26.04.2015 Views

António Fonseca Ferreira POR Lisboa mais ... - CCDR-LVT

António Fonseca Ferreira POR Lisboa mais ... - CCDR-LVT

António Fonseca Ferreira POR Lisboa mais ... - CCDR-LVT

SHOW MORE
SHOW LESS

Create successful ePaper yourself

Turn your PDF publications into a flip-book with our unique Google optimized e-Paper software.

Neste momento podemos dizer que os resultados<br />

são visíveis, a região está completamente diferente.<br />

No Vale do Tejo e no Oeste, os centros urbanos foram<br />

praticamente todos requalificados. Os centros históricos<br />

– Óbidos, Alcobaça, Abrantes, Almeirim, Rio Maior –<br />

foram completamente renovados nos últimos dez anos.<br />

Os principais instrumentos de planeamento estratégico estão<br />

prontos. Foi por isso que escolheu sair neste momento, depois<br />

de onze anos na presidência da <strong>CCDR</strong>?<br />

Era minha intenção ter saído em Junho do ano passado, porque<br />

para cargos executivos desta natureza seis a oito anos é o normal,<br />

<strong>mais</strong> do que dez é um exagero. Fiquei por causa da revisão do<br />

Plano Regional de Ordenamento do Território (PROT) da Área<br />

Metropolitana de <strong>Lisboa</strong> (AML), em função da mudança do aeroporto<br />

para Alcochete.<br />

Fechou-se um ciclo quando ficou pronta a Estratégia <strong>Lisboa</strong> 2020,<br />

que corresponde a preparar o período do Quadro de Referência<br />

Estratégico Nacional (QREN).<br />

Vim para a Comissão em função da minha experiência de planeamento<br />

estratégico e penso que cumpri esse papel. A preparação<br />

do QREN foi uma das coisas que se fizeram bem para a região.<br />

A experiência estendeu-se depois às outras <strong>CCDR</strong>. Também coordenei<br />

o primeiro PROT para a AML, aprovado em 2002. Depois de uns<br />

anos de interrupção, fez-se o plano da zona envolvente da área<br />

metropolitana, Oeste e Vale do Tejo, que saiu em Agosto.<br />

A <strong>CCDR</strong> tem um papel importante nos PDM. Também foi depois<br />

de eu ter chegado que se concluiu a primeira geração de PDM da<br />

região, que já estava adiantada, e neste momento estão em revisão<br />

os PDM para articulá-los com os planos regionais de ordenamento<br />

do território. Concluiu-se, de facto, uma época em termos<br />

do planeamento regional.<br />

Acaba de ser anunciado o projecto Arco Ribeirinho Sul, também<br />

coordenado por si. É a concretização dos modelos que defende?<br />

É <strong>mais</strong> do que um planeamento, é um programa de requalificação<br />

de uma zona fundamental da AML. É um elemento para aquilo<br />

que eu espero que dentro de 20 anos seja uma nova metrópole,<br />

uma nova AML.<br />

Não é por acaso que arranca agora, tem a ver com a mudança do<br />

aeroporto para a Margem Sul. O novo aeroporto de <strong>Lisboa</strong>, a Plataforma<br />

Logística do Poceirão – a grande plataforma logística<br />

do país, os investimentos turísticos na Margem Sul, a Alta Velocidade,<br />

proporcionam uma nova geração de projectos de internacionalização<br />

da economia portuguesa e do País que têm potencial<br />

para transformar a Área Metropolitana, designadamente na<br />

relação das duas margens.<br />

Essa não era uma questão estratégica para si?<br />

Era. A península de Setúbal teve historicamente um papel subsidiário<br />

da AML. Era um dormitório com indústrias temporárias<br />

– a construção naval, a siderurgia, com ciclos de emprego e desemprego.<br />

Esta nova geração de projectos permite uma nova situação,<br />

em função dos investimentos já feitos, designadamente a ligação<br />

ferroviária na Ponte 25 de Abril, a Ponte Vasco da Gama, a requalificação<br />

ribeirinha, iniciada com o Polis da Caparica e também<br />

na baía do Seixal. Com o Arco Ribeirinho, que incide nas antigas áreas<br />

industriais, cria-se uma outra estrutura na área metropolitana.<br />

Deixo uma nota, contudo: podem não ser só coisas boas. Isto é excelente<br />

para o País, para a AML e particularmente para a península<br />

de Setúbal, mas tem os perigos do desordenamento e da degradação<br />

ambiental.<br />

São grandes investimentos, o que significa grandes pressões urbanísticas<br />

e imobiliárias, e num território muito sensível em termos<br />

ambientais.<br />

O estuário do Tejo?<br />

Os estuários do Tejo e do Sado, ligados por corredores ambientais,<br />

designadamente o aquífero subterrâneo. E também o montado<br />

de sobro, que ali é dominante.<br />

18 |

Hooray! Your file is uploaded and ready to be published.

Saved successfully!

Ooh no, something went wrong!