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António Fonseca Ferreira POR Lisboa mais ... - CCDR-LVT

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legislação, uma sobrepõe-se à outra, depois está sempre a ser<br />

alterada, e nós precisamos de estabilizar.<br />

Como é que isso se pode alterar?<br />

São as mentalidades. É outra questão que funciona mal no<br />

Governo. No Partido Socialista, colocámos isto como uma das<br />

prioridades. Tem de se mudar a cultura e o modo de funcionamento<br />

dos governos. A tendência é: surge um problema qualquer,<br />

cria-se uma nova lei em vez de se resolver o problema. Se calhar,<br />

é preciso adaptar qualquer coisa na legislação existente, e fazer<br />

pequenas adaptações à legislação até chegar a um quadro <strong>mais</strong><br />

ou menos estabilizado, e depois um quadro simples. Não é por<br />

acaso que tradicionalmente havia os códigos, desde o tempo dos<br />

romanos. Eles sistematizavam. A legislação tem de ser reduzida<br />

e o processo legislativo tem de ser <strong>mais</strong> moderado.<br />

Sai da <strong>CCDR</strong> contente com o trabalho feito?<br />

Sim, muito contente, em termos pessoais e profissionais foi uma<br />

realização. Tive outros momentos, como no Fundo de Fomento da<br />

Habitação e na Câmara de <strong>Lisboa</strong>, mas aqui foi <strong>mais</strong> sustentado,<br />

aliava a parte do planear com o dispor dos recursos para poder<br />

fazer. Acho que as <strong>CCDR</strong> não estão suficientemente aproveitadas,<br />

por tudo o que já disse. Quando houver regionalização, as <strong>CCDR</strong><br />

devem ser transformadas, devem passar a ser serviços técnicos<br />

das regiões.<br />

Como é que aparece a sua candidatura à Câmara de Palmela?<br />

Não me passava pela cabeça há uns meses esta candidatura.<br />

Se alguma vez me passou pela cabeça uma candidatura era<br />

a Trancoso, na reforma para regressar às origens, e fui convidado<br />

a fazê-lo em anos anteriores. Mas isso não se coloca agora, por<br />

razões familiares.<br />

Nas grandes mudanças julgo que há sempre vários factores.<br />

Eu estava disponível para sair da administração central, e saio<br />

com o pensamento de que há um novo papel para a administração<br />

local, articulando isso com as futuras regiões. É aliciante.<br />

Tive a sorte de ser convidado pelos meus amigos do Partido Socialista<br />

de Palmela, e estou seguro de que este é um município<br />

.central para uma estratégia de desenvolvimento para a península<br />

de Setúbal.<br />

Porquê?<br />

É central, quase geograficamente. É o maior município da AML,<br />

tem 456 quilómetros quadrados de área. Aprendi nos meus tempos<br />

universitários com um antropólogo das questões do espaço<br />

que a melhor qualidade do espaço, em termos urbanísticos e territoriais,<br />

é a quantidade. E é um concelho muito diversificado,<br />

tem zonas rurais, zonas industriais, tem qualidades territoriais<br />

ímpares. E tem a questão simbólica, patrimonial, histórica: «Por<br />

que é que Deus criou Palmela? Para olhar para a área metropolitana<br />

de <strong>Lisboa</strong>…» Esta área foi terra de colonização de fenícios,<br />

romanos, era um posto avançado em termos estratégicos, de defesa<br />

e de avanço. E hoje pode retomar esse papel.<br />

Mas o que aconteceu para que o António <strong>Fonseca</strong> <strong>Ferreira</strong><br />

técnico, especialista, homem dos bastidores, desse um passo<br />

para a política pura e dura?<br />

Ao nível das regiões<br />

de turismo, hoje é uma<br />

confusão. Fez-se uma<br />

primeira reforma bem,<br />

porque proliferavam<br />

as regiões de turismo<br />

e passou-se para cinco.<br />

Mas depois foi-se cedendo,<br />

criaram-se pólos dentro<br />

dessas cinco, (…) e ainda<br />

se criaram umas<br />

agências regionais (…)<br />

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