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António Fonseca Ferreira POR Lisboa mais ... - CCDR-LVT

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Luísa <strong>Ferreira</strong><br />

João Ferrão<br />

Secretário de Estado do Ordenamento do Território e das Cidades<br />

A visão estratégica que foi desenhada para a Política de Cidades<br />

tem produzido alterações significativas no planeamento<br />

prospectivo do território? Quais?<br />

Em Agosto de 2009, isto é, cerca de dois anos após o lançamento<br />

dos vários instrumentos da Política de Cidades POLIS XXI, constatamos<br />

um forte envolvimento dos municípios na preparação de<br />

operações integradas de desenvolvimento urbano. No conjunto<br />

das regiões do continente, há cerca de sete dezenas de centros<br />

urbanos com Programas de Acção aprovados no âmbito das «Parcerias<br />

para a Regeneração Urbana» e cerca de quatro dezenas<br />

.participando nas oito «Redes Urbanas para a Competitividade<br />

e a Inovação» com Programas Estratégicos aprovados até ao<br />

momento. Os valores para a Região de <strong>Lisboa</strong> e Vale do Tejo são,<br />

respectivamente, duas dezenas e uma dezena.<br />

Todas essas candidaturas pressupõem a apresentação de estratégias<br />

e planos de acção preparados de forma concertada por<br />

diversas entidades e em consonância com as orientações consagradas<br />

no Programa Nacional da Política de Ordenamento do<br />

.Território e, sempre que possível, nos respectivos Planos Regionais<br />

de Ordenamento do Território.<br />

Podemos, pois, afirmar que aqueles dois instrumentos da Política<br />

de Cidades constituem um estímulo muito significativo à valorização<br />

do exercício de planeamento prospectivo de base territorial<br />

e à sua concretização através de projectos adequados às estratégias<br />

desenhadas.<br />

É, aliás, minha firme convicção que o planeamento prospectivo<br />

de base territorial está hoje, para um número cada vez <strong>mais</strong> relevante<br />

de actores públicos e privados, a deixar de ser um mero<br />

exercício de acomodação a requisitos obrigatórios de acesso<br />

a financiamentos públicos para se afirmar proactivamente como<br />

uma prática natural e inevitável de quem compreende que a «visão<br />

de obra» deve dar lugar a uma «visão de território».<br />

Na verdade, num mundo em permanente mutação e fortemente<br />

interactivo, a visão prospectiva de território constitui uma fonte<br />

virtuosa de inteligência colectiva, ao permitir integrar actores<br />

responsáveis por recursos de diferente natureza (ambientais, económicos,<br />

sociais, culturais, etc.) e escala (local, regional, nacional,<br />

global) em contextos de decisão tornados <strong>mais</strong> resilientes pela<br />

partilha de um horizonte estratégico e de uma linha de rumo<br />

comuns.<br />

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