António Fonseca Ferreira POR Lisboa mais ... - CCDR-LVT

Agora estamos a proceder
a sessões de esclarecimento
sistemáticas com todos os
residentes, num total de mais
de 1000 fogos. Estas sessões,
além de informativas,
dada a expectativa dos
residentes, são ainda
de trabalho sobre problemas
e soluções para o bairro (…)
Num primeiro momento, de «ouvir as organizações» foram realizadas
reuniões de parceria e sectoriais para a concepção e implementação
do plano de acção.
Num segundo momento, realização do workshop «Zambujal
Melhora – Dos problemas às soluções» com estas organizações
e com cerca de 60 residentes convidados e seleccionados em conjunto.
Foi importantíssimo para a finalização do Plano de Acção
e ajustamento do diagnóstico e, sobretudo, construção partilhada
de uma visão.
Agora estamos a proceder a sessões de esclarecimento sistemáticas
com todos os residentes (1 participantes por fogo em média),
num total de mais de 1000 fogos. Estas sessões, além de informativas,
naturalmente dada a expectativa dos residentes, são ainda
de trabalho sobre problemas e soluções para o bairro, identificação
de pontos críticos e potenciais, recolha de ideias e sugestões
de acção e, naturalmente informação específica sobre o prédio
em que cada um habita. Identificam-se ainda situações de carácter
social e saúde iniciando-se, in-loco, o respectivo encaminhamento.
Estas reuniões decorrerão, até final de 2009 e nelas participam,
além dos residentes, dirigentes e técnicos da Câmara Municipal
da Amadora e do IHRU, das diversas áreas envolvidas nas diferentes
operações do projecto, desde o social às equipas projectistas
de arquitectura e engenharia. Participam ainda a Junta de Freguesia
da Buraca e a Associação de Moradores «A partilha».
Quais os resultados esperados tendo em conta a tipologia
dos projectos aprovados do Programa de Acção ?
O bairro tem estado fechado sobre si próprio, na periferia dos centros
urbanos e de decisão, longe de todos os poderes públicos. Em consequência
disso, aprendeu a viver sozinho e, ao longo de décadas,
foi estabelecendo equilíbrios entre os residentes e com o exterior,
acomodando pessoas de diferentes culturas e raízes étnicas e favorecendo
algum grau de segregação espacial, agravada pelo facto
de se tratar de uma zona quase exclusivamente residencial a que
faltam as funções para fazer as pessoas interagir. O espaço público
degradou-se e o privado também, sendo frequentes as ocupações
e transacções informais de chaves. Socialmente, além da família
e de bolsas de relação e vizinhança, é difuso o sentido de comunidade
e, praticamente ausente a sua vivência.
O resultado final que se pretende, a visão que estamos a construir
com os residentes e que queremos alcançar, é a correcção destas
disfunções. Queremos FAZER CIDADE ali! Construir laços sociais
ancorados no território urbano, entre as pessoas e entre estas
o espaço onde vivem. Aumentar a intensidade da identificação
com os outros e com o território. Tornar habitável e vivido por
todos o espaço público e melhorar as casas dos residentes é um
bom cumprimento do plano de acção, fazer cidade será verdadeiramente
o resultado do projecto!
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