />

comercializados para os magazines (hipermercados, lojas especializa<strong>da</strong>s etc) e<br />

disponibilizados para a ven<strong>da</strong> aos consumidores finais; o segundo mercado, objeto<br />

deste estudo, é direcionado para a locação – rental – e comercializado (geralmente<br />

antes <strong>da</strong> ven<strong>da</strong> para sell-thru) exclusivamente para as videolocadoras. Os pedidos de<br />

15


Relatório Final - Sebrae/PE<br />

compra realizados pelo mercado de homevideo são feitos aos representantes, os<br />

quais repassam para as distribuidoras, e assim são feitos os pedidos para o fabricante<br />

(7). Estes são responsáveis pela mídia, embalagem, gravação, replicação,<br />

masterização, tradução, colocação de legen<strong>da</strong>s, estampa e distribuição direta aos<br />

clientes. Atualmente, um dos principais fabricantes no país é a Videolar<br />

(www.videolar.com.br), segundo os empresários.<br />

A seguir, a Figura 2 representa o fluxo que uma megaprodução percorre.<br />

FIGURA 2 O caminho de uma megaprodução.<br />

Os filmes são lançados e exibidos nas salas de cinema, assim como alguns deles<br />

(megaproduções) também são lançados simultaneamente na versão em games.<br />

Após alguns meses (Janela 1 em média seis meses), o filme é comercializado para<br />

o mercado de homevideo (rental e sell-thru). A Janela 1 tende a sofrer uma redução<br />

ca<strong>da</strong> vez maior, ou seja, o tempo entre a exibição dos filmes nos cinemas e o seu<br />

lançamento no mercado de homevideo (item 2.4) tende a ser ca<strong>da</strong> vez menor. No<br />

Brasil, a comercialização para o mercado de homevideo é realiza<strong>da</strong> inicialmente e<br />

exclusiva para o mercado rental, depois (janela de três meses em média) o filme é<br />

comercializado para o consumidor final, através dos magazines (sell-thru) – dependerá<br />

<strong>da</strong>s políticas adota<strong>da</strong>s pelas produtoras. A Janela 2 é caracteriza<strong>da</strong> pelo período<br />

entre o lançamento dos filmes no mercado de homevideo e sua disponibilização<br />

em pay-per-view (opção disponível para os que possuem TVs por assinatura ou a<br />

cabo). Em segui<strong>da</strong>, o filme é disponibilizado para a TV paga (TV por assinatura ou a<br />

cabo), após a Janela 3. Por último, após a Janela 4 (normalmente com período<br />

superior a um ano ou mais), o filme é lançado em TV aberta.<br />

2.2.4 Produtos e serviços<br />

“(...) Quando uma pessoa sai de casa para alugar um filme, ela quer<br />

mais que uma fita para ver em casa. Quer manusear as caixinhas dos<br />

filmes, quer comprar uma pipoca, <strong>da</strong>r um balão para o filho. E tudo isso<br />

uma videolocadora reúne hoje. É esse o conceito de entretenimento<br />

moderno. Tudo, ao mesmo tempo, à disposição do cliente”.<br />

Nigel Travis (Blockbuster)<br />

16<br />

Ao longo do estudo, foi identifica<strong>da</strong> uma grande varie<strong>da</strong>de de produtos e serviços que<br />

podem ser oferecidos por uma videolocadora, além <strong>da</strong> locação de filmes. “A idéia é<br />

oferecer um lugar onde a escolha esteja disponível e que transforme uma permanência<br />

sem graça em casa numa coisa especial”. Poucos empresários <strong>da</strong> região estu<strong>da</strong><strong>da</strong><br />

estão explorando, parcialmente, o potencial que a ativi<strong>da</strong>de pode proporcionar na<br />

cadeia do entretenimento. Os produtos e serviços identificados são:


• Games ou jogos eletrônicos Utilizados para jogar no computador<br />

(PC) ou em videogames (consoles <strong>da</strong> Nintendo, Sony, Microsoft etc).<br />

Muitos produtores inspiram-se em videogames, histórias em quadrinhos,<br />

best sellers, ao criarem seus filmes (e vice-versa);<br />

• Brinquedos Assim como os games, são lançados também no mercado<br />

bonecos dos personagens dos filmes, jogos, o que atrai bastante o<br />

público infantil;<br />

• Peças colecionáveis Para os fãs dos filmes (cinéfilos), peças e<br />

objetos com imagens de personagens dos filmes em miniaturas, além<br />

de moe<strong>da</strong>s e selos comemorativos, atraindo tanto o público jovem<br />

quanto o adulto;<br />

•Cards Cartas para jogar e colecionar, com imagens de personagens<br />

dos filmes, mais utiliza<strong>da</strong>s pelo público infanto-juvenil;<br />

• Revistas e livros especializados Para uma boa parte dos filmes é<br />

encontrado o livro que lhe deu origem (e vice-versa), bem como edições<br />

especiais de revistas, guias de filmes, álbuns de figurinhas etc;<br />

Videolocadora: estudo <strong>da</strong> ativi<strong>da</strong>de empresarial<br />

• RPG (Role Playing Game) Livros-jogos em que os participantes criam<br />

personagens e o desfecho <strong>da</strong> história, baseados em um livro-mestre;<br />

• Roupas e acessórios Material escolar (canetas, cadernos, borrachas<br />

etc), adesivos, cartazes, bolsas, sapatos e bonés com os personagens<br />

dos filmes;<br />

• Roupas Camisetas, blusas, fantasias etc;<br />

• Música Trilha sonora dos filmes (CDs);<br />

• DVD Vendor Machine Durante a “DVD Trade Show 2003” foi lança<strong>da</strong><br />

a primeira máquina de auto-atendimento para a ven<strong>da</strong> de DVDs, a qual<br />

pode ser coloca<strong>da</strong> dentro <strong>da</strong>s videolocadoras;<br />

• Lanches Pipocas, refrigerantes, bombons e chocolates são uma boa<br />

companhia para assistir a um bom filme;<br />

• Serviços Sala de exibição (home theather) à disposição dos clientes<br />

que querem assistir a um DVD, mas que não possuem o aparelho em<br />

casa ou porque querem reunir sua turma; e exposições temáticas (por<br />

exemplo, uma exposição sobre a história do cinema);<br />

• LAN (Local Area Network) Houses Casas de games de computador,<br />

conectados em rede e jogados on-line, envolvendo vários jogadores<br />

simultaneamente. Neste caso, algumas videolocadoras instalaram,<br />

em uma parte <strong>da</strong>s suas áreas, uma LAN House;<br />

• Reven<strong>da</strong> de filmes novos e usados Algumas videolocadoras já<br />

agregaram à sua ativi<strong>da</strong>de a ven<strong>da</strong> de filmes DVD e VHS (novos e<br />

usados), como forma de increentar suas ven<strong>da</strong>s.<br />

17


2.2.5 Sobre o DVD *<br />

Relatório Final - Sebrae/PE<br />

Algumas informações e curiosi<strong>da</strong>des sobre esta nova tecnologia são fun<strong>da</strong>mentais e<br />

devem ser dissemina<strong>da</strong>s:<br />

• O que é ?<br />

“Quando foi lançado o primeiro aparelho de DVD no Brasil, em 24<br />

de agosto de 1997, inaugurou-se uma nova era que revolucionou a<br />

maneira de exibir filmes nos lares e, desde então, está encantando<br />

os compradores dessa nova revolução tecnológica. Afinal, quem não<br />

entrar agora na era digital certamente o fará num futuro bem próximo,<br />

pois o DVD veio para ficar, já faz sucesso nos países onde foi<br />

lançado e, nas próximas déca<strong>da</strong>s, será um dos canais para se ver<br />

filmes e ouvir música. O DVD fará parte <strong>da</strong> vi<strong>da</strong> <strong>da</strong>s pessoas assim<br />

como fazem hoje o rádio, a TV, o videocassete, o telefone, o celular...<br />

O DVD ou Disco de Vídeo Digital é uma nova e fantástica tecnologia<br />

que o setor de homevideo esperava desde o surgimento do VHS no<br />

final dos anos 70. Com quali<strong>da</strong>de de áudio e vídeo bastante superior<br />

às fitas de vídeo, o DVD é a grande sensação tecnológica do<br />

entretenimento mundial. É o formato dos sonhos que a indústria<br />

cinematográfica imaginava e que os consumidores esperavam há<br />

anos. Desde o lançamento do DVD, em dezembro de 1996 no Japão<br />

e em fevereiro de 1997 nos Estados Unidos, a história do mercado<br />

de homevideo começou a mu<strong>da</strong>r e as ven<strong>da</strong>s de filmes em DVD está<br />

crescendo ca<strong>da</strong> vez mais. O DVD é o produto eletrônico que teve<br />

aceitação e crescimento mais rápidos em todos os tempos.<br />

18<br />

O DVD é identificado em todo o mundo<br />

pelo logotipo aqui exposto, sendo a segun<strong>da</strong><br />

mídia de uso doméstico com total controle<br />

de “menu” pelo usuário – o primeiro<br />

modelo foi o CDI, desenvolvido pela Philips<br />

mas que não teve aceitação pelos consumidores. É projetado para<br />

conter áudio e vídeo de alta resolução, ver<strong>da</strong>deiramente digitais,<br />

além de oferecer uma série de recursos extras.<br />

Um disco de DVD é do mesmo tamanho de um CD de áudio, possui<br />

um sistema de “gravação” igual ao de um CD, porém as grandes<br />

diferenças são o tamanho e a distância dos “pitches”. Podemos<br />

dizer que o disco de DVD é um CD “condensado” que permite armazenar<br />

várias horas de áudio e vídeo de altíssima quali<strong>da</strong>de. Um<br />

disco de DVD tem capaci<strong>da</strong>de para reter até oito dublagens e 32<br />

legen<strong>da</strong>s de diferentes idiomas. Tem recurso de censura para pais<br />

que não desejam que os filhos assistam às cenas proibi<strong>da</strong>s para<br />

menores e a possibili<strong>da</strong>de de armazenar até nove ângulos diferen-


tes para uma mesma cena - desde que o diretor do filme inclua esse<br />

recurso”.<br />

• Quem inventou?<br />

Pela primeira vez na história, um poderoso grupo de empresas -<br />

entre elas Toshiba, Sony, Pioneer, Philips e Panasonic, em conjunto<br />

com os grandes estúdios de Hollywood, liderado pela Warner Bros<br />

- formou um consórcio para garantir suporte financeiro no desenvolvimento<br />

<strong>da</strong> tecnologia do DVD. Nos Estados Unidos, Europa e<br />

Japão os aparelhos já estão na quarta geração. Mas em países onde<br />

o mercado é menor, a grande novi<strong>da</strong>de está apenas começando.<br />

• Quando foram lançados os primeiros filmes no Brasil?<br />

Os lançamentos com legen<strong>da</strong> e áudio em português começaram em<br />

fevereiro de 1998, com a entrega do filme “Era uma vez na América”<br />

pela FlashStar. Somente em julho <strong>da</strong>quele ano, com a chega<strong>da</strong><br />

dos títulos <strong>da</strong> Columbia Pictures, o mercado recebeu o primeiro<br />

pacote com oito filmes e em agosto mais 12. A Warner Home Vídeo,<br />

quando lançou seus filmes em DVD, disponibilizou de uma só vez 60<br />

títulos, embora cerca de 12 no formato DVD-9 (com duas cama<strong>da</strong>s<br />

do mesmo lado) tenham chegado atrasados por problemas de produção.<br />

As distribuidoras estão ca<strong>da</strong> vez mais programando lançamentos<br />

simultâneos em VHS e DVD.<br />

Videolocadora: estudo <strong>da</strong> ativi<strong>da</strong>de empresarial<br />

• Quantos filmes já existem no Brasil?<br />

Até dezembro de 2002, por volta de 3580 títulos de filmes.<br />

• Um aparelho comprado no Brasil pode tocar discos dos Estados Unidos?<br />

Por pressão dos estúdios de cinema, os<br />

fabricantes de aparelhos de DVD são<br />

obrigados a vender seus equipamentos<br />

com um código regional para ca<strong>da</strong> continente.<br />

Uma regionalização cria<strong>da</strong> dividiu<br />

o mundo em seis zonas e o Brasil está na Região 4, junto com<br />

todos os países <strong>da</strong> América Latina, além de Austrália e Nova<br />

Zelândia. Os Estados Unidos estão na Região 1, juntamente com o<br />

Canadá. Os aparelhos de DVD vendidos por empresas instala<strong>da</strong>s no<br />

Brasil reproduzem os discos para a Região 4. Há discos de DVD<br />

sem codificação, ou seja, aqueles em que o estúdio ou o distribuidor<br />

19


local disponibiliza-os livre de códigos, para que possam ser reproduzidos<br />

em qualquer aparelho.<br />

Relatório Final - Sebrae/PE<br />

No Brasil, alguns fabricantes lançaram seus aparelhos de DVD<br />

codificados para reproduzirem discos também procedentes <strong>da</strong><br />

Região 1. Distribuidoras como FlashStar, Versátil, Europa e Paris,<br />

por serem independentes, lançam seus discos de DVD sem<br />

regionalização, diferentemente <strong>da</strong> Buena Vista Home Vídeo (Disney),<br />

Warner Home Vídeo (Warner Bros) e Columbia TriStar Home Vídeo<br />

(Columbia Pictures e Universal Studios). Os discos que vêm com o<br />

símbolo de um globo, no qual se lê a palavra inglesa all (todos),<br />

podem ser tocados em qualquer aparelho, não importando se o<br />

DVD foi comprado no Brasil ou procedente dos Estados Unidos.<br />

Mas é importante que os discos estejam em conformi<strong>da</strong>de com o<br />

padrão NTSC. Discos <strong>da</strong> Europa (Região 2 e padrão PAL-M) não<br />

irão tocar na maioria dos aparelhos existentes no Brasil.<br />

• Precisa trocar de TV para assistir aos filmes?<br />

Talvez. Você pode assistir aos filmes usando até uma TV pequena, de<br />

14” por exemplo. Só existe uma exigência: a TV deve ter entra<strong>da</strong>s de<br />

áudio e vídeo RCA. Caso não tenha, você deverá ligar o DVD a um<br />

videocassete ou então adquirir um modulador de RF. Porém, estas<br />

soluções normalmente apresentam problemas com o sistema de<br />

proteção de cópias Macrovision (veja mais adiante o que é Macrovision).<br />

O que se aconselha é que o DVD seja ligado em uma TV, de preferência<br />

com tela superior a 29”, e tenha uma boa quali<strong>da</strong>de de som - característica<br />

comum nos modelos atuais. Imagina-se que quem compra um<br />

aparelho de DVD não pode deixar de lado o tamanho <strong>da</strong> tela e a quali<strong>da</strong>de<br />

do áudio. To<strong>da</strong> TV em que vai ser acoplado um aparelho de DVD<br />

tem de ter uma entra<strong>da</strong> de áudio e vídeo e aceitar o padrão NTSC, hoje<br />

facilmente encontrado nos televisores acima de 20”.<br />

20<br />

• Que outros equipamentos devem ser comprados para assistir aos<br />

filmes em casa?<br />

Para assistir a um filme em DVD é suficiente ter um aparelho de<br />

DVD e uma televisão que reproduza sinais no sistema NTSC (todos<br />

os televisores brasileiros com menos de cinco anos fazem isso).<br />

Mas para se obter uma melhor quali<strong>da</strong>de no áudio, o usuário pode<br />

conectar o aparelho de DVD à entra<strong>da</strong> auxiliar do equipamento de<br />

som, ouvindo em estéreo ou em Dolby Surround com boa quali<strong>da</strong>de.<br />

Mas se o intuito for obter a mesma quali<strong>da</strong>de de uma moderna sala<br />

de cinema, o ideal é que o aparelho de DVD seja ligado a uma TV<br />

com entra<strong>da</strong> S-vídeo ou Composite, e a um amplificador ou receiver<br />

Dolby Digital AC-3. Desta forma é possível reproduzir em seis canais<br />

independentes. Isso transforma sua sala em um ver<strong>da</strong>deiro<br />

cinema, com o som beirando a perfeição.


• Que cui<strong>da</strong>dos devem ser tomados com um disco de DVD?<br />

Um disco de DVD requer os mesmos cui<strong>da</strong>dos que são tipicamente<br />

dispensados a um CD de áudio - nunca tocar sua superfície diretamente<br />

com os dedos (segurar pelas bor<strong>da</strong>s), mantê-lo sempre na<br />

própria embalagem e não submetê-lo a calor excessivo ou umi<strong>da</strong>de.<br />

• Um disco de DVD é muito frágil?<br />

Um disco de DVD tem uma densi<strong>da</strong>de de gravação muito maior do<br />

que a de um CD de áudio. Aparentemente a reprodução sofreria<br />

mais com sujeira e arranhões, porém os circuitos de correções de<br />

erros presentes nos aparelhos de DVD são mais avançados do que<br />

aqueles existentes nos aparelhos de CD. No caso de sujeira, o disco<br />

pode ser limpado com um pano de algodão macio e seco. A durabili<strong>da</strong>de<br />

dos discos de DVD é infinitamente maior do que a de uma<br />

fita de VHS. Caso necessário, sempre que for fazer uma limpeza,<br />

faça movimentos de dentro para fora (do furo central para a bor<strong>da</strong>)<br />

e nunca movimentos circulares.<br />

• Qual a diferença de imagem entre o VHS e o DVD?<br />

Desde a criação do videocassete, no final dos anos 70, nunca um<br />

sistema eletrônico de imagens, de uso doméstico, surgira até então.<br />

Veja a seguir a quanti<strong>da</strong>de de linhas de resolução <strong>da</strong>s mídias domésticas:<br />

Videolocadora: estudo <strong>da</strong> ativi<strong>da</strong>de empresarial<br />

TABELA 1 Diferença de imagem entre DVD e VHS.<br />

• Quanto tempo de gravação comporta um DVD?<br />

21<br />

TABELA 2 Tempo de gravação em DVDs.


Relatório Final - Sebrae/PE<br />

• Já existe DVD que grava?<br />

O gravador de DVD para uso doméstico foi lançado no Japão e está<br />

à ven<strong>da</strong> nas lojas dos Estados Unidos desde julho de 2000. Em<br />

2003, algumas empresas já lançaram seus aparelhos no Brasil.<br />

• O DVD vai substituir o videocassete?<br />

O aparelho de DVD foi lançado em agosto de 1997 e só agora suas<br />

ven<strong>da</strong>s começam a acontecer de ver<strong>da</strong>de. Há quem afirme que o DVD,<br />

por um longo período (pelo menos 10 anos), deverá caminhar junto<br />

com os aparelhos de videocassete. A explicação é de que muitas pessoas<br />

que não têm o hábito de assistir cinema em casa, demorem para<br />

substituir seu velho e ain<strong>da</strong> bom vídeo. Não é nenhuma nova<br />

tecnologia que vai fazer esse consumidor se interessar por filmes que<br />

podem muito bem ser assistidos quando passarem na TV. Não importa<br />

que isso possa demorar até dois anos. Por que então trocar por um<br />

DVD que toca filmes como o vídeo? Há também quem afirme que a<br />

substituição total só acontecerá dentro de 15 anos. Foi esse o tempo<br />

que levou o CD a substituir os velhos e estéreos discos de vinil. Nos<br />

países ricos a tendência é o DVD substituir o VHS mais rápido.<br />

• Posso tocar meus CDs de música no aparelho de DVD?<br />

Sim, todos os aparelhos de DVD reproduzem CDs. Alguns reproduzem<br />

vídeos e CDs - um sistema muito popular nos países <strong>da</strong> Ásia<br />

com a quali<strong>da</strong>de VHS.<br />

• O que é DVD Áudio?<br />

É mais uma <strong>da</strong>s variantes <strong>da</strong> tecnologia DVD. Depois de mais de<br />

dois anos de negociações para sua formatação por parte dos fabricantes,<br />

o DVD Áudio finalmente está para chegar ao mercado e<br />

certamente suas inovações irão mu<strong>da</strong>r o hábito de ouvir música de<br />

muitas pessoas.<br />

Com o DVD Áudio você poderá ouvir música estéreo em seis canais.<br />

Opcionalmente, poderá acessar menus, slides, partituras e textos<br />

sobre a obra musical. O aparelho também incorpora uma apura<strong>da</strong><br />

quali<strong>da</strong>de de reprodução de som, que beira a perfeição. Fazendo<br />

uma comparação simples, podemos dizer que um CD deve trabalhar<br />

com 44.1 kHz e 16 bits para tocar aquele som nítido; no DVD<br />

Áudio, com 192 kHz e 24 bits<br />

22<br />

• O que é anamórfico?<br />

Na etapa de transposição do filme<br />

em película para vídeo, o produtor<br />

pode optar pela digitalização do<br />

master widescreen com as barras<br />

pretas ou sem elas. Quando as<br />

barras estiverem presentes no<br />

master, elas ocuparão aproxima<strong>da</strong>-


mente 50% <strong>da</strong> resolução disponível de um filme. Portanto, o DVD<br />

criado com este master será não-anamórfico. Quando executado<br />

numa TV widescreen, terá uma quali<strong>da</strong>de bastante inferior de imagem,<br />

já que o filme utiliza apenas 50% <strong>da</strong> sua resolução. Os DVDs<br />

anamórficos utilizam to<strong>da</strong> a resolução disponível. Quando executados<br />

em uma TV 4:3, os aparelhos removem linhas alterna<strong>da</strong>s <strong>da</strong><br />

imagem do filme e inserem eletronicamente as barras pretas; numa<br />

TV widescreen são capazes de atingir a máxima resolução do formato.<br />

Portanto, os DVDs anamórficos são superiores aos nãoanamórficos.<br />

• O que é Full-Screen?<br />

É a técnica utiliza<strong>da</strong> para transferir<br />

filmes widescreen para o formato de<br />

vídeo padrão - 1.33:1 (tela cheia). Com<br />

isso, evitam-se as barras pretas do<br />

formato letterbox, porém até 50% <strong>da</strong><br />

imagem são perdidos, muitas vezes<br />

prejudicando a fotografia do filme.<br />

Videolocadora: estudo <strong>da</strong> ativi<strong>da</strong>de empresarial<br />

• O que é Letterbox?<br />

É o formato em que o filme é mostrado com barras pretas abaixo e<br />

acima <strong>da</strong> tela. A imagem é retangular e mais pareci<strong>da</strong> com a de<br />

cinema. Quando um filme letterbox é reproduzido numa TV não<br />

widescreen, muitos detalhes podem ser perdidos nas laterais <strong>da</strong> tela.<br />

• O que é 16x9?<br />

A relação de aspecto dos televisores<br />

com tela larga (widescreen) é de aproxima<strong>da</strong>mente<br />

1,77:1 ou 16x9 uni<strong>da</strong>des.<br />

DVDs otimizados para 16x9 usam<br />

um processo anamórfico para aumentar<br />

a resolução em televisores com tela<br />

larga e muitos aparelhos tiram proveito<br />

desta informação “extra” também em<br />

televisores convencionais (4:3).<br />

• O que é Open Matte?<br />

É realizado no formato 4x3 de uma televisão convencional e depois<br />

tem a imagem corta<strong>da</strong> em cima ou embaixo para que se encaixe no<br />

formato de tela de cinema - o que vai fazer com que a imagem de<br />

tela cheia contenha mais informações do que o formato widescreen.<br />

Nesses casos, o formato de tela cheia não estará cortando nenhuma<br />

parte <strong>da</strong> cena, mas mostrando muito mais.<br />

23


Relatório Final - Sebrae/PE<br />

• O que são MPEG e MPEG-2 (ou Moving Picture Experts Group)?<br />

São esquemas de codificação e decodificação de sinais digitais de<br />

vídeo, nos quais a compressão é utiliza<strong>da</strong> para aumentar a eficiência<br />

dos espaços disponíveis. O MPEG-2 é utilizado para o DVD e na TV de<br />

alta definição (HDTV) que está surgindo nos Estados Unidos e na Europa.<br />

• O que é Macrovision?<br />

É uma tecnologia desenvolvi<strong>da</strong> para proteger analogicamente os<br />

direitos de copyright dos proprietários dos filmes, tentando inibir a<br />

pirataria. Quando se pretende copiar de um disco de DVD um filme<br />

ou um programa, o Macrovision entra em ação causando interferência,<br />

distorções e luminância (variações entre claro e escuro na tela).<br />

• Existem discos ou aparelhos de DVD sem o Macrovision?<br />

Sim. O sistema de proteção do Macrovision pode ser “desabilitado”<br />

em alguns aparelhos. Existem também aparelhos externos que<br />

“cortam” o efeito do Macrovision. Este tipo de procedimento não só<br />

é ilegal como enfraquece o mercado e inibe o lançamento de bons<br />

títulos para aqueles que querem se divertir com a tecnologia de<br />

maneira legal. Pirataria no Brasil é crime e pode acabar em cadeia<br />

para os infratores.<br />

• O que é saí<strong>da</strong> digital?<br />

Todos os aparelhos de reprodução digital, assim como o DVD, possuem<br />

um conector digital que serve para passar o sinal para um gravador,<br />

processador ou conversor digital. Pode ser ótico ou coaxial.<br />

• O que é Sinal Analógico (Analog Signal)?<br />

É o sinal originalmente produzido por um equipamento não-digital<br />

de gravação, mesmo que o produto acabado possa ser um disco<br />

digital de áudio ou um sinal de vídeo comprimido digitalmente.<br />

• O que é Cama<strong>da</strong> Dupla (Dual Layer)?<br />

É a técnica de gravação em DVD que elimina a necessi<strong>da</strong>de de utilização<br />

dos dois lados do disco para filmes ou programas superiores a<br />

133 minutos de duração. Quando o feixe de laser do aparelho de DVD<br />

toca o final <strong>da</strong> primeira cama<strong>da</strong>, automaticamente seleciona a segun<strong>da</strong><br />

cama<strong>da</strong> e continua tocando praticamente sem interrupções. Neste<br />

caso, ca<strong>da</strong> disco pode vir com até 240 minutos de gravação.<br />

24<br />

• O que são capítulos?<br />

São as divisões encontra<strong>da</strong>s no CD e no DVD, geralmente subdividi<strong>da</strong>s<br />

em cenas que podem ser acessa<strong>da</strong>s diretamente pelo usuário.<br />

No CD os capítulos são chamados de tracks.<br />

• O que é Close Caption?<br />

É uma legen<strong>da</strong>gem completa para aju<strong>da</strong>r os usuários deficientes<br />

auditivos. É codifica<strong>da</strong> no vídeo e decodifica<strong>da</strong> nos televisores. É


obrigatória nos Estados Unidos. Nos aparelhos de DVD, apesar de<br />

não ser obrigatório, é normal encontrá-la, sendo facilmente<br />

identifica<strong>da</strong> com o logotipo CC.<br />

• O que é saí<strong>da</strong> componente?<br />

É um tipo de conexão de vídeo que proporciona uma maior nitidez<br />

<strong>da</strong> imagem que vem nos televisores mais sofisticados e nos aparelhos<br />

de DVD, principalmente nos fabricados após fevereiro de 1999.<br />

A saí<strong>da</strong> componente separa o sinal de vídeo em três e é uma evolução<br />

do conector S-Vídeo.<br />

• O que é compressão de sinal?<br />

É o método de redução do volume de <strong>da</strong>dos, com per<strong>da</strong>s ou não,<br />

que permite que grandes quanti<strong>da</strong>des de informação trafeguem por<br />

canais limitados ou sejam armazenados em mídias com menor<br />

capaci<strong>da</strong>de.<br />

• Qual a diferença entre os discos de DVD e CD?<br />

No tamanho, nenhuma, mas no armazenamento de informações<br />

a dispari<strong>da</strong>de é muito grande. Confira no quadro ilustrativo:<br />

Videolocadora: estudo <strong>da</strong> ativi<strong>da</strong>de empresarial<br />

TABELA 3 Diferenças entre DVD e CD.<br />

• Quantas legen<strong>da</strong>s cabem num filme de DVD?<br />

A maioria dos DVDs lançados no Brasil apresenta versões em português,<br />

inglês e espanhol. A Universal, que tem seus filmes em DVD<br />

distribuídos no Brasil pela Columbia, está lançando seus discos<br />

com seis legen<strong>da</strong>s: português, espanhol, inglês, chinês, coreano e<br />

tailandês. Acreditamos que num futuro bem próximo os discos de<br />

DVD virão com até 32 legen<strong>da</strong>s, pois é essa a capaci<strong>da</strong>de de<br />

25


Relatório Final - Sebrae/PE<br />

armazenamento que o formato permite. É bom lembrar que o custo<br />

de tradução e legen<strong>da</strong>gem fica em torno de mil reais por idioma e<br />

que o acréscimo de mais legen<strong>da</strong>s pode influir no preço final dos<br />

discos de DVD.<br />

• Quantas dublagens cabem num disco de DVD?<br />

Até oito dublagens. Quando o filme é lançado em DVD e VHS, as<br />

distribuidoras estão colocando a mesma dublagem em português (a<br />

original) e no máximo em mais um idioma (o espanhol). Está crescendo<br />

o número de filmes que estão vindo também com o francês.<br />

• O que é autoração?<br />

É o processo no qual as mídias (vídeo, áudio, tela gráfica, imagem e<br />

animação) são trata<strong>da</strong>s, codifica<strong>da</strong>s e integra<strong>da</strong>s através de uma<br />

programação para gerar o pré-master, que é utilizado para replicar<br />

os discos de DVD.<br />

26<br />

• O que é região?<br />

O Region Coding foi motivo<br />

de grande polêmica quando<br />

do lançamento <strong>da</strong><br />

tecnologia do DVD, pois os<br />

fabricantes de aparelhos<br />

se recusavam a aceitar as<br />

exigências dos estúdios<br />

cinematográficos. Estes,<br />

por outro lado, não queriam<br />

liberar seus filmes no<br />

novo formato se o Region<br />

Coding não fosse implantado<br />

na fabricação dos aparelhos e na replicação dos discos. O<br />

grande temor dos estúdios americanos era que devido à perfeição<br />

do DVD a pirataria copiasse filmes para Betacam e <strong>da</strong>í para<br />

VHS, colocando no mercado de homevideo filmes que ain<strong>da</strong> não<br />

estivessem nos cinemas e nas locadoras. Outro fator prejudicial<br />

para os estúdios é a importação de filmes em DVD dos Estados<br />

Unidos, prejudicando o acordo de distribuição local por empresas<br />

independentes ou representa<strong>da</strong>s. O Region Coding protege,<br />

em parte, os cronogramas de exibições cinematográficas internacionais.<br />

A distribuição do DVD sem autorização local pode<br />

prejudicar o lucro <strong>da</strong>s salas de cinema; por isso os estúdios<br />

pediram que o mundo fosse dividido em regiões - e assim títulos<br />

de uma região só reproduzem discos de DVD em aparelhos fabricados<br />

para aquela região. A codificação regional protege ain<strong>da</strong><br />

outros interesses econômicos. A empresa que detém os direitos<br />

de comercialização de um filme nos EUA pode não ter os direi-


tos de comercialização no resto do mundo. O “Titanic” foi um<br />

bom exemplo dessa situação de co-produção entre a Paramount<br />

e a Fox - enquanto uma tinha os direitos de exibição nos cinemas<br />

e de comercialização em homevideo nos EUA, a outra<br />

comercializava o filme no resto do mundo. É bom lembrar que<br />

muitos títulos, principalmente de empresas independentes, saem<br />

sem Region Coding, sendo também chamados de Região 0 (zero)<br />

ou All. Isto contraria totalmente as exigências dos estúdios. O<br />

Region Coding criou seis regiões representa<strong>da</strong>s no mapa em<br />

questão. É importante salientar que os discos com o Region<br />

Coding All podem ser reproduzidos em qualquer aparelho, sejam<br />

eles <strong>da</strong> Região 1 (Estados Unidos) ou <strong>da</strong> Região 4 (América<br />

Latina, Austrália e Nova Zelândia).<br />

• Por que usar o termo replicar e não copiar DVD?<br />

Quando o DVD foi desenvolvido, o homem conseguiu unir, num<br />

pequeno disco, a arte, a ciência e a tecnologia. Os discos de<br />

DVD depois de prontos possuem a mesma quali<strong>da</strong>de de som e<br />

imagem que a matriz usa<strong>da</strong> para a sua fabricação. Daí os especialistas<br />

afirmarem que no DVD não existem cópias e sim réplicas.<br />

Foi devido a esta perfeição que os estúdios de cinema ficaram<br />

preocupados com a pirataria. Está aqui a origem do Region<br />

Coding<br />

Videolocadora: estudo <strong>da</strong> ativi<strong>da</strong>de empresarial<br />

• O que é Parental Guide ou Movie Rating System<br />

É um guia criado pela MPAA - Motion<br />

Pictures Association of America, enti<strong>da</strong>de<br />

que reúne os grandes estúdios<br />

de Hollywood. O símbolo do Parental<br />

Guide é facilmente reconhecido em<br />

to<strong>da</strong>s as embalagens de DVD, principalmente<br />

dos grandes estúdios, orientando<br />

os pais sobre a faixa etária<br />

recomen<strong>da</strong><strong>da</strong> para assistir aos filmes.<br />

No Brasil, o Ministério <strong>da</strong> Justiça<br />

pretende adotar um controle mais<br />

rígido, exigindo que as distribuidoras<br />

de cinema e vídeo sejam mais rigorosas<br />

na qualificação <strong>da</strong> faixa etária dos<br />

filmes. Com a chega<strong>da</strong> do DVD, a primeira distribuidora a adotar<br />

o Parental Guide <strong>da</strong> MPAA foi a Warner Home Vídeo (veja tabela).<br />

A Versátil Home Vídeo adotou um modelo mais rígido, inspirado<br />

nos países conservadores <strong>da</strong> Europa, indicando na embalagem<br />

detalhes como, por exemplo, se o filme contém cenas de sexo,<br />

racismo e uso de drogas.<br />

27


Relatório Final - Sebrae/PE<br />

TABELA 4 Classificação de acordo com o Parental Guide<br />

• Quais são os estúdios e os fabricantes que desenvolveram a<br />

tecnologia do DVD?<br />

A Warner Bros foi o grande estúdio de cinema que assumiu a<br />

defesa de uma nova tecnologia a ser cria<strong>da</strong> para substituir o<br />

VHS. O presidente <strong>da</strong> Warner Home Vídeo, Warren Liebenfarb, é<br />

conhecido como “o pai do DVD,” pois foi ele quem enfrentou<br />

sozinho a resistência por parte dos outros estúdios que, inicialmente,<br />

rejeitavam o DVD. Da parte dos fabricantes de aparelhos,<br />

a Toshiba teve sua tecnologia e seus argumentos reconhecidos<br />

pelas outras empresas.<br />

• Quem são os pioneiros do DVD no Brasil?<br />

No Brasil, a primeira empresa a lançar um aparelho de DVD foi a<br />

Gradiente, em 24 de agosto de 1997, poucos meses depois dele<br />

ter sido lançado nos Estados Unidos. O DVD-5000 era importado<br />

<strong>da</strong> Coréia e reproduzia discos de to<strong>da</strong>s as regiões. A Visom,<br />

do Rio de Janeiro, fez a primeira autoração para o uso<br />

promocional <strong>da</strong> série “A vi<strong>da</strong> como ela é”, de Nelson Rodrigues,<br />

que a Rede Globo exibiu no programa Fantástico. A Microservice<br />

foi responsável pela replicação. O primeiro filme lançado foi “Era<br />

uma vez na América”, de Sérgio Leone, pela FlashSTar. A<br />

CareWare Multimídia foi responsável pela pré-masterização e<br />

autoração.<br />

28<br />

• Por que no processo de produção de DVD existem a prémasterização<br />

e a masterização?<br />

To<strong>da</strong> a cadeia de produção de DVD é extremamente complexa e<br />

envolve sistemas de alta tecnologia. A pré-masterização é um


processo no qual é grava<strong>da</strong> uma fita de <strong>da</strong>dos com a imagem<br />

final do DVD, gera<strong>da</strong> pela empresa de autoração. Já a<br />

masterização é um processo industrial feito pela empresa que<br />

faz a replicação, na qual são gerados os stampers ou moldes<br />

onde são injetados os discos.<br />

• Quais são os sistemas de vídeo?<br />

O DVD possui o mesmo problema NTSC x PAL-M, comum nas<br />

fitas VHS e nos CDs. O vídeo em MPEG é armazenado no DVD<br />

em formato digital, mas é formatado para um dos dois sistemas<br />

que são incompatíveis: 525/60 (NTSC) ou 625/50 (PAL-M/SE-<br />

CAM). Há três diferenças entre estes formatos de vídeo:<br />

1- Resolução <strong>da</strong> tela (720x480 vs. 720x576);<br />

2- Quadros por segundos (29,97 vs. 25);<br />

3- Áudio (Dolby Digital vs. MPEG).<br />

Os filmes de cinema são produzidos a 24 fotogramas por segundo,<br />

mas são pré-formatados para um dos dois formatos (29,97<br />

ou 25). Filmes formatados para o sistema PAL-M, normalmente<br />

são 4% mais rápidos por causa <strong>da</strong> alteração dos quadros por<br />

segundo; portanto, o áudio também deve ser alterado antes <strong>da</strong><br />

codificação para não ficar fora de sincronismo. Alguns aparelhos<br />

podem tocar discos em NTSC, outros podem somente tocar em<br />

PAL-M e poucos permitem ambos. Todos os aparelhos vendidos<br />

nos países que usam o sistema PAL-M tocam ambos. Estes aparelhos<br />

multisistemas convertem parcialmente o NTSC para um<br />

sinal de 60hz PAL (4.43 NTSC), mas isso requer uma TV que<br />

possa trabalhar com esta freqüência. Neste caso, o aparelho usa<br />

a codificação de cor do PAL 4.43, mas mantém a taxa de varredura<br />

de 525/60 NTSC. A maioria <strong>da</strong>s TVs modernas pode trabalhar<br />

com este tipo de sinal. Alguns aparelhos multisistemas possuem<br />

uma saí<strong>da</strong> real de 3.58 NTSC (525/60 NTSC), a qual irá<br />

requerer uma TV NTSC ou um transcoder NTSC-PAL. Em 1999, a<br />

Sansung e outros fabricantes lançaram aparelhos que convertem<br />

de 525/60 NTSC para PAL-M. Há uma per<strong>da</strong> na quali<strong>da</strong>de <strong>da</strong><br />

imagem quando se mu<strong>da</strong> de um sistema para outro. Apenas um<br />

pequeno número de aparelhos de DVD NTSC pode tocar discos<br />

no formato PAL-M. A maioria dos aparelhos para computador<br />

pode tocar ambos os formatos de vídeo e de áudio, sendo<br />

chaveados via software. Às vezes, consegue-se ver a imagem apenas<br />

na tela do micro (quando se chaveia para a TV, a imagem pode<br />

perder a cor ou ficar ro<strong>da</strong>ndo).<br />

Os formatos de DVD em termos de capaci<strong>da</strong>de de armazenamento<br />

são os seguintes:<br />

Videolocadora: estudo <strong>da</strong> ativi<strong>da</strong>de empresarial<br />

29


Relatório Final - Sebrae/PE<br />

30<br />

TABELA 5 Formatos de DVD em termos de capaci<strong>da</strong>de de armazenamento


• O que é Dolby Digital 5.1?<br />

O Dolby Digital é um sistema de compressão<br />

de áudio que permite a<br />

codificação de até seis canais independentes<br />

de áudio. Anteriormente era<br />

chamado de Dolby AC-3. Com o desenvolvimento<br />

do DVD, o Dolby Digital ficou<br />

mais conhecido, tornando-se uma mania<br />

entre as pessoas que possuem home<br />

theather. Apesar de existirem discos com seis canais (5.1, dois<br />

frontais, um central, dois traseiros e um de baixa freqüência), também<br />

existem discos 5.0, 4.0, 3.0, 2.0 e 1.0. Isso quer dizer que nem<br />

todos os discos de DVD vêm com o 5.1, mas gravados em apenas<br />

dois canais Dolby Digital 2.0, que podem ser estéreo ou Surround.<br />

• O que é Dolby Digital - Surround EX?<br />

Videolocadora: estudo <strong>da</strong> ativi<strong>da</strong>de empresarial<br />

A atual geração de som Dolby para salas de cinema adicionou um<br />

canal traseiro central Surround, simplificando um canal diretamente<br />

atrás do telespectador. Este sistema foi inaugurado com “Star<br />

wars” - Episódio 1 (“A ameaça fantasma”), em maio de 1999, e em<br />

segui<strong>da</strong> com o filme “Austin Powers”. No futuro, o Surround EX,<br />

também conhecido como Dolby EX ou DD 6.1, poderá substituir o<br />

Dolby Digital.<br />

• O que é Dolby Pro-Logic?<br />

Antecessor do Dolby Digital, é um sistema de processamento<br />

analógico que utiliza dois canais para gravação e, através <strong>da</strong><br />

decodificação de matrizes, reproduz até quatro canais de áudio:<br />

dois frontais, um central e um traseiro. Muitos filmes distribuídos<br />

em VHS no Brasil apresentam o Dolby-ProLogic.<br />

• O que é Dolby Surround?<br />

É um sistema de áudio com quatro canais muito utilizado nos cinemas,<br />

que proporciona um efeito de três dimensões. O equivalente<br />

no uso doméstico é o Dolby Pro-Logic.<br />

• O que é Dolby Laboratories?<br />

São empresas de altíssima tecnologia na área de áudio, com sedes<br />

em Londres e São Francisco, na Califórnia. Desde 1965, trabalham<br />

31


Relatório Final - Sebrae/PE<br />

no aperfeiçoamento de áudio, a exemplo do sistema de redução de<br />

ruídos usado para diminuir a interferência em tapes. Todo bom tocafitas<br />

de carro (tape deck, walkman etc) vem com um dispositivo para<br />

ser acionado e eliminar ruídos. A Dolby é a líder em som para filmes<br />

há várias déca<strong>da</strong>s e o seu código de áudio Dolby Digital é<br />

padrão mundial para DVD e outras novas tecnologias que estão<br />

surgindo - por exemplo, a HDTV (High Definition Television).<br />

TABELA 6 Comparação entre Dolby Digital e Dolby Pro Logic<br />

32<br />

• O que é THX (Tomlinson Holman Experience)?<br />

É uma certificação de quali<strong>da</strong>de para salas<br />

de cinema e equipamentos sofisticados como<br />

o DVD. Para uma sala ou equipamento de<br />

DVD estampar a logomarca ao lado, é preciso<br />

estar em conformi<strong>da</strong>de com os<br />

parâmetros estabelecidos pela Lucasfilm,<br />

empresa do diretor George Lucas, do filme<br />

“Guerra nas estrelas”, para sua utilização comercial. O objetivo é<br />

manter a consistência na quali<strong>da</strong>de sonora desde a gravação até a<br />

reprodução, de tal maneira que o ouvinte tenha as sensações de<br />

som e efeitos que realmente foram projeta<strong>da</strong>s pelos realizadores do<br />

filme ou programa. Para se ter uma idéia, só no ano passado é que<br />

foi inaugura<strong>da</strong> no Brasil, na ci<strong>da</strong>dede Guarulhos, a primeira sala de<br />

cinema com THX. Alguns DVDs de várias distribuidoras lançados<br />

nos Estados Unidos já trazem este certificado de excelência e<br />

perfeição de imagem e som.


• O que é DTS (Digital Theather System)?<br />

Bancado pela Universal Studios, identifica<br />

a empresa norte-americana que criou o<br />

sistema de processamento. O DTS é hoje o<br />

principal competidor do Dolby Digital.<br />

Projetado inicialmente para uso em salas<br />

de cinema, o DTS proporciona uma menor<br />

compressão de <strong>da</strong>dos, o que significa<br />

mais informação de áudio e vídeo. Muitos<br />

filmes em DVD <strong>da</strong> Universal trazem, além<br />

do Dolby Digital, o DTS.<br />

* Texto de Oceano Oliveira, extraído do site www.dvd.com.br<br />

2.2.6 Fornecedores e fabricantes<br />

As principais fontes de compra dos filmes identifica<strong>da</strong>s no estudo foram:<br />

Videolocadora: estudo <strong>da</strong> ativi<strong>da</strong>de empresarial<br />

• Representantes (distribuidoras);<br />

• Revendedores;<br />

• Internet;<br />

• Outras videolocadoras, atuando como revendedoras.<br />

As ven<strong>da</strong>s de filmes em VHS e DVD para as videolocadoras são realiza<strong>da</strong>s diretamente<br />

através de representantes comerciais, agentes <strong>da</strong>s produtoras, distribuidores,<br />

bem como de revendedores. Os primeiros constituem o principal canal de<br />

comercialização do mercado de homevideo e possuem escritórios de representação<br />

em Recife, atuando em todo o Estado de Pernambuco.<br />

O processo de comercialização é realizado através de visitas às videolocadoras,<br />

numa periodici<strong>da</strong>de mensal, em que os representantes apresentam aos empresários<br />

o portfólio (catálogo de filmes) de lançamentos de filmes do mês seguinte, pois as<br />

ven<strong>da</strong>s são antecipa<strong>da</strong>s seguindo o cronograma de lançamento <strong>da</strong>s produtoras. Na<br />

maioria <strong>da</strong>s vezes, a ven<strong>da</strong> de filmes pelos representantes é realiza<strong>da</strong> através de<br />

pacotes, ou seja, faz-se uma ven<strong>da</strong> casa<strong>da</strong> e normalmente há um desconto de acordo<br />

com a quanti<strong>da</strong>de de cópias compra<strong>da</strong>s. Por uni<strong>da</strong>de, a compra pode ser desvantajosa,<br />

considerando o preço e o prazo de pagamento. Por outro lado, para as<br />

videolocadoras que compram filmes em quanti<strong>da</strong>de, este canal é mais vantajoso<br />

pela exclusivi<strong>da</strong>de de receber o filme antecipa<strong>da</strong>mente e ter um atendimento personalizado.<br />

A compra realiza<strong>da</strong> nos revendedores é uma opção onde os empresários têm de<br />

adquirir a uni<strong>da</strong>de do filme por um preço que varia de 2% a 5% mais caro em<br />

relação aos comercializados pelos representantes; porém, neste caso, a vantagem é<br />

33


Relatório Final - Sebrae/PE<br />

a flexibili<strong>da</strong>de na escolha dos filmes (canal bastante utilizado pelas videolocadoras<br />

para compras avulsas). Em Pernambuco, um dos principais revendedores é a Aky<br />

Vídeo, localiza<strong>da</strong> na tradicional Rua Imperial, segundo os empresários do ramo.<br />

Outras alternativas também estão sendo, gradualmente, utiliza<strong>da</strong>s pelos empresários,<br />

como as compras pela Internet em sites especializados. Alguns deles fazem as<br />

compras de DVD também nos grandes magazines (Lojas Americanas, Carrefour,<br />

Bompreço etc), dos filmes considerados catálogo, já que a ven<strong>da</strong> em sell-thru é<br />

realiza<strong>da</strong> após a ven<strong>da</strong> para o mercado rental. O custo do filme no representante é<br />

de R$ 85,00, na média geral).<br />

Algumas videolocadoras também atuam na comercialização de filmes como um<br />

serviço agregado ao negócio.<br />

Os empresários devem ficar atentos ao prazo de efetivação dos pedidos de compra<br />

aos representantes, pois este sendo ultrapassado, o produto (filme) chegará com<br />

atraso, não desfrutando do período de “pico” de locação (três meses iniciais),<br />

assim como não atendendo às expectativas <strong>da</strong> clientela. Porém, caso o empresário<br />

perca o prazo do pedido, a compra poderá ser feita no revendedor. Os representantes<br />

são o principal canal de comunicação deste mercado, de acordo com os empresários.<br />

Lista de Produtoras<br />

A seguir, estão listados endereços e telefones de to<strong>da</strong>s as produtoras e distribuidoras<br />

para facilitar o contato com as mesmas. Através desta lista, podem ser localizados<br />

os representantes locais.<br />

• Alpha Filmes<br />

Rua Dr. Costa Júnior, 230 - Água Branca<br />

CEP: 05002-000 - São Paulo - SP<br />

Fone: (0xx11) 3872-3933<br />

Fax: (0xx11) 3672-3587<br />

alpha@uol.com.br<br />

• Grupo Paris Filmes<br />

Av. Pacaembu, 1682/1702 - Pacaembu<br />

CEP: 01234-000 - São Paulo - SP<br />

Fone: (0xx11) 3872-4404<br />

Fax: (0xx11) 3864-4877<br />

parisfilmes@uol.com.br<br />

34<br />

• Buena Vista Home Entertainment<br />

Av. <strong>da</strong>s Nações Uni<strong>da</strong>s, 12551/10º and - Brooklin Novo<br />

CEP: 04578-000 - São Paulo - SP<br />

Fone: (0xx11) 5504-9400<br />

Fax: (0xx11) 5504-9544


• China Vídeo / Canyon Vídeo<br />

Rua Cunha, 74 - Vila Clementino<br />

CEP: 04037-030 - São Paulo - SP<br />

Fone: (0xx11) 5572-7688<br />

Fax: (0xx11) 5572-6029<br />

• Paramount Home Entertainment<br />

Av. Tamboré, 25/4º and - Alphaville<br />

CEP: 06460-916 - Barueri - SP<br />

Fone: 0800-169300<br />

Fax: (0xx11) 4166-2295<br />

• Columbia TriStar Home Entertainment<br />

Av. <strong>da</strong>s Nações Uni<strong>da</strong>s, 12995/30º and - Brooklin Novo<br />

CEP: 04578-000 - São Paulo - SP<br />

Fone: (0xx11) 5503-9898/9899<br />

Fax: (0xx11) 5505-5741<br />

www.columbiadvdvideo.com.br<br />

• Europa Filmes (selos Europa, Filmark, Cannes)<br />

Al. Itapecuru, 320 - Alphaville<br />

CEP: 06454-080 - São Paulo - SP<br />

Fone: (0xx11) 4195-7020<br />

Fax: (0xx11) 4195-7990<br />

ven<strong>da</strong>s@europafilmes.com.br<br />

Videolocadora: estudo <strong>da</strong> ativi<strong>da</strong>de empresarial<br />

• FlashStar Home Vídeo<br />

Al. Araguaia, 122/conj. 01 - Alphaville<br />

CEP: 06455-000 - São Paulo - SP<br />

Fone: (0xx11) 4195-8456<br />

Fax: (0xx11) 4195-5370<br />

ven<strong>da</strong>s@flashstar.com.br<br />

• Grupo Estação<br />

Rua Voluntários <strong>da</strong> Pátria, 97 - Botafogo<br />

CEP: 22270-000 - Rio de Janeiro - RJ<br />

Fone: (0xx21) 2539-1505/2537-9222<br />

Fax: (0xx21) 2537-1247<br />

• Grupo Fernandes (selos Califórnia e Live)<br />

Av. Redenção, 466 - Jd. do Mar<br />

CEP: 09725-680 - São Bernardo do Campo - SP<br />

Fone: (0xx11) 4122-5800<br />

Fax: (0xx11) 4122-5855<br />

fastfilms@uol.com.br<br />

35


Relatório Final - Sebrae/PE<br />

• Grupo PlayArte<br />

Av. Rep. Líbano, 2155 - Ibirapuera<br />

CEP: 04503-003 - São Paulo - SP<br />

Fone: (0xx11) 5051-6996<br />

Fax: (0xx11) 5051-8897<br />

ven<strong>da</strong>s@playarte.com.br<br />

• Imagem Filmes<br />

Av. Brigadeiro Faria Lima, 1461/conj. 91<br />

CEP: 01451-000 - São Paulo - SP<br />

Fone: (0xx11) 3097-2500<br />

Fax: (0xx11) 3097-2511<br />

imagem_filmes@uol.com.br<br />

• LK-Tel Vídeo<br />

Rua Ministro Rocha Azevedo, 1077/conj. 32<br />

São Paulo - SP - CEP: 01410-002<br />

Fone: (0xx11) 3088-3300<br />

Fax: (0xx11) 3088-4388<br />

ven<strong>da</strong>s@lktel.com.br<br />

• Opção Continental (selos Wonder Multimídia, Gold Western)<br />

Av. Brigadeiro Luís Antônio, 1404/conj. 21 - Bela Vista<br />

CEP: 01318-900 - São Paulo - SP<br />

Fone: (0xx11) 5052-6311<br />

• Penta Vídeo<br />

Calça<strong>da</strong> <strong>da</strong>s Violetas, 100 - Alphaville<br />

CEP: 06453-000 - São Paulo - SP<br />

Fone/Fax: (0xx11) 4689-7000<br />

atendimento@privatebrasil.com.br<br />

• Rio Filme<br />

Pça. Floriano, 19/14º and - Centro<br />

CEP: 20031-050 - Rio de Janeiro - RJ<br />

Fone: (0xx21) 220-7090<br />

riofilme@riofilme.com.br<br />

36<br />

• ST2<br />

Rua Conselheiro Brotero, 1086 - Santa Cecília<br />

CEP: 01232-906 - São Paulo - SP<br />

Fone: (0xx11) 3662-1225<br />

Fax: (0xx11) 3668-7079<br />

www.st2.com.br


• Sagres<br />

Rua <strong>da</strong> Quitan<strong>da</strong>, 187/8º and - Centro<br />

CEP: 20091-000 - Rio de Janeiro - RJ<br />

Fone: (0xx21) 253-4750<br />

Fax: (0xx21) 253-4782<br />

sagres@arras.com.br<br />

• Som Livre<br />

Av. Eng. Luiz Carlos Berrini, 1253/7º and - Brooklin Novo<br />

CEP: 04571-010 - São Paulo - SP<br />

Fone: (0xx11) 5505-0504<br />

Fax: (0xx11) 5533-0863<br />

• Top Tape<br />

Av. Olegário Maciel,135 - Barra <strong>da</strong> Tijuca<br />

CEP: 22621-200 - Rio de Janeiro - RJ<br />

Fone: (0xx21) 2493-4457<br />

Fax: (0xx21) 2493-4444<br />

toptape@domain.com.br<br />

Videolocadora: estudo <strong>da</strong> ativi<strong>da</strong>de empresarial<br />

• 20th Century Fox Home Entertainment<br />

Rua Dr. Eduardo de Souza Aranha, 387/5º and - Vila Olímpia<br />

CEP: 04543-121 - São Paulo - SP<br />

Fone: (0xx11) 3365-5200<br />

www.foxvideobrasil.com.br<br />

• Universal Pictures Brasil<br />

Av. Tamboré, 25 - Alphaville<br />

CEP: 06460-000 - São Paulo - SP<br />

Fones: (0xx11) 4689-8786/4689-8787<br />

• Versátil Home Vídeo<br />

Rua Itapicuru, 369/conj. 405 - Perdizes<br />

CEP: 05006-000 - São Paulo - SP<br />

Fones: (0xx11) 3673-7401<br />

Fax: (0xx11) 3673-7784<br />

dvdversatil@uol.com.br<br />

• Warner Home Vídeo<br />

Av. Pres. Juscelino Kubitschek,1830/2º and - Vila Nova Conceição<br />

CEP: 04543-000 - São Paulo - SP<br />

Fone: (0xx11) 3016-2900<br />

Fax: (0xx11) 3168-7292<br />

www.warner.com.br<br />

37


2.3 Números do setor<br />

Relatório Final - Sebrae/PE<br />

“US$ 700 bilhões é a estimativa referente a todo o dinheiro movimentado<br />

em um ano pela indústria de cinema, vídeo e games, até revistas e<br />

Internet, no mundo inteiro. O mercado de entretenimento (cinema) nos<br />

EUA movimenta por ano mais do que os setores de saúde e vestuário”.<br />

Revista Veja (19/06/2002)<br />

2.3.1 Mercado mundial<br />

Em 2001, o mercado de homevideo representou 52% do faturamento internacional<br />

dos estúdios, ou seja, quase US$ 13,2 bilhões. Em termos de comparação, o cinema<br />

representou 24% (US$ 6,2 bilhões). O DVD sozinho foi responsável por US$ 6<br />

bilhões (Jornal do Vídeo, setembro/2002).<br />

2.3.2 Mercado nacional<br />

É o sétimo maior mercado do mundo em arreca<strong>da</strong>ção com as ven<strong>da</strong>s de DVD e<br />

VHS, totalizando, para este ano, R$ 350 milhões (quase 270% a mais do que os R$<br />

180 milhões em 1997). O Brasil fica atrás apenas de Estados Unidos, Reino Unido,<br />

França, Alemanha, Japão e Austrália (O Estado de S. Paulo, 08/09/2002).<br />

A seguir, a evolução do número de videolocadoras em ativi<strong>da</strong>de no país de 1994 a<br />

2002:<br />

Fonte: SAJ Assessoria <strong>Empresarial</strong>.<br />

FIGURA 3 Evolução do número de videolocadoras em ativi<strong>da</strong>de no país (1994-2002).<br />

38<br />

Em 1997 e 1998 ocorreu uma evasão dos clientes <strong>da</strong>s videolocadoras (reduzindo o<br />

número de empresas de 16.000 para 11.032), empolgados com as facili<strong>da</strong>des<br />

ofereci<strong>da</strong>s pela TV por assinatura.


Já as ven<strong>da</strong>s industriais de equipamentos no país, podem ser avalia<strong>da</strong>s segundo o<br />

gráfico a seguir:<br />

Videolocadora: estudo <strong>da</strong> ativi<strong>da</strong>de empresarial<br />

Fonte: Eletros (Associação Nacional de Fabricantes de Produtos Eletroeletrônicos).<br />

FIGURA 4 Ven<strong>da</strong>s industriais de equipamentos no país (2002).<br />

2.3.3 Mercado local (Pernambuco)<br />

Atualmente, Pernambuco é o sétimo maior mercado do Brasil em número de<br />

videolocadoras ativas (269). A seguir, o ranking dos Estados brasileiros:<br />

Fonte: SAJ Assessoria <strong>Empresarial</strong>.<br />

FIGURA 5 Número de videolocadoras ativas por Estado (2003).<br />

39


2.4 TENDÊNCIAS DO MERCADO DE HOMEVIDEO<br />

Relatório Final - Sebrae/PE<br />

De acordo com especialistas e profissionais do mercado de vídeo, bem como empresários<br />

do setor, foram identifica<strong>da</strong>s as seguintes tendências:<br />

• Valorização do entretenimento em casa O hábito de reunir a<br />

família e os amigos em casa para assistir a um filme vem se fortalecendo<br />

devido a vários fatores, que vão dos atrativos que a tecnologia<br />

do DVD trouxe ao segmento - como a quali<strong>da</strong>de do som e <strong>da</strong><br />

imagem, até a questão do aumento <strong>da</strong> violência urbana;<br />

• Presença <strong>da</strong>s videolocadoras na Internet Serviço com grande<br />

potencial de crescimento devido à disseminação desta ferramenta<br />

como meio de comunicação no país;<br />

• Atuação <strong>da</strong>s videolocadoras em rede Objetivando um ganho de<br />

competitivi<strong>da</strong>de no mercado, especialmente frente às grandes redes<br />

do ramo - Esta tem sido uma <strong>da</strong>s principais formas encontra<strong>da</strong>s<br />

pelas empresas do setor em busca de benefícios e vantagens <strong>da</strong><br />

atuação em rede. Elas podem estar organiza<strong>da</strong>s através de associações<br />

e cooperativas, desfrutando de vantagens como troca de experiências,<br />

realização de pesquisas de mercado, eventos com custos<br />

reduzidos, negociações em conjunto, bem como pleiteando benefícios<br />

com o Estado - legislações, apoio etc. Vale destacar que numa<br />

associação ou cooperativa, as individuali<strong>da</strong>des <strong>da</strong>s empresas são e<br />

devem ser preserva<strong>da</strong>s, havendo uma potencialização <strong>da</strong>s ações<br />

conjuntas de mercado;<br />

• Diversificação do mix de produtos e serviços oferecidos pelas<br />

videolocadoras Alinha<strong>da</strong> com o conceito de entretenimento, reunir<br />

várias opções num mesmo lugar tem sido uma estratégia adota<strong>da</strong><br />

por empresas do setor para fidelizar seus clientes, aumentando<br />

o seu tempo de permanência na loja e, assim, suas ven<strong>da</strong>s. A busca<br />

do empresário em agregar novos serviços e produtos à sua ativi<strong>da</strong>de<br />

é também uma questão de sustentação do negócio no mercado,<br />

ou seja, representa um ganho de competitivi<strong>da</strong>de. Outros serviços<br />

oferecidos além <strong>da</strong> locação de filmes são lanchonete, papelaria,<br />

sorveteria, ven<strong>da</strong> de revistas e cartazes de filmes, cafeteria, games<br />

etc, descritos no item 2.2.4;<br />

40<br />

• Consoli<strong>da</strong>ção do DVD no mercado Os atrativos que o DVD agrega<br />

com os extras (bastidores, cenas corta<strong>da</strong>s, entrevistas com o<br />

diretor do filme etc), bem como a quali<strong>da</strong>de <strong>da</strong> imagem e do som,<br />

são algumas <strong>da</strong>s características ofereci<strong>da</strong>s por esta nova<br />

tecnologia, o que vem fortalecer o DVD no mercado. As ven<strong>da</strong>s dos


aparelhos de DVD e dos próprios DVDs já representam mais de<br />

70% do mercado (eletroeletrônico e de homevideo, consecutivamente);<br />

• Resgate do hábito de colecionar filmes em casa Este hábito<br />

tem sido resgatado tanto pelos atributos que o DVD oferece, citados<br />

no item anterior, como na sofisticação <strong>da</strong>s embalagens e no lançamento<br />

de edições especiais dos filmes atraindo uma legião de<br />

cinéfilos;<br />

• Compra de filmes on-line (via download) na Internet Hábito já<br />

presente no mercado, fortalecido com a disponibili<strong>da</strong>de <strong>da</strong> rede de<br />

ban<strong>da</strong> larga. No Brasil há 1,5 milhão de residências com ban<strong>da</strong><br />

larga (Folha de S. Paulo, 2002). Nos EUA, cinco empresas de<br />

Hollywood pretendem distribuir filmes on-line, através de um site<br />

onde as pessoas podem locar os filmes e depois do download vêlos<br />

no computador por apenas 24 horas;<br />

• Redução do tempo de exibição dos filmes no cinema 2/3 <strong>da</strong><br />

ren<strong>da</strong> mundial <strong>da</strong>s produtoras de uma megaprodução estão atualmente<br />

concentrados no mercado de ven<strong>da</strong> de DVD e televisão (Folha<br />

de S. Paulo, 2003). A tendência do cinema ser uma grande<br />

vitrine de divulgação dos filmes, aumentando inclusive a quanti<strong>da</strong>de<br />

de lançamentos e a sua exibição nos cinemas, é estu<strong>da</strong><strong>da</strong> pela<br />

indústria cinematográfica. Por outro lado, cabe destacar que o<br />

tempo que um filme fica em cartaz é definido pela ren<strong>da</strong> que ele faz;<br />

Videolocadora: estudo <strong>da</strong> ativi<strong>da</strong>de empresarial<br />

• Valorização do cinema nacional Crescimento do lançamento de<br />

filmes nacionais, evolução na quali<strong>da</strong>de <strong>da</strong>s produções, políticas de<br />

incentivo ao cinema nacional etc. A videolocadora pode explorar<br />

melhor estas tendências;<br />

•Valorização de musicais, grandes clássicos e filmes de arte O DVD<br />

resgatou e acelerou o lançamento de shows de artistas nacionais e internacionais,<br />

de espetáculos etc;<br />

•Tecnologias de exibição digital O uso de computadores no lugar dos<br />

rolos de filmes em salas de cinema favorecerá a quali<strong>da</strong>de <strong>da</strong> imagem,<br />

sofisticando ca<strong>da</strong> vez mais o mercado (Folha de S. Paulo, 25/02/2004).<br />

2.5 AMEAÇAS E OPORTUNIDADES<br />

Do ponto de vista dos empresários do ramo, segundo levantamento no estudo, as<br />

principais dificul<strong>da</strong>des vivencia<strong>da</strong>s no dia-a-dia do mercado estão demonstra<strong>da</strong>s no<br />

gráfico a seguir:<br />

41


Relatório Final - Sebrae/PE<br />

FIGURA 6 Principais dificul<strong>da</strong>des do mercado.<br />

Outras dificul<strong>da</strong>des elenca<strong>da</strong>s pelos empresários:<br />

• ca<strong>da</strong>stro de clientes (segurança com relação à procedência);<br />

• não tem como assistir ao filme antes <strong>da</strong> compra (falta do “filme de<br />

serviço”);<br />

• falta de apoio e de poder de barganha para negociar;<br />

• pirataria influenciando no preço <strong>da</strong> locação;<br />

• mão-de-obra não qualifica<strong>da</strong> (alta rotativi<strong>da</strong>de) dos funcionários;<br />

• alto custo do filme (incompatibili<strong>da</strong>de com o preço de locação);<br />

• acesso aos representantes;<br />

• falta de capital suficiente para expansão;<br />

• clientes não aceitam pagar relocação;<br />

• mercado não oferece capacitação específica para funcionários;<br />

• elevado grau de dependência do empresário com os representantes;<br />

• fragili<strong>da</strong>de física dos DVDs;<br />

• falta de clientes (baixa deman<strong>da</strong>);<br />

• falta de capital de giro (compras, publici<strong>da</strong>de etc);<br />

• falta de profissionalismo;<br />

• baixo poder aquisitivo dos consumidores;<br />

• inadimplência de clientes (pagamento de multas).<br />

42<br />

Já as ameaças, vistas como fatores externos que podem interferir negativamente no<br />

negócio, estão lista<strong>da</strong>s a seguir:


FIGURA 7 Ameaças externas.<br />

Outras ameaças identifica<strong>da</strong>s no estudo:<br />

• políticas e estratégias de mercado (formas de comercialização) <strong>da</strong>s<br />

produtoras, buscando novas formas de incrementar seus<br />

faturamentos, especialmente com o DVD. Nesse período de transição<br />

e consoli<strong>da</strong>ção do DVD no mercado de homevideo, as produtoras<br />

estão realizando testes estratégicos de atuação nos mercados<br />

rental e sell-thru (redução, extinção e aumento de janelas; aumento e<br />

redução nos preços etc);<br />

Videolocadora: estudo <strong>da</strong> ativi<strong>da</strong>de empresarial<br />

• inovações tecnológicas quando não enxerga<strong>da</strong>s como oportuni<strong>da</strong>de,<br />

podem representar uma ameaça ao negócio (video on demand,<br />

Internet etc);<br />

• variação cambial interferindo no custo do filme para o empresário.<br />

De acordo com especialistas e profissionais do mercado, entrevistados na DVD<br />

Trade Show (2002 e 2003), evento realizado em São Paulo reunindo principais<br />

produtoras, fornecedores de equipamentos e fabricantes voltados para o mercado<br />

de homevideo, as principais dificul<strong>da</strong>des vivencia<strong>da</strong>s pelas videolocadoras são:<br />

• falta de profissionalismo desvalorizando a ativi<strong>da</strong>de;<br />

• baixo preço <strong>da</strong>s locações;<br />

• concorrência desleal ocasiona<strong>da</strong> pela pirataria;<br />

• que<strong>da</strong> no poder aquisitivo <strong>da</strong> população;<br />

• falta de legislação específica para o ramo;<br />

• elevado custo dos filmes (rental).<br />

43


Por outro lado, várias oportuni<strong>da</strong>des de mercado (fatores externos que podem contribuir<br />

positivamente para o negócio) estão sendo cria<strong>da</strong>s com o crescimento do DVD:<br />

Relatório Final - Sebrae/PE<br />

• inovações tecnológicas desde o lançamento de novas tecnologias -<br />

aparelhos para home theather, aparelhos de gravação em DVD etc,<br />

até o aperfeiçoamento <strong>da</strong>s existentes com o surgimento de novas<br />

funções nos aparelhos (MP3, fotos, karaokê etc);<br />

• consoli<strong>da</strong>ção do DVD;<br />

• valorização do cinema nacional;<br />

• valorização de musicais, grandes clássicos e filmes de arte.<br />

2.6 PERFIL DO EMPRESÁRIO<br />

De acordo com o estudo realizado, identificou-se o perfil dos empresários do setor<br />

na região estu<strong>da</strong><strong>da</strong>:<br />

• 68% dos empresários que atuam no ramo são homens;<br />

• 32% dos empresários do ramo são mulheres;<br />

• a i<strong>da</strong>de média dos empresários é de 34 anos;<br />

• 56% dos empresários atuantes têm a escolari<strong>da</strong>de superior;<br />

• na média geral, os empresários atuam há sete anos na ativi<strong>da</strong>de;<br />

• 40% dos empresários iniciaram o negócio com recursos financiados;<br />

• 30% dos empresários já atuaram na ativi<strong>da</strong>de, antes de montarem<br />

seu próprio negócio, como funcionários, representantes e<br />

revendedores;<br />

• 60% dos empresários investiram na ativi<strong>da</strong>de por perceberem uma<br />

oportuni<strong>da</strong>de de mercado (bairro);<br />

• 20% dos empresários dizem que investiram apenas por gostar de<br />

filmes;<br />

• 15% dos empresários não sabiam em que investir e por terem<br />

recebido uma indenização, investiram no ramo;<br />

• 47% dos empresários têm uma segun<strong>da</strong> ativi<strong>da</strong>de;<br />

44<br />

• 66% dos empresários possuem um plano de expansão e/ou modernização;<br />

• 58% dos empresários afirmam ser o bom atendimento seu ponto<br />

forte em relação à concorrência;


• 37,5% dos empresários acreditam que sua ausência na loja é o<br />

principal ponto fraco <strong>da</strong> empresa em relação ao concorrente;<br />

• 57% dos empresários adotaram procedimentos formais de trabalho<br />

na loja (horários, funções, tarefas de rotina etc);<br />

• 75% dos empresários optaram pelo lucro presumido em vez do<br />

lucro real;<br />

• 57% dos empresários acham que o preço ideal de locação dos<br />

lançamentos seria de R$ 5,00, enquanto 43% deles optam por R$<br />

6,00;<br />

• 100% dos empresários determinam seu preço de locação pelo<br />

preço praticado no mercado (não calculado);<br />

• 15% dos empresários não sabem qual é o lucro <strong>da</strong> empresa;<br />

• 72,5% dos empresários consideram um filme como “lançamento”<br />

até o terceiro ou quarto mês (vi<strong>da</strong> útil) - após este período ele passa<br />

a ser classificado como “catálogo”;<br />

Videolocadora: estudo <strong>da</strong> ativi<strong>da</strong>de empresarial<br />

• 58% dos empresários recrutam seus funcionários através de indicações.<br />

2.7 PERFIL DAS EMPRESAS<br />

De acordo com o estudo realizado, identificou-se o perfil <strong>da</strong>s empresas do setor:<br />

• 80% <strong>da</strong>s videolocadoras trabalham com VHS e DVD;<br />

• 20% delas trabalham apenas com DVD;<br />

• o investimento médio total realizado na implantação do negócio é<br />

de R$ 66.000,00;<br />

• 60% do investimento total foram utilizados na compra de filmes<br />

(VHS e DVD);<br />

• o acervo médio de filmes inclui 2.730 VHS e 847 DVDs;<br />

• o volume médio de fitas (VHS e DVD) loca<strong>da</strong>s mensalmente totaliza<br />

2.738 filmes;<br />

• 51% <strong>da</strong>s locações realiza<strong>da</strong>s por mês são de DVD;<br />

• 60% <strong>da</strong>s locações realiza<strong>da</strong>s por mês são de filmes considerados<br />

lançamentos;<br />

• a área média total de uma videolocadora é de 84m²;<br />

45<br />

• 75% <strong>da</strong> área total estão voltados para o espaço de ven<strong>da</strong>s (circulação<br />

de clientes);


• os 25% restantes são reservados para o acervo e o escritório;<br />

• a receita bruta média (apenas com locações) é de R$ 10.952,00;<br />

Relatório Final - Sebrae/PE<br />

• considerando a receita média advin<strong>da</strong> do descarte mensal dos<br />

filmes (ven<strong>da</strong> para revendedores, consumidores), o incremento na<br />

receita bruta média é de R$ 1.475,00;<br />

• no mês de julho (férias escolares), o incremento na receita bruta<br />

média chega a atingir 30%;<br />

• 64% <strong>da</strong>s videolocadoras estão registra<strong>da</strong>s como “Socie<strong>da</strong>de Lt<strong>da</strong>”<br />

e têm geralmente dois sócios;<br />

• os 36% restantes estão como “Firma Individual”;<br />

• 60% <strong>da</strong>s videolocadoras não trabalham com serviços de entrega e<br />

busca em domicílio;<br />

• 58% não possuem site na Internet;<br />

• o preço médio dos filmes (VHS e DVD) praticado no mercado é de<br />

R$ 4,00 para os lançamentos e de R$ 3,00 para os de catálogo;<br />

• 76% <strong>da</strong>s videolocadoras estão localiza<strong>da</strong>s em prédios ou casas<br />

alugados, enquanto 24% delas estão em local próprio;<br />

• o valor médio do aluguel é de R$ 920,00.<br />

2.8 PERFIL DO CONSUMIDOR<br />

“Se você produz lazer sob medi<strong>da</strong>, há poucas possibili<strong>da</strong>des de não<br />

agra<strong>da</strong>r”.<br />

Nigel Travis (Blockbuster)<br />

Esta pesquisa foi realiza<strong>da</strong> pelo Sebrae/PE com 400 usuários de videolocadoras<br />

localiza<strong>da</strong>s no Recife e na RMR, como parte integrante do <strong>Estudo</strong> <strong>da</strong> Ativi<strong>da</strong>de<br />

<strong>Empresarial</strong> Videolocadora, através de son<strong>da</strong>gem direta - questionários, concluí<strong>da</strong><br />

em janeiro de 2003:<br />

1 Perfil<br />

46<br />

Entre os freqüentadores de locadoras de fitas VHS e DVD, verificouse<br />

que 63,7% deles são do sexo masculino, casados (49,6%), com<br />

i<strong>da</strong>de entre 21 e 30 anos (30,3%), nível superior (64,4%) e ren<strong>da</strong><br />

familiar variando entre seis e 10 salários mínimos (22,6%).


FIGURA 8 Sexo dos pesquisados.<br />

FIGURA 9 I<strong>da</strong>de dos pesquisados.<br />

Videolocadora: estudo <strong>da</strong> ativi<strong>da</strong>de empresarial<br />

FIGURA 10 Ren<strong>da</strong> familiar.<br />

FIGURA 11 Estado civil.<br />

FIGURA 12 Grau de instrução.<br />

47


2 Dependentes<br />

Relatório Final - Sebrae/PE<br />

Constatou-se que 41,7% dos usuários de videolocadoras não possuem<br />

filhos dependentes. Já 24,4% deles têm dois filhos; 20,5%<br />

um filho; 11,7% três filhos; 1,4% quatro filhos e apenas 0,4% mais<br />

de quatro filhos dependentes.<br />

FIGURA 13<br />

Quanti<strong>da</strong>de de filhos<br />

dependentes.<br />

3 Dias <strong>da</strong> semana segundo turnos de preferência para a<br />

locação de fitas<br />

Quando se verificou o dia <strong>da</strong> semana preferido para locar filmes,<br />

constatou-se que 40,7% dos freqüentadores de videolocadoras<br />

preferem o sábado para realizar a locação. Destes, 48,7% locam<br />

seus filmes no turno <strong>da</strong> tarde; 37,9% no turno <strong>da</strong> noite e 13,4% no<br />

turno <strong>da</strong> manhã.<br />

FIGURA 14<br />

Dias <strong>da</strong> semana preferidos<br />

para freqüentar uma<br />

videolocadora.<br />

48<br />

FIGURA 15 Turnos preferidos para freqüentar uma videolocadora.


4 Temas preferidos, quanti<strong>da</strong>de de fitas loca<strong>da</strong>s e gasto médio<br />

mensal<br />

Entre os diversos temas de filmes, constatou-se que as fitas mais<br />

loca<strong>da</strong>s são as de comédia (15,7%) segui<strong>da</strong>s <strong>da</strong>s fitas de suspense<br />

(14%), onde ca<strong>da</strong> usuário loca aproxima<strong>da</strong>mente 11 fitas mensais<br />

em ambos os temas.<br />

De acordo com os <strong>da</strong>dos, os usuários do sexo masculino preferem<br />

o policial e o faroeste; já no sexo feminino a preferência recai sobre<br />

o romance e o musical.<br />

Numa visão por sexo dos usuários de videolocadora, verificou-se a<br />

quanti<strong>da</strong>de de fitas loca<strong>da</strong>s mensalmente por homens (11,4%) e<br />

mulheres (9,98%), o que significa dizer que os homens locam 10%<br />

a mais que as mulheres.<br />

Fazendo algumas considerações sobre a arreca<strong>da</strong>ção <strong>da</strong>s<br />

videolocadoras por número de fitas loca<strong>da</strong>s, tomando por base os<br />

<strong>da</strong>dos apresentados na pesquisa onde 284 usuários (71% dos<br />

entrevistados) informaram gastar em média com locação mensal o<br />

valor de R$ 43,18 (homens) e R$ 35,23 (mulheres), teremos um<br />

montante arreca<strong>da</strong>do por locadora de R$ 11.990,48.<br />

Videolocadora: estudo <strong>da</strong> ativi<strong>da</strong>de empresarial<br />

49<br />

FIGURA 16 Temas preferidos segundo a quanti<strong>da</strong>de média de locações.


Relatório Final - Sebrae/PE<br />

FIGURA 17 Temas preferidos segundo o sexo.<br />

Entre os vários temas informados, verificaram-se outros segmentos<br />

(5%) subdivididos a seguir :<br />

50<br />

• religiosos (4,6%);<br />

• épicos (1,5%);<br />

• culturais (10,8%);


• políticos (1,5%);<br />

• documentários (21,5%);<br />

• artes marciais (4,6%);<br />

• ação/guerra (29,2%);<br />

• eróticos (4,6%);<br />

• biográficos (1,5%);<br />

• jogos (3,1%);<br />

• artes (15,4%).<br />

5 Avaliação geral<br />

No geral, todos os aspectos foram avaliados como bons, principalmente<br />

quando foram questiona<strong>da</strong>s as instalações e a diversificação<br />

dos filmes (respectivamente 68,6% e 50,5%).<br />

Videolocadora: estudo <strong>da</strong> ativi<strong>da</strong>de empresarial<br />

51<br />

FIGURA 18 Avaliação geral.


6 Serviços em domicílio<br />

Relatório Final - Sebrae/PE<br />

De acordo com a pesquisa, 74% <strong>da</strong>s videolocadoras não oferecem<br />

os serviços de entrega e busca de filmes (apenas 26% oferecem<br />

este tipo de serviço).<br />

Nas videolocadoras que oferecem os serviços de entrega e busca<br />

de filmes (26%), verificou-se que 84,7% dos seus freqüentadores<br />

utilizam os serviços oferecidos (15,3% não o utilizam).<br />

Videolocadoras que oferecem<br />

serviço de entrega<br />

Videolocadoras que oferecem<br />

serviço de busca<br />

FIGURAS 19 e 20 Serviços em domicílio.<br />

52<br />

FIGURA 21 Utilização dos serviços de busca e<br />

entrega em domicílio.


7 Motivos <strong>da</strong> escolha por uma videolocadora<br />

Quando foram questionados os motivos <strong>da</strong> escolha por uma determina<strong>da</strong><br />

videolocadora, constatou-se que o acervo de filmes (lançamentos)<br />

tem uma grande importância na hora <strong>da</strong> escolha, seguido<br />

<strong>da</strong> proximi<strong>da</strong>de com a residência e do atendimento prestado.<br />

Videolocadora: estudo <strong>da</strong> ativi<strong>da</strong>de empresarial<br />

FIGURA 22 Motivos <strong>da</strong> escolha por uma videolocadora.<br />

8 Serviços<br />

De acordo com os freqüentadores <strong>da</strong>s videolocadoras, verificou-se<br />

que o serviço “pacote de locação” é considerado essencial<br />

(33,1%); em segundo lugar vem o serviço informatizado (26,8%),<br />

que torna o processo de locação mais ágil e eficaz, possibilitando<br />

ao usuário ter informações, por exemplo, sobre a disponibili<strong>da</strong>de de<br />

um determinado filme e a <strong>da</strong>ta <strong>da</strong> sua devolução, as últimas fitas<br />

loca<strong>da</strong>s por ele, as <strong>da</strong>tas, os temas e até mesmo se aquele filme<br />

específico já foi visto. Existem outros serviços também importantes<br />

listados a seguir:<br />

53


Relatório Final - Sebrae/PE<br />

FIGURA 23 Serviços.<br />

Quando se verificou qual o serviço considerado essencial em uma<br />

locadora, os homens responderam a ven<strong>da</strong> de produtos e as mulheres<br />

consideraram o lanche oferecido.<br />

FIGURA 24<br />

Serviços preferidos<br />

segundo o sexo.<br />

54<br />

Segundo a pesquisa, 6% dos usuários de locadoras consideram<br />

essencial a ven<strong>da</strong> de produtos, destacando-os:<br />

• acessórios para DVD;<br />

• caixas de disco para CD;


• revistas sobre filmes;<br />

• lanches;<br />

• acessórios para manutenção;<br />

• decodificador de DVD;<br />

• livros e cartazes de filmes;<br />

• ven<strong>da</strong> de filmes (DVD).<br />

Outros serviços considerados essenciais para 3,5% dos usuários<br />

de videolocadoras:<br />

• dias com preços promocionais;<br />

• pacotes promocionais;<br />

• reservas de filmes;<br />

• gratui<strong>da</strong>de no aniversário dos clientes;<br />

Videolocadora: estudo <strong>da</strong> ativi<strong>da</strong>de empresarial<br />

• informativos;<br />

• catálogos de consulta;<br />

• cortesias varia<strong>da</strong>s;<br />

• sorteios para os clientes fiéis;<br />

• delivery de filmes eróticos;<br />

• café e água de cortesia;<br />

• ven<strong>da</strong> de filmes comumente encontrados em bancas<br />

de revista.<br />

9 Equipamentos<br />

O equipamento VHS é bastante comum - cerca de 95,6% dos<br />

freqüentadores <strong>da</strong>s videolocadoras possuem o equipamento; já o DVD<br />

é possuído por 84,2% deles<br />

55<br />

FIGURA 25 Possui equipamentos VHS. FIGURA 26 Possui DVD.


10 Acesso à Internet<br />

Relatório Final - Sebrae/PE<br />

O acesso à Internet é utilizado por 80,9% dos freqüentadores <strong>da</strong>s<br />

videolocadoras e não utilizado por 19,1% deles.<br />

FIGURA 27 Acesso à Internet.<br />

11 Serviços via Internet<br />

Entre os freqüentadores <strong>da</strong>s videolocadoras com acesso à Internet<br />

(80,9%), verificou-se que 66,7% deles utilizariam serviços via<br />

Internet.<br />

Já 33,3% não utilizariam este serviço pois locam poucas fitas e<br />

preferem ir às locadoras para ter mais informações e opções sobre<br />

as fitas, ou simplesmente porque o ato de locar é muito prático.<br />

33,3% 66,7%<br />

Sim<br />

Não<br />

FIGURA 28 Serviços via Internet.<br />

12 Internet<br />

Cerca de 80,8% dos freqüentadores <strong>da</strong>s videolocadoras não deixam<br />

de locar fitas para disporem de mais tempo na Internet; já<br />

19,2% deles deixam de locar para navegarem na Internet.<br />

56<br />

FIGURA 29 Internet.


13 TV a cabo<br />

Cerca de 80,8% dos freqüentadores <strong>da</strong>s videolocadoras não deixam<br />

de locar fitas para disporem de mais tempo na Internet; já<br />

19,2% deles deixam de locar para navegarem na Internet.<br />

FIGURA 30 TV a cabo. FIGURA 31 Redução de locações por conta<br />

<strong>da</strong> TV a cabo.<br />

14 Cinema<br />

Constatou-se que uma grande parte dos freqüentadores <strong>da</strong>s<br />

videolocadoras costuma ir ao cinema (82,1%). Cerca de 49% deles<br />

vão ao cinema duas vezes por mês.<br />

Videolocadora: estudo <strong>da</strong> ativi<strong>da</strong>de empresarial<br />

FIGURA 32 Cinema.<br />

15 Comentários gerais<br />

Alguns comentários foram feitos, ao longo <strong>da</strong> pesquisa, pelos entrevistados,<br />

e estão relacionados a seguir:<br />

• “Os lançamentos demoram a chegar nas videolocadoras”.<br />

• “Sinopse pela Internet é muito legal”.<br />

• “Os preços dos cinemas nos motivam a locar filmes”.<br />

• “Seria bom o recebimento de catálogos (publicação) atualizados”.<br />

57<br />

• “Assistir aos filmes em casa é conveniente e seguro”.<br />

• “As videolocadoras devem oferecer o delivery”.


• “Os filmes culturais merecem mais atenção”.<br />

• “A locação de DVD é cara”.<br />

Relatório Final - Sebrae/PE<br />

• “Pago muita multa por não entregar no prazo. Seria bom buscar a<br />

fita ou o DVD em nossa residência”.<br />

• “As multas são altas”.<br />

• “Internet é só para estudo e comunicação”.<br />

• “Deveriam melhorar os pacotes de locação”.<br />

• “Reservar é muito importante para quem já é cliente preferencial”.<br />

• “Faltam lançamentos infantis em DVD”.<br />

• “Para utilizarmos a Internet, eles teriam que estar sempre atualizando<br />

as informações”.<br />

• “Os lançamentos são muito concorridos”.<br />

• “Ter catálogos sobre as críticas dos filmes”.<br />

• “As videolocadoras deveriam oferecer um cafezinho”.<br />

• “Temos que chegar cedo se quisermos bons filmes”.<br />

• “O prazo para devolver lançamentos tem que ser de 48 horas”.<br />

• “Falta área para estacionar”.<br />

• “Um bom espaço é fun<strong>da</strong>mental numa videolocadora”.<br />

• “Existem poucas promoções de incentivo e estímulo para quem<br />

loca. Algumas locadoras fazem sorteios de aparelhos de DVD”.<br />

• “Fazer promoções estimulam as locações”.<br />

• “Faltam filmes nacionais antigos em DVD”.<br />

• “O acervo cultural geralmente é pequeno”.<br />

• “Uma boa iluminação é essencial. Falta um diferencial”.<br />

2.9 CAPACITAÇÃO<br />

58<br />

Identificamos no mercado de homevideo uma grande carência de capacitação específica<br />

volta<strong>da</strong> para a ativi<strong>da</strong>de. As necessi<strong>da</strong>des de capacitação aponta<strong>da</strong>s pelos<br />

empresários foram atendimento ao cliente e gestão <strong>da</strong> videolocadora, porém outras<br />

foram aponta<strong>da</strong>s como fun<strong>da</strong>mentais - ven<strong>da</strong>s, conhecimentos gerais de cinema,<br />

arranjo físico e layout de loja.


Estas carências estão sendo supri<strong>da</strong>s atualmente com os treinamentos desenvolvidos<br />

e ministrados pelo próprio empresário. Alguns dos empresários chegaram a<br />

disponibilizar a capacitação para outras videolocadoras.<br />

Outro aspecto levantado nas empresas foi sobre a quanti<strong>da</strong>de de horas de treinamento<br />

dos funcionários nos últimos 12 meses. De acordo com o levantamento,<br />

40% deles receberam mais de 10 horas de treinamento, enquanto 20% receberam<br />

entre cinco e 10 horas. Os 40% restantes não receberam nenhum treinamento no<br />

mesmo período.<br />

Vale destacar que a carência de treinamento refletirá na eficiência e na eficácia do<br />

atendimento aos clientes, contribuindo negativamente no desempenho <strong>da</strong> empresa.<br />

Sob outro ponto de vista, esta carência representa uma lacuna no mercado de<br />

homevideo, sendo uma oportuni<strong>da</strong>de no ramo <strong>da</strong> prestação de serviços.<br />

2.10 LEGISLAÇÃO<br />

Videolocadora: estudo <strong>da</strong> ativi<strong>da</strong>de empresarial<br />

O conhecimento <strong>da</strong>s leis e dos órgãos que regulamentam esta ativi<strong>da</strong>de é de fun<strong>da</strong>mental<br />

importância para os empreendedores que pretendem atuar no ramo, bem<br />

como para os empresários atuantes. Este tópico objetiva sintetizar alguns desses<br />

pontos.<br />

Órgãos<br />

• Ancine (www.ancine.gov.br)<br />

A Ancine - Agência Nacional do Cinema - foi cria<strong>da</strong> pelo presidente<br />

Fernando Henrique Cardoso dentro <strong>da</strong> Política Nacional do Cinema,<br />

estabeleci<strong>da</strong> na MP 2228-1, de 6 de setembro de 2001. É um órgão<br />

de fomento, regulação e fiscalização <strong>da</strong> indústria cinematográfica e<br />

videofonográfica, dotado de autonomia administrativa e financeira.<br />

Entre outros, seus objetivos são estimular o desenvolvimento desta<br />

indústria; promover a integração <strong>da</strong>s ativi<strong>da</strong>des governamentais a<br />

ela relaciona<strong>da</strong>s; aumentar a competitivi<strong>da</strong>de, promover a autosustentabili<strong>da</strong>de<br />

e a articulação dos vários elos <strong>da</strong> sua cadeia produtiva;<br />

estimular a universalização do acesso às obras cinematográficas<br />

e videofonográficas, especialmente nacionais, e garantir a<br />

participação diversifica<strong>da</strong> <strong>da</strong>s obras estrangeiras no mercado brasileiro.<br />

• UBV (www.ubvideo.com.br)<br />

A UBV - União Brasileira de Vídeo - atua junto à indústria<br />

audiovisual nacional desde 12 de agosto de 1983. É uma associação<br />

que reúne as principais empresas de home entertainment res-<br />

59


Relatório Final - Sebrae/PE<br />

ponsáveis por 90% <strong>da</strong>s fitas (VHS) e dos DVDs lançados no mercado<br />

brasileiro. Fazem parte <strong>da</strong>s suas atribuições representar o setor<br />

junto ao Governo Federal, elaborar leis mais eficientes de proteção<br />

ao mercado e zelar pelo cumprimento <strong>da</strong>s mesmas.<br />

Leis Federais<br />

• Lei Nº 6.533, de 24 de maio de 1978<br />

Dispõe sobre a regulamentação <strong>da</strong>s profissões de artista e técnico em<br />

espetáculos e diversões.<br />

• Decreto Nº 82.385, de 5 de outubro de 1978<br />

Regulamenta a Lei Nº 6.533, de 24 de maio de 1978, que dispõe sobre<br />

as profissões de artista e técnico em espetáculos e diversões.<br />

• Lei Nº 8.401, de 8 de janeiro de 1992 (revoga<strong>da</strong> - vide abaixo Lei<br />

Nº 10.454)<br />

Dispõe sobre o controle de autentici<strong>da</strong>de de cópias de obras<br />

audiovisuais.<br />

• Lei Nº 10.454, de 13 de maio de 2002<br />

Dispõe sobre a remissão <strong>da</strong> Condecine - Contribuição para o Desenvolvimento<br />

<strong>da</strong> Indústria Cinematográfica, de que trata a Medi<strong>da</strong> Provisória<br />

2.228-1, de 6 de setembro de 2001, e dá outras providências.<br />

• Decreto Nº 567, de 11 de junho de 1992<br />

Regulamenta a Lei nº 8.401, de 8 de janeiro de 1992, que dispõe sobre<br />

o controle <strong>da</strong> autentici<strong>da</strong>de de cópias de obras audiovisuais em<br />

videograma postas em comércio.<br />

• Lei Nº 8.685, de 20 de julho de 1993<br />

Cria mecanismos de fomento à ativi<strong>da</strong>de audiovisual.<br />

• Decreto Nº 974, de 8 de novembro de 1993<br />

Regulamenta a Lei nº 8.685, de 20 de julho de 1993, que cria mecanismos<br />

de fomento à ativi<strong>da</strong>de audiovisual e dá outras providências.<br />

• Lei dos Direitos Autorais (Lei Nº 9.610, de 19 de fevereiro de 1998)<br />

Altera, atualiza e consoli<strong>da</strong> a legislação sobre direitos autorais.<br />

• Portaria Nº 35, de 18 de janeiro de 1994<br />

Fixa as alíquotas incidentes sobre o registro de emissão de certificados<br />

de investimento em empreendimentos audiovisuais.<br />

60<br />

• Portaria Nº 113, de 24 de maio de 1994<br />

O ministro <strong>da</strong> Cultura, tendo em vista o disposto na Lei nº 8.685, de 20<br />

de julho de 1993, e o Decreto nº 974, de 8 de novembro de 1993,<br />

resolve:


• Lei Estadual 12.137 (19.12.2001) - Pernambuco<br />

Diz respeito às ativi<strong>da</strong>des de lazer, em geral, como cinemas, bares, teatros<br />

etc. O pagamento <strong>da</strong> taxa anual é realizado através do formulário DAE 20,<br />

adquirido nas livrarias ou na própria Delegacia de Costumes (órgão responsável<br />

por sua fiscalização).<br />

Os valores <strong>da</strong>s taxas (2003) são:<br />

- capital: R$ 264,01;<br />

- RMR: R$ 217,42;<br />

- interior: R$ 170,83.<br />

O contato com a Delegacia de Costumes pode ser feito através do telefone<br />

(81) 3424-2554 ou na sede, localiza<strong>da</strong> na Rua Alfredo Lisboa,<br />

539/2ºan<strong>da</strong>r, Bairro do Recife. O horário de funcionamento é <strong>da</strong>s 8 às<br />

18 horas, sem intervalo para almoço.<br />

Forma Jurídica<br />

As videolocadoras podem ser registra<strong>da</strong>s como Socie<strong>da</strong>de Empresária,<br />

pelo Novo Código Civil, antes chama<strong>da</strong> de firma individual, ou<br />

como Socie<strong>da</strong>de Empresária (com dois ou mais sócios), antes<br />

chama<strong>da</strong> Socie<strong>da</strong>de Lt<strong>da</strong>. As empresas que não realizaram a alteração<br />

para adequação ao novo Código Civil, devem fazê-la na Jucepe -<br />

Junta Comercial de Pernambuco, a fim de regularizarem a ativi<strong>da</strong>de.<br />

Videolocadora: estudo <strong>da</strong> ativi<strong>da</strong>de empresarial<br />

61


3<br />

INDICADORES<br />

E ÍNDICES DA<br />

ATIVIDADE<br />

Os indicadores identificados ao longo do estudo estão relacionados a seguir:<br />

Lógica do negócio e exploração <strong>da</strong>s oportuni<strong>da</strong>des<br />

Este indicador, considerado essencial para o negócio, refere-se à<br />

concretização <strong>da</strong> oportuni<strong>da</strong>de percebi<strong>da</strong> e à manutenção do negócio,<br />

com base na viabilização e no aproveitamento contínuo <strong>da</strong>s oportuni<strong>da</strong>des<br />

identifica<strong>da</strong>s. Em uma videolocadora, consideramos como<br />

fatores estratégicos para a viabilização do negócio no mercado:<br />

Videolocadora: estudo <strong>da</strong> ativi<strong>da</strong>de empresarial<br />

• A escolha do ponto comercial O ponto onde se localiza o empreendimento<br />

pode definir o sucesso ou o insucesso do negócio.<br />

Identificamos ao longo do estudo, videolocadoras localiza<strong>da</strong>s em<br />

pontos independentes (52%), galerias comerciais (33%), postos de<br />

gasolina (7%), hipermercados (4%) e shopping centers (4%). Neste<br />

caso, o custo de manutenção do negócio geralmente é mais elevado<br />

devido aos custos adicionais cobrados pela administradora do local<br />

(por exemplo, o 13º aluguel). Essa informação depende do porte e<br />

<strong>da</strong> reputação (potencial de ven<strong>da</strong>s) do shopping, entre outros fatores<br />

que precisam ser avaliados antes <strong>da</strong> implantação do negócio.<br />

No caso <strong>da</strong>s videolocadoras, algumas conveniências que um<br />

shopping reúne são grandes alia<strong>da</strong>s <strong>da</strong> ativi<strong>da</strong>de, sendo considera<strong>da</strong>s<br />

uma vitrine em função <strong>da</strong> sua visibili<strong>da</strong>de:<br />

Localização - Mais de 60% <strong>da</strong>s videolocadoras<br />

estão localiza<strong>da</strong>s em bairros residenciais, com<br />

predominância de prédios e casas, onde este fator<br />

é uma <strong>da</strong>s principais preocupações dos empresários<br />

ao instalar suas lojas. De acordo com um estudo<br />

realizado pelo Sebrae/SP, uma característica <strong>da</strong>s<br />

lojas de vizinhança é que aproxima<strong>da</strong>mente 80%<br />

dos clientes estão localizados no raio de um quilômetro<br />

<strong>da</strong> empresa;<br />

63


Relatório Final - Sebrae/PE<br />

Fluxo de pessoas e carros - Mais de 80% dos empresários<br />

levaram em consideração, na escolha do<br />

local, o fluxo de pessoas e carros que circulam nas<br />

proximi<strong>da</strong>des <strong>da</strong> empresa. Os empresários observaram<br />

também que o fluxo no sentido trabalho-casa<br />

deve ser priorizado, ou seja, os potenciais consumidores<br />

tendem a locar seus filmes quando estão<br />

retornando do trabalho, exceto nos meses de férias<br />

- janeiro e julho;<br />

Zona de influência - Também fun<strong>da</strong>mental na escolha<br />

do ponto é conhecer o perfil dos clientes que freqüentam<br />

a videolocadora, assim como as classes<br />

sociais, os hábitos de consumo, o nível de escolari<strong>da</strong>de<br />

etc. To<strong>da</strong>s essas variáveis podem direcionar<br />

os investimentos <strong>da</strong> empresa, bem como as compras<br />

dos filmes, as promoções etc.<br />

• O estacionamento Este fator é considerado determinante na<br />

escolha de uma videolocadora, especialmente nas empresas localiza<strong>da</strong>s<br />

em aveni<strong>da</strong>s e ruas com intenso fluxo de veículos. Um bom<br />

estacionamento (acesso, disponibili<strong>da</strong>de e facili<strong>da</strong>de de estacionar)<br />

vem agregar os serviços decisivos na escolha <strong>da</strong> videolocadora<br />

pelos clientes. Verificou-se que 85,7% <strong>da</strong>s empresas possuem<br />

estacionamento próprio (considerando o estacionamento <strong>da</strong>s galerias<br />

onde se localizam algumas empresas);<br />

• A dedicação ao negócio O empresário deve estar à frente na<br />

gestão do negócio. Durante a realização deste estudo, foi observado<br />

que o nível de conhecimento dos empresários que se dedicam<br />

diariamente ao atendimento no balcão é consideravelmente maior<br />

do que <strong>da</strong>queles que não têm esta atitude. Isso se reflete diretamente<br />

nas atitudes dos funcionários, na aparência <strong>da</strong>s videolocadoras,<br />

no nível de controle gerencial, na satisfação dos clientes. As informações<br />

gera<strong>da</strong>s no atendimento aos clientes são primordiais para a<br />

manutenção do negócio, de forma inovadora e competitiva, pois são<br />

transforma<strong>da</strong>s em conhecimento, quando trata<strong>da</strong>s, e geram ações<br />

positivas para o negócio. Dos empresários entrevistados, 53% têm<br />

dedicação exclusiva à ativi<strong>da</strong>de, enquanto 47% possuem uma segun<strong>da</strong><br />

ativi<strong>da</strong>de;<br />

64<br />

• A compra de títulos Um acervo atualizado permanentemente é<br />

dever do empresário de videolocadora, pois é a essência do negócio.<br />

Além disso, estar com os filmes disponíveis para locação pode<br />

definir a fideli<strong>da</strong>de do cliente para com a videolocadora. Todos os<br />

empresários (100%) realizam compras mensalmente;


• A acompanhamento do mercado cinematográfico Todo empresário<br />

do ramo, que busca a quali<strong>da</strong>de do seu negócio através <strong>da</strong><br />

atualização de informações do setor, necessita acompanhar as<br />

evoluções e as mu<strong>da</strong>nças do mercado cinematográfico. Muitas<br />

delas podem afetar direta ou indiretamente o seu negócio (políticas<br />

de preço, políticas de distribuição etc). Além disso, é necessário<br />

conhecer os atores, os gêneros dos filmes, os grandes clássicos,<br />

as novi<strong>da</strong>des, a história do cinema, as <strong>da</strong>tas comemorativas, entre<br />

outros aspectos fun<strong>da</strong>mentais para o desenvolvimento e o crescimento<br />

<strong>da</strong> ativi<strong>da</strong>de, agregando substancialmente o atendimento<br />

numa videolocadora, ou seja, todo empresário precisa tornar-se um<br />

especialista no ramo. Várias fontes de consulta estão disponíveis<br />

no mercado. De acordo com os empresários, as principais são:<br />

Jornal do Vídeo - Revista especializa<strong>da</strong> no mercado<br />

de homevideo, trazendo mensalmente inúmeras<br />

novi<strong>da</strong>des. Sua assinatura pode ser realiza<strong>da</strong> através<br />

de www.videopage.com.br, (11) 3093-2558 ou<br />

assinaturas@videopage.com.br;<br />

Videolocadora: estudo <strong>da</strong> ativi<strong>da</strong>de empresarial<br />

Revista Ver Vídeo - Também especializa<strong>da</strong> no ramo,<br />

trazendo mensalmente as novi<strong>da</strong>des do mercado<br />

de homevideo. Sua versão rental é gratuita para as<br />

videolocadoras (pessoa jurídica) e pode ser assina<strong>da</strong><br />

através de um ca<strong>da</strong>stro feito pelos telefones<br />

(11) 3038-1368 e (81) 3038-1367 ou pelo email<br />

assinatura@nboeditora.com.br. Ambas são indispensáveis<br />

aos empresários de videolocadora;<br />

Representantes - Foram apontados como uma fonte<br />

fun<strong>da</strong>mental de consulta e atualização. Os empresários<br />

destacaram a importância do perfil consultivo<br />

dos representantes, além do vendedor;<br />

Outras fontes - Revista SET, guias de DVD, cinema,<br />

Internet, participação em eventos etc.<br />

• A reserva de capital Para empreendedores que desejarem investir<br />

na ativi<strong>da</strong>de, bem como para empresários no início do negócio,<br />

que necessitam calcular e ter disponível uma reserva de capital a<br />

fim de “bancar” a empresa, num período de pelo menos três a seis<br />

meses do início do negócio (despesas fixas, compra de filmes etc);<br />

• O ca<strong>da</strong>stro do cliente É essencial tanto para agilizar o atendimento,<br />

quanto para gerar o perfil do cliente, com a finali<strong>da</strong>de de<br />

atendê-lo melhor (oferecendo promoções direciona<strong>da</strong>s etc), além<br />

<strong>da</strong> questão <strong>da</strong> segurança <strong>da</strong> empresa (procedência <strong>da</strong>s pessoas).<br />

No estudo, identificou-se que este ca<strong>da</strong>stro ain<strong>da</strong> é subutilizado<br />

65


Relatório Final - Sebrae/PE<br />

pela maioria <strong>da</strong>s empresas, focando bastante a questão <strong>da</strong> segurança,<br />

ou seja, as informações de ca<strong>da</strong>stro não são utiliza<strong>da</strong>s para fins<br />

de ações de melhoria empresarial. A troca de informações de ca<strong>da</strong>stro<br />

entre as videolocadoras é uma prática de mercado volta<strong>da</strong> para<br />

reduzir a possibili<strong>da</strong>de de furtos etc;<br />

• O perfil do público <strong>da</strong> sua locali<strong>da</strong>de É essencial conhecer hábitos<br />

e comportamentos, assim como acompanhar suas mu<strong>da</strong>nças, para<br />

direcionar os rumos <strong>da</strong> empresa (investimentos, promoções etc).<br />

Verificou-se, por exemplo, que os filmes dublados de ação (80%) são<br />

os preferidos pelos consumidores <strong>da</strong>s videolocadoras localiza<strong>da</strong>s nos<br />

bairros considerados mais populares. Os empresários (94%) afirmam<br />

conhecer o perfil do cliente apenas por impressão pessoal.<br />

Competência e valores<br />

Este indicador diz respeito aos atributos natos e/ou adquiridos ao<br />

longo do tempo pelo empresário. As competências são identifica<strong>da</strong>s<br />

a partir <strong>da</strong> oferta de produtos e serviços, conforme a natureza do<br />

negócio em termos de quanti<strong>da</strong>de, quali<strong>da</strong>de, preço e agili<strong>da</strong>de,<br />

satisfazendo às necessi<strong>da</strong>des do cliente. Já os valores são identificados<br />

na forma de operar do empresário, respeitando e<br />

enaltecendo atributos específicos de relacionamento com clientes,<br />

fornecedores, funcionários, instituições de classe e governo:<br />

• O atendimento ao cliente pelo empresário Esta atitude demonstra<br />

o valor que o empresário tem pelo negócio. Essa valorização do<br />

negócio é percebi<strong>da</strong> tanto pelos clientes, quanto pelos funcionários.<br />

Além disso, considerando que o cliente é uma <strong>da</strong>s fontes preciosas<br />

geradoras de informações necessárias para a sustentação do negócio,<br />

é importante que a videolocadora possa ofertar produtos e serviços<br />

adequados às necessi<strong>da</strong>des do seu público;<br />

66<br />

• O planejamento de compras Com o elevado volume de lançamentos<br />

por parte <strong>da</strong>s produtoras de filmes (em torno de 60 filmes<br />

por mês), os empresários precisam saber o que, como e quanto<br />

comprar, pois o investimento é alto (cerca de R$ 85,00 o preço<br />

médio de um lançamento), especialmente para as videolocadoras<br />

que trabalham com VHS e DVD, as quais precisam adquirir ambos. 1<br />

Caso o planejamento não aconteça de forma sistemática, os empresários<br />

correrão o risco de investir em filmes não compatíveis com o<br />

perfil dos seus clientes e/ou deixar de adquirir filmes importantes<br />

para o seu acervo. Conseqüentemente, deixam de locar - essência<br />

<strong>da</strong> ativi<strong>da</strong>de. Sem planejamento, o capital de giro <strong>da</strong> empresa estará<br />

sendo utilizado de forma inadequa<strong>da</strong>;<br />

1 O investimento <strong>da</strong>s videolocadoras que trabalham com VHS e DVD é geralmente maior do que <strong>da</strong>quelas que trabalham apenas com um<br />

dos tipos, uma vez que é necessário adquirir um mesmo título tanto em DVD quanto VHS.


• O respeito ao cliente Muitas empresas demonstraram, através de<br />

ações e fatos, os valores dos empresários (com o bem-estar do cliente<br />

e sua satisfação, por exemplo), entre os quais disponibilização de<br />

banheiros, água e café; preocupação em realizar sorteios de aparelhos<br />

de DVD de boa quali<strong>da</strong>de, mesmo custando mais caro; associação à<br />

UBV — União Brasileira de Vídeo (www.ubvideo.com.br) — no combate<br />

à pirataria, deixando visível aos clientes seu selo de associado e até<br />

mesmo o telefone para denunciá-la (0800113941); salas reserva<strong>da</strong>s<br />

para filmes eróticos; cantinho reservado para crianças etc. Alguns<br />

desses itens podem ser aqui visualizados:<br />

Videolocadora: estudo <strong>da</strong> ativi<strong>da</strong>de empresarial<br />

Salinha de estar para o cliente<br />

Sala reserva<strong>da</strong> para filmes eróticos<br />

Cantinho reservado para o público infantil<br />

Banheiro para o cliente<br />

Máquina de café para os clientes<br />

67


Relatório Final - Sebrae/PE<br />

• A entrega e a busca<br />

em domicílio Este<br />

serviço opcional para o<br />

cliente é essencial para<br />

o negócio. Como uma<br />

ativi<strong>da</strong>de que proporciona<br />

o entretenimento em<br />

casa, o atendimento em<br />

domicílio passa a ser<br />

um item fun<strong>da</strong>mental do<br />

mix de serviços disponíveis<br />

numa<br />

videolocadora. A comodi<strong>da</strong>de foi um item destacado pelos clientes,<br />

que afirmaram ser a proximi<strong>da</strong>de <strong>da</strong> videolocadora com sua residência<br />

um fator determinante na escolha <strong>da</strong> mesma. Das videolocadoras estu<strong>da</strong><strong>da</strong>s,<br />

60% não oferecem este tipo de serviço. Para os 40% que trabalham<br />

com o serviço, a taxa média cobra<strong>da</strong> de entrega é de R$ 1,50;<br />

• A presença na Internet A Internet vem despontando como um dos<br />

grandes meios de comunicação. No ramo de videolocadora, estar<br />

presente na Internet é, no mínimo, uma forma de levar a imagem <strong>da</strong><br />

empresa aos clientes, além de informações de utili<strong>da</strong>de para sua<br />

consulta. Das videolocadoras que estão na Internet, 42% utilizam o<br />

site como uma fonte de atualização dos clientes (uma extensão <strong>da</strong><br />

empresa), com informações sobre os filmes, os lançamentos, as<br />

campanhas promocionais etc. Com relação aos serviços oferecidos,<br />

apenas a reserva dos filmes pode ser feita pela Internet (6%). Para<br />

exemplificar, relacionamos sites de algumas videolocadoras <strong>da</strong> região<br />

estu<strong>da</strong><strong>da</strong> (www.halugfilmes.com.br / www.locpointonline.com.br /<br />

www.gamecdvideo.com.br / www.smsvideo.com.br);<br />

• A segurança física e patrimonial Voltado para a preservação de<br />

clientes, funcionários e empresários, bem como de bens<br />

patrimoniais (seguros, sistemas eletrônicos etc), o investimento em<br />

segurança na contratação de um vigilante ou mesmo na instalação<br />

de um sistema informatizado, além de fortalecer a percepção dos<br />

clientes em estar num ambiente seguro onde eles possam ficar<br />

tranqüilos e aproveitar mais o momento de lazer proporcionado<br />

pela ativi<strong>da</strong>de (valorização <strong>da</strong> imagem <strong>da</strong> empresa), preservará a<br />

segurança física e patrimonial de todos;<br />

68<br />

• A higiene e a limpeza Um quesito fun<strong>da</strong>mental de valorização do<br />

negócio é manter os produtos e o seu ambiente conservados com<br />

limpeza periódica. Esta ação causa uma boa percepção do público.<br />

Os empresários (85%) avaliaram como bom o quesito de higiene e<br />

limpeza na loja, enquanto 15% deles acharam regular;


Poeira nas<br />

prateleiras causa<br />

má impressão,<br />

além de <strong>da</strong>nificar o<br />

produto<br />

Videolocadora: estudo <strong>da</strong> ativi<strong>da</strong>de empresarial<br />

Funcionários em<br />

ação: manter os<br />

produtos limpos e<br />

conservados é dever<br />

dos empresários<br />

• O treinamento Com a carência de treinamentos específicos para<br />

a ativi<strong>da</strong>de, o empresário precisa ter habili<strong>da</strong>de e competência para<br />

orientar e treinar seus funcionários, de forma a torná-los capazes<br />

de li<strong>da</strong>r com as situações do dia-a-dia, especialmente nas relações<br />

com os clientes externos. Mais de 60% dos empresários afirmam ser<br />

responsáveis por ministrar os treinamentos aos seus funcionários,<br />

porém apenas 6,67% deles possuem uma metodologia desenvolvi<strong>da</strong>;<br />

• A uniformização e os crachás Além de facilitar o atendimento<br />

aos clientes (identificação, agili<strong>da</strong>de), este indicador demonstra uma<br />

ação de valorização <strong>da</strong> imagem <strong>da</strong> empresa (como a empresa se<br />

apresenta ao público externo). Das videolocadoras, 83% adotaram<br />

uniformes (ver figuras a seguir);<br />

69


Relatório Final - Sebrae/PE<br />

• A legislação Mais do que uma obrigação empresarial, estar com o<br />

funcionamento <strong>da</strong> ativi<strong>da</strong>de regularizado, bem como atender às leis<br />

exerci<strong>da</strong>s sob a ativi<strong>da</strong>de, são atitudes éticas e de responsabili<strong>da</strong>de<br />

social que repercutem na imagem <strong>da</strong> empresa. Os empresários<br />

precisam estar atentos às mu<strong>da</strong>nças nas leis federais, estaduais e<br />

municipais.<br />

Competitivi<strong>da</strong>de<br />

Este indicador demonstra a posição em que a empresa está em<br />

relação ao seu mercado, identifica<strong>da</strong> a partir <strong>da</strong> avaliação <strong>da</strong>s suas<br />

ações e resultados em comparação com os concorrentes, ou em<br />

relação aos padrões de excelência <strong>da</strong> ativi<strong>da</strong>de:<br />

70<br />

• O atendimento ao cliente pelo empresário Segundo Philip<br />

Kotler, “as informações que uma empresa possui podem ser sua<br />

principal vantagem competitiva”. O atendimento ao cliente, por<br />

ser uma <strong>da</strong>s principais fontes de informações para o negócio,<br />

contribui para aumentar o conhecimento <strong>da</strong> empresa sobre o<br />

mercado, o qual deve gerar ações de melhoria empresarial. O<br />

empresário que compromete parte <strong>da</strong> sua rotina no atendimento<br />

aos clientes, além de sentir a repercussão <strong>da</strong>s suas ações no<br />

dia-a-dia do negócio (espécie de termômetro), será beneficiado<br />

diretamente com as informações gera<strong>da</strong>s (preferências, sugestões<br />

e reclamações dos clientes etc);


• A disponibili<strong>da</strong>de de títulos É um fator determinante na escolha <strong>da</strong><br />

videolocadora pelo cliente. Além de disponibilizar os filmes de lançamento<br />

e considerar as preferências dos clientes, a quanti<strong>da</strong>de de<br />

cópias por título é um indicador que tem grande influência na<br />

lucrativi<strong>da</strong>de <strong>da</strong> loja, pois é o principal serviço <strong>da</strong> ativi<strong>da</strong>de (locação).<br />

Mais de 80% dos empresários fazem parcialmente ou não fazem uso<br />

do ca<strong>da</strong>stro de clientes, não acompanhando o número de clientes<br />

ativos ca<strong>da</strong>strados (os que freqüentaram a videolocadora pelo menos<br />

nos últimos três meses), de forma que não é relaciona<strong>da</strong> a quanti<strong>da</strong>de<br />

de cópias por título disponível por cliente ativo (número de cópias<br />

muito aquém do número de clientes ativos), mas apenas por sua<br />

disponibili<strong>da</strong>de financeira, potencial de locação do filme. Vale destacar<br />

que a quanti<strong>da</strong>de de cópias por cliente ativo deve ser utiliza<strong>da</strong>, especialmente,<br />

para os grandes lançamentos (com destaque para os filmes<br />

exibidos no cinema - a grande vitrine), o que garante um bom nível de<br />

satisfação dos clientes e possibili<strong>da</strong>des de maior retorno financeiro<br />

para o negócio;<br />

• A proximi<strong>da</strong>de com o cliente Uma característica marcante <strong>da</strong>s<br />

videolocadoras estu<strong>da</strong><strong>da</strong>s é a proximi<strong>da</strong>de do relacionamento de<br />

empresários e funcionários com seus clientes. Este relacionamento,<br />

na maioria <strong>da</strong>s vezes informal, costuma criar um ambiente mais<br />

descontraído, bem familiar. A proximi<strong>da</strong>de com o cliente é valoriza<strong>da</strong><br />

pelos empresários do ramo e considera<strong>da</strong> uma vantagem competitiva.<br />

Por outro lado, não se deve confundi-la com a falta de<br />

profissionalismo, uma vez que há uma linha tênue a ser conheci<strong>da</strong><br />

pelo empresário e seus funcionários. Normalmente é uma prática<br />

utiliza<strong>da</strong> quando o próprio empresário está no atendimento;<br />

Videolocadora: estudo <strong>da</strong> ativi<strong>da</strong>de empresarial<br />

• As formas de pagamento São também fun<strong>da</strong>mentais tanto para<br />

a manutenção dos clientes já ca<strong>da</strong>strados, quanto para conquistar<br />

os mais novos. Mais de 80% dos pagamentos recebidos são realizados<br />

à vista (dinheiro ou cheque). Atualmente, o cartão de crédito é<br />

um dos principais meios de pagamento utilizados pelos consumidores.<br />

O empresário precisa avaliar e considerar sua implantação<br />

(mais opção para o cliente escolher);<br />

• A criativi<strong>da</strong>de<br />

Em promoções - A exploração <strong>da</strong>s <strong>da</strong>tas comemorativas<br />

(5 de novembro é dia do cinema brasileiro, 19<br />

de junho é o Dia Nacional do Cinema etc), os pacotes<br />

promocionais, os dias com preços<br />

promocionais, os sorteios de aparelhos de DVD e<br />

os brindes são exemplos de práticas criativas de<br />

ven<strong>da</strong> no mercado;<br />

71


Relatório Final - Sebrae/PE<br />

Exemplos de promoções para os clientes<br />

Em ven<strong>da</strong>s - O uso do cheque-locação proporcionando<br />

um prazo médio de 30 dias para pagá-lo,<br />

com direito a 30 locações (em média) e um valor<br />

de locação abaixo <strong>da</strong> locação avulsa (tradicional); a<br />

utilização de uniformes e crachás; a segmentação<br />

de preço por hora de locação - faixas de preços<br />

diferencia<strong>da</strong>s de acordo com o tempo de locação<br />

(seis, oito ou 12 horas); a escolha do cliente e o<br />

valor <strong>da</strong> relocação (multa) diferenciado do valor <strong>da</strong><br />

locação (mais barata);<br />

Em agregar produtos e serviços - Serviços de entrega<br />

e busca em domicílio, ven<strong>da</strong> de DVDs, lanches<br />

etc;<br />

No relacionamento com o cliente - Cheque-locação,<br />

reserva de filmes realiza<strong>da</strong> pessoalmente ou por<br />

telefone etc.<br />

72<br />

• A disponibili<strong>da</strong>de de terminal de consulta multimídia Consiste<br />

em ganhar competitivi<strong>da</strong>de ofertando ao cliente um terminal de<br />

acesso (computador), onde o mesmo poderá consultar os lançamentos,<br />

os traillers, as sinopses dos filmes, os comentários etc.<br />

Normalmente, deve ficar localizado em pontos visíveis <strong>da</strong> loja;


• O mix de produtos e serviços Procura agregar produtos e serviços<br />

que fazem parte do contexto do negócio (entretenimento -<br />

lanches, revistas especializa<strong>da</strong>s etc). Para as videolocadoras que<br />

pretendem comercializar produtos, será necessário possuir a inscrição<br />

estadual obti<strong>da</strong> na Secretaria <strong>da</strong> Fazen<strong>da</strong> e, caso necessário (se<br />

não foi prevista a comercialização de produtos no ato de registro<br />

<strong>da</strong> empresa), fazer a alteração do objeto social <strong>da</strong> empresa na<br />

Jucepe;<br />

Videolocadora: estudo <strong>da</strong> ativi<strong>da</strong>de empresarial<br />

• O acervo A renovação de filmes é realiza<strong>da</strong> tanto através <strong>da</strong> compra<br />

periódica dos lançamentos, quanto através do descarte (mensal,<br />

em média) <strong>da</strong>s cópias de filmes que tenham deixado de serem<br />

locados ou que estejam com taxa de locação baixa (em média o<br />

preço de um título “seminovo” VHS ou DVD para descarte é de R$<br />

30,00). Os filmes podem ser comercializados em feirões, como os<br />

realizados na Aky Vídeo para os consumidores finais. Outro ponto<br />

importante é montar o acervo por gênero de filmes, de uma forma<br />

organiza<strong>da</strong> e visível;<br />

73


Relatório Final - Sebrae/PE<br />

• O arranjo físico (formato <strong>da</strong> loja) Espaços bem definidos que<br />

permitem, ao longo do trajeto, uma completa exploração dos produtos<br />

<strong>da</strong> loja pelo cliente. Itens como posicionamento do balcão de<br />

atendimento, <strong>da</strong>s prateleiras, dos lançamentos e catálogos, dos<br />

produtos, <strong>da</strong>s vitrines, devem fazer parte do check list do empresário<br />

- 57% dos empresários avaliaram como bom o espaço para<br />

trânsito na loja e 28% como regular;<br />

Balcão de atendimento bem posicionado<br />

Padronização do ambiente<br />

Padronização do ambiente<br />

Espaço amplo para trânsito dos clientes<br />

na loja<br />

Vitrines de exposição de produtos que<br />

estão à ven<strong>da</strong>, posiciona<strong>da</strong>s na entra<strong>da</strong><br />

<strong>da</strong> loja<br />

74


• A disposição dos filmes na prateleira A seguir, algumas fotos<br />

para exemplificar a posição dos filmes quando expostos na prateleira<br />

e a facili<strong>da</strong>de na hora <strong>da</strong> escolha;<br />

A disposição dos filmes nessa posição<br />

facilita a escolha, porém falta sinalização<br />

por gênero dos filmes<br />

Videolocadora: estudo <strong>da</strong> ativi<strong>da</strong>de empresarial<br />

Dificul<strong>da</strong>de na escolha dos filmes<br />

Boa sinalização dos filmes (por gênero)<br />

• A valorização dos filmes “catálogo” Geralmente os filmes considerados<br />

de catálogo encontram-se no final <strong>da</strong> loja, muitas vezes<br />

amontoados e esquecidos nas prateleiras, de forma que não despertam<br />

o interesse dos clientes, assim como dificultam sua escolha.<br />

Existem diversas formas de valorizar os filmes “catálogo”, desde as<br />

sugestões dos bons filmes (mais locados, ganhadores do Oscar etc)<br />

reserva<strong>da</strong>s num local de destaque <strong>da</strong> loja, até sua disposição nas<br />

prateleiras em locais estratégicos, podendo impulsionar as locações<br />

de uma videolocadora, visto que os catálogos geralmente têm uma<br />

margem de lucro maior que os lançamentos recém-adquiridos pela<br />

empresa, por já terem sido pagos e o investimento retornado - mais<br />

de 50% <strong>da</strong>s videolocadoras colocam seus filmes de catálogo em<br />

prateleiras no final <strong>da</strong> loja; 36% <strong>da</strong>s videolocadoras distribuem<br />

seus filmes de catálogo entre os lançamentos; 14% <strong>da</strong>s videolocadoras<br />

colocam os filmes “catalógo” na linha de frente <strong>da</strong> loja;<br />

75


Relatório Final - Sebrae/PE<br />

Destaque especial para os filmes “catálogo”<br />

(fácil acesso e boa visibili<strong>da</strong>de)<br />

• A visibili<strong>da</strong>de (fator de atrativi<strong>da</strong>de) É obti<strong>da</strong> através de facha<strong>da</strong>s<br />

e totens;<br />

Facha<strong>da</strong>s bem ilumina<strong>da</strong>s, com cores<br />

bem defini<strong>da</strong>s, convi<strong>da</strong>m o público-alvo<br />

para entrar<br />

76<br />

Cui<strong>da</strong>do na colocação em excesso de<br />

cartazes na vitrine para não gerar<br />

poluição visual<br />

Visibili<strong>da</strong>de na marca <strong>da</strong> empresa


• A iluminação É volta<strong>da</strong> para valorizar o produto, bem como o ambiente;<br />

• A comunicação visual Deve fazer uso de uma sinalização adequa<strong>da</strong><br />

na empresa, tanto interna (indicação dos gêneros, informes,<br />

banheiros etc) quanto externa (totem, banners etc), além de facilitar<br />

bastante a “vi<strong>da</strong> do cliente”, é um fator de atrativi<strong>da</strong>de. Poucos<br />

empresários trabalham suas marcas e não fazem delas uma griffe<br />

<strong>da</strong> empresa. As carteirinhas de sócio (em forma de cartão), as<br />

camisas com a marca <strong>da</strong> empresa e o patrocínio <strong>da</strong> empresa em<br />

eventos são formas de trabalhar a marca. De acordo com o estudo,<br />

a divulgação <strong>da</strong> empresa é realiza<strong>da</strong> através de: 10,5% rádio; 5,2%<br />

revistas; 15,8% panfletos; 31,6% carros de som; 15,8% sorteios;<br />

10,5% boca-a-boca; 21% brindes; 10,5% agências de propagan<strong>da</strong>;<br />

10,5% Internet;<br />

• O horário de funcionamento de domingo a domingo É uma forte<br />

característica <strong>da</strong> ativi<strong>da</strong>de, especialmente em feriados. Porém, o empresário<br />

deve avaliar o horário de funcionamento mais adequado,<br />

considerando a freqüência dos clientes. O horário praticado no mercado,<br />

em média geral, é de segun<strong>da</strong> a sábado, <strong>da</strong>s 10h00 às 22h00<br />

(55% <strong>da</strong>s videolocadoras), e nos domingos e feriados, <strong>da</strong>s 10h00 às<br />

20h00 (63% delas). Já os meses de maior pico <strong>da</strong> ativi<strong>da</strong>de são janeiro<br />

e julho (férias escolares), e o turno mais freqüentado pelos clientes<br />

é a tarde (46,8%), seguido <strong>da</strong> noite, com 40,7% (ver Figura 13);<br />

Videolocadora: estudo <strong>da</strong> ativi<strong>da</strong>de empresarial<br />

• O cantinho reservado para as crianças (filmes infantis) Tem o<br />

objetivo de entreter as crianças, enquanto os pais ficam mais à vontade<br />

para escolher os filmes de sua preferência.<br />

77


Estruturação<br />

Relatório Final - Sebrae/PE<br />

Ca<strong>da</strong> negócio requer uma estrutura administrativa e operacional<br />

necessária e compatível com o sistema de execução <strong>da</strong>s suas<br />

operações volta<strong>da</strong>s para o consumidor. A necessi<strong>da</strong>de está na<br />

capaci<strong>da</strong>de de executar as funções exigi<strong>da</strong>s pela natureza do<br />

negócio, conforme a competência requeri<strong>da</strong>. A compatibili<strong>da</strong>de<br />

reside na capaci<strong>da</strong>de do negócio em pagar os custos decorrentes,<br />

sem perder a competitivi<strong>da</strong>de.<br />

• O canal de comunicação com o cliente Há uma necessi<strong>da</strong>de<br />

de dispor de linha telefônica como canal disponível para os<br />

clientes (reservas, informações, reclamações etc), no sentido de<br />

adotar procedimentos de atendimento;<br />

• A informatização Um software de gestão vem a ser uma poderosa<br />

ferramenta geradora de informações que vão dos controles<br />

básicos até o perfil dos clientes. Dos empresários, 40% utilizam<br />

softwares personalizados (feitos sob medi<strong>da</strong>) e estão satisfeitos<br />

com o desempenho;<br />

• Os recursos materiais necessários (investimento fixo) Arcondicionado,<br />

computador, impressora fiscal, impressora, prateleiras,<br />

balcão e filmes (acervo inicial);<br />

• Os recursos humanos As videolocadoras geralmente possuem<br />

como estrutura funcional dois atendentes (com funções de caixa)<br />

e uma pessoa para serviços gerais. Os empresários (42%) exercem<br />

a função de atendentes. As videolocadoras que oferecem<br />

serviços de entrega e busca em domicílio possuem um<br />

entregador, que também exerce a função de serviços gerais na<br />

empresa;<br />

• A segurança física e patrimonial O empresário precisa avaliar<br />

qual o sistema que atende às necessi<strong>da</strong>des <strong>da</strong> empresa para<br />

evitar roubos, assaltos etc - 9,5% <strong>da</strong>s empresas não possuem<br />

nenhum sistema de segurança; 48% adotaram sistema de segurança<br />

eletrônica; 33% sistema de vigilância; e 43% ambos os<br />

sistemas;<br />

78<br />

• A sala reserva<strong>da</strong> para filmes eróticos Trata-se de um local<br />

reservado e discreto para a disposição deste gênero de filme.<br />

Das empresas estu<strong>da</strong><strong>da</strong>s, 34% possuem um local reservado para<br />

os filmes eróticos, enquanto 66% utilizam um catálogo disponível<br />

no balcão para consulta dos filmes eróticos (não expõem os<br />

filmes na prateleira);


Sistema anti-furto<br />

• O sistema antifurto 75,8% <strong>da</strong>s empresas adotam sistemas<br />

antifurtos (caixas com mecanismos de travamento ou cavaletes<br />

eletrônicos localizados na saí<strong>da</strong> <strong>da</strong> loja);<br />

Videolocadora: estudo <strong>da</strong> ativi<strong>da</strong>de empresarial<br />

• Os procedimentos de registro de ca<strong>da</strong>stro 10,3% <strong>da</strong>s empresas<br />

cobram uma taxa de ca<strong>da</strong>stro (em média R$ 4,00), como forma<br />

de selecionar o cliente. Mais de 80% <strong>da</strong>s empresas possuem o<br />

ca<strong>da</strong>stro informatizado, bem como consultam o SPC ou pedem<br />

referências a outros empresários ou pessoas próximas (trabalho,<br />

família), além de solicitarem os documentos usuais (RG, CPF e<br />

comprovante de residência atual).<br />

Controles operacionais<br />

Um controle adequado e eficaz de compra dos filmes VHS ou<br />

DVD - é fun<strong>da</strong>mental para a gestão do negócio, e será determinante<br />

em ações do dia-a-dia <strong>da</strong> empresa. Alguns índices são prazo de<br />

compra, disponibili<strong>da</strong>de de capital de giro, quanti<strong>da</strong>de de filmes em<br />

VHS e/ou DVD, quanti<strong>da</strong>de de filmes dublados e legen<strong>da</strong>dos, e<br />

quanti<strong>da</strong>de de cópias dos títulos. Os empresários (80%) possuem o<br />

controle <strong>da</strong>s suas compras, dos quais aproxima<strong>da</strong>mente 50% têm o<br />

sistema informatizado.<br />

O prazo médio de pagamento <strong>da</strong>s compras quando os filmes<br />

são comprados através dos representantes, é de 45/60 dias.<br />

Em relação ao prazo médio de ven<strong>da</strong>s (locação) 80% <strong>da</strong>s<br />

locações são realiza<strong>da</strong>s à vista (dinheiro ou cheque). Por outro lado,<br />

as videolocadoras que utilizam o cheque-locação trabalham com o<br />

prazo de 30 a 45 dias. As ven<strong>da</strong>s em cartão de crédito e débito nas<br />

79


videolocadoras ain<strong>da</strong> são poucos utiliza<strong>da</strong>s, especialmente nas<br />

videolocadoras localiza<strong>da</strong>s em bairros mais populares (representa<br />

menos de 20% <strong>da</strong>s locações).<br />

Relatório Final - Sebrae/PE<br />

As despesas<br />

Médias (mensais)<br />

-Aluguel (R$ 920,00)<br />

-Energia elétrica (R$ 302,92)<br />

-Pró-labore (R$ 1.477,78)<br />

-Salários e encargos (42%) (R$ 1.594,78)<br />

-Contador (R$ 240,00)<br />

-Segurança (R$ 64,80)<br />

-Telefone (R$ 134,00)<br />

-Água (R$ 78,00)<br />

-Manutenção (R$ 80,00)<br />

-Higiene e limpeza (R$ 45,00)<br />

-Material de consumo (R$ 120,00)<br />

-Combustível (R$ 230,00)<br />

-Propagan<strong>da</strong> (R$ 100,00)<br />

-IPTU e seguro (R$ 100,00)<br />

-Simples (R$ 621,35)<br />

Variáveis<br />

-Filmes (R$ 1.800,00)<br />

-Embalagens (R$ 80,00)<br />

-ISS (R$ 621,35)<br />

Total (R$ 8.609,98)<br />

Quanto à receita bruta mensal as locações representam nas<br />

videolocadoras, em média, 90% do faturamento bruto mensal. A<br />

receita bruta mensal apura<strong>da</strong> no estudo foi de R$ 9.856,80,00 (locações),<br />

considerando a receita média advin<strong>da</strong> do descarte mensal<br />

dos filmes, o incremento na receita bruta média é de R$ 1.475,00,<br />

totalizando R$ 11.331,80.<br />

O PE - Ponto de Equilíbrio (média) determina o nível do valor de<br />

faturamento bruto que a empresa precisa manter para cobrir todos os<br />

seus custos operacionais fixos e variáveis. O PE mensal, apurado no<br />

estudo, corresponde a R$ 7.838,99, e o diário R$ 261,30.<br />

A folha de pagamento em média, representa 14,07% do<br />

faturamento bruto médio mensal.<br />

80<br />

A margem de contribuição indica o valor e a percentagem de ca<strong>da</strong><br />

real do faturamento, que restou após a empresa pagar suas mercadorias.<br />

O valor (média) é de R$ 8.830,45 e o percentual de 77,93%.


Produtivi<strong>da</strong>de<br />

Ven<strong>da</strong>/Área de ven<strong>da</strong> (R$ 179,87 por metro quadrado)<br />

Ven<strong>da</strong> por funcionário (considerando que uma videolocadora<br />

possui em média dois atendentes, a ven<strong>da</strong> por funcionário é de R$<br />

4.928,40, incluindo a receita bruta com as locações)<br />

Taxa de locação de lançamentos por dia (54,76)<br />

Taxa de locação de filmes de catálogo por dia (36,51)<br />

Representação do DVD no faturamento (51%)<br />

Representação do VHS no faturamento (49%)<br />

Representação dos filmes legen<strong>da</strong>dos (VHS) no faturamento (76%)<br />

Representação dos filmes dublados (VHS) no faturamento (24%)<br />

Faturamento diário só com locações (R$ 328,56)<br />

Clientes ca<strong>da</strong>strados (2.844 em média)<br />

Clientes ativos (1.052 em média)<br />

Clientes ativos por clientes ca<strong>da</strong>strados (37% dos clientes ca<strong>da</strong>strados<br />

são ativos, ou seja, realizaram locações no últimos três meses)<br />

Número de clientes atendidos por dia e mês (45,64 por dia e<br />

1.369 por mês)<br />

Domínio do negócio<br />

O acompanhamento sistemático dos resultados é fun<strong>da</strong>mental e<br />

deve ser desempenhado pelo empresário. O mesmo está relacionado<br />

com o controle que o empresário tem em relação a algumas<br />

variáveis. A tabela, a seguir, ilustra quantos empresários têm o con-<br />

81<br />

TABELA 8 - Controle <strong>da</strong>s variáveis.


trole <strong>da</strong>s variáveis - e se este é informatizado, levando em consideração:<br />

Relatório Final - Sebrae/PE<br />

• lucrativi<strong>da</strong>de (30,72%);<br />

• rentabili<strong>da</strong>de (8%);<br />

• retorno do investimento (de 12 a 24 meses. A média encontra<strong>da</strong><br />

no estudo foi de 17 meses);<br />

• despesas fixas/ven<strong>da</strong>s (49%);<br />

• despesas variáveis/ven<strong>da</strong>s (20%);<br />

• ponto de equilíbrio (R$ 7.838,99 / mês);<br />

• margem de contribuição (R$ 8.830,45 ou 77,93 %);<br />

Como o primeiro destino do lucro deve ser utilizado na conservação,<br />

manutenção e/ou expansão do negócio, 80% do lucro, em<br />

média, são reinvestidos na empresa através <strong>da</strong> compra de filmes.<br />

82


4<br />

CONSIDERAÇÕES<br />

FINAIS<br />

4.1. PRINCIPAIS PROBLEMAS DE GESTÃO<br />

• Baixa qualificação <strong>da</strong> mão-de-obra, devido à carência de treinamentos<br />

específicos voltados para a ativi<strong>da</strong>de, bem como ao baixo investimento<br />

na qualificação dos funcionários - aproxima<strong>da</strong>mente 40%<br />

dos funcionários <strong>da</strong>s empresas não receberam qualquer<br />

capacitação no último ano.<br />

• Falta de atualização dos empresários (baixo comprometimento) e<br />

baixa participação em eventos do setor.<br />

• Baixa proativi<strong>da</strong>de na manutenção, prospecção e conquista de<br />

novos clientes.<br />

• Desconhecimento <strong>da</strong> legislação (Delegacia de Costumes,<br />

enquadramento fiscal, Novo Código Civil).<br />

• Pouca interação entre os empresários (ca<strong>da</strong>stro, ações conjuntas).<br />

• Baixo aproveitamento/exploração do potencial que a ativi<strong>da</strong>de pode<br />

proporcionar.<br />

• Não valorização dos produtos, especialmente dos filmes “catálogo”.<br />

• Nível baixo de controles operacionais e falta de acompanhamento<br />

sistemático.<br />

• Software de gestão inadequado e/ou subutilizado.<br />

83


4.2 PAC - PLANO DE AÇÃO CONJUNTA<br />

Relatório Final - Sebrae/PE<br />

• Devido à carência de treinamentos específicos para a ativi<strong>da</strong>de, o<br />

empresário assume um papel fun<strong>da</strong>mental de educador e líder no<br />

processo de construção e disseminação do conhecimento na empresa.<br />

Para os funcionários, capacitações de posturas no atendimento<br />

ao cliente e ven<strong>da</strong>s são essenciais. O empresário e seus<br />

funcionários devem manter um canal aberto de comunicação para a<br />

troca de experiências adquiri<strong>da</strong>s no dia-a-dia do atendimento. As<br />

capacitações recomen<strong>da</strong><strong>da</strong>s são: “Como Vender Mais e Melhor (1, 2<br />

e 3)”, para os empresários e “Atendimento ao Cliente e Técnicas de<br />

Ven<strong>da</strong>s para os funcionários”.<br />

• Participação em eventos – Sugestão: Home Eletronics & DVD Show<br />

- 3ª Feira Internacional Home Theater, Entretenimento e Mídia<br />

Digital a ser realiza<strong>da</strong> no período de 27 a 30/05/2004 (mais informações<br />

www.homeeletronics.com.br).<br />

• Criação <strong>da</strong> Associação <strong>da</strong>s Videolocadoras de Recife, com palestras<br />

e cursos de sensibilização oferecidos pelo Sebrae/PE.<br />

• Legislação específica para o setor (longo prazo), a partir <strong>da</strong> conquista<br />

<strong>da</strong> isenção do ISS, já que o Supremo Tribunal Federal declarou<br />

ser inconstitucional a expressão “locação de bens móveis”,<br />

constante do item 79 <strong>da</strong> lista de serviços a que se refere o Decreto-<br />

Lei nº 406/68, na re<strong>da</strong>ção <strong>da</strong><strong>da</strong> pela lei complementar nº56/87.<br />

• Aperfeiçoamento <strong>da</strong>s formas de comercialização dos serviços e de<br />

valorização dos produtos (vitrines de lojas e layouts), em parceria<br />

com o Senac/PE.<br />

84


A<br />

ANEXO<br />

SITES RECOMENDADOS (FOLHA DE S. PAULO, 25/02/2004)<br />

• Adoro Cinema Brasileiro (sinopse de filmes nacionais)<br />

www.adorocinemabrasileiro.com.br<br />

Videolocadora: estudo <strong>da</strong> ativi<strong>da</strong>de empresarial<br />

• Allreviews (resenhas e análises dos resultados de bilheteria)<br />

www.allreviews.com<br />

• Backstage.com (notícias sobre os bastidores <strong>da</strong> produção de filmes)<br />

www.backstage.com<br />

• Brazil Films (apresentação em inglês do cinema nacional)<br />

www.brazilfilms.com<br />

• Celebrity Wonder (informações sobre a arreca<strong>da</strong>ção dos filmes)<br />

www.celebritywonder.com<br />

• Cineclick (portal com notícias e resenhas de filmes)<br />

www.cineclick.virgula.terra.com.br<br />

• Cinéfilos On-line (blog destinado aos fãs <strong>da</strong> Sétima Arte)<br />

www.cinefilosonline.blogger.com.br<br />

• Cinema em Casa (traillers e fotos dos lançamentos do cinema)<br />

www.cinemaemcasa.com.br<br />

• Cinemando (informações sobre o cinema nacional)<br />

www.cinemando.com.br<br />

85<br />

• Cinemanow (fichas de filmes dividi<strong>da</strong>s por género)<br />

www.cinemanow.com


• Cineminha (críticas de internautas)<br />

ww.cineminha.com.br<br />

Relatório Final - Sebrae/PE<br />

• Coisa de Cinema (reportagens e resenhas)<br />

www.coisadecinema.com.br<br />

• Earlycinema (curiosi<strong>da</strong>des sobre filmes antigos)<br />

www.earlycinema.com<br />

• e-Pipoca (programação <strong>da</strong>s salas de cinema de várias ci<strong>da</strong>des)<br />

www.e-pipocas.ci<strong>da</strong>deinternet.com.br<br />

• Film Guardian (entrevistas com personali<strong>da</strong>des do mundo do cinema)<br />

www.film.guardian.co.uk<br />

• Folha On-line (galeria de fotos e notícias atualiza<strong>da</strong>s sobre a<br />

premiação)<br />

www.folha.uol.com.br/folha/especial/2004/oscar<br />

• Hollywood.com (lançamento e bastidores do cinema americano)<br />

www.hollywood.com<br />

• IMDb (arquivo com <strong>da</strong>dos de filmes, atores e diretores)<br />

www.imdb.com<br />

• Jovem Nerd (dicas de filme de ficção científica e aventura)<br />

www.jovemnerd.com.br<br />

• Loucos por Cinema (ranking <strong>da</strong>s bilheterias no Brasil e EUA)<br />

www.loucosporcinema.com.br<br />

• Technicolor (blog com resenhas de filmes clássicos)<br />

www.technicolor.blogger.com.br<br />

• Mnemocine (banco de teses sobre cinema e links)<br />

www.mnemocine.com.br<br />

• Moviething (cartões virtuais com fotos de celebri<strong>da</strong>de do cinema)<br />

www.moviething.com<br />

86<br />

• Omelete (lançamentos e resenhas dos filmes em cartaz)<br />

www.omelete.com.br<br />

• Revista de Cinema (versão on-line especializa<strong>da</strong>)<br />

www.uol.com.br/revistadecinema


• Rotten Tomatoes (críticas sobre os lançamentos de Hollywood)<br />

www.rottentomatoes.com<br />

• SET On-line (site de revista especializa<strong>da</strong> em cinema)<br />

www.uol.com.br/setonline<br />

• UOL Cinema (notícias sobre cinema e seção especial sobre o Oscar<br />

2004)<br />

www1.uol.com.br/oscar/index.shi<br />

• Yahoo! Oscar Watch (boletim diário sobre a premiação do Oscar 2004)<br />

www.movies.yahoo.com/oscars<br />

• Filme B (informações atualiza<strong>da</strong>s sobre a indústria do cinema no<br />

Brasil)<br />

www.filmeb.com.br<br />

• Variety.com (boletins dos festivais e premiações do cinema internacional)<br />

www.variety.com<br />

Videolocadora: estudo <strong>da</strong> ativi<strong>da</strong>de empresarial<br />

• Oscar Race (previsões para a premiação)<br />

www.oscarrace.com<br />

• Film Lounge (apostas sobre os vencedores)<br />

www.jigsawlounge.com.uk/film<br />

• All Movie Guide (banco de <strong>da</strong>dos com sistema de busca de informações<br />

sobre filmes e atores)<br />

www.allmovie.com<br />

• Always Celebrity (informações pessoais de celebri<strong>da</strong>des do cinema)<br />

www.alwayscelebrity.com<br />

• Archivo di Film (site sobre as tradições do cinema argentino)<br />

www.archivodifilm.com<br />

• Asian Movie Database (banco de <strong>da</strong>dos com sistema de busca de<br />

filmes e atores asiáticos)<br />

www.asiandb.com<br />

• Baú de Filmes (blog simples com muitos filmes resenhados)<br />

www.baudefilmes.blogger.com.br<br />

87


• Celebrity Palace (informações interessantes sobre os astros do cinema)<br />

www.celebritypalace.com<br />

Relatório Final - Sebrae/PE<br />

• Cinéfila de Plantão (blog dedicado às resenhas dos filmes)<br />

www.cinefiladeplantao.blogger.com.br<br />

• Cinema Latino (blog com resenhas de filmes brasileiros e latinos)<br />

www.pipocalatina.blogger.com.br<br />

• Cinemateca Brasileira (detalhes sobre o acervo e a programação)<br />

www.cinemateca.com.br<br />

• CineTV (lista com os filmes mais vistos)<br />

www.cinetv.com.br<br />

• E! On-line (site do canal E! Entertainment Television, especializado em<br />

celebri<strong>da</strong>des de Hollywood)<br />

www.eonline.com<br />

• Falha Nossa (erros de filmagens de filmes famosos)<br />

www.falhanossa.com/cinema.htm<br />

• Foreign Films (tudo sobre filmes e documentários estrangeiros)<br />

www.foreignfilms.com<br />

• Gallery of Celebrities (fotos <strong>da</strong>s estrelas de Hollywood)<br />

www.galleryofcelebrities.com<br />

• Movieeye (loja virtual com produtos relacionados a filmes e personagens<br />

famosos)<br />

www.movieeye.com<br />

• Movies and Much More (blog com arquivos de resenhas e de críticas<br />

relaciona<strong>da</strong>s a filmes famosos)<br />

www.moviesandmore.blogger.com.br<br />

• Movies.com (resenhas dos lançamentos norte-americanos)<br />

www.movies.go.com<br />

88<br />

• MovieWeb (resenhas dos lançamentos de cinema e DVD, fórum de<br />

discussão e notícias)<br />

www.movieweb.com


• Museu del Cinema (versão virtual do museu espanhol)<br />

www.museudelcinema.org<br />

• Sitnema (diretório que organiza por ordem alfabética filmes, atores e<br />

detalhes sobre produções de cinema)<br />

www.sitnema.com<br />

• The Movie Times (detalhes financeiros dos sucessos do cinema americano)<br />

www.the-movie-times.com<br />

• Universo Filmes (filmografia de atores brasileiros e estrangeiros)<br />

www.universofilmes.hpg.com.br<br />

• World of Movies (informações sobre atores, diretores e filmes)<br />

www.world-of-movies.com<br />

Videolocadora: estudo <strong>da</strong> ativi<strong>da</strong>de empresarial<br />

89

Hooray! Your file is uploaded and ready to be published.

Saved successfully!

Ooh no, something went wrong!