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António Fonseca Ferreira POR Lisboa mais ... - CCDR-LVT

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da Sony, é um exemplo das áreas de serviços avançados que tendem<br />

a situar-se nas grandes cidades. <strong>Lisboa</strong> pode ter isso; Leiria/<br />

Marinha Grande na área dos moldes, uma das indústrias internacionalizadas<br />

do país; Coimbra e Aveiro são duas universidades<br />

de referência, a saúde em Coimbra e as telecomunicações em Aveiro;<br />

depois o Porto e Braga. Richard Florida mostra que as cidades tendem<br />

a terciarizar-se e o suporte do desenvolvimento tem a ver<br />

com a Tecnologia, o Talento e a Tolerância.<br />

Os três T.<br />

Passou a receber menos dinheiro.<br />

A AML tem um décimo dos fundos que a região de <strong>Lisboa</strong> e Vale<br />

do Tejo tinha, porque evoluiu, em termos de riqueza e de produto.<br />

Os fundos actuais, quanto a mim, devem ser aplicados na melhoria,<br />

na salvaguarda, na qualificação dos aspectos ambientais.<br />

E, por outro lado, nos incentivos a projectos empresariais de elevado<br />

potencial de desenvolvimento em termos tecnológicos.<br />

É para aí que as coisas estão viradas, as indústrias limpas, as questões<br />

da eficiência energética.<br />

Exactamente, e eu acrescento-lhe um outro que é o Território.<br />

O desenvolvimento faz-se territorializado, é preciso contar com<br />

o território. O conceito deste eixo é um conceito territorial.<br />

Vamos voltar aos grandes planos estratégicos que estão<br />

preparados. Em que é que ficamos a ganhar com a aplicação<br />

destes instrumentos?<br />

Tive o privilégio de estar aqui nestes anos em que houve uma<br />

grande evolução da região de <strong>Lisboa</strong> e Vale do Tejo. Não quero<br />

dizer que foi por mérito meu, de alguma maneira foi natural. Cheguei<br />

aqui em 98, quando se estava a concluir o II QCA, um tempo<br />

em que os dinheiros comunitários foram fundamentalmente<br />

aplicados em estruturas enterradas, em saneamento, água, estradas.<br />

Nós pudemos preparar o III QCA (2000-2006) para uma<br />

época um pouco diferente, com requalificações ribeirinhas e urbanas,<br />

e equipamentos, designadamente culturais. Recuperados os<br />

teatros e cineteatros, fez-se a Artemrede, uma rede de programação<br />

cultural. Hoje encontramos novas condições para o aprofundamento<br />

dessa modernização da região. Com isto, a região passou<br />

para o Objectivo I dos fundos comunitários.<br />

O trabalho de planeamento só dá resultados a médio<br />

ou a longo prazo. Isso não é frustrante?<br />

Neste momento podemos dizer que os resultados são visíveis,<br />

a região está completamente diferente. No Vale do Tejo e no Oeste,<br />

os centros urbanos foram praticamente todos requalificados.<br />

Os centros históricos – Óbidos, Alcobaça, Abrantes, Almeirim, Rio<br />

Maior – foram completamente renovados nos últimos dez anos.<br />

Em termos político-partidários, reforçou a voz activa no último<br />

Congresso do Partido Socialista, onde apresentou mesmo uma<br />

moção. Vai manter-se activo nesse campo?<br />

Como dizia nessa moção, considero que este Governo do PS, e particularmente<br />

o Primeiro-Ministro José Sócrates, tiveram o papel<br />

histórico de lançar uma agenda de reformas que o país requeria<br />

há décadas. Desde a minha juventude ouvia falar nas reformas<br />

estruturais, e acabámos por perceber quais eram as reformas<br />

de fundo de que o país precisava e que não avançaram até 2005.<br />

É evidente que é um processo pesado, não basta uma legislatura.<br />

Mas o processo ficou um pouco no início. Foi desencadeado,<br />

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