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António Fonseca Ferreira POR Lisboa mais ... - CCDR-LVT

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Nuno Arantes de Oliveira, presidente da Alfama<br />

sentido, admitiu, «os fundos estão a ser insuficientemente aproveitados».<br />

Ou, como ironiza o presidente da empresa Alfama,<br />

podem acabar por se tornar um «presente envenenado». Nuno<br />

Arantes de Oliveira explica: «Estes incentivos são óptimos se forem<br />

um extra; mas se a empresa for pequena e precisar deles a tempo<br />

e horas para desenvolver os seus projectos, poderá ter problemas<br />

de tesouraria graves». Isto, não obstante um dos requisitos para<br />

uma empresa se candidatar ser, justamente, ter arcaboiço para<br />

se autofinanciar. «Sim, esse é um dos requisitos e felizmente<br />

.a Alfama tem como se aguentar, mas não significa que não haja<br />

sufoco. Estaríamos <strong>mais</strong> desafogados se não tivesse havido atrasos<br />

no adiantamento, por exemplo. E se não tivéssemos que reter<br />

num banco uma percentagem significativa do incentivo – outra<br />

condição imposta para recebermos a totalidade da verba». Para<br />

uma jovem empresa farmacêutica criada em 2002, «ter que disponibilizar<br />

70% do adiantamento como garantia bancária é muito<br />

penoso, porque na prática o adiantamento não é 50% do valor<br />

total do incentivo, em termos líquidos é significativamente<br />

menos» [as empresas podem pedir um adiantamento do incentivo<br />

aprovado e na generalidade dos casos esse adiantamento<br />

é de 50%]. Contas feitas, do milhão de euros adiantados (o valor<br />

do incentivo aprovado é de pouco <strong>mais</strong> de dois milhões de euros;<br />

o projecto custa quatro milhões), a Alfama «foi obrigada a reter<br />

num banco 700 mil euros, e aí ficará o dinheiro sem que o possamos<br />

movimentar, pelo menos até apresentarmos facturas num<br />

valor igual ou superior». Esta regra, se por um lado abona a favor<br />

da transparência e do combate à fraude, por outro penaliza as<br />

PME como esta, porque «primeiro têm de investir e só depois<br />

é que recebem os apoios». O cenário piora quando a actividade<br />

de uma empresa a torna <strong>mais</strong> susceptível a colapsos financeiros.<br />

Neste momento a Alfama está empenhada no projecto de I&DT<br />

com que se candidatou ao <strong>POR</strong> <strong>Lisboa</strong>/QREN, que visa o desenvolvimento<br />

de moléculas com a capacidade de libertar monóxido de<br />

carbono (CO) dentro do organismo, de uma forma controlada,<br />

alcançando os órgãos do corpo que estão doentes. Quando ouvimos<br />

falar em CO, o nosso pensamento imediato recai sobre os<br />

malefícios deste gás para a saúde e ambiente. Mas este gás tem<br />

muito que se lhe diga, pois, imagine-se, também tem benefícios<br />

se o soubermos aproveitar. É isso que a Alfama está a fazer, «a tirar<br />

partido do enorme potencial terapêutico que o CO tem vindo<br />

a revelar ao longo dos últimos anos». As moléculas chamam-se<br />

CORMs e foram, na sua maioria, na qualidade de agentes terapêuticos,<br />

«inventadas, patenteadas e produzidas pela própria<br />

empresa». Os estudos que esta farmacêutica está a desenvolver<br />

no âmbito do seu projecto irão consolidar e expandir o conhecimento<br />

sobre as CORMs, colocando um maior número destas moléculas<br />

em fases adiantadas de desenvolvimento pré-clínico e valorizando<br />

esta plataforma tecnológica. O potencial do monóxido<br />

de carbono é enorme, com repercussões a nível humano, social<br />

e económico, pois, como espera Nuno Arantes de Oliveira, «pode<br />

vir a ser usado para o tratamento de um conjunto de doenças que<br />

actualmente não têm cura, em especial doenças que tenham<br />

uma componente inflamatória ou apoptose (morte celular)».<br />

Centro de Estudos das dinâmicas Regionais de <strong>Lisboa</strong>, Oeste e Vale do Tejo<br />

A <strong>CCDR</strong>-<strong>LVT</strong> tem desenvolvido o trabalho de monitorização estratégica da região através do projecto «Gestão Estratégica da R<strong>LVT</strong>». Mas com<br />

a elaboração, em 2007, de uma nova Estratégia Regional para o horizonte 2020, e com a execução do novo Programa Operacional Regional<br />

(2007-2013) no âmbito do QREN, tornou-se agora necessário repensar o trabalho realizado e analisar a informação sobre as principais dinâmicas<br />

que se processam no seu território. Foi então criado um Centro de Observação das Dinâmicas Regionais que articule e sistematize<br />

toda a informação e que crie uma plataforma de conhecimento capaz de monitorizar e analisar permanentemente as suas dinâmicas, contribuindo<br />

no apoio à decisão, nomeadamente as relativas aos investimentos públicos e comunitários. Numa primeira fase pretende-se criar<br />

uma estrutura tecnológica e humana para responder atempadamente às necessidades de informação quantitativa e qualitativa, actualizada<br />

e compreensível, sobre a região. Pretende-se também dispor de um sistema de indicadores estatísticos de realização, resultado, impacto<br />

e de contexto que permita identificar as tendências sociais, económicas e territoriais da Região de <strong>Lisboa</strong> (no fundo as suas dinâmicas),<br />

contribuindo para avaliar o contributo do instrumento financeiro – <strong>POR</strong><strong>Lisboa</strong>/QREN – para a concretização das prioridades estratégicas conducentes<br />

ao desenvolvimento regional.<br />

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